Wednesday, February 28, 2007

Revolução tecnológica na saúde

A importância da escolha dos prestadores de saúde, pelos consumidores, aumentará, inexoravelmente. O direito do consumidor à escolha livre acontecerá, independentemente dos muitos obstáculos que lhe sejam colocados. Vejamos esta antecipação da Microsoft: A Microsoft anunciou a aquisição da Medstory, uma companhia californiana que desenvolve tecnologias de buscas inteligentes via web para o sector da Saúde.

Repara-se no imenso potencial de procura nos EUA: Segundo um estudo conduzido pela consultoria Pew Internet & American Life Project, oito milhões de norte-americanos navegam na Internet diariamente à procura de informações sobre saúde.

Medstory é um "google" orientado para a saúde e a medicina.

Tuesday, February 27, 2007

Atendimento ao público

Parece que no Ministério da Saúde, ainda não se acordou para os "tempos do consumidor", pois não entendemos isto: A Linha de Saúde Pública vai manter-se a funcionar 24 horas por dia pelo menos até sexta-feira, apesar do número de chamadas devido à gripe e infecções respiratórias ter diminuído, disse hoje à Lusa o coordenador da linha.

Porquê que a Linha de Saúde Pública há-de deixar de funcionar 24 horas, por dia? Será que não há doenças às 3h00m da manhã? Será que o serviço 112 não funciona às 4h00m da manhã?

Os novos tempos, exigem flexibilidade e orientação para servir o cliente, sobretudo quando o cliente pode necessitar do serviço....sem hora marcada! De outra forma, há entupimentos nos "procedimentos normais".

Se a questão se centra nos custos, então, em vez de ter o serviço a funcionar a 100%, a partir das 24h00m, ponham-no a funcionar a 30%.

É tudo uma questão de bom senso.

Monday, February 26, 2007

Tempo de trabalho Médico

Lemos que em Espanha, o tempo de trabalho seguido, desempenhado pelos Médicos é contestado, por estes: Unas reclamaciones que pasan, sobre todo, por ver reconocido su derecho a descansar después de una guardia de 24 horas y, de ahí el lema de los carteles: tal y como está redactado el Estatuto del residente, la ley permite que un MIR trabaje una jornada de ocho horas justo después de una guardia de un día entero, 32 horas seguidas en total.

Concordamos com esta reclamação dos Médicos Espanhóis, sobretudo se pensarmos que uma pessoa normal, já não tem um nível aceitável de capacidade intelectual e mesmo motora, ao fim de 15 - 18 horas seguidas de trabalho. Porquê, então 24 ou mesmo 32 horas de trabalho, consecutivo?

Em Portugal, parece que ainda existem as chamadas "urgências de 48 horas". Se ainda existem, coitados dos doentes. Poderão ficar ainda mais doentes.

Retalhos na vida de um Ministro

Um: O presidente da câmara do Fundão chegou a acordo com o Governo para a manutenção das urgências hospitalares na cidade, cujo encerramento foi previsto num estudo encomendado pela tutela.

Dois: "Nenhum ministro tem uma varinha mágica para ali colocar um anestesista com a juventude e o glamour do Dr. Kildare".

Três: O ministro da Saúde realizou hoje uma visita de charme ao Hospital do Montijo, anunciada com apenas uma hora de antecedência, um dia depois de ter assinado um protocolo que evitou o encerramento das urgências da unidade e num local onde tem havido constantes protestos.

Saturday, February 24, 2007

A saúde começa nos cuidados primários

Quando alguém chega a uma urgência hospitalar, é porque a situação é muito difícil, mesmo quase incontrolável. Contudo, em Portugal, muitas pessoas recorrem às urgências hospitalares, por razões menores: pequenos surtos gripais, problemas dentários, e outro tipo de situações sem verdadeira necessidade de apoio de urgência, se os referidos problemas fossem prevenidos antes.

Tudo isto a propósito desta notícia: no concelho de Gaia, contam-se cerca de 100 mil utentes que não têm médico de família. Não entendemos que o Interior esteja a ser despovoado de recursos de saúde, e simultâneamente, um grande centro, como Gaia (o terceiro Município mais populoso do país) tem esta grave deficiência.

