Monday, June 30, 2008

Não há impostos que cheguem!

O governo actual e os anteriores declararam guerra aos contribuintes. Aos bons e aos maus. Têm sido perseguidos os "bons" contribuintes, que habitualmente cumprem os seus deveres e os "maus" contribuintes, que só pagam com a ameaça da penhora ou da cadeia.

Qual é o argumento do Estado, para esta atitude persecutória? Apenas e só uma palavra: "o déficit"!

Nós somos dos que achamos que os impostos que os portugueses, bons e maus pagadores, pagam, chegavam para que o Estado fosse útil à sociedade. Começamos a ter dúvidas quanto à utilidade do Estado em muitos sectores de actividade.

E porquê que achamos que o Estado já recebe o suficiente? Vejamos esta notícia:
  • a indústria não suspende fornecimentos, não cobra juros, não faz muito barulho e, acima de tudo, está sempre interessada em vender os seus novos produtos. A dívida acumulava-se, mas depois havia sempre um Orçamento rectificativo, e os administradores hospitalares e os directores das multinacionais andavam felizes e tranquilos durante uns tempos. O problema é que só aparentemente a indústria é o fornecedor ideal: como têm a certeza de que não vão receber a tempo e horas, os laboratórios sobem os preços à partida.
  • Miguel Gouveia diz que as diferenças de preço podem chegar aos 28% e Pedro Pita Barros diz que os hospitais estão a pagar mais 33 milhões em juros por causa dos atrasos. O problema não é só dos hospitais. Afinal, a factura chega a todos nós sempre que os hospitais compram medicamentos mais caros, porque não pagam a tempo e horas.

Coitados dos portugueses, que continuam a ser mal "geridos"! Ou como referiu um antigo Primeiro Ministro, "é a vida"!

Saturday, June 28, 2008

Portugal provisório

Antes do 25 de Abril de 1974, existiam duas marcas de cigarro: os "definitivos" e os "provisórios". Longe de nós, fazermos publicidade a tabaco. Aliás, estas marcas já não existem há muito tempo e nós nunca fumamos.

Onde queremos chegar? A um Portugal eternamente adiado e provisório:
  • A Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro espera há sete anos por novas instalações, já que as actuais são provisórias e inadequadas, lembrou o director Nelson Rocha na cerimónia de compromisso de 140 graduados.
  • O sucessivo adiamento da construção de um edifício para a instalação da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA) tem provocado uma "gestão atribulada de espaços inexistentes ou inadequados", lembrou Nelson Rocha.

O que é engraçado, ou talvez não, é que ninguém assume responsabilidade pelos adiamentos sucessivos:

  • A decisão de construir um edifício de raiz para instalar a ESSUA foi tomada há sete anos, mas "razões externas à Universidade " têm protelado o arranque de obras no pólo universitário do Crasso.

Mas, para variar, a esperança nesta terra não falta: O responsável pela ESSUA referiu ao JN que está confiante que a construção das novas instalações da ESSUA venha a ser contemplada com verbas do próximo quadro comunitário de apoio.

Até quando, a União Europeia continuará a ser o mecenas de um Portugal provisório e constantemente adiado?

Thursday, June 26, 2008

Obesidade

Fonte: aqui.

Cirrose: uma doença devastadora

Isto deixa-nos aterrorizados:
  • Portugal registou, entre 1991 e 2001, mais de 27 mil mortes causadas por cirroses hepáticas, dois terços das quais associadas ao consumo de álcool. Na Suécia, cuja população é equivalente à portuguesa, a mesma patologia causou só 2717 óbitos.
  • A comparação foi feita pelo médico Tato Marinho, no Fórum Nacional sobre o Álcool, realizado ontem em Coimbra. O patologista, que dissertava sobre os "Efeitos nocivos do álcool na população", alertava para o facto de Portugal ter uma das maiores prevalências de cirrose do mundo.

Ou os portugueses têm hábitos muito maus, ou a prevenção e educação na saúde, no tocante ao álcool, são muito más. Ou as duas coisas!

Wednesday, June 25, 2008

Mais vale tarde do que nunca

Temos aqui alertado para o mau estado de muitas instalações de saúde em Portugal, nomeadamente hospitais e centros de saúde. E muitas vezes, e ao contrário do que se pensa, o mau estado não aparece só em edifícios velhos. Vejamos mais um caso:
  • O edifício de Obstretícia/Ginecologia do Hospital de Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, vai ser encerrado por motivos de obras, segundo uma nota do conselho de administração do hospital hoje divulgada.
  • A administração desta unidade hospitalar justifica a decisão com "o risco de desmoronamento da cobertura do edifício do Hospital e o perigo eminente para a segurança dos utentes e profissionais".

Vejamos como o Hospital de Vila Franca de Xira não é assim tão antigo:

  • O Hospital de Reynaldo dos Santos (HRS)......Desenvolve a sua actividade em Vila Franca de Xira, em terrenos da propriedade da Santa Casa de Misericórdia, com instalações edificadas em três épocas distintas (1951 – 1983 – 1998).

