Sunday, July 28, 2013

Negociatas

Há muitos anos, a quando da concretização da Ponte Vasco da Gama, em 1998, foi vendido aos portugueses que as Parcerias Público-Privadas eram o "negócio da China": 1) o Estado português não tinha gastos imediatos; 2) os privados investiam, substituindo o Estado, que não tinha dinheiro para investir; 3) os privados ganhavam alguma coisa. Era a panaceia que os Estados super-endividados queriam!

Agora o resultado é este: Uma auditoria do Tribunal de Contas (TC) aos encargos com as parcerias público-privadas (PPP) de quatro hospitais concluiu que não estão a ser contabilizados cerca de 6000 milhões de euros relativos a 20 anos de serviços clínicos.

Ou seja, alguém varreu as despesas relativas a investimentos públicos para debaixo do tapete. No fundo, dizem-nos que estes hospitais são públicos: Esta análise do Tribunal de Contas incidiu sobre os encargos com as parcerias público-privadas (PPP) dos hospitais de Braga, Vila Franca de Xira, Cascais e Loures, bem como as PPP do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul e do Centro de Atendimento do Serviço Nacional de Saúde.


A contabilidade criativa manipula sempre: O TC refere que “têm sido divulgados encargos relativos a 10 anos de serviços clínicos, mas tem faltado a quantificação dos encargos com os serviços clínicos que permitirão dar utilidade aos edifícios hospitalares até ao final do seu período previsto de vida útil (30 anos)”.


O que fazer? Perante a incúria do bem público e com os portugueses abúlicos, não se pode fazer mais nada,  para além de continuar a pagar a estes salafrários até à morte!

Wednesday, July 17, 2013

Retratos de um sector


A China apresentou ontem uma longa lista de acusações de corrupção e conduta irregular contra a GlaxoSmithKline, iniciativa que pode sinalizar uma repressão mais ampla nesse lucrativo mercado para as empresas farmacêuticas e médicas.

Em entrevista coletiva ontem, autoridades da divisão de investigação de crimes econômicos do Ministério da Segurança Pública disseram que quatro altos executivos chineses da Glaxo foram detidos por graves violações das leis do país. As autoridades acusaram os executivos de usar agências de viagens como veículos para subornar funcionários do governo, hospitais e médicos, com o objetivo de vender mais medicamentos e a preços mais elevados.

As alegações resultam de uma investigação iniciada publicamente no fim de junho, quando fiscais visitaram vários escritórios da Glaxo, apreendendo documentos e detendo alguns executivos. A investigação atingiu a Glaxo num de seus mercados mais importantes e de mais rápido crescimento, onde mantém mais de 5.000 funcionários e meia dúzia de fábricas e laboratórios de pesquisa.

No entanto, pessoas da área dizem que o setor de saúde na China está submerso em um corrupção sistêmica. Muitas empresas médicas atuam através de intermediários para alcançar mais nichos de um mercado difuso, enquanto os médicos muitas vezes procuram reforçar seus baixos salários por meio de regalias. "A corrupção é considerada por muitos um grande impedimento para as iniciativas de reforma da saúde do governo chinês", disse Jason Mann, especialista em saúde e diretor administrativo da firma de investimentos Konus Capital, em Hong Kong.

Isto acontecerá só na China?!

Tuesday, July 09, 2013

Hospital ou sítio mal frequentado?


É triste, continuar a ver o principal hospital do país, envolto nisto: A Polícia Judiciária efetuou, esta terça-feira, buscas à farmácia de venda livre no perímetro do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, no âmbito de uma investigação que está em curso. As buscas decorreram na farmácia externa ao hospital, que serve o público em geral, disse à Agência Lusa fonte policial.

A história de sucesso da farmácia de Santa Maria, integrada num período sinistro da História de Portugal: Inaugurada a 14 de abril de 2009 - numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro na altura, José Sócrates, e a ministra da Saúde Ana Jorge - esta farmácia deveria ter pago uma percentagem das vendas e uma renda ao hospital, o que nunca chegou a acontecer.

Os loucos que criaram esta vergonha, deveriam ser responsabilizados criminalmente. A bem do contribuinte português.