Thursday, December 31, 2009

New Year's Eve party

On top of the usual "Don't drink and drive," ER doctors this year are saying, "Don't drink and walk" -- at least not without a "designated walker."

Thirty-six percent of pedestrians killed on the road in 2008 were intoxicated, suggesting that walking home drunk from a New Year's Eve party may not be as safe as previously thought.

Monday, December 28, 2009

Radiações usadas em exames médicos sem fiscalização

O título não é nosso, vem daqui. A situação não é nova, o problema é até recorrente e tem barbas brancas! Trata-se de mais uma permanente irresponsabilidade do Ministério da Saúde e do Governo de Portugal:
  • "A situação nacional relativa à dose de radiação associada a procedimentos médicos envolvendo radiação ionizante é desconhecida", lê-se no trabalho Caracterização do estádio de inovação tecnológica, em saúde, em Portugal.
  • As radiações ionizantes são usadas em radiografias, mamografias, TAC e são agentes carcinogénicos, ou seja, podem ser indutores de cancro, "uma probabilidade que aumenta quando maior é a dose", nota Maria do Carmo Lopes.
  • O estudo divulgado este ano, encomendado pela Associação Portuguesa de Seguradores, dá conta da "ausência de uma estratégia de promoção de protecção radiológica e protecção do paciente". Os investigadores consideram "preocupante a desvalorização (e desconhecimento) das administrações e alguns profissionais de saúde [médicos] sobre protecção radiológica", considerando essencial monitorizar-se "a dose de radiação".
A situação é inacreditável, mas um Responsável do Ministério da Saúde tem outra opinião: "Eu não diria que há desconhecimento. Há alguma falta de fiscalização, que cabe às administrações regionais de Saúde [ARS]", responde Pedro do Rosário, responsável pela área na DGS, notando que estão a dar formação e a dotar as ARS de equipamentos para poderem fazer esse trabalho.

Pior, muito pior é isto: "Há quatro ministérios com competências espartilhadas na área da radioprotecção: Saúde, Ambiente, Economia e Ciência. Cada um exerce ou não as suas competências."

Daqui do nosso canto, apenas dizemos: a incompetência é total e o doente nem sequer é lembrado, mas é o contribuinte que paga a todos estes "espertos". Até quando?

Sunday, December 27, 2009

Obamacare

Rival senators who were once happy to set aside political differences over bowls of mushroom soup are now at each other’s throats. After last week’s crucial procedural vote on a sweeping $871 billion (£546 billion) reform package, Obama may pay a steep price for his advance on a longstymied Democratic dream of extending health insurance to more than 30m Americans previously unable to afford it.

Yet it was clear last week, as the president flew off to Hawaii for his Christmas break, that while the Clintons put defeat behind them and cruised to two full terms in the White House, Obama may never recover from a victory that has demolished his bipartisan aspirations and which his critics have already judged pyrrhic.

It was a bizarre feature of the US healthcare debate that the longer it went on and the closer it came to a successful outcome, the lower Obama sank in opinion polls. By the time the last $100m incentives had been dished out to wavering Democratic senators last week, Obama was languishing at his lowest approval ratings of the year, with one poll showing that only 32% of Americans still think the healthcare plan is a “good” idea.

Thursday, December 24, 2009

Donating brains for medical research doubles

The number of people agreeing to donate their brains to medical research after death has almost doubled following a campaign, a charity has said.

The Parkinson's Disease Society said an extra 2,332 people had signed up to help scientists study the disease following an appeal in April, bringing the total to 4,032.

Celebrities including Jane Asher, Jeremy Paxman and John Stapleton have already pledged to donate their brain but the charity now wants younger people with Parkinson's to sign up.

''We are delighted with the response to our appeal. Scientific research on brains from people both with and without Parkinson's is essential to help us move closer to our goal.'

Sunday, December 20, 2009

Os doentes devem exigir responsabilidade

O exercício de funções no sector da saúde não é para todos. A responsabilidade do exercício da generalidade das funções da área da saúde é enorme, dado que a vida humana é que é o objecto do serviço. Contudo, o prestígio e a remuneração dessas mesmas funções são na sua grande maioria superiores a outros tipos de funções. Ou seja, deverá haver uma equivalência entre status e remuneração, de um lado, e responsabilidade e profissionalismo, do outro lado.

Agora, vejamos o que continua a passar-se no caso dos doentes que ficaram cegos, após uma simples cirurgia às cataratas no Hospital de Santa Maria (o hospital universitário de referência em Portugal):

1. A posição de uma das corporações: A Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares considera que existem unidades de saúde que deviam ter mais profissionais de farmácia, porque se assim for seria possível evitar erros com a medicação.

2. A posição de um dos doentes afectados: Walter Lago Bom, um dos seis doentes que ficaram cegos no Hospital Santa Maria fica satisfeito com a acusação, dizendo que errar é humano, mas neste caso trata-se de um erro muito grave.

3. A posição do Ministério Público: O Ministério Público deduziu acusação, a 14 de Dezembro, contra duas pessoas, um farmacêutico e uma técnica de farmácia e de diagnóstico.

4. O cerne da questão: «as graves lesões provocadas aos seis intervencionados, foram consequência necessária de um erro ocorrido na fase de preparação dos produtos citostáticos, dentro da UPC, por incumprimento das normas obrigatórias de preparação desses mesmos fármacos, imputável a cada um dos arguidos acusados».

5. A posição de um Juíz - outsider: será «muito difícil provar em julgamento a acusação com dolo eventual porque a intenção está na cabeça das pessoas».

6. A consciência da responsabilidade: Ministério Público diz que farmacêuticos tinham noção do risco.

Há algo que curiosamente não se fala ou escreve, e que tem que ver com a responsabilidade da organização, isto é da instituição Hospital de Santa Maria, e dos seus Administradores e detentores (o Ministério da Saúde), em todo este caso. Ficam aqui algumas questões: 1) seria do conhecimento da Administração do Hospital, a falta de cumprimento dos procedimentos? 2) as entidades reguladoras e a inspecção do Ministério da Saúde tinham conhecimento da falta de cumprimento dos procedimentos? 3) o incumprimento dos procedimentos foi pontual ou é prática comum? 4) será que a farmácia hospitalar do Hospital ainda mantém o mesmo nível de procedimentos? 5) será que os doentes estarão sujeitos a uma questão de sorte, sempre que são objecto de algum serviço por parte do Hospital de Santa Maria?

