Friday, September 28, 2007

Tomar a vacina ou beber um copo de água!

A vacina da gripe tem tido uma adesão progressiva, sobretudo no que toca aos mais velhos. As Autoridades estão sucessivamente a recomendar que as pessoas se protejam contra a gripe, tomando a vacina, nesta altura de Outono.

Mas afinal, parece que os aspectos positivos que a vacina contra a gripe traz, não são grande coisa. Se não, vejamos o que aqui nos dizem: O grupo coordenado por Lone Simonsen, da George Washington University (EUA), afirma que "as evidências são insuficientes para indicar os benefícios reais contra a mortalidade - se é que existem alguns - associados à vacinação dos idosos".

Então para que serve a vacina? Diz a Senhora Sub-Directora Geral de Saúde: A subdirectora-geral considera, por isso, que "por pequena que seja, é protecção" e, por isso, a sua administração é uma escolha "racional", considera.

Mas, vale a pena tomar a vacina, ou está-se a suportar apenas um ou vários Laboratórios farmacêuticos, que comercializam a vacina?

Pior, até por cá, parece que existem estudos que comprovam a pouca eficácia da vacina: O estudo, coordenado por Baltazar Nunes, e que analisou dados de 1998 a 2007, mostra que não há uma tendência de melhoria definida no tempo.

Apesar disto tudo, é com incredulidade que lemos isto: Este ano, o objectivo é vacinar mais 10% dos idosos, passando a abranger 60% e chegar a 100% da população dos lares.

Tomar a vacina ou beber um copo de água, será o mesmo? Não estaremos a falar de um placebo?

Thursday, September 27, 2007

Cybermedicine


Definição de cybermedicine: "the science of applying Internet and global networking technologies to the area of medicine and public health, of studying the impact and implications of the Internet and of evaluating opportunities and the challenges for health care", by Gunther Eysenbach.

Wednesday, September 26, 2007

Proridade à segurança na saúde

Vamos ouvindo falar em raptos de crianças, desaparecimentos e falta de controlo de entradas e saídas de pessoas dos hospitais. Achamos mesmo estranho, que se entre num hospital, onde estão pessoas, muitas vezes, sem capacidade de se auto-vigiarem, e ninguém controle esses estranhos ao serviço.


Repare-se na funcionalidade do sistema de segurança: «Se o bebé se aproximar de uma zona não autorizada, ou se ocorrer sabotagem da pulseira, maliciosa ou acidental, o sistema produz um alarme e procederá ao encerramento automático da porta de saída».

Parabéns ao Hospital do Barreiro.

Tuesday, September 25, 2007

Europa: a mudança social e cultural

Por aqui, só abordamos temas relacionados com a saúde e com o consumidor de serviços de saúde. Contudo, há aspectos que não sendo exclusivamente de saúde, nos interessam. Vejamos este panorama preocupante:

Definitivamente, esta atitude diz muito da deriva social e cultural da Europa e em particular da União Europeia. A Europa, históricamente, foi emigrante, enviou hordas de gerações por esse mundo fora, muitas vezes com intuitos pouco dignificantes. Agora, a "fortaleza europeia" parece querer rejeitar pessoas que apenas procuram comer melhor, ter direito a um pouco mais de conforto e de dignidade. Perante isto, a Europa fecha-se!

Este é um caminho perigoso:

  • esta situação acontece por três razões: desconhecem os seus direitos (33%), porque os profissionais lhes recusam esse direito (10%) ou simplesmente porque têm medo.
  • «Os ilegais desconhecem que podem recorrer a um centro de saúde ou a um hospital e que ninguém os vai denunciar. Mas os serviços de saúde e sociais também desconhecem as leis e recusam-se a prestar os cuidados ou criam barreiras, exigindo papéis que não são necessários. E, às vezes, têm atitudes incorrectas e discriminatórias».
  • Entre os 835 entrevistados (do estudo), há quem resida no País há 24 anos, embora a média de permanência seja de dez anos.

Há qualquer coisa a correr mal na União Europeia! Ou a Europa já se esqueceu dos milhões de pessoas que tiveram que sair, no passado, para adquirir uma vida mais digna?