Sem cuidados primários adequados, é inevitável que os cidadãos recorram por razões menores aos hospitais. Vejamos mais este nível de qualidade de serviço, nos cuidados primários:
  • Os utentes do Centro de Saúde da Boa Nova fazem filas, de madrugada, na expectativa de conseguir uma consulta no serviço de reforço.
  • É um centro construído há cerca de uma década e serve três freguesias, Vilar do Paraíso, Valadares e Madalena, e 32 mil pessoas. Actualmente, a lista de utentes sem médico de família na unidade contabiliza 10 500 habitantes.
  • A partir das quatro horas, verificam-se filas, de madrugada, para conseguir uma consulta do reforço.

Friday, February 23, 2007

Lições do NHS



Notícias da Grã-Bretanha, que só nos dizem que a turbulência portuguesa está para durar. É absolutamente insustentável suportar um crescimento dos gastos em saúde, em cerca do dobro do crescimento das economias. Gordon Brown limita-se a ser realista ao prever crescimentos de 3%. O que dirão as "Corporações da Saúde"?

Tuesday, February 20, 2007

Imagem: Strategic Management of Health Care Organizations, Fifth Edition.
Conteúdo:
Part 1 Strategic Management
Chapter 1: The Nature of Strategic Management
Chapter 2: Understanding and Analyzing the General Environment and the Health Care Environment
Chapter 3: Service Area Competitor Analysis
Chapter 4: Internal Environmental Analysis and Competitive Advantage
Chapter 5: Directional Strategies
Chapter 6: Developing Strategic Alternatives
Chapter 7: Evaluation of Alternatives and Strategic Choice
Chapter 8: Value Adding Service Delivery Strategies
Chapter 9: Value Adding Support Strategies
Chapter 10: Communicating the Strategy and Developing Action Plans

Part 2 Appendices
Appendix A: Analyzing Strategic Health Care Cases
Appendix B: Oral Presentations for Health Care Professionals

Part 3 Cases in the Health Care Sector
Case 1: The U.S. Health Care System - Participants, Financing, and Trends: An Industry Note
Case 2: Methodist Healthcare - Managing for the Future
Case 3: Community Blood Center of the Carolinas: Donations, Donations, Donations
Case 4: ASPIRE2 in Arkansas
Case 5: Can This Relationship be Saved? The Midwestern Medical Group's Integration Journey
Case 6: Vietnam International Hospital: What Now?
Case 7: Indian Health Service: Creating a Climate for Change
Case 8: Dr. Louis Mickael: The Physician as Strategic Manager
Case 9: The New Office of Women's Health: Building Consensus to Establish a Strong Foundation
Case 10: The Rosemont Behavioral Health Center
Case 11: Riverview Regional Medical Center: An HMA Facility
Case 12: AIDSCAP Nepal
Case 13: Emanual Medical Center: Crisis in the Health Care Industry
Case 14: Cooper Green Hospital and the Community Care Plan
Case 15: U.S. HealthSolutions
Case 16: C. W. Williams Health Center: A Community Asset
Case 17: Regional Memorial's Institutional Ethics Committee: Work To Do
Case 18: The Premier Health Care Alliance Emerges
Case 19: The Case for Open Heart Surgery at Cabarrus Memorial Hospital
Case 20: Sunshine County Health Department: Strategy Implementation

Falta rigor na gestão da saúde

Registamos dois casos:

É nestes "pequenos detalhes", que a gestão hospitalar se deve focar. Pois, não é só na reorganização dos cuidados de saúde, que há muitas ineficiências. No dia-a-dia das organizações de saúde há muitas "pequenas" ineficiências. Se não forem minimizadas, correremos o risco de fechar quase toda a rede de saúde!

Monday, February 19, 2007

Comunicação precisa-se!



A propósito da temática das "urgências hospitalares", gostaríamos de relembrar apenas, um conceito básico de comunicação: Human communication refers to the social interaction of giving and receiving information for the purpose of not only understanding, but also facilitating social connection.

Estranhamos o facto de pulularem diversos spin doctors no Ministério da Saúde, mas a eficácia da comunicação ser tão pobre.