Post Scriptum:tudo poderá acabar como as mãos de Pilatos!

Thursday, December 17, 2009

SNS: o mesmo fim da Grécia?

Lemos isto: Europe’s leading healthcare companies have complained to Brussels over the non-payment of debts on drugs and other medical products they say total almost €7bn by the Greek public health system.

Faz-nos lembrar algo! O quê? Isto: "A recente audição não foi suficientemente esclarecedora quanto à situação financeira dos hospitais e centros hospitalares EPE (Entidade Pública Empresarial) do Sistema Nacional de Saúde (SNS)". E isto: a dívida dos hospitais subiu para os 596,1 milhões de euros, o que representa uma subida de 36,9 por cento face aos valores de Janeiro. Em termos de demora nos pagamentos, o valor aumentou 47,4 por cento face a Janeiro, estando agora nos 286, ou seja, os hospitais públicos demoram, em média, 286 dias a pagar aos fornecedores da indústria farmacêutica.

Entretanto, a Dra. Ana Jorge já não tem a Gripe A, como tema de preleção diária! Do Secretário de Estado da Saúde, responsável pelo orçamento do SNS, Óscar Gaspar, nem se ouve falar!

Repare-se nos procedimentos que o Governo grego tem seguido, que são muito semelhantes aos do Governo de Portugal:
  • No regular payments have been received from the Greek health ministry since 2005, when a settlement was reached on outstanding bills from earlier years.
  • He pointed to one “astonishing” proposal made this spring, when the previous government had proposed that drug and device companies should provide further loans to tide over the current debts, rather than offering any repayment.

Só que a paciência tem limites:

  • That offer was refused, and a number of companies have begun legal action in Greek courts in recent weeks against hospitals for debts that in some cases have accumulated over four years. The European Federation of Pharmaceutical Industries and Associations, a trade body, has lodged a formal complaint with the European Commission that the Greek government has violated a European Union directive on the speedy payment of bills.
  • Octapharma, a Swiss-based business specialising in blood plasma products, has recently obtained an interim order to freeze the assets of one Greek hospital that owes it money.

Tuesday, December 15, 2009

SNS: o mealheiro não tem moedas

A realidade é dura, mas é indubitavel:
  • As dívidas dos hospitais aos fornecedores devem andar próximo dos 1.000 milhões de euros.
  • Em finais do ano passado, a dívida era da mesma ordem de valor e só foi resolvida através da transferência de capital social dos hospitais empresa para um fundo gerido pela Direcção-Geral do Tesouro
  • O Fundo de Apoio aos Pagamentos do Serviço Nacional de Saúde foi criado em 2006 com uma dotação de 200 milhões de euros, em 2008 teve um reforço de 600 milhões e este ano já recebeu mais 100 milhões.
  • É certo que, para uma dívida de 1.000 milhões, o Serviço Nacional de Saúde tem mais de 500 milhões por cobrar, mas o problema é que a situação é crónica no sector da saúde e mostra que os hospitais não conseguem reduzir as dívidas, nem mesmo com injecções de verbas extraordinárias.

Tristemente chegámos a isto: É quase como deitar água em cima de areia..., acaba por desaparecer.

Como dizia a Rainha Santa ao Rei D. Dinis: eram rosas, meu Senhor!

Monday, December 14, 2009

Uma auditoria às Contas do SNS?

Longe vão os tempos em que a contabilidade era uma ciência. Desde há umas décadas, a contabilidade é criativa. Coloca-se mais uma provisão. Retira-se um valor da exploração e coloca-se em resultado extraordinário. Tira-se de uma empresa e coloca-se noutra, se tivermos a falar de conglomerados. E por aí fora. Tudo andará bem, até que a corda começa a dar sinais de partir! E já dá sinais evidentes de estar a partir: a sustentabilidade económico - financeira do SNS. Vejamos:
  • No requerimento apresentado pelos sociais-democratas estes referem que "torna-se relevante apurar a realidade económico-financeira do Serviço Nacional de Saúde, contendo toda a informação contabilística dos serviços e das entidades que integram o Serviço Nacional de Saúde".
  • Com este requerimento o PSD pretende que seja a Unidade Técnica de Apoio Orçamental, a funcionar no âmbito da Assembleia da República, a analisar a execução económico-financeira das entidades ligadas à saúde como os hospitais entidades públicas empresariais, as administrações regionais de saúde, os hospitais do sector público administrativo e os serviços autónomos.
  • O PSD justifica este pedido com a dificuldade em realizar uma avaliação rigorosa das contas da saúde ao longo dos anos, citando deficiências no sistema de apuramento de contas apontadas pelo Tribunal de Contas, e com o crescimento das despesas acima do Produto Interno Bruto nos últimos 15 anos, e acima da medida dos países que integram a OCDE.

A corda estica e parte. Só ainda não partiu formalmente.

Sunday, December 13, 2009

Beer, Exercise and Coffee

Recently at the “American Association for Cancer Research Frontiers in Cancer Prevention Research Conference”, new studies revealed that beer, exercise and coffee may actually help protect men from prostate cancer.

Study results showed that the men who drank coffee fared better than those who did not. Research showed that drinking coffee can reduce the risk of contracting advanced prostate cancer. Drinking six or more cups of coffee a day lowered the risk of being diagnosed with prostate cancer by 19%.

Friday, December 11, 2009

As farmácias, os médicos e os tribunais

A saúde é um negócio. Evidentemente que é. Há ou deve haver ética, neste como em outros negócios? Evidentemente que sim. A ética é uma coisa, a Lei é outra. Vejamos este retrato:
  • o médico Belarmino Mendes canalizava o aviamento das receitas que emitia para a farmácia da mulher, Maria Fernanda Mendes
  • o tribunal considerou provado que as receitas do médico eram uma das fontes de rendimento da farmácia
  • Os magistrados deram ainda como provado que o médico «sugeria» que as receitas fossem aviadas na referida farmácia, mas não tinha «o hábito de aliciar os utentes a deixarem as receitas na sua posse ou na sua viatura».
  • Quando as aceitava era «por razões humanitárias ou de favor», o que não constitui qualquer ilícito, refere ainda o acórdão.
  • Tribunal Judicial de Leiria absolveu esta quarta-feira um médico de Leiria e a mulher, directora técnica de uma farmácia de Pombal, num caso de alegada burla com receitas.

Comentários? Para quê?