Monday, September 24, 2007

Dormir faz bem à saúde

Os Espanhóis gostam de dormir a siesta. Há quem diga, que a civilização mediterrânica sempre dedicou uma parte do dia, após o almoço, a um pequeno descanso.


Na conferência anual da British Sleep Society, reforçou-se esta idéia:
  • "A third of the population of the UK and over 40 percent in the U.S. regularly sleep less than five hours a night, so it is not a trivial problem".
  • "The current pressures in society to cut out sleep, in order to squeeze in more, may not be a good idea -- particularly if you go below five hours".

Dormir, faz bem. Embora, como a vida não é tão longa como desejamos, não é muito bom passar a vida a dormir.....

Health Care system crisis

Fonte: aqui.

Saturday, September 22, 2007

SNS: que futuro?

O SNS criado em 1979, não é o mesmo que foi alterado em 1990. Não falamos nos seus autores, para não personalizar. O SNS foi uma criação idealista de um conjunto de pessoas que queriam dar mais a mais pessoas!

Entretanto, a saúde está-se a tornar a nova doença: fala-se já numa esperança média de vida de 120 anos, fala-se de evitar ou reduzir a dôr, fala-se de não poder estar doente por causa da concorrência no mercado de trabalho.

Os hipocondríacos aumentam. Ninguém quer estar doente, ninguém quer sofrer!

As tecnologias, os medicamentos e o aumento do conhecimento científico, trouxeram uma melhoria global da qualidade de vida. Mas, tudo tem um preço. Quem paga esse preço? Todos? Cada um?

Hillary Clinton disse, recentemente, a propósito da sua candidatura a Presidente dos EUA: "I believe that everyone—every man, woman and child—should have quality, affordable health care in America". É bonito. Fica-lhe bem. Mas, como atribuir uma qualidade de saúde para todos, quando os EUA gasta quase 20% do seu PIB, em saúde? Difícil.

Por cá, as dificuldades no SNS, são já muitas, mas o actual Governo tenta racionalizá-lo, embora não admita formalmente que a qualidade do SNS se tem degradado. Será mesmo que se degradou, ou estamos perante uma falácia de hipocondríacos?

Vejamos estas reacções:
  • Sindicatos e comissões de utentes promovem este sábado, em vários pontos do país, iniciativas públicas em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), num protesto contra a «postura de ataque do governo».
  • Os projectos de municipalização e privatização dos cuidados de saúde primários, o encerramento de maternidades e urgências e o aumento dos custos da saúde são alguns dos motivos que estão na origem destas iniciativas.

Quem trabalha no universo da saúde, vai ter uma vida mais difícil, nos próximos tempos. Mas, quem é que não a terá?

Thursday, September 20, 2007

Ecstasy

A sociedade actual vive em versão turbo, isto é, vive em ansiedade, mas semi-deprimida, pelo que necessita de ajudas! Parece que os Incas consumiam algumas formas de ervas. Não queremos fazer juízos de valor, nem ser politicamente correctos. Queremos apenas viver numa sociedade mais sã, quer sob ponto de vista físico, assim como do ponto de vista psíquico.

Uma equipa de Cientistas do Instituto Biomolecular e Celular da Universidade do Porto, publicou no Journal of Neuroscience, um estudo que pretendeu verificar os efeitos tóxicos do ecstasy em adolescentes.

Dizemos nós: mas todos sabemos que este tipo de turbo, só pode causar despites! Sim, mas a evidência científica vem trazer à tona mais do que wishfull thinking.