Concluimos que a presente Direcção do Hospital de Vila Franca de Xira conseguiu, ainda assim, evitar o desmoronamento de um edifício que não é antigo e já sofreu várias fases de ampliação e restauro! É triste que só se tomem decisões em situações extremas.

Na Ponte de Entre-Os-Rios foi pior!

Tuesday, June 24, 2008

Exames

Fonte: aqui.

Mistificação nas contas da Saúde?

Nada nos surpreende. Sabemos que as práticas de gestão são fracas. As Entidades Reguladoras não cumprem muitas vezes o seu papel, sabe-se lá porquê! As Auditoras e os Revisores Oficiais de Conta têm uma visão mais comercial, do que técnica da sua função. Até onde irão parar as organizações? Não sabemos. Vamos lendo na imprensa internacional, que há indivíduos objecto de processos - crime, pelas más práticas de gestão, ou se quiserem o chamado "crime de colarinho branco"! Foram os casos da Enron, da WorldCom, ou da Arthur Andersen (na altura, era a maior Auditora do mundo, em volume de negócios).

Por cá, o Sol continua resplandecente, mas a vida continua triste. Há quem diga que é o fado!

Vejamos o que aqui se escreve:
  • O Governo não disponibilizou informação "sobre a série de despesas com pessoal expurgada dos efeitos da transformação dos hospitais em hospitais-empresa".
  • A informação consta do relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República, na sua análise ao Relatório de Orientação de Política Orçamental(ROPO) de Maio 2008 e das Grandes Opções do Plano de 2009.
  • A título de exemplo destas incongruências, sublinha-se que "a parte da redução das despesas com pessoal em 2007 não explicada pela transformação de hospitais do Serviço Nacional de Saúde em hospitais -empresa" num lado é estimada em 0,5 pontos percentuais do PIB, enquanto noutra página do mesmo relatório se refere ser de 0,4 pontos percentuais do PIB.

A vantagem que a análise quantitativa tem, é que se fundamenta em números. Os números são mais objectivos do que as palavras.

Quando vier o próximo Governo, vamos voltar ao chorrilho do passado, com críticas avassaladoras sobre as práticas de gestão actuais. Este Governo fê-lo em relação aos anteriores. O pior, é que o próximo Governo, seja ele qual for, fará quase de certeza o mesmo. Até quando?

Monday, June 23, 2008

Público versus Privado

A dicotomia sempre existiu, existe e existirá, na opção de escolha entre um serviço público e um serviço privado. Aliás, esta dicotomia é identica entre serviços privados alternativos.

A Eng. Isabel Vaz, Presidente do Conselho de Administração da Espírito Santo Saúde assume aqui, algumas das suas opções comerciais:
  • "há quotas a nível global para cada cliente. Não podemos ter no hospital só doentes da ADSE", que já representa 20% do negócio. Não podemos ficar dependentes de nenhum cliente. O estabelecimento de quotas justifica-se sobretudo porque "há movimentos no sentido de acabar com a ADSE. Temos de zelar pela saúde financeira do hospital e das 900 famílias que aqui trabalham".

Digamos, que não é normal que um gestor assuma em público a política comercial da sua empresa. Mas, a Eng. Isabel Vaz tem todo o direito de o fazer.

Aliás, a polémica que aqui se levanta tem a ver com uma outra dimensão:

  • Um beneficiário da ADSE só consegue marcar uma primeira consulta para 2009. Com um seguro de saúde, a operadora conseguiu encontrar um vaga para terça-feira. Um funcionário do Estado que tentou ainda marcar consulta para cirurgia vascular, conseguiu vaga em Agosto: "aqui a espera não é longa", frisaram do outro lado da linha. Com um cartão da seguradora, teria consulta amanhã.
  • Os doentes do subsistema de saúde falam em discriminação e, ao que o DN apurou, a Entidade Reguladora terá recebido inúmeras queixas relacionadas com tratamento desigual no acesso aos cuidados.
  • A Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública (ADSE) também admite ter recebido reclamações dos beneficiários. Ao DN, refere que, "nestas situações, questiona o prestador porque os acordos contemplam clausulado que proíbe qualquer tipo de discriminação no acesso". Ainda assim, adverte, "a administração dos cuidados de saúde é da exclusiva responsabilidade do prestador, que poderá confirmar se existem ou não quotas para estes doentes" do subsistema.

Pensamos que o problema da Eng. Isabel Vaz tem que ver com o facto de o Estado e as entidades consigo relacionadas, serem maus pagadores. Isto é, o prazo médio de pagamento por parte do Estado é como se sabe, de forma generalizada, muito maior do que o que se refere ás empresas privadas. Sendo assim, e dado que a Espirito Santo Saúde parece prosseguir fins lucrativos, é normal que o seu maior responsável esteja atento ao prazo médio de recebimento dos seus clientes.

Os beneficiários da ADSE deveriam reclamar junto da própria entidade, no sentido de esta passar a ser mais célere relativamente aos seus pagamentos.

Post Scriptum: esta frase ("há movimentos no sentido de acabar com a ADSE") é muito estranha, e deveria ser esclarecida pelo Estado.