Ler a experiência Britânica


Tony Blair tentou revolucionar o NHS, tendo como objectivo melhorar o serviço aos Clientes, mantendo a matriz do serviço, pública. Achamos que conseguiu muitos dos seus objectivos, ainda que sempre, sobre uma chuva de protestos de corporações e dos media.



A reacção dos dois lados:

É difícil, satisfazer os diferentes stakeholders! Mas, para nós, mais importante do que a satisfação dos Médicos, ou dos Sindicatos, está a satisfação dos Clientes, ou se quiserem dos doentes e das suas famílias.

Friday, February 16, 2007

Correr atrás de tudo o que mexe

Os utentes estão a recorrer pouco ao alargamento do horário de funcionamento das urgências dos centros de saúde. No Centro de Saúde dos Olivais (Lisboa) o serviço de urgência tem atendido uma média de cinco a seis pessoas a partir das 20h00. A distribuição gratuita de medicamentos contra as dores e febres também tem sido baixa.

A temática da saúde é cada vez mais "capa de jornal" ou "abertura de telejornal". Todos os sabemos. Mas, cabe aos mais Altos Responsáveis saber gerir também a comunicação. Tudo isto, a propósito da notícia acima referida. Os media, sabe-se lá porquê, começaram a dar muita importância às avalanches das urgências hospitalares. Falou-se em "picos" de gripes. Como se as condições climatéricas, durante o presente Inverno, fossem anómalas. Ou, houvesse alguma epidemia por contágio. Nada disso, acontecia.

Mas, como o poder político se deixa arrastar pelos opinnion makers, neste caso as "aberturas de telejornal", o Senhor Ministro decidiu abrir os Centros de Saúde a horas nocturnas, oferecendo até alguns medicamentos. O resultado está à vista!

Senhor Professor, dizemos nós, não vale a pena correr atrás de tudo o que mexe! Até porque os recursos são escassos.

Thursday, February 15, 2007

O modelo de saúde continua em discussão

Lemos um artigo, bastante interessante, da ex-Ministra da Saúde, Professora Manuela Arcanjo, que resumimos nestes pontos:
  • Na semana passada, o PR destacou as assimetrias no acesso aos cuidados de saúde e as falhas dos programas específicos de prevenção e tratamento seja de dependências seja de doenças crónicas.
  • Nos últimos anos, a análise da natureza e dimensão da reforma dos sistemas de saúde (e da segurança social) em diversos países europeus tem suscitado enorme interesse científico. Dos estudos publicados, destaco duas conclusões. Em primeiro lugar, e ao contrário do que era esperado, não foi observada uma mudança radical mas um processo adaptativo a uma nova realidade geradora de um incontornável acréscimo de recursos. Segundo, a contenção de custos foi identificada como a dimensão dominante - justificada pela consolidação das finanças públicas - embora expressa por uma desaceleração, em graus diferentes, do crescimento da despesa pública em saúde.
  • Por cá, o ministro da Saúde parece ter outro objectivo: o de apresentar Portugal como um "estudo de caso" com uma redução da despesa pública!

Ora bem, terá a ex-Ministra com alguma inveja do actual Ministro? Ou estará a ex-Ministra a confessar, em público, algo que muitos de nós pensamos em privado, sobretudo quando afirma, "Aquilo a que se assiste traduz apenas uma visão contabilística da saúde ou terá alguma estratégia inconfessável?"?

O futuro dirá.

Wednesday, February 14, 2007

Siesta


É pena, que por cá, o hábito tenha caído em desuso!

Tensão


  1. Pelo primeiro parágrafo, entendemos que o Ministro da Saúde se sente em luta, com os "profissionais de saúde". Em gestão de recursos humanos, é grave que uma Chefia esteja em luta com os seus Chefiados. Se não há respeito pela Chefia, e esta precisa de se afirmar pela....força, a situação só tenderá a piorar.
  2. Quanto ao segundo parágrafo, não entendemos porquê que o Senhor Ministro diz aos Senhores Deputados que não são Maquinistas ou Revisores. Para nós, os Senhores Deputados não são meros passageiros. Se o forem, algo estará errado!
  3. Curioso é sentir toda esta tensão, numa fase em que a insatisfação dos cidadãos é evidente, no que diz respeito à saúde. Ou seja, a insatisfação só poderá aumentar!

