Thursday, January 29, 2009

Parabéns Senhora Ministra

A Ministra Ana Jorge é simpática, leve e neutra. Para além disso, Ana Jorge, é médica. Como Ministra da Saúde tem sido discreta. Quanto a resultados? Tem sido a evolução na continuidade.

Mas agora, ao fim de um ano no cargo de Ministra da Saúde, Ana Jorge parece demonstrar capacidade de análise sobre o sector hospitalar:
  • "Um dos grandes problemas da saúde em Portugal é organizacional", disse Ana Jorge.
  • Na área hospitalar, "tem falhado muito o envolvimento das administrações e dos directores de serviço", disse, considerando que são estes "os grandes responsáveis pelo funcionamento do serviço hospitalar e por envolver os seus profissionais".
  • Ana Jorge dá como "exemplo de sucesso" o Programa de Intervenção em Oftalmologia (PIO), através do qual foram realizadas mais de 15 mil cirurgias. A "chave do sucesso foi o envolvimento dos profissionais e, nomeadamente, dos directores dos serviços de oftalmologia", considera Ana Jorge.
  • A ministra preconiza mudanças, mas não só ao nível do nome, numa referência à transformação dos hospitais em Sociedades Anónimas (SA) e, mais tarde, em Entidades Públicas Empresariais (EPE).
  • Para Ana Jorge, "existem alguns hospitais EPE com os profissionais mobilizados e outros que se esqueceram que precisam dos profissionais" de saúde. "Assim não dá, pois só muda o nome", salientou.

Ora, muito bem, Senhora Ministra. Contudo, a Dra. ana Jorge esquece-se do seguinte:

  1. As Administrações dos Hospitais EPE são nomeadas pelo Ministério da Saúde. Ou seja, se a Senhora Ministra acha que não sabem gerir bem os recursos que têm a cargo, Ana Jorge deve demiti-los.
  2. A grande maioria das Administrações dos Hospitais EPE não sabem gerir a autonomia que têm, porque: a) não têm perfil para liderar organizações; b) sabem que são boys políticos e têm medo de arriscar e de decidir.

É pena, Senhora Ministra, que não vá até ao fim, na sua análise.

Wednesday, January 28, 2009

Gripe das aves

Fonte: aqui.

The Ministry of Health in China has confirmed the fifth human bird flu death in the country this month. The H5N1 bird flu has taken its toll on the nation of China this month, sickening many and killing a total of five. The month of January has been a disaster for China to say the least in terms of controlling the H5N1 bird flu virus.

Tuesday, January 27, 2009

Sai uma Licenciatura em medicina em 3 anos?

Após "Bolonha", a generalidade dos cursos do ensino superior passaram a ter 3 anos. É a força da padronização da União Europeia. Goste-se ou não. Mas, há sempre "vacas sagradas". O curso de medicina continua a ser de 6 (seis) anos, mais os estágios.

Bem, parece que era. Se não, vejamos o que aqui se diz:
  • Por um lado, a duração do internato (estágio de especialidade) passou de 18 meses para 12.
  • Por outro, deixou de existir um período de seis meses de preparação para o exame.

Todo este "encurtamento" tem um objectivo: Até Janeiro de 2010 vão estar formados mais 600 médicos de família.

Então, e os argumentos de que a qualidade da medicina obriga a uma não-redução do tempo de formação? Então, o que dirá agora a toda-poderosa Ordem dos Médicos? É que o poder político foi célere para tapar buracos na falta de médicos que dizem haver: esta vaga de médicos resulta de uma alteração feita na lei que diminuiu em um ano o tempo de formação dos clínicos.

Nós continuamos na nossa: não há falta de médicos. Há de facto, alguns médicos a entrar em fase de reforma. Mas, na essência existem demasidos médicos nos hospitais centrais, de Lisboa, Porto e Coimbra. E faltam médicos no Interior Norte, Centro e Sul, e nos centros de saúde.

Por exemplo, como é que se percebe que o Centro Hospitalar de Lisboa Central (Hospital de São José, Hospital dos Capuchos e Hospital de Santa Marta) tenha cerca de 60 oftalmologistas e, até há pouco tempo, o Hospital de Faro tinha apenas 1 (um) oftalmologista?