Thursday, December 10, 2009

NHS (UK): rolling

Hospitals will have up to 10 per cent of their income based on patient satisfaction, the Health Secretary has announced. Andy Burnham set out his vision of the NHS until 2015 and said some payments would be withdrawn if unsafe care was found. Under his plans, hospitals could face tough financial conditions in the next few years, with the amount they are paid to treat patients frozen until 2015.

Mr Burnham denied this would result in hospital closures but said they would have to find ways of working more efficiently. He wants to see more patients treated in the community, which is cheaper than providing hospital care, as the NHS strives to save billions in the next few years. As a result, patients with long-term conditions, including cancer, could be given dedicated one-on-one carers to help oversee their health. Also today, Mr Burnham suggested NHS staff could be given a guarantee of employment in return for flexibility at work and accepting a pay cap. He stressed patients should be at the forefront of what the NHS does.

Tuesday, December 08, 2009

Unidade de Missão das PPP's

Enquanto o orçamento do SNS se mostra avantajado globalmente (aumento da despesa com pessoal em cerca de 3,7%, até ao fim do 3º trimestre de 2009), há outros colaboradores que padecem do mesmo tratamento privilegiado: Quatro dos oito técnicos da estrutura de missão que acompanha as parcerias público-privadas (PPP) na Saúde têm um contrato de trabalho temporário, o que «constitui um sério entrave» à preparação do Estado para avaliar os novos hospitais.

Quando se coloca nas mãos de pessoal temporário a tarefa árdua de gerir contratos com empresas privadas, que valem centenas de milhões de euros, podem-se estar a cometer autênticos crimes de lesa-contribuinte!

Post Scriptum: parece que o Ministério da Saúde está esquecido da razão alegada para a denuncia do contrato PPP, no Hospital Amadora - Sintra!

Sunday, December 06, 2009

As contas do SNS: a erosão continua

Sairam as Contas do SNS, referentes ao 3º trimestre de 2009. Para além da habitual engenharia financeira, ou contabilidade criativa, que passa por tirar verbas de umas rúbricas e colocá-las noutras, para criarem confusão e prejudicarem a transparência, verificamos que foi já preciso vender património no valor de 100 milhões de euros, para que o resultado se ficasse pelos -71 milhões de euros (prejuízo de 71 milhões de euros nos 3 primeiros trimestres de 2009).

Ou seja, e resumindo:
  • Receitas totais (3º trimestre de 2009, acumulado): 6.487 milhões de euros (+4,6%).
  • Despesas totais (3º trimestre de 2009, acumulado): 6.558 milhões de euros (+5,3%).
  • Prejuízo (3º trimestre de 2009, acumulado): -71 milhões de euros (+162,4%).

Claro está, que se retirarmos os 100 milhões de venda de património, as receitas só cresceriam 2%, e os prejuízos seriam de -171 milhões. Ou seja, o rombo nas Contas do SNS, já não se tapa com a venda de património.

Depois, as transferências do Orçamento de Estado cresceram 3,4%, ou seja, muito acima da inflação de 2009, que deverá ser próxima de 0 (zero)%.

Do lado da despesa, é de salientar o "maná" que o SNS é para uma série de gente, sobretudo se pensarmos que estamos num ano de inflação zero: 1) a despesa de pessoal tem um aumento de 3,7%; 2) a despesa com medicamentos tem um aumento de 4,4%; 3) a despesa com meios complementares de diagnóstico tem um aumento de 7,1%.

Post Scriptum: depois da OMS anunciar que a Gripe A está a diminuir de impacto nos EUA e Canadá, de que irá falar a Dra. Ana Jorge, nos próximos tempos? Será da Gripe B?

Friday, December 04, 2009

Alô, Drs. Jorge e George?

H1N1 swine flu has not peaked yet but seems to be waning in Canada and the United States, signaling that the end of the pandemic may be on the horizon, the World Health Organization (WHO) said on Thursday. The WHO and its advisory committees are gathering scientific data to assess the possible end of the pandemic, Fukuda said, telling journalists: "I anticipate that at least sometime in 2010 we will be discussing this in formal settings, in more concentrated ways."

Post Scriptum: quem irá ficar com as vacinas adquiridas pelo Estado português, mas que não foram utilizadas? E para quê?

Thursday, December 03, 2009

Manuel Machado

O que se pretende esconder com tanta "informação":

1. Técnico do Nacional contraiu infecção após lipoaspiração, mas notícia de que o seu estado é devido a outra cirurgia está a causar apreensão. Não há evolução no estado clínico de Manuel Machado, internado desde o dia 27 no Hospital dr. Nélio Mendonça, no Funchal, após uma lipoaspiração abdominal, realizada, três dias antes, numa clínica do Porto. as verdadeiras razões que levaram o técnico à urgência seriam para ficar no silêncio dos deuses. Só que a sépsis contraída - uma infecção generalizada do organismo com graves complicações - saltou para a praça pública. Nesse momento, surgiu a versão da hérnia abdominal quando, na realidade, Machado foi sujeito a outro tipo de cirurgia. O silêncio parece, agora, querer tomar conta do acontecimento.
2. Hospital suspende informações sobre Machado. Em termos de historial, sabe-se que após a "lipo" no Porto, Machado regressou à Madeira, dando entrada na urgência do Hospital com sintomas de sepsis, infecção grave desenvolvida por via sanguínea a partir de outra infecção já existente, resultante de uma pirotonite, ou seja, perfuração do intestino.
3. A Ordem dos Médicos proibiu todos os clínicos de darem qualquer informação sobre a intervenção cirúrgica que terá estado na origem do internamento e coma induzido do treinador de futebol do Nacional Manuel Machado. Manuel Machado foi operado a uma hérnia na zona abdominal no início da semana, numa unidade hospitalar do continente, tendo obtido alta e regressado ao Funchal na passada quarta-feira. Uma segunda versão, avançada por dois jornais diários, indica que Manuel Machado terá sido submetido a uma lipoaspiração que correu mal e da qual teria resultado a perfuração do intestino.
4. Surpresa. É esta a reacção dos cirurgiões plásticos às notícias que avançam que Manuel Machado, treinador do Nacional, está internado há três dias nos cuidados intensivos devido a complicações decorrentes de uma alegada lipoaspiração abdominal. "A lipoaspiração é uma cirurgia cada vez mais recorrente e muito simples. As complicações são invulgares, podem contar-se pelos dedos das mãos as que correm mal", assegura o cirurgião João Anacleto.

