Franklin D. Roosevelt smoked cigarettes, and John F. Kennedy and Bill Clinton occasionally smoked cigars. Gerald R. Ford preferred a pipe.
Tuesday, December 30, 2008
Obama’s Efforts to Quit
Franklin D. Roosevelt smoked cigarettes, and John F. Kennedy and Bill Clinton occasionally smoked cigars. Gerald R. Ford preferred a pipe.
Sunday, December 28, 2008
A gestão do caos
A saúde não é excepção. Mas, pelo menos, de falta de clientes, o sector da saúde não se queixa. Tudo isto, a propósito disto: Sexta-feira, registaram-se 37 mil episódios de urgência (17 mil em hospitais e 20 mil em centros de saúde), um afluência quase duas vezes superior ao normal, e ontem 20 mil pessoas acorreram aos serviços públicos de saúde (13 mil em hospitais e 17 mil em centros de saúde).
E disto: Mariana Martins esteve 25 horas à espera que o seu marido fosse atendido. Chegou às urgências do Hospital Amadora-Sintra às 10.00 de sexta-feira e só às 11.00 de ontem foi visto pelo médico. "O meu marido estava com falta de ar, só há duas horas [às 11.00] é que foi atendido e vai ficar internado", conta ao DN Mariana Martins, depois de uma noite passada no banco da sala de espera do hospital.
Mas, parece que tudo se foi resolvendo: Estamos a acompanhar a situação de perto e a comunicá-la à ministra da Saúde. Por detrás desta afluência está ainda uma epidemia de gripe moderada. Mas esperamos que as pessoas percebam que uma gripe não é uma doença grave e que não devem ir às urgências.
Friday, December 26, 2008
A defesa dos doentes II
Wednesday, December 24, 2008
Tuesday, December 23, 2008
Chamem a Polícia!
- O Governo anunciou há um mês que iria activar o Fundo de pagamentos para que as unidades de Saúde saldem as dívidas vencidas, que ascendem a 908 milhões de euros, e reduzam os prazos de pagamento.
- O Ministério das Finanças anunciou já ter transferido para os hospitais 767 milhões.
- Mas, ao que o CM apurou, vários conselhos de administração enviaram cartas aos fornecedores a pedir que lhes seja "concedido um desconto", num valor a propor pelas próprias empresas. Os hospitais dizem, ainda, que a disponibilidade para baixar os preços "será tida em consideração na definição dos pagamentos a efectuar", mediante o plano que estão a elaborar.
Sinceramente, isto parece-nos um procedimento semelhante ao utilizado pela "família Soprano". Será que o Estado que financia bancos insolventes, adopta procedimentos duvidosos junto de organizações suas fornecedoras?
A credibilidade só se ganha, se nós próprios formos credíveis. De outra maneira, impera o salve-se quem puder!
Monday, December 22, 2008
Desculpas de mau pagador
- Vários hospitais com gestão empresarial receberam sexta-feira cerca de 767 milhões de euros para pagarem dívidas vencidas, no âmbito do Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo o Ministério das Finanças.
- No passado dia 08, a ministra da Saúde, Ana Jorge, garantiu que a dívida vencida do SNS, no valor de 908 milhões de euros, vai ser paga até ao final do ano.
- «A dívida do SNS está a ser enquadrada, vamos acompanhá-la, cumpri-la, estamos a trabalhar para que tudo corra bem. O importante neste momento é que a dívida vencida vai ser paga aos fornecedores», disse a governante (Ana Jorge).
Mas, para que é que servem estes avisos permanentes de "promessas de pagamento"? Se querem pagar, paguem! Para que é preciso dizer que se vai pagar, não pagando, mas prometendo que se vai pagar?
Thursday, December 18, 2008
Ultrasons: 4 D
Wednesday, December 17, 2008
União Europeia: a propriedade da farmácia
- Efforts by some of Europe’s biggest retail chains to overturn ownership restrictions on pharmacies in European Union countries including Germany, France, Italy and Spain were frustrated in Europe’s top court on Tuesday.