Sunday, June 22, 2008

O calor mata

Há alguns anos, tivemos internados num hospital público, onde fomos objecto de uma cirurgia. Globalmente, o serviço teve "nota 13". E "nota 13" é pouco ou muito? É satisfatório.

Nesse hospital público, a estada durou três dias, mas as histórias foram muitas. A cirurgia correu bem. O apoio de enfermagem foi satisfatório. A comida era pobre. O atendimento foi razoável. As instalações eram bem más.

E porque eram más as instalações? A camarata era partilhada com cerca de 40 pessoas; havia algumas paredes de dois metros, em contraplacado, a dividir grupos de 4 a 6 doentes; havia 2 WC's para 40 pessoas; e, sobretudo, o calor apertava bem (cerca de 40º em Junho).

Será que a qualidade das instalações não é importante para avaliar a qualidade de serviço do hospital? Claro que é. Até porque, em variadas circunstâncias, as condições de serviço, muito para além do puro serviço médico, podem fazer a diferença.

Tudo isto a propósito desta notícia:
  • Nos hospitais sem ar condicionado o número de mortes aumenta em 60 por cento. A conclusão é de um estudo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), agora divulgado, que analisou os 41 hospitais do Serviço Nacional de Saúde e que vem agora provar aquilo para que os especialistas alertavam: dentro das unidades de Saúde também se morre por excesso de calor. Os doentes com mais de 65 anos e os serviços de Medicina Geral são os mais afectados.

Não somos contra os estudos, mas há estudos que seriam evitáveis, e este é um deles. Será que se os Senhores Altos Funcionários do Ministério da Saúde visitassem as várias unidades de saúde do SNS, não poderiam ver com os seus próprios olhos que as condições de habitabilidade em muitos hospitais é muito má?

Nós, com a experiência que tivemos, chegámos à conclusão que viver doente num hospital pode ser fatal. E não poderá ser só fatal pela doença. É que passámos 3 dias num hospital e jamais nos esqueceremos dessa experiência, mas recordamo-nos de pessoas que já lá estavam há meses!

Será que nos Serviços Administrativos do Ministério da Saúde haverá algum gabinete sem ar condicionado?

Post Scriptum: se não há recursos para suportar a instalação de ar condicionado nas camaratas dos hospitais, também não deverá haver recursos para suportar ar condicionado nos Gabinetes administrativos!

Friday, June 20, 2008

Onde está o Prof. Correia de Campos?

Uma das coroas de glória do anterior Ministro da Saúde foi a sua "vitória" perante a Indústria farmacêutica. Ou seja, Correia de Campos fez crer a todos nós, que afinal o Estado português tinha mais força que o poderoso lobby dos Laboratórios farmacêuticos, e forçou-os ao congelamento de preço dos medicamentos.

Quando "a oferta é muita, o pobre desconfia". O Professor Correia de Campos voltou à suas aulinhas! Agora lemos esta notícia:
  • O Governo autorizou a subida de preço de 121 apresentações de medicamentos. A decisão foi tomada em Maio, a pedido dos laboratórios.
  • O secretário de Estado adjunto e da Saúde justificou os aumentos, ontem, no Parlamento, com a necessidade de manter os produtos antigos no mercado com preços desactualizados e evitar a transferência de prescrição e de utilização para medicamentos mais caros.

No entanto, o Deputado João Semedo, que por acaso é Médico, diz isto: os aumentos se registaram em cerca de 300 medicamentos, mas sublinhou que “não são medicamentos envelhecidos mas recentes”.

O Professor Correia de Campos parece que já não é Ministro! A Indústria farmacêutica continua a vender medicamentos novos e velhos. Os medicamentos velhos e novos parece que estão em descongelamento ......de preços!

Thursday, June 19, 2008

Estranho!

Fonte: aqui.


Actualizamos a notícia anterior, com esta que nos deixa ainda mais inquietos:
  • "Arriscamos". Ouvida pelo JN, a responsável de um centro de preparação para o parto e de massagens para bebés que disponibiliza o Infacol aos pais que a procuram garante que continua a ter o medicamento. E insiste, ao contrário do que diz o Infarmed, que é "mais seguro e mais eficaz" do que a alternativa que existe no mercado português, o Aero-Om.
  • "Falo por experiência: o Aero-Om tem a mesma substância activa de base do Infacol, mas não funciona, porque ninguém respeita a posologia de administração e ele perde eficácia". A massagista culpa os próprios hospitais: "Ainda hoje visitei um recém-nascido num hospital privado. Tinham posto uma garrafinha de Aero-Om na mesinha de cabeceira, sem explicar nada". Sem dizer, por exemplo, que o uso não pode ser banalizado e que o líquido "não deve ser posto na chupeta quando os bebés choram", que se calam pelo facto de ser doce e saboroso.
  • A responsável sabe que incorre na ilegalidade ao vender o produto, mas garante ser legal a compra pela Internet. Diz que vende o Infacol para "ajudar pais desesperados" e não para lucrar com isso. Vende cada frasco a dez euros. "Na farmácia de Gaia que o disponibilizava era mais caro 50 cêntimos e há particulares na Internet a vender por nove euros".