A entidade corporativa, Ordem dos Médicos, pode exigir o silêncio dos médicos. A nós e a todos os cidadãos que pugnam pela transparência dos processos é que não nos fazem nenhuma exigência. Era o que faltava!

Post Scriptum: como qualquer cidadão, estamos solidários com o técnico de futebol Manuel Machado e respeitamos integralmente a sua privacidade e direito à assistência adequada.

Wednesday, December 02, 2009

Os Ibéricos

Os dois vizinhos da Peninsula Ibérica tiveram quase sempre uma convivência tensa, ou pelo menos desconfiada. Hoje, achamos que a civilização passa por nos darmos bem com os vizinhos, pois de outra forma não conseguimos viver descansados, até porque no caso dos portugueses, não têm outros vizinhos.

Agora, passamos essa marca, a da convivência, e os portugueses passaram a ir nascer a Espanha, e até mesmo por rotina. Imagine-se isto: Tinha de nascer e em Badajoz estava o hospital mais próximo. Depois dela, mais de 800 bebés de Elvas e de Campo Maior seguiram o exemplo. Tornaram-se na primeira "geração ibérica". Uma geração cuja primeira palavra que ouviu foi bienvenido e para quem a fronteira, no futuro, ficará muito esbatida.

Pois bem, de Espanha passaram a vir as mamãs e os bébés, para além dos caramelos, da gasolina mais barata, dos medicamentos e do tabaco, também mais baratos!

Mas, há efeitos colaterais: Quanto a ser portuguesa ou espanhola, diz que a filha é natural de Badajoz mas tem nacionalidade portuguesa. O melhor é tirar as dúvidas com a pequena: "És portuguesa ou espanhola?". Margarida morde o lábio e arregala os olhos brilhantes. Sorri e responde de forma automática que é "espanholita".

Será por isto, que nos vamos sentir menos portugueses? Talvez não. Mas, é com pequenos detalhes que se fazem nações, ou se desfazem! Ontem, foi dia de início do Tratado de Lisboa, tratado que tira alguma da autonomia às pequenas nações, mas transporta consigo o "chapéu de guarda" das grandes nações europeias.

Contudo, algo de mais grave retem-se aqui: Badajoz é ali ao lado, a 15 quilómetros. E, como ela, 90 por cento das pessoas preferem o Hospital Universitário Materno-Infantil da cidade espanhola, apesar de lhes ser dada a possibilidade de terem os bebés no hospital de Portalegre (a 60 quilómetros) ou no hospital de Évora (a 90), onde dos 1428 bebés que nasceram em 2008 apenas 24 eram de Elvas.

Será este pequeno detalhe, a melhor prova de que o SNS, de Portugal, não é escolhido, quando em comparação com o Serviço de Saúde de Espanha? Ou seja, as mães de Portugal, preferem ter os seus filhos em Badajoz, do que te-los em Évora ou Portalegre? Provavelmente, no Ministério da Saúde, esta notícia até é boa, são menos custos para o SNS! Ou será que o SNS paga ao Ministério da Saúde de Espanha, um preço mais caro do que pagaria por cá?

Tuesday, December 01, 2009

Not very NICE

This (NICE) execrable organisation - run by self-appointed demi-gods who get to say who lives and who dies - are the same idiots who days before - decided liver cancer patients should be denied drugs that could extend their lives by six months or more.

And who just a few months before that decided kidney cancer patients wouldn't be given drugs that could save them either. Their pathetic excuse for robbing people of hope is always that there's not enough money in the NHS pot to save everyone (by "everyone" they obviously mean people with cancer who cost a lot of money to keep alive).

Sunday, November 29, 2009

Exercício canino faz bem

The average dog owner gets more exercise walking their pet than someone with a gym membership, a pet health care expert has claimed.

Researchers found animal lovers exercise their pet twice a day for 24 minutes each time – a total of five hours and 38 minutes a week. On top of that, the average dog owner also takes their pet out on three long walks each week adding another two hours and 33 minutes to the total. But in comparison, those without a dog spend an average of just one hour and 20 minutes per week exercising by going to the gym or heading out for a stroll or jog.

And almost half (47 per cent) of non-pet owners admit they do absolutely no exercise whatsoever.

Friday, November 27, 2009

A explosão da diabetes

A diabetes é uma doença difícil. A diabetes implica uma perda de qualidade de vida significativa. A diabetes tem tendência a aumentar, atendendo à má alimentação que as pessoas têm nos dias de hoje.

  • The number of Americans with diabetes may almost double in 25 years, and the annual cost of treating them may triple to $336 billion, according to a study published today in the journal Diabetes Care.
  • Without new programs to assure that people get health care to manage their condition, 44.1 million people in the U.S. will have diabetes by 2034, from 23.7 million today.
  • The number of diabetics on Medicare, the government plan for the elderly, will reach 14.1 million from 6.5 million today.
  • Diabetes drugs were the fourth-best selling medications in 2008, with $27.3 billion in global sales, according to IMS Health.
  • “To do nothing is going to be extremely expensive,” O’Grady said in a Nov. 24 telephone interview. “It’s going to mean millions of Americans continuing to get this disease and a lot of heartache.”.
  • The analysis by O’Grady and his colleagues included the impact of aging and obesity rates as well as the natural progression of the disease over time to come up with estimates on numbers and costs. They found diabetes treatment estimates of $113 billion this year would increase to $336 billion by 2033.

Este estudo é importante. Este estudo deveria ser feito em Portugal.

Apenas e só um aspecto lateral, mas de relevo: Copenhagen-based Novo Nordisk A/S, the world’s biggest maker of insulin, funded the study. The company sold $6.1 billion of insulin products in 2008.

Thursday, November 26, 2009

Os incentivos e os médicos

Os recursos humanos devem ser incentivados. Os recursos humanos devem ser motivados. Mas, os recursos humanos devem ter desempenhos adequados.

Vai-se dizendo por aí, que há poucos médicos em Portugal. Mais, importam-se médicos de Espanha, da Ucrânia, dos PALOP's, e até do Ministério da Saúde de Cuba.

Para nós, esta é mais uma falsidade. Os rácios não mentem. O rácio de número de médicos por 1.000 habitantes em Portugal está acima de vários países da União Europeia. Portanto, estamos perante mais uma falácia do Estado e da élite médica. Porquê? Porque há médicos a mais nos hospitais de Lisboa, Porto e Coimbra, e há médicos a menos em Alpiarça, Penedono ou Alijó! A média não mente. Faltam médicos nuns sítios, porque há médicos a mais nos outros.