- A surprise preliminary legal opinion in two test cases found European law does allow EU member states to put curbs on who may own and operate pharmacies. The conclusion could seriously hamper expansion plans for a number of companies.
- A senior legal adviser at the Luxembourg-based European Court of Justice said restrictions – for example, requiring owners to be qualified pharmacists – were justified because of the need to “protect public health”.
No entanto, esta "guerra" não terminou:
- Advocate-generals’ opinions are not binding on the full court at the ECJ, which must still rule on the matter. But they are upheld in about 80 per cent of cases.
- If the court does take the same view, it will be a serious setback for retailers including Germany’s Celesio and Britain’s Alliance Boots and supermarket chains such as France’s Carrefour, known to be keen to expand into pharmacy.
Tuesday, December 16, 2008
Aumenta o autismo em Espanha
Monday, December 15, 2008
INEM consome mais impostos
- Portugueses vão pagar mais nos seguros.
- Os custos totais com os seguros deverão subir, o que representa uma má notícia para os bolsos dos portugueses. Em causa está uma alteração feita na proposta de Orçamento do Estado que prevê que a taxa cobrada pelas seguradoras e que reverte a favor do INEM passe dos actuais 1% para 2%.
Contudo, este organismo anda "por maus caminhos":
- Professor morre à espera do INEM.
- Em paragem cardiorrespiratória, os colegas professores tentaram desesperadamente contactar o 112, mas sem sucesso. Alertados, os Bombeiros Voluntários de Espinho, com quartel nas proximidades, acorreram de imediato, não tardando mais do que três minutos. Todavia, a VMER, Viatura Médica de Emergência e Reanimação, que deveria ser imediatamente accionada para uma situação destas, estava, segundo informação dada aos Bombeiros pelo CODU, ocupada noutra situação, pelo que receberam indicações para não esperar pelo INEM e conduzir o professor de imediato para o hospital.
Valerá a pena pagar impostos? Ou poderemos estar nós á beira de uma campanha cívica pelo não-pagamento de alguns impostos?
Friday, December 12, 2008
Medicina alternativa
Thursday, December 11, 2008
Hospital de Faro: palavras para quê?
- A ministra da Saúde, Ana Jorge, recusou hoje a existência de caos na urgência do Hospital de Faro, considerando que há apenas uma «maior procura» por estarmos em «plena época de Inverno». A ministra disse ter informações de que «os doentes estão a ser atendidos, e não num tempo de espera que ultrapasse aquilo que é razoável».
Depois a versão normal:
- Um dos médicos daquele serviço hospitalar disse à Lusa que «a situação actual é de ruptura». O novo serviço de urgências do Hospital de Faro começou a funcionar este mês, mas as macas acumuladas nos corredores estão a provocar o caos e os médicos que há um ano pediram a demissão continuam demissionários.
Wednesday, December 10, 2008
Hospital de Braga
Fonte: aqui.
O valor global da parceria público-privada, para a construção e manutenção da nova unidade durante 30 anos e a gestão da mesma durante 10 anos, está avaliada em 794,5 milhões de euros, um valor que está 200 milhões de euros abaixo da proposta inicial deste grupo.
Tuesday, December 09, 2008
A conversa fiada
- A ministra da Saúde Ana Jorge garantiu hoje, em Lisboa, que a dívida vencida do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no valor de 908 milhões de euros, vai ser paga até ao final do ano
- e adiantou que foram dadas garantias aos fornecedores do SNS que aguardam pelo pagamento há mais de 90 dias
- "O problema do endividamento do SNS começou a ser resolvido há três anos com a melhoria das condições de gestão, e, portanto, desde essa altura que não há um aumento da dívida dos serviços do Ministério da Saúde. Aquilo que está a ser feito agora é encontrar condições para que a dívida seja reduzida para valores equivalentes a 90 dias", disse Francisco Ramos.
