Thursday, August 31, 2006

O aumento da despesa em saúde, valerá a pena?


Temos escrito bastantes vezes sobre os custos crescentes da saúde e a sua quase insustentabilidade.
Agora, conforme se lê aqui, verificamos que "The increasing sums of money spent on health care in the U.S. over the past 40 years have provided good bang for the buck, even if some of the spending was wasteful". Ou seja, gasta-se muito dinheiro na saúde, e algumas vezes sem se avaliar se vale a pena!

No mesmo
sítio, lêem-se contradições, "By this accounting, the health spending per year of life added has been rising since the 1970s", e "the increased spending has, on average, been worth it".

No entanto, "That is rubbish. It's worth it compared to what?" asks health care consultant Matthew Holt of Professional Services Solutions in San Francisco, Calif. "You could argue that if we spent the money in a different place we'd have a lot greater societal value".

Tudo isto, porque se discute, de acordo com os investigadores em causa, se valerá a pena investir na saúde dos mais jovens, ou se na saúde dos mais velhos.

Na saúde, as conclusões são sempre dúbias.

Wednesday, August 30, 2006

Experiências na gestão da saúde

Lemos aqui, que "O SUCH arranca, em 2007, com um projecto-piloto para gerir a frota e as compras da maioria dos hospitais de Lisboa, através da criação de empresas específicas". Ou seja, o Ministério da Saúde continua com grande vontade de realizar experiências na gestão das organizações de saúde.

Nós aplaudimos a vontade de mudar. Nós aplaudimos a vontade de querer melhores serviços. Mas, temos a sensação de que se quer mudar, apenas por mudar, .....para mais tarde, mudar outra vez.

Continuando, ainda na mesma notícia, "Estamos a elaborar estudos de viabilidade, e teremos os resultados finais em Setembro. Para já, vamos constituir um projecto-piloto para começar a tratar de alguns destes aspectos no Hospital de Santa Maria, no Centro Hospitalar de Lisboa e no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental", diz a Presidente do
SUCH.

Os cálculos de poupanças, segundo a Presidente do SUCH, são grandes, "Os cálculos apontam para 10 a 20% de redução dos custos. Com uma previsão conservadora, e apenas para as compras, de 8,5%, chegamos ao valor de 200 milhões de euros por ano, uma vez que as compras dos hospitais e dos centros de saúde totalizam 2,4 mil milhões de euros por ano".

Mas, se as previsões são tão boas, porquê tanta hesitação e tanto teste?

Tuesday, August 29, 2006

Não trabalhe demais!


Um estudo recentemente levado a cabo na Califórnia, USA, conforme se refere aqui, vem dizer-nos que "Workers who clocked more than 51 hours at the office each week were 29 percent more likely to have high blood pressure than those who worked 39 hours or less". Ou seja, trabalhar demais não faz bem.

Nesse estudo publicado no Journal of the American Heart Association, o Dr. Haiou Yang da University of California, Irvine, refere que "Interest in the topic began in Japan, they add, where a notoriously high-pressure work culture has given rise to a phenomenon known as Karoshi, or "sudden death from overwork."".

As conclusões são estas:
  • Those who worked 40 hours per week were 14 percent more likely to have high blood pressure than people who worked 39 hours or less.
  • Hypertension risk was 17 percent greater in those working 41 to 50 hours weekly.
  • and 29 percent higher in those working 51 hours or more.

Não trabalhe tanto.

Monday, August 28, 2006

Os enfermeiros e as fardas

Sabemos que no sector da saúde pululam variadas corporações: dos médicos, aos farmacêuticos, dos enfermeiros, às multinacionais farmacêuticas. Todos se tentam defender. Mas há situações absolutamente caricatas.

Lemos
aqui, que "Os enfermeiros do Centro de Saúde de Matosinhos iniciam segunda-feira uma greve por tempo indeterminado ao uso da farda amarela que lhes foi "imposta unilateralmente".