Tuesday, February 13, 2007


Resumo: Dennis D. Pointer and James E. Orlikoff, two of the most experienced and highly regarded governance consultants in the country, have written a definitive guide for health care boards that want to maximize their performance and help their organizations reach full potential. Getting to Great presents a set of easily applied principles and best practices based on a model that has been proven to strengthen health care governance. Filled with tools and techniques, this practical guide includes A model of health care governance used by the best health care boards Seventy-two governance principles and associated practices and tips on helping the board to use them Checkups for assessing a board Guidelines for implementing principle-based governance This guide will be an invaluable resource for health care board members and executives who are committed to investing in their organization's future.

Monday, February 12, 2007

Ministério da Saúde: contas 2006



Quando as coisas correm bem, exultamos. Mas, não deixamos de fazer alguns reparos à anunciada apresentação de "louros" do Senhor Ministro da Saúde:
  • Não sabemos se a dívida aos Laboratórios Farmacêuticos, por parte dos Hospitais, constará ou não dos valores a apresentar pelo Senhor Ministro. Se não constarem, o cumprimento do Orçamento não é real.....
  • O desinvestimento claro nas Unidades de Saúde (Centros de Saúde e Hospitais), com excepção da abertura das novas Unidades de Saúde Familiar, fazem-nos pensar que se mantém o nível orçamental, à custa da degradação evidente de edifícios e de equipamentos.
  • Finalmente, o nível de qualidade dos serviços é cada vez pior (listas de espera nos Centros de Saúde, falta de Médicos de Família, listas de espera cirúrgicas, etc.).

Mais oferta na saúde

É com satisfação que assistimos a esta aposta clara no investimento na saúde, em portugal: O grupo Hospital da Trofa vai investir 100 milhões de euros na construção de três hospitais privados em Matosinhos, Alfena e Braga, no âmbito da sua estratégia para liderar o mercado da saúde privada no Norte do país.

E o grupo do Hospital da Trofa utiliza mesmo uma linguagem moderna de aproximação aos clientes: Estas juntar-se-ão às três que já possui em Paços de Ferreira (desde o início do ano), na Maia (aberta desde Novembro passado) e na Trofa (desde Maio), numa lógica de aproximação e fidelização dos clientes.

Parabéns.

Sunday, February 11, 2007

Crónica de uma morte anunciada

Não era preciso ter capacidades divinas ou possuir uma cátedra numa Universidade de nível mundial, para perceber há já bastante tempo (pelo menos desde os finais do Século passado), que o SNS estava a caminhar para a ruptura financeira.

Bastava, como simples cidadão, visitar um Centro de Saúde ou um Hospital, para verificar:
  • Listas de espera de meses/ anos para uma cirurgia.
  • Lista de espera para uma consulta num Centro de saúde, de mais de um mês.
  • Instalações hospitalares em degradação generalizada, desde as salas de atendimento, aos corredores, às camaratas, às casas de banho, etc.
  • Instalações de Centros de Saúde degradadas, situadas em zonas difíceis e inacessíveias a idosos e deficientes.
  • Falta de Médico de Família (que deveria ser o pilar da prevenção na saúde) para centenas de milhar de cidadãos.
  • Falta de respeito para com os cidadãos - contribuintes, na generalidade dos centros de atendimento de saúde pública.

Por tudo isto, não nos espanta esta notícia:

  • A criação de um novo imposto para o sector da Saúde, caso o sistema caminhe para a falência, consta das recomendações finais que a comissão que está a estudar a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde apresentou ao Governo.

Saturday, February 10, 2007

Rupturas

Somos adeptos de rupturas. Não, a ruptura pela ruptura. Mas, face a um mundo em constante mutação, é necessário às vezes dizer, que a situação não pode continuar.

Isto a propósito do seguinte: Um dos peritos da comissão encarregue de avaliar alternativas de financiamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) apresentou a sua demissão, por considerar demasiado economicista o relatório que o grupo está a preparar.

