Sunday, January 31, 2010

Estado versus José de Mello Saúde

Todos sabemos como acabou o "casamento" entre o Estado e a José de Mello Saúde: em separação (divórcio é demasiado forte). Mas, mesmo a separação foi fugaz e aparente, pois a José de Mello Saúde partilha com o Estado a gestão de vários hospitais públicos (actuais e futuros).

Até nos lembramos que a Dra. Ana Jorge tinha (ainda terá?), um processo em Tribunal, relacionado com a sua passagem pela ARS-LVT, por causa do controlo (ou a falta dele) do Hospital Amadora-Sintra (em gestão de parceria público-privada com a José de Mello Saúde).

Bem, mas agora, queremos relatar algumas notícias da nova PPP, entre o Estado e a José de Mello Saúde (que não serviu para o Hospital Amadora-Sintra, mas serve para o Hospital de São Marcos, em Braga):

1. "O hospital de Braga não tem nem nunca teve na sua estrutura qualquer uma das especialidades em causa, nem médicos especialistas nessas áreas", disse Hugo Meireles, presidente da comissão executiva da empresa Escala Braga, a entidade criada pelo Grupo Mello Saúde para gerir o Hospital de S. Marcos. Hugo Meireles explicava desta forma a não aceitação de novos doentes nas consultas de Infecciologia, Nefrologia, Reumatologia e Imunoalergologia. "Os doentes que estavam a ser tratados, continuam no hospital mas como doentes de ambulatório e seguidos por especialistas em Medicina Interna", referiu.

2. Nos últimos quatro meses, a nova administração do Hospital de Braga contratou 70 profissionais, entre os quais 28 enfermeiros e 12 médicos. Hugo Meireles adiantou que a contratação de novos profissionais inseriu-se nos objectivos de redução do tempo de demora médio de internamento e de reforço da actividade do serviço de Urgência.

3. O Hospital de Braga e o Ministério da Saúde "esperam chegar a acordo dentro de dias" para que a unidade continue a receber doentes para as especialidades de infecciologia, nefrologia, reumatologia e imunoalergologia, disse fonte hospitalar.

Temos telenovela. Pela certa!

Post Scriptum: consta-nos que o nível de serviço no Hospital Amadora-Sintra não está melhor agora, face ao tempo em que era gerido pela José de Mello Saúde.

Friday, January 29, 2010

A cena dos ratos

Costuma-se dizer que "em casa em que não há pão, todos ralham e ninguém tem razão". No sector da saúde pública, cada vez mais frouxo, mas sempre a capturar mais recursos ao contribuinte, parece que a coisa começa a doer. Será que os ratos começam a saltar? Ou será algum papão à vista?

Vejamos isto: O novo modelo para financiar os hospitais do Serviço Nacional de Saúde está a criar uma onda de contestação e mal- -estar entre os administradores encarregues de gerir aquelas unidades. Devido a uma nova fórmula para transferir as verbas do Estado, e que terá efeitos já nos contratos-programa que serão assinados para este ano, há hospitais que vêem os seus orçamentos reduzidos em milhões.

E isto: Alguns dos cortes nos orçamentos são explicados por uma descida de categoria de hospitais distritais. É o caso do Amadora-Sintra e do Garcia de Orta, em Almada. Mas todos são penalizados por duas alterações que, admite Manuel Delgado, "são claramente para efeitos de contenção de despesa". Por um lado, as consultas externas passam a ser pagas todas pelo mesmo preço (sem haver diferenciação entre primeiras e as seguintes). Por outro lado, o preço de base para o pagamento de todos os actos médicos passa a ser o do hospital com melhor eficiência, em vez da média ponderada que existia.

Aqui vemos a "cena dos ratos": Uma das unidades que sofrerá um forte abalo no orçamento é o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. De saída, ao fim de cinco anos, o presidente Adalberto Campos Fernandes refere que "o princípio é virtuoso e sensato, porque a avaliação de desempenho e a qualidade é positiva. Mas tudo depende da sua aplicação prática".