Questões nossas:

  1. Porque não a liberalização total da abertura de farmácias, já que a Internet está ao dispor de qualquer um de nós?
  2. É mesmo legal em Portugal, comprar medicamentos na Internet (Boots, Walgreen)?

Wednesday, June 18, 2008

O pânico

Quando as medidas são estas, o topo da estrutura de poder está em ruptura:

  • Portugal vai passar a ter 15 médicos do Uruguai a trabalhar, por três anos, nos serviços de emergência médica dos hospitais, e o Governo está a estudar alargar a experiência a outros países.
  • Face à falta de médicos formados em universidades portuguesas -- um problema que a governante admitiu vir a agudizar-se no prazo «de quatro ou cinco anos» -, Ana Jorge disse depois aos jornalistas que a contratação de médicos uruguaios era «uma das formas que há» para tentar resolver o problema.
  • Ana Jorge afirmou que outra das maneiras para tentar fixar médicos ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) é fazer acções junto dos jovens estudantes ainda quando estão das universidades.

Perguntas nossas:

  1. Não saberá a Senhora Ministra que há centenas de portugueses a tentarem tirar uma licenciatura em Medicina em países como a República Checa e a Espanha, porque as universidades portuguesas não têm vagas?
  2. A seguir, a Ministra Ana Jorge irá contratar Médicos em Marte ou em Júpiter?

Investigação em saúde em Portugal

Em Portugal, o conhecimento não tem valor. Em Portugal, desdenha-se o conhecimento. Em Portugal, as Universidades desdenham a realidade. Em Portugal há muito pouca investigação aplicada. Isto é: patentes e patentes com fins comerciais.

Não basta produzir "papers". Não basta ter "centros de investigação". Não basta existirem "investigadores". É importante, que o estudo se transforme e produza realmente, isto é, sejam criados produtos e serviços que tragam valor acrescentado á sociedade. De outra forma, a sociedade não consegue ver vantagem nenhuma na existência de investigação!

Aqui, fala-se de alguns casos portugueses, que parece que vão mostrando resultados:
  • «Criar sinergias para que a inovação chegue mais depressa ao mercado» é, segundo o pró-reitor Fernando Guerra, um dos objectivos do Medtech, fórum internacional que reúne desde ontem centena e meia de líderes europeus de investigação, peritos do sector da saúde e tecnologias médicas, responsáveis de pequenas e médias empresas e investidores privados no auditório do edifício central do Pólo II da Universidade de Coimbra (UC).
  • Os projectos trazidos ao Medtech mostram tecnologias já prontas a entrar no mercado ou ainda à procura de parceiros para serem desenvolvidas.
  • «Espera-se que pelo menos 10 por cento das apresentações venham a ser concretizadas a nível de mercado», sustentou Jorge Figueira, do Gabinete de Apoio às Transferências do Saber da UC.

A Europa está lenta, face às necessidades do mercado. Portugal parece começar a pensar em fazer alguma coisa.....

Post Scriptum: Este nome "Gabinete de Apoio às Transferências do Saber da UC" é estranho!

Tuesday, June 17, 2008

Ineficácia do Estado

O Estado tem como uma das suas funções, a implementação de direitos fundamentais consignados na Constituição da República, nomeadamente no tocante à saúde e à educação.

Dito isto, não basta apenas que estes direitos existam no "papel"! É preciso levá-los à prática, sob pena de que os cidadãos se podem considerar defraudados com a organização do Estado.

Há já muitos anos, que o Estado, através de vários governos tem abdicado de parte da sua função relacionada com o ensino da medicina. Vários Ministros do Ensino Superior e da Saúde reconhecem o problema, mas passam os anos e as décadas, e o problema começa a ser insustentável.

Vejamos este retrato:
  • Terminou o fluxo migratório de médicos espanhóis para Portugal. Uma maior oferta de emprego e melhores salários em Espanha vieram tornar menos atractivo cruzar a fronteira para exercer medicina ou tirar cá a especialidade.
  • O fluxo de médicos galegos, extremenhos, andaluzes e de outras regiões de Espanha "está praticamente parado", confirma Carlos Lopez Salgado, vice-presidente de Profissionais de Saúde Espanhóis em Portugal (APSEP). "Agora, os espanhóis estão a procurar oportunidades de trabalho na sua região de origem", diz.
  • As unidades de saúde nas zonas raianas já estão a ressentir-se da falta de médicos espanhóis. Em 2007, entre 800 e mil médicos espanhóis exerciam a sua actividade no Norte de Portugal, na grande maioria nos centros de saúde, diz o número dois da APSEP. Cinco anos antes havia três mil. Neste momento, a estimativa (não há dados oficiais) aponta para menos de dois mil médicos espanhóis no Norte.
  • Na região alentejana chegaram a trabalhar quase 400 médicos oriundos da Extremadura espanhola. Agora o número deve estar entre 100 a 150 profissionais. Os restantes distribuem-se pela região centro, Algarve e zonas litorais. Lopez Salgado diz que a grande maioria, cerca de 80 por cento, são médicos e o resto enfermeiros. No final de 2007, o ministro da Saúde espanhol, Bernat Soria, admitia existirem cerca de 1700 espanhóis nas unidades hospitalares portuguesas.
  • O Norte é a região mais afectada. O bastonário da Ordem dos Médicos fala do elevado número de médicos galegos nas unidades de saúde de Chaves, Montalegre, Boticas, Miranda do Douro, onde "cerca de metade dos quadros eram espanhóis", o mesmo acontecendo com o hospital de Faro, "muito dependente de profissionais" vindos da região de Huelva.