Com conversa fiada, ninguém vai. Dizer que fazem melhor do que os outros, é sempre a conversa fiada de políticos! Quando nos livraremos desta gente de conversa fiada?
Monday, December 08, 2008
Contas do SNS: Janeiro a Setembro 2008
- Receita cobrada total: +2,5%.
- Transferências correntes obtidas (Orçamento Estado): +2,9%.
- Despesa total do ano: +3,7%.
- Despesas com o pessoal: +1,4%.
- Compras: +3,8%.
- Fornecimentos e serviços: +3,6%.
- Subcontratos: +4,3%.
- Produtos vendidos farmácias: +6,2%
- Meios complementares de diagnóstico e terapêutica: +7,8%.
Verificamos que:
- Apesar das tão propaladas "taxas moderadoras", o SNS depende a 95% das suas receitas, do Orçamento de Estado.
- As "despesas com pessoal" estão aparentemente controladas. Dizemos aparentemente, dado que muitas despesas com pessoal em 2007, foram colocadas na rúbrica "fornecimentos e serviços", em 2008.
- A despesa com medicamentos e meios complementares de diagnóstico ameaça a aparente sustentabilidade do SNS.
- O SNS tem um saldo positivo nesta altura de 152,5 milhões de euros, quando no mesmo período de 2007, tinha um saldo positivo de 217,6 milhões de euros.
- Apesar do aumento de vendas de genéricos e do controlo administrativo dos contratos com prestadores de serviços de meios complementares de diagnóstico, estes dois tipos de produtos/serviços são o grande rombo de 2008: têm um custo acrescido de 100 milhões de euros.
- Se o SNS não gera grandes verbas para além do Orçamento de Estado e se as despesas estão em grande crescimento, como se vai sustentar um SNS com a dimensão que tem, estando Portugal em recessão económica severa?
Post Scriptum: nem queremos imaginar como estarão, na realidade, as contas do SNS neste momento!
Friday, December 05, 2008
Concurso para Sistemas Informáticos para a saúde
- "As exigências em termos de velocidade de comunicações são actualmente muito elevadas, uma vez que a generalização a todo o território nacional da utilização de sistemas de informação implica uma sobrecarga da rede incompatível com a capacidade actual".
Wednesday, December 03, 2008
Embaixadora mundial contra a Sida
Tuesday, December 02, 2008
Sida e a Unicef
Monday, December 01, 2008
NHS: nurse
Friday, November 28, 2008
Uma questão de direitos?
- Os hospitais privados discriminam os utentes do Serviço Nacional de Saúde na hora de marcar exames. O processo só é acelerado se o utente quiser abdicar da credencial do médico e pagar a totalidade da conta.
- A Inspecção-geral das Actividades da Saúde também assegura estar a investigar as reclamações de utentes do SNS que demoraram mais tempo a obter um exame médico em serviços privados.
- em 140 dos 180 hospitais convencionados com o SNS, 140 revelaram uma espera superior a cinco dias quando os colaboradores tentaram marcar exames.
Cheira-nos que por detrás desta "ilegalidade" ou discriminação deverá estar o habitual comportamento do "Estado mau pagador". Ou seja, as entidades privadas que têm convénios com o Ministério da Saúde dão prioridade aos doentes que têm dinheiro para pagar, colocando em lista de espera os doentes do SNS. É desumano? É, sim Senhor. Contudo, só quem não sabe o que é gerir uma empresa, é que se admira que este comportamento exista. É que, os hospitais privados têm que pagar salários, água, luz e outros materiais, a horas, sob pena de verem parar os serviços. Ora, se o SNS tem um prazo de pagamento que chega a ser superior a 360 dias, o que podem fazer os hospitais privados?
Só pode exigir um serviço de elevada qualidade, quem paga o mesmo sem atrasos!
Thursday, November 27, 2008
Corporações II
- O Governo publicou um despacho que cria vagas para «suprir necessidades» de clínicos no mapa do internato médico.