Virá o tempo em que os médicos terão uma de duas opções: o desemprego ou a emigração. Aliás, como os restantes portugueses!

Sunday, January 25, 2009

Tratamentos do Principe Carlos

Fonte: aqui.

Promoted and sold under ‘Duchy Originals’ brand, these medicines have been made from plant extracts and are said to be effective in curing ailments such as colds, low disposition, fretfulness and dyspepsia. Andrew Baker, Duchy Originals's chief executive said, "The decision to launch these products reflects the Prince of Wales's passion for integrated healthcare. We hope that the Duchy Herbals range of herbal remedies will encourage more people to adopt this integrated approach to their health."

Friday, January 23, 2009

Saúde Ibérica

De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento! Quem foi o autor desta frase? Confessamos que não sabemos se é mais do que uma frase popular.

Sinceramente, não somos contra Espanha. Até gostamos de Espanha. Se somos a favor da Ibéria? Temos muitas dúvidas em seguir por esse caminho, pela História e pela dignidade dos antepassados.

Bem, tudo isto a propósito disto: Do lado da Saúde, vão ser protocoladas as intervenções de assistências às populações das regiões transfronteiriças. Uma questão que ganha importância acrescida com a implementação da nova organização física do sistema de Saúde português.

Dito de outra maneira, a Ministra Ana Jorge foi a Zamora, com José Sócrates, entregar a gestão da saúde fronteiriça ao Ministério da Saúde de Espanha, e respectivos Governos Regionais. Só quem não conhece partes raianas, é que acha inovadora esta abordagem de Ana Jorge em Zamora.

Na Região de Elvas-Campo Maior, é normal ir tratar da saúde a Badajoz. Assim como na Região de Reguengos de Monsaraz, se passa o mesmo!

Então, o que foi fazer a Zamora, Ana Jorge? Apenas e só, formalizar a entrega do SNS raiano a Espanha!

Haverão de vir, dias melhores!

Wednesday, January 21, 2009

Esperança para o cancro do colon

Fonte: aqui.

Genetech is expecting to see results from a colon cancer study involving Avastin by April, according to media reports Tuesday. Avastin has already been approved for breast cancer, Lung cancer and colon cancer which has already speared. Genentech’s goal of the current study — which involves more than The 2,710-patients — is to show whether Avastin improves survival of patients after colon cancer surgery.

Tuesday, January 20, 2009

Investimentos na saúde em Portugal

Alguns projectos privados na saúde, parece que não se estão a sair bem. Porquê? Por várias razões: 1) a oferta pública é vasta; 2) o poder de compra da população é baixo; 3) a oferta de saúde privada ainda não é alternativa, mas antes complementar à saúde prestada pelo Estado.

Mas, há quem insista em investir na saúde: Cerca de seis milhões de euros vão ser investidos em Castelo Branco pelo Grupo Lusófona, na construção de uma unidade de saúde privada, que pretende aliar a prestação de serviços de medicina e de lazer.

Não sabemos se este projecto trará resultados positivos, mas às vezes há oportunidades que se aproveitam: O Hospital de Dia Ribeiro Sanches, que funcionará entre as 08:00 e as 20:00, vai ocupar instalações das Galerias Império, no centro da cidade.

Parece que este é um projecto que não é megalomano, como outros que há por aí!

Monday, January 19, 2009

Os orçamentos da saúde

A despesa em saúde representa cerca de 10% do PIB da generalidade dos países desenvolvidos (nos EUA, já representa quase 18% do PIB). É muito? É pouco? Há pessoas que dizem que a saúde não tem preço! Será que não tem? Será que não tem que se impor um limite aos gastos com a saúde?