E mais ratos: O Presidente do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, está a ponderar apresentar a demissão. Manuel Delgado, administrador hospitalar de carreira, foi convidado para um lugar no sector privado e já comunicou à ministra da Saúde a possibilidade de abandonar funções.

E ainda mais: O problema é que esta onda de demissões – cada uma com motivações oficiais diferentes – pode não ficar por aqui. A próxima pode ser a do director do Amadora-Sintra, Artur Vaz.

É a vida!

Bill Gates pledges $10bn for a 'decade of vaccine'

Bill Gates, the Microsoft founder and philanthropist, is to make the largest ever single charitable donation with a pledge of $10 billion (£6 billion) for vaccine work over the next decade.

Mr Gates said that he hoped the coming ten years would be the “decade of the vaccine” to reduce dramatically child mortality in the world’s poorest countries. It is calculated that his pledge could save more than 8 million lives.

Mr Gates and his wife, Melinda, made their announcement at the World Economic Forum’s annual meeting at Davos, Switzerland, where they were joined by Julian Lob-Levyt, the head of the vaccine consortium, the GAVI Alliance.

Wednesday, January 27, 2010

Ministério da Saúde: annus horribilis

O Ministério da Saúde anda mal governado. Há bastante tempo. Mas, parece que 2010, vai bater todos os recordes. Vejamos:

1. Depois do Conselho da Europa ter vindo a público afirmar que "a Gripe A foi uma falsa pandemia", a Dra. Ana "Gripe A" Jorge vem com esta boutade: a gripe A não foi uma falsa pandemia e defendeu todas as medidas tomadas contra a doença, nomeadamente a vacinação. "Os números apontam para que não seja uma falsa pandemia", disse Ana Jorge, acrescentando que em Portugal o vírus fez "mais de 80 mortes". Na realidade foram 97. Só que a Dra. Ana "Gripe A" Jorge não refere quantas pessoas morrem em Portugal, todos os anos, por causa da chamada gripe sazonal, sem se fazer o alarido mediático que ela fez!

2. A DECO veio mostrar que a maior conquista de Abril, o SNS, anda pelas ruas da amargura: "Surpreendeu-nos o facto de muitas famílias deixarem de fazer tratamentos por falta dinheiro, o que significa que o Serviço Nacional de Saúde não está a cumprir a sua missão", diz Carlos Morgado, sociólogo que coordenou o estudo, a publicar na revista Teste Saúde de Fevereiro. Extrapolando para a população nacional estão em causa 650 mil famílias.

3. O "menino de ouro" do Prof. Correia de Campos, vindo da Médis, vai regressar à Médis: A presidência do Centro Hospitalar Lisboa Norte, que integra os Hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, vai mudar em Fevereiro próximo. O actual presidente, Adalberto Campos Fernandes, deixa o cargo, que ocupou durante cinco anos, e regressa ao seu antigo grupo, o Millenium bcp. Para o seu lugar vai Correia da Cunha, hoje director clínico daquela unidade.

4. A entidade reguladora do medicamento vai ter um orçamento farto em 2010: O orçamento da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) cresce 75,6% em 2010, atingindo os 49 milhões de euros, segundo a proposta do Orçamento do Estado (OE) entregue pelo Governo terça-feira no Parlamento.

5. A despesa com a saúde pública explode, mesmo em ano de "vacas magras": O total da despesa da saúde cresce 10% em relação a 2009, situando-se nos 9504,5 milhões de euros, graças sobretudo ao aumento dos gastos de funcionamento e da transferência de verbas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) de 8698,7 milhões.

6. Depois do fausto de 2009, mais financiamento para os faustosos: Os hospitais com gestão empresarial terão um reforço orçamental de 200 milhões de euros durante este ano para a realização de capital estatutário, segundo a versão preliminar do Orçamento de Estado de 2010.

Crise? Qual crise?