Vejamos alguns detalhes, aqui relatados, sobre o estudo dos referidos Cientistas da Universidade do Porto:
  • Os investigadores usaram na sua experiência ratos «adolescentes«.
  • A equipa......descobriu que o excesso de serotonina - um neurotransmissor conhecido por «hormona da felicidade» - libertada pelo consumo de ecstasy, não tem apenas efeito no exterior das células, nas sinapses, como estava descrito até agora.
  • «A serotonina que está acumulada no interior da célula por efeito do consumo de ecstasy não pode ficar lá e vai ter de ser retirada», explicou Teresa Summavielle, acrescentando que, «ao ser retirada, vai ser transformada por uma enzima, a MAO-B (monoamina oxidase), que está no interior da mitocondria».
  • A MAO-B transforma a serotonina em peróxido de hidrogénio, vulgarmente conhecido por água oxigenada, um elemento que também é tóxico e faz normalmente parte do processo normal de envelhecimento da célula, «mas que neste caso aumenta e acelera este processo».
  • «O que acontece é que toda essa água oxigenada que se forma vai entrar dentro da mitocondria, onde começa a destruir uma estrutura que é responsável pela produção de energia na célula e vai limitar a capacidade da célula de produzir energia».
  • «Quanto maior for o consumo da droga, mais este problema se fará sentir e maior será a possibilidade de a célula morrer», defende a cientista, realçando que durante a investigação apenas foi dado ecstasy a ratos durante um dia. «Quinze dias depois os danos continuavam presentes numa quantidade muito significativa, portanto não é uma coisa que acontece naquele momento e depois desaparece. É um efeito a longo prazo».

Para quem quiser conhecer com mais detalhe o estudo, pode consultá-lo aqui.

Wednesday, September 19, 2007

Dentes estragados

Há já longos anos, que vamos sabendo que o SNS não tem oferta de serviços na área da saúde oral. Ou pelo menos se a tem, é muitíssimo escassa.

Não conseguimos perceber porquê que o Estado considera a saúde oral como secundária, ou mesmo irrelevante, ao ponto de negar um serviço que está consignado na Constituição.

De vez em quando, vamos ouvindo estes ruídos:
  • «Estimamos que cerca de 50 por cento da população portuguesa não tenha capacidade para pagar sequer uma consulta na medicina dentária privada. Enquanto não houver médicos dentistas nos centros de saúde ou sistemas de concessão, as pessoas estarão excluídas da saúde oral», afirmou em entrevista à agência Lusa o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva.
  • Orlando Monteiro da Silva citou um estudo realizado pela Universidade de Liverpool, onde Portugal figura com «o cenário mais negro na Europa» nos cuidados de saúde oral.

Será que quem ocupa as posições públicas, também não trata os seus dentes?

Tuesday, September 18, 2007

Ruídos biométricos



Comentários nossos: 1) desconhecemos que exista alguma cadeira de gestão, em algum curso de medicina; 2) economia não é a mesma coisa do que gestão; 3) nem o Ministro, nem o Bastonário, parecem perceber o que é gerir pessoas.

A indumentária do Pessoal da Saúde na Grã - Bretanha

O novo Ministro da Saúde Britânico, Alan Johnson, impõe novas regras quanto às roupas que o pessoal da saúde deve usar: Long-sleeved white coats, favoured by physicians for decades, are set to be banned under an NHS shake-up aimed at tackling hospital superbugs.

Mais, toda aquela série de parafernália que o comum dos mortais usa, tem que ser banida, tais como: relógios, brincos, jóias e até unhas grandes....


E parece que a higiene é tão problemática na Grã-Bretanha, como em Portugal: Experts have said that up to two-thirds of doctors do not wash their hands properly.

Monday, September 17, 2007

World Health 2001

Fonte: aqui.


Muito curiosa esta imagem. Em 2001, das crianças nascidas na Serra Leoa, na Libéria, no Afeganistão ou no Níger, só cerca de 70% sobreviviam 5 anos. Triste, mas real.

Enquanto que apenas menos de 0,5% das crianças da Suécia, da Islândia, da Noruega e da Finlândia, não chegam aos 5 anos.

Quanto a Portugal, que está bem valorizado, menos de 0,8% das crianças não chegam aos 5 anos. O mesmo não se poderá dizer de outro mundo que fala português, como Moçambique (20% falecem até aos 5 anos), Guiné-Bissau (mais de 20% falecem até aos 5 anos), Angola (20% não chegam aos 5 anos), Cabo Verde (5% não chegam aos 5 anos) e Brasil (4% não chegam aos 5 anos).

Há muito por fazer, por esse mundo fora.