Qual é a resposta imediata de um dos mais pesados membros da mesa:
- A Ordem dos Médicos (OM) já contestou o despacho, afirmando em comunicado que «a adopção de novas regras para vagas protocoladas, em momento posterior ao da divulgação das vagas existentes e a meio do procedimento concursal, configura uma clara violação dos princípios da confiança, transparência e da publicidade».
Mas, este membro da mesa não quer só comer, quer comer bem, se não repare-se no requinte do menu pedido:
- A Ordem dos Médicos criticou também o «sucessivo adiamento» da publicação do mapa de vagas, a sua «distribuição geográfica assimétrica, com ausência de vagas em grandes hospitais».
Ou seja, se o Despacho do Ministério da Saúde viesse trazer mais vagas nos principais hospitais do país, o Despacho teria sido oportuno!
Como a gente os compreende. Comer, mas comer bem!
Wednesday, November 26, 2008
Foi Você que pediu uma linha de saúde 24 horas?
- A Ordem dos Farmacêuticos (OF) desaconselhou hoje o recurso à Linha Saúde 24 porque não reconhece a validade das informações prestadas pelo serviço em matéria de medicamentos.
Só mesmo esta boa "caça às bruxas":
- Há três semanas que uma carta negando a existência de problemas da Linha de Saúde 24 foi posta a circular junto dos funcionários para que estes se demarcassem das notícias sobre o "caos organizativo" do atendimento e assegurassem que "as condições de trabalho e as relações interpessoais se passam dentro da maior cordialidade e profissionalismo".
- Alguns profissionais ouvidos pelo CM queixam-se de terem sido objecto de "pressão psicológica" para subscrever o texto divulgado na segunda-feira, depois de a Ordem dos Farmacêuticos desaconselhar a linha.
Os tiques autoritários quase sempre existiram na sociedade portuguesa. E não sairam ainda. Provavelmente, nem nunca sairão. Parece que não, mas a limitação ao livre pensamento é um dos maiores travões ao desenvolvimento económico e social de Portugal.
Monday, November 24, 2008
Medicamentos: Luta entre gigantes
- O Governo desistiu de impor às farmácias, à indústria e aos grossistas margens de lucro na venda de medicamentos.
- Para Ana Jorge, ao Estado cabe "salvaguardar o direito ao acesso do cidadão" aos fármacos e que para isso basta-lhe "fixar os preços máximos". Deixa, assim, à indústria, farmácias e distribuidores o ónus da definição das "margens adequadas ao seu próprio negócio".
Por uma vez, estamos em completo acordo com a Ministra da Saúde. Os jogadores do mercado que façam valer os seus trunfos, pois que o Estado definiu o seu tecto máximo.
E, não se venha dizer que os Laboratórios farmacêuticos, representados pela Apifarma, são mais poderosos do que o retalho farmacêutico, representado pela ANF. São dois gigantes em Portugal. Por isso, chegou a altura de viverem com menos!
Mas, será que o sector do medicamento vai ter que viver com menos, ou serão os doentes a pagar mais? Veremos as cenas dos próximos capítulos.
Sunday, November 23, 2008
Aquarobics
Friday, November 21, 2008
Efeitos colaterais II
- De acordo com os resultados preliminares da auditoria pedida pelo Ministério da Saúde, quatro dos seis grupos de remédios responsáveis por 85% desse crescimento dizem respeito a doenças daquelas duas áreas.
- Quanto aos grupos de fármacos com maior peso na subida dos gastos, o grupo destacou seis. Além dos imputados às doenças psiquiátricas e neurológicas (antipsicóticos, antidepressivos, antiepilépticos e anticonvulsivantes), apurou-se um peso crescente da área da diabetes e da hipertensão. Do relatório consta ainda uma lista de 20 fármacos com responsabilidade em 91% do crescimento dos gastos do SNS.
Não há muito a fazer nesta área de gastos. Mas, nós sabemos que há muitas áreas do SNS onde se pode poupar tanto! Mesmo, muito dinheiro. Mas, dá trabalho a quem quiser impôr a contenção. Ai, isso dá.