Fazer uma greve, por causa da obrigatoriedade do uso de uma nova cor de farda? Parece-nos demasiado grave, até porque os principais prejudicados, estão a sofrer, e muitas das vezes, nem distinguem o amarelo do azul!

Saturday, August 26, 2006

A gestão na saúde, em Portugal

Lemos aqui, que "O regresso de hospitais de gestão empresarializada (EPE) ao estatuto do sector público administrativo é a confirmação de que o modelo de empresarialização "tem que ser revisto" e de que muita gestão se perdeu no "show-off"". E quem afirma isto, é "Manuel Delgado, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH)".

Como é que um modelo que ainda não se pode considerar como verdadeiramente testado, já não serve? E as responsabilidades de quem tomou a decisão da implementação deste novo modelo? Quem vai pagar os milhões de euros, que patrocinaram a mudança de estatutos de Hospital do Sector Público Administrativo, para Sociedade Anónima, e depois, por conveniência política, para Hospital - Entidade Pública Empresarial? Alvitramos nós: o Contribuinte será quem suportará toda esta deriva......

Retomamos o princípio do que é gestão, ou como nós gostamos, o que é management ?

Vamos
aqui, e temos esta definição ou conceito, "there are five management functions: planning, organizing, leading, co-ordinating and controlling". Perguntamos nós: onde está a função de controlo, nos hospitais que pertencem ao Estado?

Finalmente, registamos isto, que vem na mesma
notícia, "Manuel Delgado, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e responsável por um dos hospitais "desclassificados", o Pulido Valente".

Está tudo dito!

Friday, August 25, 2006

Piruetas !


O rumo das organizações, independentemente do sector, não se pode mudar todos os dias.

Vem isto a propósito, do que vem aqui, "O Ministério da Saúde prepara-se para retirar o estatuto de Entidade Pública Empresarial (EPE) aos hospitais com piores resultados". E logo após, "Em declarações ao Diário Económico, o ministro da Saúde explica que “cobrir o passivo é premiar o infractor”. “Era o que se fazia antes”.

E argumenta o Senhor Professor Correia de Campos, ainda na mesma notícia, "melhor é voltarem para o Sector Público Administrativo (SPA)”. Finalmente, "Questionado sobre a possibilidade de a gestão de alguns destes hospitais ser concessionada ao sector privado, Correia de Campos exclui essa hipótese".

Este "zigue-zague" de modelos de governação dos hospitais do Estado poderá ser muito caro, para o contribuinte. Relembre-se, que nos últimos 5 anos, vários hospitais passaram de hospitais do Sector Público Adminitrativo, para Sociedades Anónimas, e mais recentemente, para Entidades Públicas Empresariais. Agora, estão, alguns deles, perante o espectro do regresso às origens: o Sector Público Administrativo!

Thursday, August 24, 2006

Uma sociedade cinzenta



Lemos aqui, algo de preocupante: "Todos os dias, pelo menos, oito pessoas são internadas nos hospitais portugueses por intoxicação com medicamentos - automedicação, tomas erradas ou por tentativas de suicídio". Um problema grave de saúde pública.

Mais grave ainda, e tendo como fonte a mesma notícia, "Os antidepressivos e tranquilizantes são os remédios mais comuns nestes casos - originam 70% dos internamentos". Uma sociedade dormente!

Finalmente, isto: "Ao todo, entre 2000 e 2004, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde registaram 15 013 internamentos, cuja principal causa foi a ingestão de medicamentos errados ou em doses para lá das recomendadas".

Tudo isto, a propósito do "XVI Congresso Internacional de Farmacoepidemiologia e Gestão e Risco, que começa hoje em Lisboa".

Wednesday, August 23, 2006

A obesidade....outra vez!


Lemos aqui, que o New England Journal of Medicine, acabou de concluir um estudo sobre a relação entre a obesidade e o risco de morte.

E as notícias para os "gordinhos", e não só os obesos, não são as melhores, pois, na referida
notícia, diz-se "they began to see that just 15 or 20 pounds of extra weight can have a significant effect", e "What this study shows is that even at body mass indexes of 26, 27, 28 -- levels of just a little bit of body fat -- mortality risk does begin to climb up". E 1 pound é menos do que 0,5 kg.