Monday, January 25, 2010

Falta de vergonha

Diz o Senhor Dr. Francisco George: O director-geral da Saúde considera que o investimento que foi feito na prevenção da gripe A/H1N1 tem benefícios duradouros, nomeadamente ao nível da higiene individual e familiar e de controlo das infecções respiratórias, em particular da gripe.

E porque é que este Alto Funcionário do Ministério da saúde diz aquilo? Por isto: Wolfgang Wodarg (presidente da Comissão da Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa) acusou a Organização Mundial de Saúde de conivência com a indústria farmacêutica por causa do que considera ter sido a “falsa pandemia” da gripe A/H1N1.

Ou seja, para o Dr. George, os milhões que o Estado, as empresas e os cidadãos andaram a gastar na suposta prevenção da Gripe A, em alguidares, água, detergentes e afins, foram bem gastos, porque agora há mais limpeza!

Se a falta de vergonha pagasse imposto, o Dr. George teria a taxa de 100% de IRS! Pelo que consta, o Dr. George continua a desempenhar o mesmo cargo.

Sunday, January 24, 2010

O sal faz mal

Shaving 3 grams off the daily salt intake of Americans could prevent up to 66,000 strokes, 99,000 heart attacks and 92,000 deaths in the United States, while saving $24 billion in health costs per year, researchers reported on Wednesday.

The benefit to the U.S. population would be comparable to cutting smoking by 50 percent, significantly lowering obesity rates and giving cholesterol drugs to virtually everyone to prevent heart attacks, said Dr. Kirsten Bibbins-Domingo of the University of California, San Francisco and colleagues.

Salt, which contributes to high blood pressure and heart disease, is widely overused in the United States, with 75 to 80 percent coming from processed food. Men typically consume 10.4 grams per day. For women, the average is 7.3 grams. Its use is rising.

Thursday, January 21, 2010

H1N1

Fonte: aqui.

Tuesday, January 19, 2010

O lobby da construção

Muitos hospitais portugueses estão caducos. Já o sabemos. Muitos hospitais portugueses precisam de obras. É verdade. Muitos hospitais portugueses têm sido objecto de obras, parciais ou significativas, que têm custado muito dinheiro. É disso exemplo, o Hospital de São Francisco Xavier.

Agora vejamos esta notícia: O Ministério da Saúde está à procura de um terreno de nove hectares na zona ocidental de Lisboa ou em Oeiras para substituir os hospitais de Santa Cruz, Egas Moniz e Francisco Xavier, que vão fechar.

Como? Os milhões de euros que têm sido gastos no Hospital de São Francisco Xavier e no Hospital Egas Moniz, vão agora ser implodidos?

Parece que Portugal, e em particular o Estado, está cheio de recursos, deitando fora milhões de euros gastos na reabilitação de hospitais.

É que estamos à beira de um anúncio de aumento de impostos! Mas, o Estado que em vez de gastar mais e cobrar mais, deveria poupar mais, para aliviar mais os contribuintes!

Esta decisão só pode ter uma razão: a força do velho e destruidor de recursos, lobby do betão!

Monday, January 18, 2010

A saúde é um bom negócio

Pelo menos é o que podemos perceber pelo que se diz aqui: No primeiro ano de actividade sem a gestão do hospital Amadora-Sintra, a José de Mello Saúde estima ter fechado o ano com uma facturação na ordem dos 266 milhões de euros.

E as oportunidades estão à vista: Depois de um ano de "franco crescimento", Salvador de Mello, presidente da José de Mello Saúde, diz que 2010 será de "forte investimento", apontando baterias para a abertura do Hospital Cuf Porto ainda no primeiro semestre.

E o SNS? Será o ano do anúncio do seu abandono? Ou será que este crescimento no sector privado, não é o melhor indicador que o SNS é cada vez mais uma opção para os que não podem ter outra?

Friday, January 15, 2010

Sleep loss

Sleeping in on Saturday after a few weeks of too little shuteye may feel refreshing, but it can give a false sense of security.

New research shows chronic sleep loss cannot be cured that easily. Scientists teased apart the effects of short and long-term sleep loss and found that the chronically sleep-deprived may function normally soon after waking up, but experience steadily slower reaction times as the day wears on, even if they had tried to catch up the previous night.