Thursday, November 20, 2008
HPP: o crescimento através da nacionalização
- A Hospitais Privados de Portugal (HPP), a empresa do grupo Caixa Geral de Depósitos com interesses na Saúde, vai “provavelmente” comprar o Grupo Português de Saúde (GPS).
- ”Provavelmente, ficaremos com a gestão do GPS”, disse a mesma fonte ligada ao banco público, acrescentando que, como muitas das empresas da Sociedade Lusa de Negócios estão “fortemente ligadas” ao banco, o endividamento seria insuportável a curto prazo.
- A concretizar-se, a HPP ficará com a gestão da primeira parceria público-privada na área da Saúde– a gestão de um Centro de Medicina Física e de Reabilitação, em São Brás de Alportel, no Algarve – e com o British Hospital, em Lisboa, para além de várias clínicas espalhadas pelo país.
Engraçado o actual "jogo financeiro". O Estado agora suporta projectos empresariais, levantados com critérios duvidosos e sem viabilidade económico-financeira. O contribuinte pagará, já a seguir.
Wednesday, November 19, 2008
Transplante inovador
Monday, November 17, 2008
SNS em evidente degradação
- Portugal está colocado em 19º lugar entre 26 países da União Europeia avaliados.
- O sistema de saúde em Portugal é referido como inferior face ao de Espanha, tendo como registo relevante, o seu sucesso quanto à baixa taxa de mortalidade infantil.
Nós sabemos que os "rankings" podem ter subjectividade, mas não devem ser ignorados, quer tenham bons ou maus resultados. A crítica, desde que seja construtiva, ajuda sempre a corrigir ineficiências. E há tantas ineficiências no SNS de Portugal.
Friday, November 14, 2008
Thursday, November 13, 2008
Vergonha
Vejamos mais sobre aquela novidade:
- O número de alunos portugueses que entraram este ano para o curso de Medicina na Universidade de Santiago de Compostela, na Galiza, supera os 80, o que representa 23% do total de 350 vagas disponíveis, noticia esta quinta-feira o jornal La Voz de Galicia
- No ano passado, o contingente luso foi de 50 em 300 vagas, ou seja um sexto.
- O jornal refere que a invasão de alunos portugueses à única faculdade de Medicina da Galiza tem gerado alguma polémica, nomeadamente porque a região necessita de profissionais e os portugueses preferem exercer em Portugal.
Eram milhões, talvez biliões!
Wednesday, November 12, 2008
Ainda o Hospital Amadora - Sintra
Tuesday, November 11, 2008
Pagar tarde, custa mais dinheiro
- A indústria farmacêutica não tem dúvidas: não é pelo facto de os hospitais pagarem todas as dívidas atrasadas, como decidiu o Governo no final da semana passada, que os laboratórios vão começar a vender os medicamentos mais baratos.
- O presidente da Glaxo portuguesa, Manuel Gonçalves, também considera que os preços não vão descer e aponta o esmagamento das margens dos laboratórios nos últimos três anos: “Estou na indústria há 25 anos e nunca vi negociações tão agressivas nos hospitais como desde 2005”.
- Contudo, para o economista Pedro Pita Barros a situação não é tão linear. “A redução de preços depende da capacidade negocial e da credibilidade que os hospitais terão a partir de Janeiro”. Ao Diário Económico, o professor de Economia da Saúde na Universidade Nova explica que “os preços dos medicamentos só vão descer se os laboratórios acreditarem que houve uma mudança de regime, que os prazos de pagamento não vão outra vez derrapar”.
- Actualmente, os hospitais demoram, em média, um ano a pagar aos fornecedores. Os próximos três meses são, por isso, essenciais: “Os laboratórios podem não querer fazer descontos já em Janeiro, porque ficariam vinculados a esses preços, suportando ainda um novo atraso nos pagamentos”.
