Já aqui abordámos o tema da venda de medicamentos online. É uma situação já dada como adquirida, por exemplo, nos EUA e Canadá, ou na Grã - Bretanha.
Vejamos o que pretende fazer o actual Governo: Em Outubro já vai ser possível encomendar medicamentos através da Internet, desde que não estejam sujeitos a receita médica.
Não achamos mal, antes pelo contrário. Achamos pouco! Porquê só as "aspirinas" e os "betadines"? Estamos a falar duma parte residual do mercado de medicamentos. Será o lobby retalhista farmacêutico, a condicionar este novo canal de distribuição? Ou será a aversão portuguesa às novas tecnologias?
Repara-se neste alerta da Autoridade da Concorrência: De acordo com o relatório sobre a Situação Concorrencial no Sector das Farmácias, entregue pela AdC (Autoridade da Concorrência) ao Governo, «a venda de medicamentos pela Internet por empresas obrigadas por regras legais é provavelmente a única medida susceptível de diminuir os riscos para a saúde pública que resultam da proliferação de empresas ilegais».
É que diáriamente, recebemos, de origens não definidas, e-mail's, com ofertas de medicamentos sujeitos a receita médica, como os célebres "viagra" ou "cialis". Vão as Autoridades da saúde, em Portugal, continuar a fingir que não existe este mercado paralelo, que a própria Autoridade da Concorrência já viu?