Sunday, September 16, 2007

Hospital de Santa Maria EPE - Resultados 2006

Não vamos aqui analisar em detalhe, a Demonstração de Resultados do Hospital de Santa Maria (HSM), referentes ao ano de 2006, mas antes, levantar algumas questões que nos deixam inquietos, como cidadãos e como contribuintes.

Assim, em relação aos resultados aqui expostos, fazemos os seguintes comentários:
  • Antes de mais, é anómalo verificar que o HSM tenha um Resultado Líquido positivo de 44,5 milhões de euros em 2005, enquanto teve apenas 4,8 milhões de euros em 2006. Contudo, e dado que o HSM é um Hospital Universitário, consideramos que este tipo de hospital de cariz público deveria ter por fim, o "lucro zero". Não conseguimos conceber um Hospital Universitário com imensos lucros, a não ser como excepção!
  • A anomalia verificada nos Resultados Líquidos prossegue nos Proveitos do HSM. Isto é, enquanto em 2006, o HSM tem 259 milhões de euros de Prestação de Serviços, apenas tem 36,5 milhões de euros em 2005! Contudo, o HSM tem em 2005, 267 milhões de euros de transferencias correntes, quando tem apenas 12 milhões de euros de transferencias em 2006.
  • Na parte final da Demonstração de Resultados, parece que estamos perante um autentico milagre financeiro, pois o HSM apresenta em 2006 Resultados Operacionais francamente maus, de cerca de 8,6 milhões de euros, mas consegue ter Resultados Financeiros de 5 milhões de euros (sobretudo por via da obtenção de juros de 3,9 milhões de euros!!!), o que lhe permite ter o tal lucro de 4,8 milhões de euros!

Estranha, muito estranha, tal Demonstração de Resultados. Sobretudo, por se tratar de um Hospital público, ainda que tenha cariz empresarial, e em particular por ser um Hospital Universitário.

Finalmente, verificamos que o HSM tem um Imobilizado que cresce sobretudo através dos Edifícios e dos Terrenos, caindo acentuadamente quanto a Equipamentos. Ou seja, o principal Hospital Universitário do país tem desinvestido em equipamentos, o que é grave, na nossa opinião.

Cuidados Continuados

O Interior está em desertificação. Não há iniciativas novas. Os velhos predominam. Os novos fogem para o Litoral. Não há nascimentos. Fecham escolas e hospitais. O poder político (Governo, Assembleia da República e Presidente da República) finge que não vê!


Disse o Presidente: "Esta unidade de saúde é um bom exemplo daquilo que a sociedade civil pode fazer para cuidar e prestar atenção de forma humanizada aos idosos e doentes vulneráveis".

Mesmo assim, há quem ache que é o Estado (que Entidade será esta?) que tem que fazer tudo: Lembre-se que ao mesmo tempo que no distrito de Coimbra abrem unidades de saúde privadas, o Governo fecha "urgências" e outros serviços de saúde públicos.

Afinal, o que querem os portugueses? Portugal reduzido a Lisboa e Porto? Nós, não.

Saturday, September 15, 2007

Eurobarómetro e a Saúde na União Europeia

A União Europeia (UE) leva a cabo com regularidade estudos de mercado, sobre questões tão diferentes como: a visão que cada país tem dos seus vizinhos; a visão sobre a adesão ao Euro; ou, entre outros, a avaliação sobre a saúde que cada nação da UE faz sobre o seu estado de saúde.

Recentemente, a UE fez sair à luz do dia: Health in the European Union.

Resumidamente, e conforme se pode ler aqui, os principais objectivos deste Estudo são os seguintes:
  • As part of the European Commission’s Health Strategy, a Public Health Programme1 was adopted for the period 2003-2007.
  • Amongst other objectives, this aims to improve information and knowledge for the development of public health monitoring.

Os resultados são muitos, e não pretendemos analisar aqui, todo o manancial de informação levantada pela TNS Opinion & Social. Já agora, o Estudo foi levado a cabo entre 6 de Setembro e 10 de Outubro de 2006, nos 25 Estados da UE, na Bulgária, Roménia e Croácia.