Quem paga aos seus fornecedores com um diferimento de um ano, ainda quer ser levado a sério? A vantagem das multinacionais farmacêuticas é que têm o seu poder assente fora de Portugal, se não o Estado português forçava a barra. Mas, eles sabem isso, e o contribuinte português é que paga a factura!
Sunday, November 09, 2008
A personalidade da gravata
Fonte: aqui.
Next time around, think twice before selecting a tie. While the tie may be considered as an important part of the man’s wardrobe, it could reveal much more about one's personality than one could imagine.
Friday, November 07, 2008
O Estado afinal vai pagando!
- O Ministério da Saúde vai reunir um verba de 800 milhões de euros para integrar as dívidas dos hospitais entidades públicas empresariais (EPE), os quais até ao final do ano não poderão ter dívidas aos fornecedores superiores a 90 dias, anunciou hoje a tutela
- Este fundo de 800 milhões de euros (o valor das dívidas dos hospitais EPE aos fornecedores, nomeadamente à indústria farmacêutica) vai ser utilizado através de empréstimos aos hospitais EPE com dívidas aos fornecedores superiores a 90 dias.
- Estes montantes serão avançados «como empréstimo e não como subsídio», pelo que serão sujeitos a juros, acrescentou o governante.
Que contentes que nós, portugueses, ficamos, por termos um Estado que é notícia porque cumpre as suas obrigações. É que, habitualmente o que enche os jornais de notícias são os aumentos de multas e coimas por parte do Fisco! E quando vamos a uma Repartição de Finanças, vemos em ecrãs electrónicos, que nos últimos anos têm aumentado sistemáticamente o montante de coimas e multas, porque os contribuintes não cumprem prazos!
Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço. Ditado sempre actual.
Thursday, November 06, 2008
A Sida avança em Portugal
- Portugal apresenta uma taxa de novos casos de HIV/Sida entre os consumidores de drogas injectadas oito vezes superior à média europeia, de acordo dados revelados hoje em Bruxelas pelo director do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT).
- No relatório hoje apresentado na capital belga, Portugal é apontado como o pais onde surgiram mais casos (703) de infectados com Sida em 2006, muito à frente dos restantes estados, onde a Estónia ocupa o segundo lugar (191), seguida do Reino Unido (187), Alemanha (168) e Franca (167).
- Hoje, o director do OEDT, Wolfgang Goetz, disse aos jornalistas que a estimativa de novos casos de Sida entre consumidores de droga injectável é de 3.000 por ano em toda a União Europeia (EU), o que permite concluir que os 703 surgidos em Portugal em 2006 constituem uma taxa oito vezes superior à media dos 27 estados-membros.
Mas, o panorama europeu de consumo de drogas, também é preocupante:
- O director do OEDT salientou ainda na sua intervenção que morre a cada hora na UE uma pessoa vítima do consumo excessivo de droga (overdose), o que totaliza entre 7.000 e 8.000 mortos anuais.
- As estimativas do OEDT indicam ainda que um em cada quatro cidadãos da União, num total de 71 milhões, fumaram cannabis - a droga mais consumida no espaço europeu - pelo menos uma vez na vida.
- Contudo, o que mais preocupa os especialistas é o facto de quatro milhões de pessoas consumirem diariamente aquele tipo de droga.
- O fulcro do problema da droga na Europa continua a ser a heroína, embora o seu consumo tenha estabilizado, afirmou Wolgang Goetz, salientando, em contrapartida o aumento da disponibilização de tratamento para os dependentes daquele opiáceo.
Parece que a política de combate à toxicodependência é um fracasso na União Europeia. E em Portugal, a política de combate à Sida relacionada com a toxicodependência está ao nível do Terceiro Mundo!
Para que servirá o IDT - Instituto da Droga e da Toxicodependência?
A eficiência dos Tribunais
- O Tribunal de Contas (TC) visou o contrato de gestão do futuro Hospital de Cascais assinado entre o Estado e o grupo Hospitais Privados de Portugal (HPP).