It is work with important safety implications in an increasingly busy society, not just for shift-workers but for the roughly one in six Americans who regularly get six hours or less of sleep a night.

"We know that staying awake 24 hours in a row impairs performance to a level comparable to a blood-alcohol content beyond the legal limit to drive," said lead researcher Dr Daniel Cohen of Boston's Brigham and Women's Hospital.

Tuesday, January 12, 2010

Gripe A: a clara falácia II

Já há algum tempo que vimos aqui escrevendo sobre o affaire Gripe A. Mas, cuidado que este affaire custou muito à sociedade, e beneficiou sobretudo uns quantos.

Vejamos alguns detalhes da grande tramóia:
  • Os ganhos da indústria farmacêutica no fabrico de vacinas contra a gripe A e antivirais estão sob suspeita do Conselho da Europa.
  • O ganho de cinco mil milhões de euros pela indústria farmacêutica no fabrico de vacinas contra a gripe A e antivirais leva o Conselho da Europa a avaliar a possibilidade de criar uma comissão de inquérito para analisar a pressão que os laboratórios terão exercido na Organização Mundial da Saúde (OMS) para ter declarado a doença como uma pandemia.
  • Segundo o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Wolfgang Wodarg, a campanha da 'falsa pandemia da gripe, criada pela Organização Mundial da Saúde e outros institutos em benefício da indústria farmacêutica, é o maior escândalo do século na Medicina'.
Como diz este especialista português, Dr. António Vaz Carneiro, a OMS cometeu este "desvio" de avaliação: A OMS avançou com a possibilidade, muito reduzida, de haver 71 milhões de mortos no Mundo. A verdade é que até hoje morreram 12 mil no Mundo. Valor muito abaixo das mortes de gripe sazonal, que só em Portugal mata dois mil por ano.

A OMS, órgão da ONU, limita-se a colaborar com o poderoso lobby farmacêutico e governamental. Relembre-se que a Gripe A deu muito jeito aos vários governos ocidentais, que assim "apagaram" a maior recessão económica desde a II Grande Guerra.

Tarde ou cedo, a verdade vem ao de cima! O que dirão agora a Dra. Margaret Chan, Directora-Geral da OMS ou o Dr. Francisco George, Director Geral de Saúde? Parece que continuam nos mesmos sítios!

Sunday, January 10, 2010

Sociedades decadentes

Quando se discutem estes assuntos, desta forma, só temos que ficar muito preocupados, pois estamos inseridos numa sociedade decadente:
  • Os efeitos secundários da Ritalina são muitos, desde insónias, náuseas, taquicardia, dores de cabeça à perda de apetite, que pode potenciar atrasos no desenvolvimento da criança. No entanto, segundo o pediatra Miguel Palha, estas situações passam normalmente depois de meio ano.
  • Já Libério Ribeiro aconselha à descontinuidade na toma deste psicofármaco: "No fim-de-semana e nas férias escolares deve fazer-se a suspensão do medicamento para que não se verifique um atraso no crescimento".
  • Armando Fernandes, do Centro de Desenvolvimento Infantil de Telheiras, faz uma vigilância apertada: "Meço a altura, peso e faço auscultação cardíaca com frequência e peço um electrocardiograma e análises de ano a ano." O médico garante que não há o risco de dependência.

E para que serve a tal de "ritalina"? Para isto: Metilfenidato (nome comercial Ritalina) é uma substância química utilizada como fármaco, estimulante leve do sistema nervoso central com mecanismo de ação ainda não bem elucidado, estruturalmente relacionado com as anfetaminas.[1] É usada para tratamento medicamentoso dos casos de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), narcolepsia e hipersônia idiopática do sistema nervoso central (SNC).