O demissionário dá mais detalhes para a sua ruptura: Para Paulo Moreira, as recomendações apresentadas ao Governo “ignoram outras componentes, de ordem organizacional e cultural”, e dão “uma visão redutora do sistema”. “A sustentabilidade do SNS não é exclusivamente económica”, sublinhou.

Não sabemos se a visão economicista é a mais adequada, mas sabemos que o "orçamento da saúde" não é ilimitado!

Friday, February 09, 2007

A opinião dos Portugueses sobre o SNS

Segundo o European Social Survey, "No conjunto dos países europeus, os portugueses são os mais críticos sobre o sistema nacional de saúde", conforme se refere aqui. O estudo em Portugal, foi conduzido pelo Instituto de Ciências Sociais, e refere-se a um Inquérito que decorreu entre Outubro de 2004 e Março de 2005.

Duvidamos, que hoje, a opinião seja diferente!

Hospital de Cascais (novo)


Em Portugal, não há o hábito de preparar as infraestruturas de suporte antes da abertura de novos serviços, quer sejam estádios de futebol, centros comerciais, ou hospitais (lembramo-nos do Hospital Amadora-Sintra, por exemplo). Em face disto, achamos que a Câmara de Cascais está a ser muito zelosa, e está a preparar já as infraestruturas de acesso, antes que o novo Hospital de Cascais fique pronto.

Mas, ao que sabemos, parece que ainda não há vencedor do concurso público para construção e gestão do (novo) Hospital de Cascais! Então, para que está com tanta pressa a Câmara de Cascais?

Diz o Presidente da Câmara de Cascais: António Capucho defendeu não haver "uma relação directa e causal entre o conhecimento do vencedor do concurso de concepção, construção e exploração do hospital de Cascais e o início das obras das acessibilidades", salientando que "aquilo que importa referir é que as duas obras vão coincidir no tempo e articular-se, traduzindo a nossa vontade de assegurar as acessibilidades em tempo oportuno".

Será que o (novo) Hospital de Cascais vai demorar só 14 meses, desde a fase de concurso público até à sua abertura? Ou escapa-nos alguma coisa?

Thursday, February 08, 2007

A flexibilidade máxima

Já havíamos antecipado os diversos apertos que se vão sentindo no sector da saúde, não porque sejamos sobredotados, mas antes, porque conhecemos a realidade da gestão dos serviços e as tendências de gestão internacional.

Víamos (vemos):
  • Esperança média de vida maior (logo, maiores dificuldades em gerir os problemas dos mais velhos).
  • Maior poder dos Clientes (que na saúde em Portugal, se insiste em chamar "utente", para subliminarmente, querer dizer que as pessoas têm direito a um serviço, sem poderem reclamar).
  • Maior poder das corporações (à medida que a especialização dos diferentes sub-sectores da saúde for maior, os diferentes parceiros "compartimentam-se" e exigem mais). Muito para além de: Médicos e Enfermeiros.
  • O ser humano exige a perfeição e não quer sofrer (é dramático, este aspecto, mas é uma tendência global, que causa imensos problemas aos sistemas de saúde).

Mais poderíamos dizer. No entanto, perante apenas estes factos, exige-se de quem gere o "orçamento da saúde": mais rigor, mais flexibilidade e mais disciplina. Nós não vemos isso!

Vemos isto: Os centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo vão alargar o horário de funcionamento até às 22:00 ou 24:00 para responder a um acréscimo na procura de urgências que se tem verificado nos hospitais da região.

Para nós, esta medida do Ministério da Saúde, revela apenas: desnorte, sobretudo após os sucessivos encerramentos de Serviços de Urgência. Perigoso caminho, virá a seguir.

O SNS, os dentes e uma visão paralela

Nunca percebemos porquê que a estomatologia não está integrada no SNS, em Portugal. E sabendo nós, que a saúde dos dentes tem implicações várias, na saúde geral de todos nós. Só se justifica a inexistencia dessa especialidade médica no SNS, porque os portugueses já se habituaram a ter um serviço excelente, de carácter privado, apesar de terem que o pagar do bolso!