Então porque não se incentivam ou motivam a ir para onde são necessários os médicos? Pois, cosmopolitismos!

Vejamos este paliativo da Dra. Ana Jorge: Os médicos que decidam trocar os centros urbanos pelo interior do país vão receber uma bolsa mensal de 750 euros, durante os anos de formação da especialidade que se seguem ao terminar do curso (internato).

Cadê os outros? Os que enchem o Hospital de Santa Maria ou o Hospital Egas Moniz, e que até têm pouco que fazer? Não há incentivos para irem para Ponte de Sôr? Porquê, Dra. Ana Jorge? Não chama a isto, o actual Governo, "mobilidade da função pública"?

Wednesday, November 25, 2009

O maior ataque ao doente da saúde

Isto é o primeiro passo para o ataque à liberdade de escolha do prestador de serviço de saúde: O Governo está a estudar a possibilidade de limitar as despesas de saúde que podem ser deduzidas em sede de IRS pelos contribuintes.

Porque não deixa o Governo, que os cidadãos escolham livremente o serviço de saúde que querem? Os que escolhem uma alternativa privada, pagando até mais dinheiro, libertam até o serviço público. Qual a razão de tentar impedir a escolha de serviço de saúde?

Se o Governo continuar por este caminho, então deveremos exigir o "opting-out", ou seja, aqueles que querem pagar exclusivamente do seu bolso os serviços de saúde, devem deixar de contribuir para o SNS. É uma questão de justiça.

SIDA: a negação da realidade

Primeiro lemos esta notícia: Portugal é apontado no relatório anual das Nações Unidas como o país da Europa Ocidental com a mais alta taxa de novas infecções com o vírus VIH. Que tem esta fonte: A informação do relatório da ONUSida e da Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca Portugal no topo dos países com mais infecções na Europa Ocidental em 2008.

Depois, aparece a Coordenação de Portugal: a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida desmente estes dados.

Pior, a tal Coordenação Nacional para o VIH/Sida mete-se por caminhos enviesados: A coordenação nacional garante que "não há qualquer razão para afirmar que a incidência da infecção está a aumentar em Portugal" e acusa a ONU e a OMS de terem "confundido" notificações com diagnósticos. Segundo a coordenação nacional, o documento em que a ONUSida se baseia apresenta dados sobre as infecções notificadas em 2007, "o que implica a acumulação de infecções diagnosticadas em anos anteriores" e que corresponde a um "esforço" para conhecer os casos diagnosticados anteriormente e que "são tardiamente reportados às autoridades".

Para agravar, chuta-se com a barriga: De acordo com esta tabela, entre 2004 e 2007, o número de novos casos de sida desceu consecutivamente em Portugal, passando de 1764 para 894 em 2007. No entanto, a verdade é que o último relatório do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge revela um aumento de casos em 2008: os dados do Núcleo de Vigilância Laboratorial de Doenças Infecciosas mostram que foram diagnosticados 1201 novos casos de infecção por VIH, o que corresponde a um aumento de 307 novos casos relativamente a 2007.

Nós sabemos que o poder político e administrativo é hábil na leitura de estatísticas, sobretudo quando sabem que há em Portugal um contraditório muito fraco, por parte dos media, que na maioria dos casos nem sabe do que escreve.

Custa a esta gentinha da Coordenação aceitar que Portugal tem graves problemas com o VIH/Sida, e que nem por isso o problema tem estado a ser resolvido. Custa sempre a aceitar que aquilo que aquilo que se faz, não tem resultados nenhuns que justifiquem os lugares pomposamente ostentados!

Tuesday, November 24, 2009

Simplex nos óbitos

Com o conhecimento da causa de morte de cada pessoa, podemos e devemos investigar mais e melhor, de forma a prevenir as doenças que causam muitas mortes. A relação entre câncro e tabaco, ou a relação entre o consumo de gorduras e os acidentes vasculares, entre outras, só foi possível detectar através de investigação nesta área.

Por cá, vamos tendo conhecimento que o preenchimento dos certificados de óbito é, muitas vezes, pouco profissional. Cai-se muitas vezes na situação de que "morreu por causas cardíacas", sem a necessária explicitação. Pior, em doentes que morrem por causas múltiplas, escolhe-se casualmente uma das doenças.

Naturalmente, que esta falta de profissionalismo causa estragos à sociedade, porque não se chega a ter o necessário conhecimento sobre as causas de morte de uma parte significativa da população.

Agora, vai o Ministério da Saúde iniciar o processo do "Simplex do Óbito", tendo como objectivo reduzir as "imprecisões" no preenchimento na causa dos óbitos: Certificados de óbito electrónicos, que deverão estar em vigor em meados de 2010, permitirão descobrir as causas de morte indeterminadas e mal definidas, superiores a 13 por cento.

Nós temos dúvidas que a plataforma electrónica vá diminuir o mau preenchimento da documentação. O médico que preenche mal o certificado de óbito a caneta e papel, também o fará numa qualquer plataforma electrónica.

Apesar de não pensarmos que o "Simplex do Óbito" vá resolver a irresponsabilidade no preenchimento do certificado, saudamos que o programa simplex tenha chegado aos óbitos!

Estaremos atentos ao tempo que demorará a pôr isto em prática: Para tal, foi criada "uma aplicação informática segura que o médico preencherá e enviará para as bases de dados centrais do Ministério da Saúde (Registo Nacional de Utente e Direcção Geral da Saúde) e do Ministério da Justiça (Instituto dos Registos e Notariado)".

Sunday, November 22, 2009

O gato escondido de José Sócrates

Há muito tempo, nos idos de 1979, quando o SNS foi criado, era gratuito. Depois, nos meados da década de 80, arranjou-se uma frase lapidar: "o SNS é tendencialmente gratuito" (referência ao artº 64º da Constituição da República).

Os políticos portugueses habituaram-se a falar por meias palavras e através de meias-verdades. Ou se quiserem, os políticos vivem dizendo inverdades!

Vejamos a última etapa de um SNS para os que podem, e um SNS para os outros: “Deve haver igualdade e todos devem pagar em função das possibilidades.” Sócrates recusou explicar se vai alterar o financiamento do SNS ou o pagamento das taxas moderadoras.

Que o SNS era insustentável, já nós o sabemos há muito. Mas, a classe política (relembremos que José Sócrates esteve em funções governativas durante mais de 10 anos, nos últimos 15 anos) entretém os portugueses a dizer que não. O SNS está aí para durar, dizem eles, em versão de canto gregoriano.