Thursday, January 07, 2010

Cell phone radiation may fight Alzheimer's... in mice

The possibility that cellular phones have an impact on human health has generally been viewed in terms of the potential to do harm, primarily by inducing or promoting the growth of cancer. But a study that will be published by the Journal of Alzheimer's Disease may turn that all on its head. The study examined the performance of mice that received a daily dose of radiation similar to that produced by cell phones, and found that, over a period of several months, their memory improved. When the same procedure was performed with mice engineered to be predisposed to Alzheimer's pathology, it was actually able to reverse some of the cognitive decline. The findings are very preliminary, and need to be interpreted cautiously, but there's an interesting lesson in this.

Monday, January 04, 2010

Gripe A: a clara falácia

Felizmente que a Gripe A (Swine Flu ou Gripe dos Porcos) não passou de uma tentativa de distrair a opinião pública mundial da grave recessão mundial em que vivem os países ocidentais. Felizmente que o número de mortos não foi muito elevado, provavelmente abaixo da gripe sazonal. Infelizmente, os accionistas da farmacêutica que produz o Tamiflu (será a Roche?), não têm razão para se queixarem:
  • A França está confrontada com um enorme erro de estimativa. Quando se instalou o pânico internacional sobre a Gripe A, o país comprou dezenas de milhões de doses de vacinas. Agora está a tentar vendê-las a outros países. Estão em causa centenas de milhões de euros.
  • A Alemanha e a Holanda são outros países europeus que estão a fazer o mesmo.
  • O Ministério da Saúde (de Portugal), contactado pela RTP, diz que, apesar da procura estar abaixo da expectativa, não há vacinas em excesso.
Se a incompetência pagasse imposto, poderíamos ter aqui uma contribuição adicional para os déficits públicos. Infelizmente, são os contribuintes que têm que pagar o non-sense destes governantes de pacotilha!

Sunday, January 03, 2010

Falta de médicos: release 2010

Todos os softwares vão tendo novas releases. Ou porque estão desactualizados, ou porque os seus fabricantes querem ganhar mais dinheiro através das novas versões.

A história da falta de médicos em Portugal é idêntica. Ou se importam médicos de Espanha, do Brasil, dos PALOP's, de Cuba, ou se inventa mais uma origem, como foi o caso do Uruguai, no ano de 2009.

O Ano Novo está aí e lá voltamos a mais uma rábula: O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou ao DN que vai "contratar mais algumas dezenas de médicos de outros países", que deverão ser angariados na América Latina. Desta vez, deverão ser as Administrações Regionais de saúde de Lisboa e do Porto a beneficiar destes reforços de profissionais.

Ridículo, apesar de nos custar muito dinheiro. É que comprovadamente, Portugal tem um rácio de médicos por 1.000 habitantes, ao nível da média da União Europeia. Logo, tem tantos médicos quanto alguns dos países mais desenvolvidos do mundo.

Veja-se este retrato: A Ordem dos Médicos tem 4400 estrangeiros inscritos, grande parte vindos da UE (2631), do Brasil (698) e da América do Sul (325). Mais de 11% do total de clínicos a trabalhar no País: 39. 473, de acordo com os dados de Agosto do ano passado.

Isto, apesar de um esforço para a abertura de mais Faculdades de Medicina: Foram abertos dois novos cursos de medicina, em Aveiro e no Algarve, e o número de vagas subiu de mil para 1700.

E tudo isto com este cenário:
  • Para a ANEM (Associação Nacional de Estudantes de Medicina), Portugal tem um "problema de distribuição de médicos por região e especialidade, não um défice do seu número total, que se encontra acima da média europeia".
  • A associação divulga em comunicado os dados mais recentes relativos ao número de médicos em Portugal, publicados no Relatório Anual da OCDE a 01 de Julho de 2009, segundo o qual "o número de médicos em Portugal - 3,5 clínicos por mil habitantes - está quatro décimas acima da média dos 30 estados-membros (3,1) e aproxima-se a passos largos do topo encabeçado pela Grécia e Bélgica".

Num país com um galopante nível de desemprego e com excesso de recursos humanos qualificados, cada nova release de "falta de médicos" só contribui para mais incredulidade!