Perante tal "retrato", que nada tem de novo, os Responsáveis Governamentais confirmam o "problema", e provavelmente dirão que "estão a trabalhar para o solucionar". Mas, podem existir ainda políticos que venham dizer que "herdaram o problema", mas daqui por alguns anos o problema será ainda mais grave!

Que fazer, sobretudo quando sabemos que há centenas de portugueses que até buscam Universidades Espanholas e Checas para cursar Medicina? Porquê que estes portugueses não conseguem fazer esses mesmos Cursos em Portugal?

Nós até sabemos porquê que não aumentam os numerus clausus de Medicina em Portugal. E os governantes também. Mas, quem governa, não quer governar.....

Monday, June 16, 2008

Ineficiência logística do SNS

Não basta ter mesas, cadeiras, médicos, enfermeiros e equipamentos para que se consigam bons níveis de serviço. É preciso um fio condutor, que permita que os diferentes recursos interajam entre si de forma eficiente.

Palavras bonitas! Na prática, é sempre fácil complicar ou tornar as coisas mais complicadas. Vejamos esta notícia: Os hospitais enviam doentes para os centros de saúde para lhes serem passados exames, numa prática que desvia despesas e ocupa os médicos de família com burocracias.

Vamos à origem da notícia, que é a FNAM (uma das corporações de médicos) e vemos isto:
  • diversos hospitais têm promovido a transferência da requisição dos exames complementares de diagnóstico entendidos necessários nas consultas realizadas pelos seus médicos para os Centros de Saúde – neste procedimento frequentemente nem sequer é anexada qualquer informação clínica.
  • Os hospitais começam agora a solicitar que sejam os médicos de família a requisitar os exames pré-operatórios e de estadiamento em situações oncológicas, bem como a emitir as credenciais de transporte dos doentes para consultas, tratamentos e internamentos.
  • Esta prática é identificada pelos médicos de família como um dos factores mais geradores de desmotivação no seu trabalho diário, na medida em que se vêem sobrecarregados com solicitações de utentes vindos dos hospitais que visam uma mera acção burocrático-administrativa de pedidos de transcrição.
  • Implicam um aumento importante do número de consultas, desnecessárias, nos Centros de Saúde e um acréscimo de custos, fruto de os utentes terem de recorrer aos seus médicos de família para simplesmente formalizar requisições decorrentes da avaliação clínica efectuada a nível hospitalar.

Não gostamos de ouvir lobbies a reclamarem o seu quinhão. Contudo, quando os lobbies dão verdadeiros contributos para uma melhoria dos serviços, gostamos de ouvir.

Neste caso, esta corporação de médicos até tem uma intervenção adequada, dado que estes procedimentos burocráticos do Ministério da Saúde podem ter algum objectivo, mas de certeza que não têm como fim a satisfação dos doentes.

Independentemente da satisfação dos médicos e de outros colaboradores da saúde, os doentes devem ser o fulcro dos serviços da saúde, e nesta reclamação da FNAM, vê-se claramente que os doentes são um objecto que anda de um lado para o outro! E quando assim é, o serviço não serve. Ou dito de outra forma, não há qualidade do serviço, ainda que o serviço médico possa ser satisfatório!

Wednesday, June 11, 2008

Sistemas de informação na saúde: jackpot

Nada que nos espante. A saúde precisa de mais tecnologias de informação. Imagine-se o que eram os bancos há 20 anos: longas filas de espera, carimbos, papéis e muitos papéis.

Hoje, a banca é electrónica, a banca não vive sem sistemas de informação. Outros serviços são dependentes dos sistemas de informação. Na saúde, ainda sobrevive a vinheta, o papel, o carimbo e as longas esperas.

Vejamos as oportunidades que estão à espreita:
  • ``If you're chasing dollars, there's probably nothing bigger than health care,''.
  • ``The software that health-care companies use is archaic. That's a big opportunity for Oracle.''.
  • In the U.S. alone, technology spending by health-care companies will jump 16 percent to $50.2 billion by 2011, according to researcher Gartner Inc. in Stamford, Connecticut. Hospitals and physicians' offices will account for almost two- thirds, based largely on a switch to electronic record keeping from paper. Insurance companies will make up the rest.

Por cá, o "jackpot" será inevitavelmente menor. Mas, percebemos porquê que a Consiste/Pararede, a CPH, a Siemens, a Globestar ou a Alert Life Sciences, se posicionam para o grande bolo. Mas, preperem-se que a IBM, a Oracle ou a Accenture estão por aí!