Não estaremos longe de um SNS pago em função do rendimento de cada um. O problema é que quem paga muito, passa a escolher serviços melhores. E aí, só irá ao SNS aqueles que não têm escolha! Pois.

Friday, November 20, 2009

New cervical cancer screening guidelines

The advice is intended to cut down on unneccesary testing and reduce the risk of harmful invasive procedures to remove non-cancerous lesions that may show up on tests but often disappear if left alone, the group said.

The new recommendations overturn previous guidance, which suggested women should be tested yearly starting within three years of their first sexual intercourse.

In addition to waiting longer for a first test, the group said women over 30 with three consecutive normal test results can wait for three years before their next Pap.

Thursday, November 19, 2009

Os hospitais portugueses são perigosos

Não é novidade que nos hospitais se ganham doenças. Dito de outra forma, há vários tipos de focos infecciosos que atacam as pessoas que estão nos hospitais (profissionais, doentes e visitantes).

O que já é novidade é isto: Quase dez em cada cem doentes (9,8 por cento) contraem infecções nos hospitais em Portugal, indicam os resultados preliminares do último inquérito de prevalência ontem divulgados no Porto por Cristina Costa, da Direcção-Geral da Saúde.

E fazendo uma comparação internacional, aquele resultado é mau: Mesmo com estes números, Portugal está dentro das médias a nível internacional, que oscilam entre os quatro e os 12 por cento. É que não sabemos quem fará parte da média internacional. Farão parte apenas os países desenvolvidos (UE-27, Japão, Canadá, EUA, Austrália e afins)? Ou também os sub-desenvolvidos (Angola, Burkinafasso, Nigéria, Butão e afins)? Se nos tivermos a comparar com todos os países do mundo, estamos próximos da média pior.

Mas, como temos sempre Coordenadores para justificar tudo, não nos surpreende que se diga isto: no inquérito realizado em Março deste ano as definições de infecção hospitalar foram actualizadas e tornaram-se mais abrangentes, o que pode justificar uma parte do incremento.

Pior, as instituições de saúde continuam a ligar muito pouco à investigação: Também o número de hospitais que respondeu quase duplicou em relação a 2003 (114, públicos e privados).

Como a investigação em saúde em Portugal tem um nível de colaboração por parte das instituições baixo, dá nisto: Em Portugal, não há dados sobre a mortalidade provocada por este grave problema de saúde pública. Mas na Europa todos os anos cerca de quatro milhões de doentes contraem infecções nos serviços de saúde e 37 mil acabam por morrer.

Parece que sempre é melhor não se saber das coisas negras!

Wednesday, November 18, 2009

Efeitos da Gripe A

Lê-se: A venda online de medicamentos falsificados contra a gripe A por parte de um gangue virtual gerou milhões de dólares de lucro, denunciou ontem a Sophos, uma empresa britânica de software de segurança.

Anda meio mundo a enganar a outra metade. Pois anda: A empresa terá interceptado centenas de milhões de sites e de anúncios farmacêuticos falsos, muitos deles a tentar vender contrafacção de medicamentos antivirais como o conhecido Tamiflu.

No entanto, há o medicamento "oficial" para retardar a doença: Este antiviral é comercializado pela Roche Holding da Suíça, sendo reconhecido como a droga de primeira linha recomendada pela Organização Mundial de Saúde para tratar e retardar a progressão dos sintomas da gripe.

Tuesday, November 17, 2009

Quando fazer uma mamografia?

For many women, getting a mammogram is already one of life's more stressful experiences. Now, women in their 40s have the added anxiety of trying to figure out if they should even be getting one at all.

A government task force said Monday that most women don't need mammograms in their 40s and should get one every two years starting at 50 - a stunning reversal and a break with the American Cancer Society's long-standing position. What's more, the panel said breast self-exams do no good, and women shouldn't be taught to do them.

For most of the past two decades, the American Cancer Society has been recommending annual mammograms beginning at 40, and it reiterated that position on Monday. "This is one screening test I recommend unequivocally, and would recommend to any woman 40 and over," the society's chief medical officer, Dr. Otis Brawley, said in a statement.

Sunday, November 15, 2009

Dengue: uma ameaça terrível II

Esta ameaça imensa está à nossa porta: A guerra que as autoridades cabo-verdianas estão a travar para erradicar a dengue pode estar perdida. Segundo o médico e parasitólogo colombiano Edwin Pile, citado ontem pelo jornal local ‘A Semana’, "Cabo Verde corre o risco de ter a dengue como doença endémica", um perigo para a saúde pública.

Há cerca de 100 mil Cabo-Verdeanos a viverem em Portugal, a que se juntam outros tantos de gerações jovens já nascidas em Portugal, mas que mantém contacto permanente com Cabo-Verde.

Não podemos pensar, num mundo global, que o problema do dengue de Cabo-Verde, é dos Cabo-Verdeanos. Vejamos de onde veio o "dengue Cabo-Verdeano": Edwin Pile explica que "o vírus veio do Brasil", país onde a doença matou até Julho 166 pessoas. Trata-se de um tipo de mosquito que sempre esteve associado a epidemias por causa da sua constante e rápida taxa de evolução. "É o que está a acontecer em Cabo Verde, onde a epidemia vai passar para endemia, ou seja, nas próximas temporadas vão surgir casos porque não se vai conseguir, de maneira nenhuma, erradicar a doença", refere o especialista.

Por cá, fala-se da Gripe A.

Post Scriptum: não queremos deixar qualquer mensagem, ainda que subliminar, contra a presença de Cabo-Verdeanos em Portugal. Antes pelo contrário, a sua presença em Portugal tem uma história, e já faz parte de Portugal.

Friday, November 13, 2009

Cuidado com os hipocondríacos!

A doença dos porcos, também conhecida por Swine flu ou por Gripe A, ou ainda por, H1N1, faz parte da agenda mediática, sabe-se lá porquê!

Vejamos este caso de um patrão dos EUA que aproveita a onda do H1N1, para tirar partido da situação: Last week, my son's school was closed down because of an H1N1 outbreak there. A colleague's daughter also attends that school. Neither child has any flu symptoms, luckily. My colleague and I are also symptom-free. I'm assuming that if we were going to get sick, we already would have, since the incubation period is past.