Na Grã-Bretanha, a situação é diferente: Patients face NHS dentist shortage. Esta aparente falta de Médicos - Dentistas, parece ter outra explicação: "We will be in the absurd situation of patients needing dental treatment and dentists able to provide it, but a health service so cash-strapped that it is unable to pay for the treatment."

Esta situação, leva-nos a um paralelo: em Portugal, os problemas que se verificam nas urgências hospitalares, e no seu encerramento, a evidente falta de recursos de transporte médico de urgencia, e, entre outros, os problemas com os meios complementares de diagnóstico, reflectem já o completo estrangulamento financeiro do sistema estatal de saúde.

Provavelmente, esse estrangulamento financeiro só se ultrapassa, se os portugueses passarem a fazer com a saúde em geral, como fazem com o "Dentista". Mas, para o fazerem, não se justifica pagarem um valor astronómico de impostos.....para a saúde!

Tuesday, February 06, 2007

Uma boa medida para os medicamentos

Há já muito tempo, que se assiste a um desperdício generalizado nos medicamentos, como sejam: embalagens com demasiados comprimidos, falta de embalagens pequenas para fazerem face a necessidades pequenas.


Era importante que esta medida fosse generalizada a todas as farmácias, para bem dos contribuintes e dos clientes da saúde.

Monday, February 05, 2007

Estratégia Europeia de Saúde

A União Europeia tem em discussão, desde meados da década de 90, a estratégia a prosseguir no domínio da saúde.

Neste momento, está em discussão a estratégia a seguir, a partir de 2010. Deixamos aqui, os principais aspectos que deverão constar da estratégia em acção:
  • Improve prevention of and response to health threats, including a review of the mandate of the European Centre for Disease Control.
  • Help reduce health inequalities, narrowing health gaps within and between countries.
  • Support citizens and patients, including by making more healthy choices available and improving information to patients.
  • Complement the work of national health systems in providing better quality and safety in healthcare (including issues of better governance and evaluation and use of technologies) and addressing cross border issues.
  • Promote health and help address key health determinants such as nutrition and physical activity, harmful alcohol consumption and smoking, as well as tackling important challenges such as mental health.

Sunday, February 04, 2007

IGIF: demasiado MAU!

O Ministério da Saúde decidiu solicitar mais um "diagnóstico" a uma Consultora, tendo como objecto, desta vez, a "Definição do Programa de Transformação dos sistemas de Informação da Saúde".

O que lemos é tão confrangedor, que até nos dói a alma! Tanta é a incompetência espelhada em tal "diagnóstico". E o que nos dói mais, é que o Responsável máximo da Saúde, já é conhecedor deste "diagnóstico" há muitos anos, e nada fez para mudar a situação!

Apenas, e agora, um primeiro resumo:

Cerca de 66% dos dirigentes (do IGIF) não tem competências no domínio dos fundamentos tecnológicos avaliados. Só 8% tem competencias sólidas nesta área e são do Porto. Os dirigentes de Lisboa, o máximo que obtém na avaliação dos fundamentos tecnológicos é "competência mínima".Cerca de 60% dos técnicos tem competências nulas ou mínimas, no domínio dos fundamentos tecnológicos avaliados. Cerca de 21% tem competências sólidas nesta área e são fundamentalmente do Porto. Cerca de 74% dos técnicos de Lisboa tem competências nulas ou mínimas, no domínio dos fundamentos tecnológicos avaliados.

Infelizmente, sabíamos que a situação era assim. Tememos, que daqui por 2 ou 3 anos, assim continue!

Friday, February 02, 2007



Resumo: Health operations management is defined as 'the analysis, design, planning, and control of all of the steps necessary to provide a service for a client'. In other words, it is concerned with identifying the needs of clients, usually patients, and designing and delivering services to meet their needs in the most effective and efficient manner. Addressing this key healthcare industry challenge, this informative textbook crosses geographical boundaries to outline the logical steps of health operations management, focusing on the management of patient flows and resources.

Inevitável decadência II

Vem aqui: Urgências: Ministro admite que não há dinheiro para reforma. Isto a propósito de mais uma onda de encerramentos de serviços de saúde: Esta proposta defende o encerramento de 15 urgências hospitalares.

Lê-se no portal do Ministério da Saúde: