Friday, April 26, 2013

Patients may be at risk of over-treatment


Despite a health care system burdened by high costs and patients facing long waits for medical procedures, many Canadians are getting unnecessary diagnostic tests and surgeries that may leave them worse off, physicians say.


Patients in their 40s and 50s who have elective knee-replacement surgery, for example, are at increased risk for early failure of the artificial joint, said Gillian Hawker, a rheumatologist and clinical epidemiologist at the University of Toronto.


Revision surgery to repair the artificial joint is a complex procedure that does not always go well, she said. But try telling that to middle-aged patients who insist they need a new knee or hip so they can ski into their golden years, she added. “They will keep looking until they find a surgeon who will operate,” Hawker said. “Then they have surgery and are surprised that, when you hit a new joint hard, it wears out fast.”


Knee replacement surgery is on a list of procedures under review by Canadian provinces in a recent push to reduce unnecessary medical treatments and diagnostic tests. The Health Care Innovation Working Group, an interprovincial body, is re-evaluating procedures including MRIs, joint replacements and cataract removal to set new guidelines on when such interventions are necessary and when they are of questionable benefit.


In the past two years, “there’s been a groundswell of energy focused on overdiagnosis and overtreatment,” said Alan Cassels, a pharmaceutical policy researcher at the University of Victoria and the author of Seeking Sickness: Medical Screening and the Misguided Hunt for Disease (2012).

Monday, April 22, 2013

Portugal: o país do "faz de conta"

Volta e meia, vem à praça pública, a discussão da avaliação dos médicos. Assim como se fala muitas vezes, da avaliação dos Juízes. Ou ainda da avaliação dos funcionários públicos. Aliás, em Portugal existiram em tempos, na chamada administração pública, as promoções automáticas. Como se alguém pudesse ser promovido, sem sequer ser avaliado.

Muita gente, acha estranho que Portugal tenha falido. Que grande estranheza. Veja-se mais esta barrigada de riso:  Os médicos vão pela primeira vez ser avaliados através de objetivos que passam por parâmetros como a "eficácia, eficiência e qualidade", contando para a sua classificação a atividade assistencial, a produtividade e a atitude profissional, informou a tutela.

Pela primeira vez? Como? Já não eram avaliados? Ou antes, eram avaliados pelos amigos? Ou avaliados pela cor do cartão partidário? Ou avaliados por pertencerem à Irmandade?

Apesar desta grande novidade, a montanha vai parir um rato, mais uma vez: Sem revelar pormenores sobre a forma como esta avaliação se vai realizar -- cujas deliberações irão ser publicadas em Diário da República e no Boletim do Trabalho e do Emprego --, a ACSS adiantou que o modelo se aplica "já em 2013 aos médicos que exercem funções nas entidades prestadoras de cuidados de saúde, independentemente da natureza jurídica do estabelecimento de saúde, bem como do vinculo detido pelo profissional".

A autoridade ainda parece gozar com os contribuintes, ao fazer afirmações com uma falta de vergonha incomensurável: "A avaliação do desempenho, além de ser essencial em qualquer organização para garantir a qualidade do serviço prestado e a melhoria das práticas profissionais, constitui um elemento fundamental e, neste caso, imprescindível, no âmbito do percurso profissional de todos os trabalhadores em funções públicas", lê-se na informação da ACSS.

Como se nós não soubéssemos!

Wednesday, April 17, 2013

Portugal é uma brincadeira

Deveremos racionalizar os recursos? Sim, deveremos. Mas, isto é surrealFernando Pardal está registado na Ordem dos Médicos como sendo especialista em Anatomia Patológica. Serviço de especialidade que dirige há anos no Hospital de Braga. Acontece que este clínico acumula, actualmente, cargos de direcção em mais seis especialidades distintas: reumatologia, cirurgia maxilofacial, nefrologia, genética médica e doenças infecciosas.


Ainda que a entidade que gere o Hospital de Braga venha com desculpas absolutamente incompreensíveis: a administração deste hospital, em parceria público-privada, garantiu que o médico está a ocupar estes cargos “interinamente” por ser o elemento mais experiente da equipa, dado que estes serviços “agrupam um número ainda reduzido de profissionais”.

Oh meus amigos, se não têm recursos disponíveis, não digam às pessoas que os serviços existem. Isto é pura manipulação. Isto é enganar as pessoas frontalmente. Nem sequer se deveria tolerar isto, num hospital privado. Num hospital público, é absolutamente inacreditável e diz bem sobre a choldra em que Portugal se vê envolvido.

Não contentes com a falta de profissionalismo, e com a não existência de ética, querem mandar o lixo para debaixo do tapete: do site do hospital foi retirada a informação que dava conta, até à passada segunda-feira, do nome de Fernando Pardal associado às sete especialidades.

Sunday, April 14, 2013

A insustentabilidade do SNS

Há muito que se escrevia por aqui, que era uma evidência. Não era possível ter hospitais mal geridos, um pouco por todo lado. Não era possível ter centros de saúde, sem qualquer integração com os hospitais. Não era possível dar ao sector farmacêutico, rios de dinheiro, à custa de um contribuinte depenado e dos credores estrangeiros. Não era possível, tanta desorganização e tanta gente ociosa.