Mas, o referido patrão dos EUA, segue os conselhos da OMS, do Dr. George e da Dra. Jorge, e não cede perante o "monstro da gripe suína": Nevertheless, my crazy boss sent my colleague and me home on "indefinite leave." When we asked why, he said he was doing it "as a precaution." Both my banished coworker and I are out of sick days now, so we're losing pay for no good reason. Is this legal?

Pois é, às vezes dá jeito a alguém, criarem-se bolhas mediáticas!

Thursday, November 12, 2009

As novidades da Farmácia

Chegou o novo Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Carlos Maurício Barbosa.

Cada um que chega de novo, quer logo marcar agenda: 1) criação de um seguro de responsabilidade civil que faça a cobertura dos riscos inerentes à actividade daqueles profissionais nas diversas áreas; 2) Outra proposta garantida do bastonário para a ministra da Saúde visa pôr fim à expansão das farmácias nos hospitais; 3) o bastonário vê "com toda a naturalidade" que alguns medicamentos de dispensa restrita dentro dos hospitais passem a estar à venda nas farmácias. É o caso de produtos para doenças oncológicas ou a sida.

Senhor Bastonário, welcome to the real world.

Tuesday, November 10, 2009

Dengue: uma ameaça terrível

A Gripe A pode ser perigosa. A Gripe A pode ser ameaçadora. Mas, o Dengue é terrivelmente ameaçador. Está a atacar os Cabo-Verdeanos: Sobe para 12 001 os casos suspeitos de dengue em Cabo Verde, doença que já matou seis pessoas. Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde há também 76 doentes com febre hemorrágica. Segunda-feira registaram-se 656 casos suspeitos de dengue e 11 de febre hemorrágica.

Não ganhamos nada com a criação de pânico. Mas, também ganhamos pouco, com atitudes que revelam perigos relevantes, quando eles afinal não são assim tão assustadores, como o fazem diversas autoridades de saúde pública em Portugal e noutros países desenvolvidos, no que se refere à Gripe A.

Isto sim, assusta: Pela primeira vez, a República de Cabo Verde depara-se com um surto de dengue que representa uma séria ameaça à saúde da população cabo-verdiana.

Sunday, November 08, 2009

Taxas "moderadoras" à beira da extinção

Apesar dos "ziguezagues" evidentes dos actuais detentores políticos: Depois de ter chumbado a revogação das polémicas taxas moderadoras no internamento e na cirurgia de ambulatório no início deste ano, o Executivo prepara-se agora para suprimir estes pagamentos.

É positivo acabar com algo que fazia pouco sentido. E pelas seguintes razões: 1) à partida estavam isentos do pagamento das taxas moderadoras de internamento e de urgência, quase metade dos portugueses (pensões mínimas, desempregados, rendimentos mínimos, etc.); 2) da restante metade de portugueses, uma parte significativa não pagava as referidas taxas, por incapacidade administrativa dos hospitais e por desrespeito pela obrigação imposta pela Lei.

Claro que o SNS é insustentável, sob ponto de vista económico e financeiro, mas não é com medidas paliativas de pagamento de serviços simbólicos que se vai controlar o "monstro"! Depois, a taxa moderadora deve ser para "moderar" consumos! Mas, moderar as idas às urgências dos hospitais? A não ser que se pense que ir ao hospital pode ser um "passatempo"!

Claro que a actuação do actual Governo não tem motivação na racionalidade dos argumentos, mas antes é apenas uma táctica política: o PS deixou então a promessa de rever estes pagamentos na legislatura seguinte (a actual). Uma intenção que não foi transposta para o programa eleitoral. Já a oposição deu mostras de que o assunto não ficaria na gaveta: o Bloco de Esquerda já anunciou a apresentação, na AR, de um projecto de lei para revogar as duas taxas moderadoras.

Saturday, November 07, 2009

O sonho de George e Jorge

An employee of the Saudi Arabian Health Ministry, right, is administered a swine flu vaccine during the launch of a swine flu vaccine campaign in Riyadh, Saudi Arabia, Saturday, Nov. 7, 2009.

Saudi Arabia's health minister said Saturday the kingdom will not ban anyone considered high risk for swine flu from performing the hajj pilgrimage this year.

Thursday, November 05, 2009

A dependência da droga

Tal como o alcool, o tabaco ou o jogo, a droga causa vício. Por variadas razões, o consumo de droga é crescente e intemporal. Associado à droga está também muito crime económico, nomeadamente relacionado com braqueamento de capitais.

Há quem advogue a liberalização do consumo de drogas, tendo como objectivo eliminar os incentivos económicos associados ao tráfico ilegal de droga. Qualquer coisa que assenta no exemplo da Lei Seca, nos idos de 1920 e 1930, nos EUA.

Vai-se lendo em alguma imprensa internacional, que Portugal é um bom caso, no que toca ao tratamento da questão da redução dos impactos do consumo de droga, porque há alguns anos saiu uma legislação que liberalizou parcialmente o consumo de algumas drogas chamadas "leves"!

Há sempre a leitura do "copo vazio" e do "copo cheio", relativamente às estatísticas que resultam de alguma análise de dados. Vejamos o que se tem passado em Portugal, segundo o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência:

1. Portugal continua entre os países da União Europeia que lideram a tabela quanto a consumidores de droga infectados com HIV, embora se tenha verifica um ligeiro decréscimo dos casos.
2. Em 2007, Portugal registou 670 casos novos de HIV sida entre os consumidores de droga injectada. Apesar deste número ter diminuído ligeiramente em relação a 2006, não foi o suficiente para Portugal deixar de ser um dos piores países da União Europeia.
3. Portugal está, juntamente com Espanha, Itália e França, entre os países com maior taxa de mortalidade entre os consumidores que se injectam.
4. Portugal é ainda apontado como uma das portas de entrada da cocaína da Europa, embora a Espanha continue a ser o país que mais intercepta esta droga.
5. "Os padrões de policonsumo de drogas são a norma e o consumo combinado de diversas substâncias é responsável pela maioria dos problemas ou complica-as", conclui o OEDT no relatório.
6. Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência considera que o modelo legal português de descriminalização do consumo de drogas não contribuiu para o aumento do consumo.
7. "Este programa está a funcionar há oito anos e os receios iniciais de que essa abordagem suscitasse um aumento do turismo da droga ou aumentasse os níveis de consumo não parecem ser confirmados pelos dados disponíveis", afirma o Observatório.

Apesar de gostarmos de uma forma liberal de vida, não somos daqueles que advogam que se deve encontrar um "pacotinho" no supermercado mais próximo! A ser assim, o Estado até cobrava mais IVA.