Tuesday, June 10, 2008

Regranex

Preocupante, isto:
  • O gel «Regranex», utilizado no tratamento de feridas e úlceras de pernas e pés diabéticos, pode aumentar a probabilidade de cancro. O alerta foi dado pela Autoridade Americana do Medicamento.
  • O gel tem autorização de venda em Portugal desde Março de 1999. O preço de venda ao público é superior a 400 euros a bisnaga.

E mais isto:

  • O alerta da FDA surge depois de ter recebido, em Março passado, os dados de um estudo que sugeria que os diabéticos que aplicavam este gel tinham maior incidência de cancro. A monitorização do medicamento continuou após a aprovação porque o Regranex favorece a divisão mais rápida das células. Depois de rever os resultados do estudo, a FDA concluiu esta semana que a probabilidade de morrer de cancro é cinco vezes maior para doentes que tenham usado três ou mais tubos de Regranex, quando comparado com outros que não tinham usado o gel.
  • No entanto, a autoridade norte-americana reconhece que quando o medicamento é usado com bons cuidados médicos aumenta as hipóteses de cura das úlceras diabéticas, um tipo de ferida que tem poucas alternativas de tratamento. Por isso, recomenda que o gel seja usado só quando os benefícios superarem os riscos. Recomendou também que esta nova informação seja incluída na bula do medicamento.
  • Carlos Pires, da Autoridade nacional do medicamento disse ainda ao DN que o Infarmed seguirá as recomendações que forem decididas a nível europeu. No entanto, a Agência Europeia do Medicamento ainda não fez nenhuma recomendação.

Monday, June 09, 2008

A falta de esperança

Todas as pessoas procuram ser felizes. Todas as pessoas procuram um desempenho melhor do que as anteriores gerações. Todas as pessoas tentam sempre alcançar mais. Mas isto, revela uma preocupante visão quanto ao futuro de Portugal:
  • muitos estudantes portugueses que tencionavam inscrever-se este ano nos cursos de Medicina espanhóis, poderão não o conseguir fazer.
  • A inscrição em Espanha passou a ser a 4 de Junho, mas a nota dos exames em Portugal - essencial para a candidatura - só sai a 7 de Julho.
  • A Confap não sabe quantos estudantes portugueses procuram este ano cursos em Espanha, mas Albino Almeida disse ao DN que o "fenómeno está a aumentar" e que muitos jovens estudam castelhano durante o secundário, na antecipação de uma futura matrícula em universidades espanholas. Em algumas regiões, o número de estudantes do secundário que escolheram aprender castelhano duplica anualmente.

Mais do que a busca do "ouro" de um Curso de Medicina, os estudantes e os pais portugueses vivem a completa falta de esperança num país em que se diz que a formação compensa. E é mentira. A formação em Portugal e portuguesa, não compensa.

Depois, é com absoluta tristreza que se assiste à drenagem de recursos humanos (algo que Portugal tem com fartura) para outros países. Pior, os que tentam ir para fora, são os melhores! O que restará por cá?

Friday, June 06, 2008

Ultrasons portátil

Fonte: aqui.

Easy to operate, highly accessible, fast and mobile – these are the characteristics that make ultrasound the No. 1 used modality in diagnostic imaging and the reason why leading healthcare providers continue to invest in innovation to drive workflow improvements. The Acuson P10 hand held diagnostic ultrasound system (picture) is the smallest ultrasound system in the world. It is intended for complementary initial diagnostic care and triage, particularly in cardiology and emergency care.

Correia de Campos: a insustentável falta de pudor

O ex-Ministro Correia de Campos desempenhou vários cargos públicos, tendo sido Secretário de Estado há já muitos anos, e Ministro da Saúde na década de 90 e mais recentemente com José Sócrates. Ao todo, entre a carreira académica, de consultor e de Governante, perfazem-se dezenas de anos, pelo que ficamos atónitos com várias afirmações do Prof. Correia de Campos!

Há-de ter feito muitas coisas positivas. Fez muitas coisas más. Contudo, parece que não quer arrumar as botas, e sobretudo quer afirmar o seu legado!

Vejamos este conjunto de idéias que deixa, que soam a uma evidente má digestão:
  • O PS demonstrou que é possível e sustentável ter um SNS universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais da população, tendencialmente gratuito.
  • A saúde estava enrolada, estava a ser capturado por toda a gente. Pelos profissionais, que não deixavam tomar nenhuma medida; pelas autarquias, que não deixavam substituir coisa nenhuma; pelos interesses económicos dos produtores de bens e medicamentos. Toda a gente capturava o SNS, o que só terminaria se houvesse dinheiro para toda a gente. Ainda por cima, numa altura de contenção.