Os co-pagamentos foram um paliativo. Agora, diz-nos um dos políticos de turno, que nem a co-pagar o SNS, este é auto-sustentável"Não é com as taxas moderadoras que o SNS se tornará sustentável", disse o secretário de Estado da Saúde, ao ser questionado sobre um eventual aumento das taxas moderadoras.

Incapazes de assumiram perante os portugueses, que a falência é um facto, continuam, com mistificações: "O SNS, para se tornar sustentável precisa de uma conjugação de esforços, que passa por uma muito maior eficiência na prestação de cuidados e serviços, pela capacidade de prevenção que passa, e começa, pelo comportamento das pessoas", acrescentou.

Isto vai acabar muito mal!

Sunday, April 07, 2013

Magic mushrooms


Magic mushrooms could provide a new treatment for depression, according to a leading psychiatrist who is calling for a change in the law to allow him to conduct the first clinical trial of the hallucinogenic drug.

Prof David Nutt, of Imperial College London, claims that a dose of the key psychedelic ingredient in the fungi, equivalent to five magic mushrooms, can switch off parts of the brain involved in depression. In a small-scale study by his team, volunteers reported that their mood improved for up to two weeks after being injected with the drug. Prof Nutt, who is president of the British Neuroscience Association and a former government adviser on drug misuse, has been given £500,000 of funding to conduct the first clinical trial with a purified form of the illegal drug.

He said that the trial, which will involve 60 patients, would use a synthetically manufactured form of psilocybin, the psychedelic ingredient in about 200 species known commonly as magic mushrooms. About one in 10 people in Britain suffers from depression each year, but at least 10 per cent of them fail to respond to treatment.

Tuesday, April 02, 2013

Iceberg de corrupção

Se não é, parece. Pois, atentemos o que diz a Senhora Ministra da JustiçaA ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, admitiu nesta terça-feira que “é de enorme dimensão” a fraude ao Serviço Nacional de Saúde. Em causa estão, sobretudo, as prescrições médicas fraudulentas e as burlas praticadas nas farmácias.

Nos EUA, antes de chegar ao Meretíssimo, os potenciais criminosos aprestam-se por chegar a acordo com o Estado, ou seja o lesado, e indemnizá-lo, procurando assim evitar mais estragos.


Em Portugal, nada se passará, até porque, quase de certeza, a Polícia Judiciária ou o Ministério Público cometerão erros processuais, que conduzirão à anulação de decisões posteriores. Ou os eventuais criminosos armar-se-ão com grandes escritórios de advogados, que mandam mais em Portugal do que os próprios Tribunais, e nada se passará, apesar de aparentes evidências: Segundo um balanço apresentado nesta terça-feira, entre médicos, farmacêuticos e outros profissionais ligados à saúde foram constituídos 252 arguidos e detidas 34 pessoas nas várias investigações desencadeadas pela Judiciária. Condenações em tribunal, Paula Teixeira da Cruz garante que também já as há, embora não tenha especificado quantas nem em que casos.

A forma como se detalha até é hilariante: “A fraude é praticada em todo o país e envolve grupos organizados. Alguma desta criminalidade é altamente sofisticada”, descreveu. Depois das operações policiais terem tido lugar, as autoridades registaram uma “substancial redução de prescrição por parte de alguns médicos e de vendas nalgumas farmácias, bem como ao nível da despesa do Serviço Nacional de Saúde”.

Portugal é um fartote, sobretudo para os contribuintes, e mais dia, menos dia, para os detentores de depósitos bancários, uma vez que os credores não vão aceitar pagar estes crimes.

Monday, April 01, 2013

Farmácias online ilegais

Os EUA é um país de extremos. Mas, por lá, a Lei funciona. Ou, como neste caso, nem foi preciso o Tribunal entrar em campoA empresa de correio expresso UPS acordou ontem pagar 40 milhões de dólares (31,2 milhões de euros) para evitar ir a tribunal pela entrega de medicamentos em nome de farmácias online ilegais.

Se este caso acontecesse em Portugal, a empresa de correio expresso seria julgada daqui por uns quantos anos, logo antes do caso prescrever. A seguir, prescrevia, e os prevaricadores continuavam impunes.

O Ministério Público dos EUA funciona sem ineficiências propositadas, como acontece habitualmente em alguns países: O Departamento de Justiça dos Estados Unidos levou a cabo uma investigação em que provou que a UPS fez o transporte e entrega de medicamentos em nome de farmácias na Internet que distribuíam substâncias controladas e sujeitas a receita, sem que as mesmas fossem suportadas por prescrições médicas válidas.

A diferença fundamental entre seres humanos, não está relacionada com a cor da pele ou a religião, está relacionada com o facto de existirem seres humanos que aprendem com a experiência, enquanto outros cometem erros sucessivos.