Há uma ideia antiga, de que há guardas morais das sociedades mais desenvolvidas. Os bombeiros, os padres, os professores, ou os militares, são considerados como pessoas de bem, pessoas que cumprem, pessoas rigorosas.
Em Portugal, até nisto se perdeu o norte: Na edição desta sexta-feira, o Correio da Manhã denuncia uma fraude de 13 milhões de euros na saúde militar.
O descontrolo, o amiguismo, o nepotismo é total e absoluto: O jornal revela que existiam familiares de militares com inscrição à margem da lei no sistema. Trabalhavam na iniciativa privada e tinham regalias públicas. Foram 12 mil pessoas as que beneficiaram de esquema ilegítimo desde 2008.
E o que se faz agora? Obrigam-se as pessoas a devolverem o dinheiro? Há quantos anos se vive em bordel?
Já não há guarda moral, para o cidadão cumpridor que aguenta um Estado confiscatório e apenas protector de élites corruptas e corrompidas.