- O documento havia sido chumbado em Julho, com a justificação fundamental de que o caderno de encargos da entidade privada incluía o tratamento de doentes oncológicos, enquanto o contrato de gestão não contemplava essa valência.
- «Houve uma alteração do perfil assistencial, no que toca à prestação de cuidados continuados, à assistência a doentes infectados com HIV e à eliminação da produção em hospital de dia médico em oncologia, relativamente ao previsto no caderno de encargos», referia o acórdão.
- Quase quatro meses depois do parecer negativo e oito meses depois do lançamento da primeira pedra da unidade, o TC decidiu agora autorizar o contrato «sem qualquer comentário adicional».
Estranhamos a extraordinária celeridade do Tribunal de Contas, e já agora, o referido Tribunal mudou radicalmente de opinião em tão pouco tempo!
Quando a oferta é muita, o pobre desconfia! Ditado popular sábio.
Wednesday, November 05, 2008
Detector de drogas
The portable machine, known as the Itemiser, was used for the first time in Scotland in Aberdeen this weekend. The Itemiser, which can detect the presence of drugs such as cocaine, cannabis, heroin and ecstasy, was used outside nine different pubs and nightclubs in Aberdeen city centre.
Monday, November 03, 2008
Saúde 24 ou a falta de tino?
- Das 02h00 até perto das 07h00 da madrugada de sábado para domingo a Linha Saúde 24 esteve sem conseguir atender chamadas, fazer triagem de doentes ou referenciar casos para as unidades de saúde. Um utente podia ligar, mas o telefonema não era atendido, apesar de lhe ser cobrado o habitual custo da chamada local.
- Na origem das falhas esteve a actualização do sistema informático, que obrigou ao corte das linhas telefónicas durante uma parte da noite e depois impediu que os enfermeiros conseguissem aceder ao programa informático que faz o despiste das situações e permite o aconselhamento dos utentes sobre o que fazer em caso de doença.
Como? Será isto possível? Anda-se a gastar rios de dinheiro em campanhas de publicidade a um serviço de apoio e de emergência, e ele não funciona? Isto é gestão danosa!
Mas, para piorar a péssima imagem, junta-se mais esta:
- O Conselho de Administração (CA) da LCS-Linha de Cuidados de Saúde, SA suspendeu ontem uma das enfermeiras supervisoras fundadora do serviço Linha Saúde 24 por considerar a sua presença “inconveniente nas instalações da empresa”. A enfermeira em causa foi a primeira subscritora da carta que um grupo de oito supervisoras do call center de Lisboa escrevera há dias à ministra da Saúde, Ana Jorge, denunciando um conjunto de anomalias no funcionamento daquela linha de atendimento.
Será que voltamos à "caça às bruxas"? Um funcionário que alerta as chefias para as ineficiências, deve ser chamado a colaborar na sua correcção, e nunca ser afastado por tentar corrigir as deficiências. Se a Senhora Ministra colabora com este tipo de gestão danosa, só deve ser co-responsabilizada! Até porque caberia no mínimo à Senhora Ministra fazer estancar os custos de uma campanha publicitária absolutamente descabida para um serviço que não está a cumprir as suas tarefas!
Friday, October 31, 2008
O descontrolo com a despesa nos medicamentos
- A despesa do Estado com os medicamentos vendidos nas farmácias está a disparar a níveis inéditos nos últimos anos. Outubro pode fechar "com aumentos de dois dígitos, entre os 11 e os 12 por cento".
Segundo João Cordeiro, Presidente da Associação Nacional de Farmácias, as razões para tal descontrolo são estas:
- Defende que a culpa é do próprio Governo, de uma "política sem critérios", da incapacidade de "afrontar lóbis" e "de fazer cumprir a descida de preços" por parte da indústria de medicamentos de marca.
- "Não está a ser cumprida" a legislação que obriga os remédios a ser mais baratos do que nos outros países. A tutela autorizou que 132 produtos ficassem 17,7% mais caros, porque os laboratórios os podiam retirar e, assim, os doentes teriam de comprar outros mais caros.