O Professor Byers da Universidade de Colorado, de medicina preventiva, diz mesmo, "There are adverse consequences of carrying extra fat, apart from blood pressure and serum cholesterol levels".

A praia já passou, mas atenção aos quilogramas a mais!

Tuesday, August 22, 2006

«Nunca fiz as contas»

Ficamos atónitos quando lemos ou ouvimos afirmações de Responsáveis máximos do Estado, como esta: «Nunca fiz as contas». O dinheiro que gerem, pertence aos contribuintes, pelo que julgamos se justificaria.....fazer contas.

Isto vem a propósito desta
notícia, que nos deixa satisfeitos, "em Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra........onde deverá arrancar, no dia 4 de Setembro, uma das primeiras unidades de saúde familiares (USF) do país".

Finalmente, o Estado dá alguma atenção aos cuidados de saúde primária.

Mas, ainda na mesma
notícia, se refere que "O ministro da Saúde, Correia de Campos, admitiu esta segunda-feira que a reforma dos cuidados de saúde primários venha a aumentar a despesa do Estado nesta área, frisando que o Governo aposta na qualidade". Para rematar o Ministro da Saúde refere que "«Nunca fiz as contas», adiantou, lembrando ... os custos financeiros do novo modelo, visando uma maior qualidade dos serviços prestados".

Monday, August 21, 2006

11º Congresso Mundial de Saúde Pública

Realiza-se de 21 a 25 de Agosto de 2006, no Rio de Janeiro, o 11º Congresso Mundial de Saúde Pública.

O título do Congresso é Saúde Coletiva em um mundo globalizado: rompendo barreiras sociais, econômicas e políticas.

O Congresso é promovido pela
World Federation of Public Health Association e pela Abrasco - Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.

Estarão presentes como Conferencistas, vários portugueses.

Sunday, August 20, 2006

Custos sumptuários na saúde


Lemos aqui que "até ao final do ano os conselhos de administração dos hospitais do SNS estão impedidos de realizar quaisquer despesas que não estejam directamente relacionadas com a missão prosseguida ou com o objecto daqueles estabelecimentos de saúde”. E o referido Ministro detalha, "Não parece possível qualificar certas despesas, como a aquisição de novas viaturas para uso pessoal da administração ou a mudança de mobiliário e aquisição de dispendiosos elementos decorativos, para dar apenas alguns exemplos, como despesas essenciais ou indispensáveis".

O Presidente da corporação dos Administradores Hospitalares vem dizer outra coisa importante, e ainda na mesma
notícia, "Manuel Delgado, disse desconhecer “qualquer situação em que as despesas da administração violaram ostensivamente as regras”", mas, refere também algo preocupante, quando diz que "fez a distinção entre o que é legal e o que é moral, ao considerar alguns gastos “moralmente criticáveis”".

Perguntamos nós, será que a Lei é imoral, Senhor Dr. Manuel Delgado? Se é, então, deverá ser mudada. E o Dr. Manuel Delgado, ainda na mesma notícia refere, "proibição de uma despesa a que o administrador tem direito, trata-se de um julgamento moral do governante". Definitivamente algo vai mal na Lei.

Num outro
sítio, O Ministro da Saúde afirma "tudo o que seja produzido (medido em resultado e não em horas) para além do regime estatutário comum das 35 horas, contribuirá para um fundo comum, a distribuir de modo proporcional ao desempenho, conduzindo os gestores médicos a concentrar tarefas nos seus recursos mais qualificados e produtivos". Será a introdução no SNS, da célebre idéia do pay for performance do sistema de saúde Americano?

Saturday, August 19, 2006

Filantropia contra o tabaco

As notícias sobre filantropia na saúde continuam. Depois de Bill e Melinda Gates terem criado a maior Fundação do mundo, tendo como objectivo máximo a melhoria da saúde no mundo, com particular incidência na SIDA/ AIDS, a Fundação Bill and Melinda Gates, e da enorme doação do multimilionário Warren Buffett, para aquela Fundação, cabe agora a vez, a Michael Bloomberg (na foto).