Vejamos o que por aqui se escreve:
  • The American hospital is a 19th-century cottage industry in the postmodern world. The problem is not medical or technological.
  • The first problem is correcting wasteful and dangerous management practices before extending coverage to more patients. Knowledge exists to transform every hospital in the country to deliver higher quality care and in so doing substantially reduce costs and save lives.
  • Extending health care to more people without correcting the antiquated delivery system doesn’t make sense.
  • In fact, two large hospitals systems — in Pittsburgh and across the Midwest — cut costs in half and significantly reduced hospital-acquired infections and medical and medication errors.
  • This solution of continually improving patient care was based on the Toyota management system. The hospital managements created an environment — without blame — where their employees could learn and practice continual improvement of their processes, systems and themselves in pursuit of “perfect patient care.”

O próximo Presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu uma cobertura de saúde alargada, tendo em vista dar mais saúde àqueles que não têm dinheiro para comprar uma apólice de seguro de saúde. Mas, como se diz acima, se alargar a cobertura de saúde, sem racionalizar custos, vai apenas transformar um grande problema, na falência do Estado Americano!

Sunday, January 18, 2009

Exemplos das Ilhas

Nem tudo em Portugal é mau. Há muita gente a trabalhar. Há muita gente que trabalha bem. É preciso esquecer os que remam para trás? Não. Se não criticarmos, não se chega à melhoria ou à correcção do que está errado.

Vemos este exemplo, e gostamos:
  • O Centro de Hemodiálise do Hospital do Santo Espírito de Angra do Heroísmo (Ilha Terceira) tratou 350 doentes nos últimos vinte e cinco anos dos quais 62 foram transplantados.
  • Teresa Azevedo, directora do Centro de Hemodiálise do Hospital de Angra do Heroísmo, adiantou que os serviços acompanham ainda em observação mais meio milhar de doentes
  • Antes da fundação destes serviços, os doentes açorianos optavam por mudar de residência para o continente português ainda que alguns "sabendo que corriam risco de vida permanecessem nas ilhas".
  • Teresa Azevedo disse à Agência Lusa que, para além da doença, o grande problema dos doentes de outras ilhas "é o facto de se encontrarem fora do seu ambiente familiar".
  • Foi por isso adoptado o tratamento de "Diálise Peritoneal", que pode ser feito na residência de cada paciente, reduzindo-se a deslocação dos doentes ao centro a um dia por mês.

Parabéns ao Hospital de Angra do Heroísmo, ao Centro de Hemodiálise e à sua Directora. São precisos mais bons exemplos.

Friday, January 16, 2009

Aumento das taxas moderadoras

Sabemos que o SNS não é gratuito. Mas é gratuito para os mais idosos com poucos rendimentos e para os mais novos afectos ao "rendimento mínimo garantido".

Contudo, o SNS é "tendencialmente gratuito", como diz o artigo 64º da Constituição da República.

Agora, o Governo, que anda a suportar várias falências de empresas, por esse Portugal fora, decidiu aumentar uns cêntimos nas taxas moderadoras: A partir de 1 de Fevereiro, se precisar de ir a um hospital do Serviço Nacional de Saúde (SNS), prepare-se para pagar mais. O Ministério da Saúde actualizou a tabela das taxas moderadoras.

Tudo bem, nós aceitamos. Mas, não gostamos é que digam que o SNS é "tendencialmente gratuito" e depois digam isto: Numa portaria hoje publicada em "Diário da República" e datada do passado dia 8, o Ministério indica que as taxas em vigor "encontram-se desactualizadas, quer quanto ao valor, quer quanto à tipologia dos actos, pelo que se torna necessário proceder à sua revisão".

É caso para perguntar, será que o Governo está a pensar colocar o preço dos serviços do SNS ao nível do sector privado? E então, para que pagamos impostos?

Thursday, January 15, 2009

Unidade de radioterapia na Madeira

A instalação de uma unidade de radioterapia não custa meia dúzia de euros. Naturalmente que não queremos implicitamente dizer que a instalação de equipamentos de cariz oncológico deva apenas ser avaliada por questões de rentabilidade comercial. Os portugueses pagam impostos e devem ser solidários. Mas, é preciso avaliar a disponibilidade dos recursos, face às necessidades.