Referiremos, por ora, apenas uma análise sobre as duas primeiras questões colocadas.

  • Questão: How is your health in general?

A esta questão, 73% da média dos cidadãos europeus responderam que têm a sua saúde em muito bom ou em bom estado. 20% respondeu que a sua saúde não está bem, nem mal. E apenas 7% repondeu que a sua saúde vai mal ou muito mal.

Dos Irlandeses, 89% consideram-se em bom estado de saúde. No outro extremo, apenas 44% dos Lituanos se consideram em bom estado de saúde. Quanto a Portugal, cerca de 66% dos seus cidadãos consideram-se em bom estado de saúde.

  • Questão: Do you have any long-standing illness or health problem?

Dos Estonianos, 42% consideram que têm uma doença crónica. Enquanto que no outro extremo, estão os Irlandeses, em que apenas 19% consideram ter uma doença crónica. Dos Portugueses, 30% consideram que têm uma doença crónica.

Finalmente, as respostas a estas duas questões, mostram que a UE se considera mais doente em 2006 (data do Estudo), do que em 2005. Esta é uma tendência comum a todos os países desenvolvidos. Os hipocondríacos alastram!

Sunday, September 09, 2007

A revolução no retalho farmaceutico vem aí

Vejamos este exemplo que vem do Brasil:
  • Segundo o Vox Populi, que ouviu 400 pessoas a partir de 18 anos, 75,5% dos consumidores freqüentam uma rede de farmácia e drogaria para ter acesso a não-medicamentos - entre alimentos, doces, bebidas, higiene e limpeza, produtos domésticos e veterinários -, enquanto 60,6% também adquirem remédios no ato da compra.
  • Já no levantamento do Ibope, 77% de um universo de 504 pessoas, de 16 anos ou mais, acreditam que as farmácias e drogarias não devem se ater à oferta de medicamentos e cosméticos.

Nos EUA, as farmácias já vendem serviços clínicos e meios complementares de diagnóstico. No Brasil, conforme poderemos verificar, as farmácias vendem higiene, bebidas e alimentação.

A discussão no Brasil, tem que ver com uma discussão política e pública, em que a Autoridade do Medicamento, a Anvisa, tem uma opinião:

  • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) participou, nesta quinta-feira (6), de audiência pública promovida pela Câmara dos Deputados para o debate das propostas da Agência voltadas à normatização dos serviços prestados pelas farmácias e drogarias.
  • o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, defendeu que o funcionamento destes estabelecimentos tenha foco na prestação de serviços de saúde. “Nós, que atuamos na área de saúde pública, temos que refletir sobre o tipo de farmácia que devemos oferecer à população”.

A discussão vai continuar, mas as farmácias não vão continuar como estão, no Brasil, nos EUA ou em Portugal!

Friday, September 07, 2007

A prevenção na saúde: o consumo de sal e as crianças

Infelizmente, nas sociedades ocidentais, combate-se sobretudo o tabagismo. Foi preciso falecerem milhões de pessoas, por razões relacionadas com doenças associadas com o consumo do tabaco, para que hoje em dia, se chegue a um autentico fundamentalismo anti-tabaco.

Quase se questiona porquê que se o tabaco é assim tão mau, porquê que não se proíbe a sua comercialização, como se faz com a cannabis ou com os opiáceos? Mas, o financiamento dos orçamentos estatais é bem mais importante!

Para além do tabaco, esquece-se a sociedade ocidental (aquela em que nos inserimos), da gordura (dos hamburgueres, das batatas fritas, dos bolos, etc.), do sal (das batatas fritas, dos aperitivos, dos guisados ou dos molhos), do excesso de consumo de medicamentos, etc.

Mas, como a sociedade ocidental adora manter a sua relação cínica com alguns dos seus males, há sempre males mais apetitosos do que outros!