Michael Bloomberg foi fundador e é um dos maiores accionistas da agência de notícias financeiras
Bloomberg, e simultaneamente Mayor de New York, e decidiu doar 125 milhões de dólares para a luta anti-tabaco, conforme se lê aqui.

Como antigo fumador, Michael Bloomberg, tem agora como
objectivos: "His effort will include money for programs that help smokers quit and educate children to prevent them from starting; to push for smoking bans and higher tobacco taxes in other cities, states and countries; and for a system to track global tobacco use and the effectiveness of anti-smoking efforts".

Cuidem-se os fumadores!

PS. Por cá também houve o bom exemplo de
António Champalimaud.

Thursday, August 17, 2006

Está a terminar a "silly season"

Lemos aqui, que "Os médicos dos hospitais de Santo António e S. João, no Porto, Aveiro, Faro e Portimão fazem greve a partir de Setembro às horas extra em urgência, em protesto contra a sua obrigatoriedade". Perguntamos nós: agora as horas extraordinárias são obrigatórias?

E os sindicatos médicos já tomaram decisões, como se lê aqui, "as paralisações vão ter início a partir de 4 de Setembro e durar «até ao dia exacto em que for publicado o decreto lei que revoga a obrigatoriedade das horas extra» feitas pelos clínicos nos serviços de urgência".

Mas, tudo isto porquê? Por isto: "o governo ter revogado, em decisão tomada a 03 de Agosto, um decreto-lei datado de 2001 que remunerava este trabalho pela tabela máxima, de forma idêntica para todos os clínicos".

Ou seja, o governo tem o direito a pagar as horas extraordinárias em função das categorias dos médicos. Mas, os médicos têm direito a não fazer horas extraordinárias.

E o coitado do cliente da saúde, o que lhe irá acontecer?

Finalmente, e ainda a propósito, retemos esta afirmação do Professor Correia de Campos, referida aqui, "Estado foi, durante muito tempo, «complacente, muitas vezes impotente e algumas vezes demissionário» na área da saúde". Perguntamos nós: e a responsabilidade de quem foi complacente e se demitiu de gerir a coisa pública? Quem a paga?

Wednesday, August 16, 2006

Ser Mãe aos 49 anos


Lemos aqui, que "O primeiro centro de reprodução espanhol em Portugal aceita mulheres até aos 49 anos para tratamentos contra a infertilidade". Isto, "poucos dias depois da primeira legislação portuguesa sobre Procriação Medicamente Assistida ser aprovada no Parlamento".

Na mesma
notícia, lemos mais alguns aspectos interessantes, para potenciais interessadas(os):
  • estas técnicas serem aplicadas há mais de 20 anos.
  • Em Lisboa, esta clínica oferece alguns dos serviços que, nos últimos anos, levaram muitos casais portugueses a procurarem-na em Valência.
  • No caso de mulheres com idades perto dos 50 anos, o recurso a óvulos de dadora é praticamente imprescindível.
  • Cada Fertilização in Vitro com óvulos de dadora custa perto de seis mil euros no centro de reprodução espanhol que se instalou em Portugal, cerca de 1.500 euros mais do que uma FIV com óvulos da mulher que pretende engravidar.
  • O director do centro conta obter margens de sucesso de 55 por cento.
  • O IVI investiu seis milhões de euros para abrir a primeira clínica em Portugal, onde existem cerca de 500 mil casais inférteis.
  • a clínica tem duas zonas, com duas entradas distintas, uma só percorrida pelos dadores e outra frequentada pelo público em geral.

Só não percebemos, como é que a Clínica de Valência (Espanha) se cria e coloca a funcionar, apenas dois meses após a aprovação da nova Lei......

E já agora, uma questão, e se o Presidente da República tivesse vetado a nova Lei? Ou isso não estava previsto?

