Nada nos surpreende. Sabemos que as práticas de gestão são fracas. As Entidades Reguladoras não cumprem muitas vezes o seu papel, sabe-se lá porquê! As Auditoras e os Revisores Oficiais de Conta têm uma visão mais comercial, do que técnica da sua função. Até onde irão parar as organizações? Não sabemos. Vamos lendo na imprensa internacional, que há indivíduos objecto de processos - crime, pelas más práticas de gestão, ou se quiserem o chamado "crime de colarinho branco"! Foram os casos da Enron, da WorldCom, ou da Arthur Andersen (na altura, era a maior Auditora do mundo, em volume de negócios).
Por cá, o Sol continua resplandecente, mas a vida continua triste. Há quem diga que é o fado!
- O Governo não disponibilizou informação "sobre a série de despesas com pessoal expurgada dos efeitos da transformação dos hospitais em hospitais-empresa".
- A informação consta do relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República, na sua análise ao Relatório de Orientação de Política Orçamental(ROPO) de Maio 2008 e das Grandes Opções do Plano de 2009.
- A título de exemplo destas incongruências, sublinha-se que "a parte da redução das despesas com pessoal em 2007 não explicada pela transformação de hospitais do Serviço Nacional de Saúde em hospitais -empresa" num lado é estimada em 0,5 pontos percentuais do PIB, enquanto noutra página do mesmo relatório se refere ser de 0,4 pontos percentuais do PIB.
A vantagem que a análise quantitativa tem, é que se fundamenta em números. Os números são mais objectivos do que as palavras.
Quando vier o próximo Governo, vamos voltar ao chorrilho do passado, com críticas avassaladoras sobre as práticas de gestão actuais. Este Governo fê-lo em relação aos anteriores. O pior, é que o próximo Governo, seja ele qual for, fará quase de certeza o mesmo. Até quando?