- 11,3 Milhões é quanto Estado (5,5 milhões) e utentes (5,8 milhões) teriam poupado desde 2005, caso o Governo não tivesse decidido isentar a Bial da descida de 6% dos remédios, diz a ANF.
- 10 Milhões é o dinheiro que o Estado (4 milhões) e os utentes (seis milhões) gastam a mais por ano com a subida do preço de 132 remédios autorizada este ano pelo Ministério.
Lobbies. Muitos lobbies estão envolvidos na saúde, já o sabemos. Mas, quando não se consegue controlar a voragem descontrolada dos vários lobbies, o abismo aproxima-se!
Wednesday, October 29, 2008
Barbaridades II
- "Os médicos estão absolutamente afastados da decisão", lamentou Pedro Nunes.
- Na sua opinião, o problema do SNS não se resolve com "artifícios de gestão", mas dando voz a políticas especializadas. Por isso lamentou que os médicos andem "assoberbados a produzir rotina" e que não sejam incentivados a participar na área da gestão.
Ora bem, perante mais estas barbaridades, temos a contrapor o seguinte:
- Todos os Conselhos de Administração dos Hospitais do SNS têm como um dos seus membros, o seu Director Clínico. Portanto, em todos os hospitais, há pelos menos um médico na sua Administração.
- Depois, uma grande parte dos Presidentes de Conselho de Administração dos hospitais do SNS são médicos.
- Como é que o Dr. Pedro Nunes consegue suportar-se na afirmação de que os médicos estão afastados da gestão dos hospitais do SNS?
- Finalmente, vem o Dr. Pedro Nunes falar em que os médicos têm que "produzir rotina". Pois é, Dr. Pedro Nunes, qualquer organização necessita de informação com qualidade, e esta só se produz com a criação de rotinas de controlo de gestão. O problema é que muitos médicos ainda assentam o seu desempenho organizativo com base "na caneta e no papel", e isso é absolutamente imperdoável para qualquer profissão do século XXI. Basta pensarmos no receituário, ainda hoje manuscrito!
Monday, October 27, 2008
Barbaridades
- A administração errada de medicamentos aos doentes hospitalizados é responsável pela morte anual de 7 mil portugueses.
- Aida Baptista, da Associação Portuguesa dos Farmacêuticos Hospitalares (APAH), reconhece os erros de medicação e afirma que vão sempre existir. “Não se trata de um erro humano, mas sim do sistema”, disse, lamentando que muitos dos erros sejam escondidos por medo dos profissionais serem acusados.
- O erro pode acontecer nas mais variadas ocasiões, desde o médico que prescreve o medicamento, e a letra é ilegível ou há confusão na dose, à farmácia que distribuiu, confundido as embalagens, até ao enfermeiro, que pode enganar-se no medicamento.
- Pedro Nunes desvalorizou estes números, não confirmando a sua dimensão, por considerar que "em Portugal não existe um registo fiável das causas de morte". O bastonário da Ordem dos Médicos lembra que são feitos milhões de actos médicos em Portugal por dia e, por isso, "é natural que se cometam alguns erros".
Mas depois, parece que o "filme" mudou, quando alguém decidiu corrigir o drama, para uma farsa:
- O ex-vice-presidente do Infarmed esclareceu, este domingo, que os sete mil mortos anuais atribuídos a erros na medicação são dados internacionais e não reflectem a situação em Portugal, onde não há um sistema que registe estes casos
- Faria Vaz ocupava a vice-presidência da autoridade que regula o sector do medicamento quando, em 2005, realizou uma apresentação onde divulgou números sobre os mortos atribuídos a erros na medicação. Esses dados foram, desde então, interpretados pela Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH) como nacionais
Mas, a barbaridade maior é esta: "Poderão ser 7.000 ou 70 mil. Sete milhões não serão certamente, pois nesse caso estaríamos quase todos mortos", disse Pedro Nunes.
Como é que os portugueses se poderão ver livres destes bárbaros?