Tuesday, August 15, 2006

Observatório Português dos Sistemas de Saúde - III

Dada a importância do Relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), voltamos à sua análise:
  1. Lê-se na página 16 do Relatório, o seguinte: "A governação em saúde pode ser vista na sua dimensão macro, isto é, a nível sistémico, mas também ao nível micro, isto é ao nível das organizações que prestam cuidados de saúde, nomeadamente os centros de saúde e os hospitais". Reflexão nossa: tem havido um grande enfoque por parte dos sucessivos responsáveis da saúde, nos aspectos globais do sistema (esperança média de vida, taxa de mortalidade infantil, e entre outros, custos globais do SNS); tem sido quase inexistente a avaliação de cada organização, e ainda mais em profundidade, de cada serviço / produto. É uma falha que deve ser corrigida rápidamente, ou o sistema global é ingerível.
  2. Lê-se mais à frente: "A governação clínica é um sistema para melhorar os padrões do funcionamento dos serviços clínicos e da própria prática clínica, que se baseia numa série de processos (prática baseada na evidência, monitorização clínica, auditoria, gestão do risco, envolvimento dos doentes), para melhorar a qualidade e assegurar que os profissionais prestam contas e se responsabilizam pelos actos da sua prática clínica". Reflexão nossa: falta de facto auditoria aos serviços de saúde em Portugal (tempo médio de atendimento dos doentes, custos por serviço / produto, e entre outros, grau de satisfação dos doentes); falta de facto alguém que exija "prestação de contas", ......pelo menos na vertente estatal da saúde.
  3. Para terminar, lê-se ainda, "Em Portugal, a vertente de governação clínica é um conceito ainda escassamente integrado nas organizações e nas profissões prestadoras e torna-se importante para o desenvolvimento do sistema de saúde português". Reflexão nossa: ainda bem que as entidades que suportam o OPSS, que são sobretudo Universidades e Centros de Investigação, verificam algo que o poder estatal se recusa a ver, governo após governo: falta gestão na saúde.

Monday, August 14, 2006

Hospitais utilizam material descartável mais que uma vez

Sabemos que Portugal vive em circunstancias orçamentais difíceis, mas achamos isto, quase inacreditável: "A Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (Apormed) diz que alguns hospitais portugueses estão a utilizar material descartável mais do que uma vez".

Os exemplos de recursos mal utilizados são tantos. Basta entrar num hospital. Mas, será aquela reutilização de dispositivos médicos, poupança?

Mais à frente, e na mesma
notícia, lemos isto "A associação diz que a utilização repetida de dispositivos de uso único, como catéteres ou bisturis, é feita muitas vezes por puro desconhecimento, mas também por questões de orçamento". Será possível?

Finalmente, lemos isto, "A associação não chega a especificar quais as unidades hospitalares que podem estar a fazer reutilização indevida e perigosa de material médico descartável".

Achamos, como consumidores da saúde, que seria importante verificar da veracidade de tal notícia, pois para nós, a mesma é gravíssima, caso seja verdadeira....

Sunday, August 13, 2006

A gestão das pequenas / grandes coisas


Lemos aqui (embora esteja sujeito a assinatura), que "Há um ano que os médicos são obrigados a notificar os casos de infecção pelo HIV, mas a "dimensão da subnotificação" da doença é desconhecida, denuncia o coordenador nacional da Infecção por HIV/Sida, Henrique Barros". De facto, parece uma brincadeira, mas a coisa é séria.

Diz o referido Coordenador, ainda no
mesmo sítio, "Tem de ser obrigatório como um acto deontológico, de cidadania ". Cidadania? Para nós, antes da cidadania, está o profissionalismo. É que o controlo das doenças e a sua evolução no tempo, também diz se o trabalho está a ser levado a sério ou não.

Para nós, é simples. Para alguns profissionais de saúde, não deve ser!
Mais à frente, e na mesma notícia diz-se isto: "Portugal despende anualmente cem milhões de euros com medicamentos contra o HIV e está, pela primeira vez, a averiguar se existe desperdício com estes tratamentos, informa Barros". Portugal, em muitos aspectos, afasta-se dos países mais desenvolvidos....