Vejamos esta notícia, proveniente do Reino Unido:
  • Children as young as four are eating so much salt it is putting their health at risk by raising their blood pressure, a study suggests.
  • The average four-year-old ate 4.7g a day, which is way above the 2-3g recommended for this age group, the Journal of Human Hypertension reports.
  • In the study, which involved 2,127 4-18-year-olds in Britain as part of an official audit for the Department of Health called the National Diet and Nutrition Survey, salt intake did not include salt added in cooking or at the table, although this often occurred.
  • Every extra gram of salt consumed by the children was related to a rise in systolic (peak) blood pressure of 0.44mmHg - which the researchers say tallies with past studies linking high salt intake with high blood pressure.
  • Jo Butten of Consensus Action on Salt and Health said: "The message for parents is to check labels, especially on foods such as breakfast cereals and snack products, which they may not expect to contain high levels of salt, and choose the lower salt options.

Por cá, não vemos nem estudos semelhantes a estes, nem activismo que tente impor regras mais estreitas junto dos fabricantes de alimentação!

Sem prevenção, há pior qualidade de vida e mais custos de saúde! De certeza.

Tuesday, September 04, 2007

As lutas das Corporações




Comentário nosso: será que uma Companhia Aérea só pode ser gerida por um piloto? ou será que um Restaurante só pode ser gerido por um chefe de cozinha? ou ainda será que um Construtor de automóveis só poderá ser gerido por um Engenheiro mecânico? E já agora, será que um Médico se pode pronunciar sobre aspectos de gestão, quando não está inscrito na Ordem dos Economistas?

Venda de medicamentos na Internet: avanço muito curto

Já aqui abordámos o tema da venda de medicamentos online. É uma situação já dada como adquirida, por exemplo, nos EUA e Canadá, ou na Grã - Bretanha.


Não achamos mal, antes pelo contrário. Achamos pouco! Porquê só as "aspirinas" e os "betadines"? Estamos a falar duma parte residual do mercado de medicamentos. Será o lobby retalhista farmacêutico, a condicionar este novo canal de distribuição? Ou será a aversão portuguesa às novas tecnologias?


Repara-se neste alerta da Autoridade da Concorrência: De acordo com o relatório sobre a Situação Concorrencial no Sector das Farmácias, entregue pela AdC (Autoridade da Concorrência) ao Governo, «a venda de medicamentos pela Internet por empresas obrigadas por regras legais é provavelmente a única medida susceptível de diminuir os riscos para a saúde pública que resultam da proliferação de empresas ilegais».

É que diáriamente, recebemos, de origens não definidas, e-mail's, com ofertas de medicamentos sujeitos a receita médica, como os célebres "viagra" ou "cialis". Vão as Autoridades da saúde, em Portugal, continuar a fingir que não existe este mercado paralelo, que a própria Autoridade da Concorrência já viu?

Monday, September 03, 2007

Os gastos da saúde em França

Não se pense que só se gastam "rios de dinheiro" na saúde, por cá! Não. Só gasta muito dinheiro na saúde, quem o tem, isto é, os países desenvolvidos. Vejamos, quanto gasta em saúde a nossa "musa" Francesa:

Claro que haveremos de ter um "tecto", pois senão, daqui por algumas décadas gastaríamos tudo em saúde, e nem comeríamos!

É que na saúde, há muita gente a ganhar dinheiro, e não se pense que mesmo aqueles que falam na "gratuitidade" dos serviços de saúde, não têm uma barriga cheia! Não! Desde os mais famosos Laboratórios Farmacêuticos, até aos Médicos e Enfermeiros, passando pelos Administradores Hospitalares, são pessoas que antes de pensarem nos "doentes" (que pagam directa ou indirectamente os serviços), pensam no seu rendimento, ou num eventual apoio para ir a uma Conferência, se possível num qualquer paraíso tropical!

Embora, concedemos que não há regra sem excepção...

Sunday, September 02, 2007

Os gastos com a saúde e a esperança média de vida

Fonte: aqui.


The Economist stated:

In 2003, America spent $5,635 per person on health care, more than twice the average in rich economies, according to a new OECD report. Britain spent only $2,231 per person. Health spending accounted for 15% of America's GDP. Germany, France, Switzerland, Norway and Iceland also spent over 10% of GDP on health. America is the only country where more than half of all health spending is within the private sector.


Fonte: aqui.