Tuesday, January 29, 2013

Maus ventos em Portugal

Não vale a pena embandeirar em arco. Não vale a pena chorar pelo leite derramado. Não vale a pena, a lástima. Vale a pena estar atento à miséria crescente, que era antecipadamente previsívelA V Jornada de Recolha de Medicamentos, do Banco Farmacêutico, vai decorrer no dia 16 de Fevereiro, contando com a adesão de 110 farmácias das regiões do Alentejo, Algarve, Covilhã, Lisboa, Santarém e Setúbal.

Os números crescem: esta edição serão beneficiadas 67 IPSS e misericórdias das regiões onde decorre a campanha.

Não temos nada contra a caridade, ou sequer a solidariedade. Antes pelo contrário. Contudo, uma sociedade constrói-se com trabalho, com esforço, com empenho. A solidariedade é importante, mas é efémera.

Enquanto isto, o Governo exulta por contrair dívida, para pagar dívidas. A Oposição está já ansiosa por voltar ao poder. Coitados dos portugueses!

Wednesday, January 23, 2013

Exclusividade: exige-se!

Evidentemente que é uma exigência crucial, que contribuirá inevitavelmente para a sobrevivência do Serviço Nacional de Saúde impor a exclusividade aos médicos. Infelizmente, as tentativas de colocar controlos de horários, como o "pica-ponto" ou a "dedeira" do Prof. Correia de Campos, foram meros paliativos, que não evitam que os médicos estejam no Hospital de serviço, entre as 9h15m e as 12h45m.

Assim, o gestor Paulo Macedo vê bem o cenárioO ministro da Saúde admite estudar a separação dos profissionais entre o setor público e o privado para garantir a sustentabilidade da Saúde.

Já sabemos qual vai ser o relambório das corporações médicas, Ordem e Sindicatos. Vão logo dizer que só vão ficar no serviço público, os piores médicos. Como se isso fosse verdade. É o mesmo que dizer que os Juízes, os militares, os polícias ou os funcionários das finanças não prestam, pois eles estão em exclusividade na Função Pública. É tempo de ouvir as corporações, e tomar decisões, sem tibiezas. Custe o que custar!

Friday, January 18, 2013

Lobos com pele de Cordeiro

Engraçados e patuscos estes farmaceuticos de oficina: Mais de metade das farmácias tinha o fornecimento de medicamentos suspenso em dezembro, mês em que estes estabelecimentos registaram a maior quebra nas vendas, revelou hoje a Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Durante décadas, entrelaçaram-se com o Estado, através de negócios tripartidos entre o Ministro de serviço na João Crisóstomo e a banca que oleava o sistema. Viveram como nababos, viajaram por paraísos tropicais, ajudaram à expansão económica dos grupos automóveis alemães, fizeram de cada farmácia de oficina, um objecto de luxo, travestido de serviços de saúde.

Agora, choram, fazem birras, e até luto: Em dezembro de 2012, o número de farmácias com fornecimentos suspensos em pelo menos um grossista era de 1600, ou seja, mais de 55 por cento do total das farmácias do país.

Esqueceram-se que a farmácia de oficina é um negócio, com uma vertente regulamentar, mas simultaneamente altamente protegido pelo sempre amigo Estado, pois foi e é o seu melhor cliente, e ainda por cima, permite que a abertura de farmácias seja limitada por Lei.

Mas, o sempre adormecido Estado, lá acordou, depois de uma falência evidente, e teve que corrigir a obesidade: No total de 2011 e2012, a redução da despesa pública com medicamentos dispensados nas Farmácias será superior a 600 milhões de euros.

Parabéns, Dr. Paulo Macedo.

Sunday, January 13, 2013

Será o SNS confiável?

Gostávamos que sim. No entanto, esta notícia é um forte sinal de desconfiança no Serviço Nacional de Saúde: O antigo Presidente da República, Mário Soares, deu entrada no Hospital da Luz no sábado devido a uma indisposição e está estável, mas sob vigilância médica.

Porque é um sinal de desconfiança? Apenas porque o antigo Presidente da República reside numa zona de grande concentração hospitalar pública, sendo também a zona com mais recursos humanos e tecnológicos de qualidade na oferta de saúde.

Ora se assim é, porque prefere o antigo Presidente da República, estar a recuperar de um ligeiro AVC, num pequeno hospital privado de Lisboa?

Friday, January 11, 2013

Até os militares

Há uma ideia antiga, de que há guardas morais das sociedades mais desenvolvidas. Os bombeiros, os padres, os professores, ou os militares, são considerados como pessoas de bem, pessoas que cumprem, pessoas rigorosas.

Em Portugal, até nisto se perdeu o norte: Na edição desta sexta-feira, o Correio da Manhã denuncia uma fraude de 13 milhões de euros na saúde militar.

O descontrolo, o amiguismo, o nepotismo é total e absoluto: O jornal revela que existiam familiares de militares com inscrição à margem da lei no sistema. Trabalhavam na iniciativa privada e tinham regalias públicas. Foram 12 mil pessoas as que beneficiaram de esquema ilegítimo desde 2008.


E o que se faz agora? Obrigam-se as pessoas a devolverem o dinheiro? Há quantos anos se vive em bordel?

Já não há guarda moral, para o cidadão cumpridor que aguenta um Estado confiscatório e apenas protector de élites corruptas e corrompidas.

Sunday, January 06, 2013

Failing NHS bosses will go


A típica tolerância católica não é aceite nos países protestantes. Vejamos mais um exemplo:

  • Health Secretary Jeremy Hunt has warned NHS managers cannot expect to keep their jobs if they preside over failings in care.
  • There were hundreds more deaths than expected at the hospital between 2005 and 2009. Some of those deaths were caused by the failings at the hospital.
  • A public inquiry has been looking at how the failures in care were allowed to happen by managers and regulators. Ahead of its report, Mr Hunt called for "total openness and transparency when things go wrong", and a change of culture to give greater priority to compassion. 
  • "Just as a manager wouldn't expect to keep their job if they lost control of their finances nor should they expect to keep it if they lose control of the care in their organisation either,"
  • "And that means above all happy and motivated staff - something that is always a priority in successful NHS organisations or indeed any other organisation as well. "Most of all we need a change of culture.
  • "Patients must never be treated as numbers but as human beings, indeed human beings at their frailest and most vulnerable."
  • The Patients Association backed Mr Hunt's comments, saying "managers and boards must be held accountable for what goes on within their trusts and the appropriate action must be taken".
Como se percebe, a situação reporta-se à Grã-Bretanha. Em Portugal, who cares!

Tuesday, January 01, 2013

Monster


Monster Energy has been hit with yet another class action lawsuit, but not one that plows much new ground, according to attorney Justin Prochnow.