Depois, digere ainda pior isto:

  • O Hospital Amadora-Sintra é um caso de escola de duplo erro de regulação. Em 1995, foi feito um contrato muito superficial que os socialistas tiveram de aceitar porque estava assinado. As dúvidas surgiram, aos poucos foi-se corrigindo, mas corre ainda um contencioso que criou uma situação desagradável. Fiz duas reuniões de conciliação entre a minha administração regional e o concessionário.
  • A minha intenção era manter a gestão privada por uma razão: o registo que tínhamos sobre a qualidade da gestão do Amadora-Sintra era bom. Tirando o aspecto negocial, que nos intoxicava as relações e era um problema, respeito a gestão capaz do Amadora-Sintra. É evidente que os governos têm que tomar decisões em função dos seus critérios políticos. O Governo entendeu cessar o contrato e voltar à esfera pública. Já agora, que se tomou uma decisão com esta discussão, em que os privados viram com incerteza as intenções do Governo, que se faça a sério.
  • Se olharmos para um projecto de mil milhões, a construção é 200 milhões e o resto resulta dos dez anos de gestão clínica. Isso teve uma consequência terrível: tornou a negociação um terror, insuportavelmente longa. Vivi isso com o hospital de Cascais, onde negociámos 14 meses. Não é possível. Os próximos até podem ser mais rápidos, porque aquele era o hospital de Lisboa onde havia mais relutância e medo de a administração dar cada passo, e eu próprio fui às reuniões para acelerar o processo.
  • Os privados foram bons, trouxeram exigência. A miscigenação de conhecimento e capital intelectual foi útil, mas o modelo das PPP é muito complexo e traz dois ou três problemas graves. Um deles é a enorme litigância: se um concorrente se sentia ultrapassado, tinha um arsenal de técnicas jurídicas para embargar a decisão da administração. Até que eu chamei as pessoas todas e disse-lhes: «Meus amigos, se querem acabar com a experiência, continuem a encharcar-me de pareceres jurídicos para cujos argumentos não tenho capacidade jurídica ou financeira de resposta. Portanto, parem com isso.» E, verdade seja dita, pararam. Mas aconteceu também outra coisa: num dos concursos mais importantes e volumosos em marcha, surgiu uma decisão preocupante: na fase inicial, verificou-se que um concorrente tinha apresentado uma proposta assinalavelmente mais baixa, mas na fase da licitação a dois, o outro concorrente – que tinha ficado em segundo lugar – apresentou uma redução de mais de 20% da sua proposta.

Os nossos comentários breves:

  1. É engraçado um ex-Ministro da Saúde vir dizer que "a saúde estava a ser enrolada", como se a saúde não continuasse a ser enrolada, por dentro e por fora! Não temos conhecimento que os custos reais da saúde tenham baixado os 10% do PIB, ou que as facturas pendentes de pagamento do SNS tenham diminuído.
  2. O PS demonstrou que o SNS tendencialmente gratuito é sustentável? Aonde, Prof. Correia de Campos? Com "taxas moderadoras de internamento"? Com prazos de pagamento aos fornecedores alargados? Com desorçamentação através de PPP's, em que se verifica a incapacidade do Estado em renovar os decadentes hospitais públicos?
  3. Curioso é que Correia de Campos acaba por atribuir muitos dos resultados alcançados pelo SNS nesta sua última função, à intervenção dos privados na saúde e nomeadamente à experiência do Grupo Mello no Hospital Amadora - Sintra, apesar de José Sócrates os ter escorraçado!
  4. Finalmente, é absolutamente inacreditável um ex-governante vir dizer em público que o Estado português é incapaz de gerir parcerias público - privadas, quer no que se refere à sua negociação, quer ao seu inerente e necessário controlo posterior!

Às vezes, o silêncio é a melhor forma de mantermos o respeito que têm por nós.

Thursday, June 05, 2008

Medicamentos: o mercado mais apetecível do mundo

Não achamos que os medicamentos se limitem a uma mera "função social", até porque se não existirem incentivos à investigação, não há novos produtos, para novas curas. Dito isto, evidentemente que o mercado de medicamentos é um dos mais apetecíveis do mundo, só comparado com o mercado dos combustíveis ou o do armamento.

Vejamos do que falamos:
  • As vendas mundiais de medicamentos cresceram 6,4% no ano passado, somando 712 mil milhões de dólares.
  • Enquanto as vendas cresceram a dois dígitos nos mercados emergentes, o mercado dos EUA registou uma subida de 4,1% (+8,6% em 2006).
  • Já na Europa Ocidental, as vendas de remédios aumentaram 4,8% (+4,3% em 2006).

Wednesday, June 04, 2008

Family History Can Reduce Risk Of Colon Cancer Death, Recurrence

Fonte: aqui.

According to a new study from the Dana Farber Cancer Institute, family history increases your chance of developing colon cancer, but researchers also found that family history can also decrease your chance of dying from the disease.

“The main finding was that patients who had a family member with colon or rectal cancer had improved outcomes,” said Dr. Chan “Patients with a family history of colon or rectal cancer had an approximately 25 percent decrease in the chances of having a cancer recurrence or death.”