Nem nos revemos nos que afirmam que sociedade ancestrais, como a dos Incas, eram inteligentes e organizadas, e faziam do consumo da folha da coca um hábito.

Wednesday, November 04, 2009

Há médicos a mais em Portugal

A versão das Corporações é de que há médicos a menos em Portugal. Basta ver o rácio do número de médicos por 1.000 habitantes, e fácilmente se verifica que Portugal não tem um rácio mais baixo do que, por exemplo, a Finlândia! Relembre-se que a Finlândia não é própriamente um país com má qualidade de serviços de saúde.

No entanto, há doentes que têm que ir para Cuba fazer cirurgias oculares. Há médicos a actuar em Portugal, provenientes de Cuba, de Espanha, da Ucrânia, dos PALOP's, etc.

Depois, há mais estes, que pagam do seu bolso, o curso no estrangeiro, mas querem o "lugarzinho" garantido: Os estudantes de Medicina no estrangeiro lamentam que a ministra da Saúde nada tenha feito, dez meses depois, quanto à promessa de que estes alunos podiam acabar o curso em Portugal.

Portugal é uma festa! Para além do cozido à portuguesa, há pastéis de nata, bom vinho e muito Sol. Já agora, os Hospitais de Lisboa, Porto e Coimbra, estão cheios de médicos, que por acaso poderiam ser úteis em Sátão, Monsaraz ou em Alcoutim!

Tuesday, November 03, 2009

Almost 50% Of 11-16 Year-Old Girls Dieting

The researchers found a watershed after the age of 10 when it came to appearance. Among seven to 11-year-olds, 2% were unhappy with their appearance but this rose to 11% of 11 to 16-year-olds.

Cheryl Cole is by far the most popular female role model among 11 to 16-year-olds. Half as many girls in this group chose model Katie Price, aka Jordan, and fewer than one in 10 favoured America's First Lady Michelle Obama or Olympic athletes Kelly Holmes and Rebecca Adlington.

Sunday, November 01, 2009

A partidocracia do Ministério da Saúde


No início de 2005, o Professor Correia de Campos era Ministro da Saúde, tendo como principal activo, o facto de pertencer à Escola Nacional de Saúde Pública. Da sua equipa, faziam parte dois técnicos relacionados com a saúde: o Dr. Francisco Ramos, também oriundo da Escola Nacional de Saúde Pública, e a Dra. Carmen Pignatelli, oriunda do Programa Saúde XXI.


Com a saída do Professor Correia de Campos, veio o Dr. Manuel Pizarro com a Dra. Ana Jorge. O que tinham ambos em comum? O facto de serem médicos! Longe vão os tempos em que o facto de apenas se ser médico era razão suficiente para se ser Ministro da Saúde. Contudo, para quem gosta de olhar para a escassez dos recursos que existem na saúde, ficou a satisfação com a manutenção do Dr. Francisco Ramos. Pelo menos, ficou um pequeno "aval" de que as Corporações ávidas da saúde, teriam alguém que os tentaria colocar na linha!

Agora, o Dr. Francisco Ramos regressa à Escola Nacional de Saúde Pública. E quem o substitui? Este Senhor: o estreante Óscar Gaspar, vindo directamente do gabinete do primeiro-ministro.

Em resumo: em 2005, o Ministério da Saúde era constituído por 3 responsáveis com passado profissional na área da saúde; em 2009, o Ministério da Saúde é constituído por 2 médicos e por um ex-assessor do Primeiro Ministro.

Não se avistam melhorias para os contribuintes no Ministério da Saúde. Avista-se um descontrolo económico-financeiro no Ministério da Saúde, o que será sempre uma excelente notícia para as tais Corporações!

Friday, October 30, 2009

Getting enough sleep?


Fonte: aqui.




Thursday, October 29, 2009

Negócios

A saúde é um negócio. Ou a saúde não tem preço. Ou com a saúde não se brinca. Ou ainda, a saúde não tem valor.

Bem, sem teias ideológicas, a saúde tem que se pagar. Pois de outra forma, os medicamentos seriam feitos por bons samaritanos, os médicos trabalhavam de borla, os administradores hospitalares funcionavam em regime de voluntariado, e por aí fora.

A realidade é outra, e quem não a perceber, está tramado: O volume de negócios dos hospitais privados deverá ultrapassar os 700 milhões de euros este ano e atingir os 1.200 milhões de euros nos próximos dois a três anos, segundo Teófilo Leite, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP).

Bem, mas o que são 1.200 milhões de euros? O Modelo-Continente factura anualmente 5 vezes este valor. Contudo, se levarmos em conta o crescimento dos últimos anos e o potencial que aí está, o negócio dos hospitais vai ser ainda mais apetitoso: estão já concretizados ou em fase de concretização mais 25 novas unidades de saúde privadas em todo o País. Estas novas unidades representam um investimento global de 500 milhões de euros e deverão gerar nos próximos anos um volume anual de negócios de 525 milhões de euros.

Wednesday, October 28, 2009

Vacinas em refugo?

Será isto verdade, Dr. George e Dra. Jorge: A vacina que está a ser usada em Portugal contra a gripe A não foi aprovada pelos Estados Unidos por conter substâncias na sua composição que podem alegadamente causar danos à saúde dos que a tomam?

Será que a vacina comprada pelo Ministério da Saúde, tem mesmo defeito? Parece que sim: a vacina escolhida pela Agência Europeia do Medicamento para ser usada em todos os Estados membros, é a Pandemrix. No entanto, nos EUA, a Pandemrix não foi aprovada porque contém uma substância, o escaleno, que alegadamente provoca a alteração do sistema imunitário.

Lá teremos que voltar aos "folhetins diários do Dr. George e Dra. Jorge".

Se a Dra. Jorge e o Dr. George não tivessem transformado um problema de saúde pública, numa pandemia, estes assuntos não estariam a ter este tipo de impacto.

Voodoo

Será isto ciência, Voodoo ou negócio "puro e duro": Um novo medicamento contra a gripe A está a ser estudado. O fármaco chama-se Peramivir® e está em testes de aprovação mas já recebeu uma autorização de emergência. Os médicos podem utilizar o Peramivir® nos casos de doentes confirmados com a nova gripe e que não estão a responder ao Tamiflu® ou que não podem tomar o remédio por via oral. O Peramivir® funciona como o Tamiflu®: inibe a enzima que faz com que o H1N1 chegue a todo o corpo.