“Beyond rare, well-characterized hereditary colorectal cancer syndromes, our data support the hypothesis that a relatively common though less penetrant genetic predisposition may not only influence colorectal cancer risk but also patient survival. This finding may reflect a distinct underlying molecular and pathogenic mechanism in cancers that develop in the setting of a common (i.e., sporadic) family history,” the researchers write. “Further studies are needed to more fully elucidate potential mechanisms by which a common family history may influence the outcome for patients with colorectal cancer.”

The study appears in the June 4 issue of Journal of American Medical Association.

Tuesday, June 03, 2008

Hospitais à beira de um ataque de nervos

Como seres humanos, somos avessos à mudança e sempre ouvimos que "o hábito faz o monge". Ou seja, num mundo em mudança, esta é quase sempre tolerada ou aplicada à força. Nós não somos contra a mudança, antes pelo contrário, temos é que saber geri-la bem, sob pena de ser "pior a emenda do que o soneto".

Há já muitos anos, era Ministra da Saúde, a Dra. Leonor Beleza, e nós ouvimos falar no fim do Hospital Júlio de Matos e da transformação daquilo que agora se chama de "Parque da Saúde", num mega complexo habitacional, que até poderia passar por um "condomínio fechado". Aquela Ministra da Saúde exerceu funções nos idos da década de oitenta.

Vinte anos depois, lemos coisas que nos preocupam, pois as tentativas da Dra. Beleza não foram bem sucedidas e o Hospital Júlio de Matos, ainda lá está. Não sabemos se está bem ou mal. Deixamos este aspecto, para quem percebe da "poda", e no caso vertente, estamos sobretudo a falar de especialistas em psiquiatria.

Vejamos esta tentativa de mudança de paradigma da saúde psiquiátrica, que se arrisca a deixar muita gente "à beira de um ataque de nervos":
  • A fusão dos hospitais Miguel Bombarda e Júlio de Matos lançou o caos nos serviços psiquiátricos e, segundo vários médicos, a situação culminou na demissão da directora clínica do Júlio de Matos.
  • Os hospitais Miguel Bombarda e Júlio de Matos têm neste momento cerca de 500 doentes internados.
  • Depois a "tentativa de encerramento dos dois hospitais e a diminuição do pessoal não tem sido benéfica para os doentes", alerta Pilar Vicente, clínica do Miguel Bombarda.
  • "Aquela ideia moderna de integrar os doentes psiquiátricos no meio familiar é muito bonita quando as famílias têm condições para os acolher e os podem acompanhar", aponta Pilar Vicente.
  • Ana Barreiros, psicóloga no Miguel Bombarda, alerta ainda para o facto de "começarem a existir listas de espera para acompanhamento psicológico". "Antes só existiam nos hospitais centrais, que encaminhavam os doentes para nós, agora até aqui temos listas".
  • Do lado da administração, o presidente do Conselho de Administração e director do centro hospitalar psiquiátrico de Lisboa, que engloba os dois hospitais, Ricardo França Jardim garantiu à Lusa que "se houver necessidade, pagamos horas extraordinárias ou faremos contratação externa".
  • Ricardo França Jardim informou ainda que a directora clínica apresentou a demissão no passado dia 15 de Maio, "alegando problemas de doença pessoal". Mas, várias fontes do hospital confessaram à Lusa que esta se terá demitido devido ao caos em que se encontram estes hospitais.

Será que trabalhar num hospital do foro psiquiátrico, leva as pessoas a ficarem "á beira de um ataque de nervos"?

Post Scriptum: apesar de gostarmos do sarcasmo e da ironia, não gostamos de brincar com coisas sérias.

Monday, June 02, 2008

Inaladores

Fonte: aqui.

Traditional inhalers using Chlorofluorocarbons (CFCs) to propel inhaled drugs into the lungs will no longer be made or sold in the U.S. by the year ending December 31, 2008, because of rising concerns over Earth’s depleting ozone layer. The U.S. Food and Drug Administration also issued an advisory on Friday urging people to switch to newer alternatives seeking adequate doctoral support.

A mudança positiva

A Senhora Ministra da Saúde faz:
  • As novas instalações das urgências pediátricas do Hospital de São João, no Porto, foram inauguradas este domingo com a presença na cerimónia da ministra da Saúde, Ana Jorge.

A Senhora Ministra da Saúde não faz:

  • A ministra da Saúde, Ana Jorge, considerou esta segunda-feira que a criação de um programa de saúde oral exclusivamente no sector público seria “muito dispendioso”, explicando que seria necessário instalar equipamento e colocar muitos profissionais nos centros de saúde.

O Ministério da Saúde faz:

  • O Centro de Saúde de Camarate encerra esta segunda-feira, o que implica a transferência «provisória» de cerca de 125 mil habitantes para o Centro de Saúde de Sacavém. «O actual Centro de Saúde de Camarate que tem cerca de 35 anos, não apresenta as condições exigidas, nomeadamente a nível de acessos, não tendo por exemplo elevador ou uma rampa de acesso».

Post Scriptum: numa perspectiva de cliente do SNS, achamos bem que o Centro de Saúde de Camarate tenha encerrado. No entanto, estranhamos que existam muitos outros Centros de Saúde espalhados pelo país, nas mesmas condições, e contudo permanecem em funcionamento.