Lemos esta notícia:
  • Os cerca de 250 doentes oncológicos na Madeira que anualmente se tinham de deslocar ao continente para tratamentos passarão a ser assistidos na unidade de radioterapia que vai entrar em funcionamento em Fevereiro no Funchal.
  • O governante, Francisco Jardim Ramos, salientou tratar-se de uma clínica privada que se candidatou num concurso internacional, a Quadrante, que tem várias unidades de prestação de serviços nesta área, em Lisboa, Porto e Faro.
  • "Temos enviado uma média de 250 doentes oncológicos por ano ao continente. Esta é já uma doença com muita carga de sofrimento, que traz mais penosidade pelo facto das pessoas terem de sair da região, pelo que o objectivo deste projecto é dar-lhes mais conforto e amenizar a situação", destacou.

Não queremos imaginar o sofrimento de um doente oncológico. Mas, queremos antes, imaginar que há muitas outras doenças dolorosas e mais raras, mas que não têm qualquer apoio, dado que os recursos são escassos!

Será que 250 doentes justificam a instalação de uma unidade de radioterapia? Temos muitas dúvidas.

Wednesday, January 14, 2009

Erros na saúde?

Diz o Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos: Pedro Nunes confessou que gostava que José Sócrates admitisse a existência de erros na gestão do sector em Portugal.

Como? O Engenheiro Sócrates vai admitir erros? Pensamos que o Engenheiro Sócrates vai admitir tantos erros cometidos pelo Governo que dirige, como o Dr. Pedro Nunes admitirá que a classe que representa em Portugal, comete erros!

Depois, cá vem o discurso para "enganar cidadão": É óbvio que os médicos gostariam que o sr. primeiro-ministro dissesse que a saúde ia ser gerida com lógica de resultados a favor dos cidadãos, dizer que reconhece que houve alguns erros nesta gestão estritamente economicista e que iria passar a defender a saúde dos seus concidadãos», afirmou o Dr. Pedro Nunes.

Mas, será que os médicos não têm interesse por questões "economicistas"?

Tuesday, January 13, 2009

Michelle Obama

Fonte: aqui.

A uma semana da posse do marido, Michelle Obama decidiu abandonar seu emprego no hospital de Chicago (Illinois, norte dos Estados Unidos), onde trabalhava há seis anos, para se dedicar totalmente a sua futura função de primeira-dama dos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira o próprio centro de saúde.

A advogada Michelle Obama, que se tornará a nova primeira-dama americana no dia 20 de janeiro, ocupava desde 2005 o cargo de vice-presidente para assuntos externos e comunitários do hospital, onde começou a trabalhar em 2002.

Sunday, January 11, 2009

Hospital de Faro: outra vez!


O Hospital de Faro é falado, quase sempre pelos piores motivos. São os médicos-Chefes, demissionários há mais de um ano. São os problemas no Verão, por causa da avalanche de doentes, de férias. São os médicos oftalmologistas que quase não existem. São as péssimas condições das urgências. São os corredores do hospital sempre cheios. Será possível ser pior?

Parece que não, pois vejamos:
  • Num dos dias mais frios do ano, há pacientes que têm de esperar sentados à mercê do clima, por uma consulta de Ortopedia. Aquecedores ficaram sem gás.
  • Só no dia de hoje, mais de uma dezena de pessoas encontravam-se no exterior do edifício do Hospital Central de Faro, onde se encontra montada uma enorme tenda amarela, para tentar proteger os utentes da chuva e do vento.
  • “Isto é uma situação que se arrasta para aí há um ano e meio”, garante Eduardo Rocheta, outro dos utentes à espera de consulta. “Só hoje já houve duas pessoas a pedir o livro de reclamações por causa das más condições de espera”.
  • Caso caricato, é que houve até mesmo um utente que estacionou debaixo da tenda, num lugar de acesso exclusivo às ambulâncias, para que a mulher que tem doenças dos ossos, pudesse ficar à espera sem ser ao relento.

Triste e caricato, de facto. E acontece alguma coisa ao poder responsável pelo Hospital de Faro?

Saturday, January 10, 2009

Gardasil

Fonte: aqui.

Another roadblock for the much coveted cervical cancer vaccine, Gardasil, from Merck & Co! The Food and Drug Administration has asked for additional information before it approves Gardasil for women aged between 27 and 45.

Wednesday, January 07, 2009

Império fiscal

Por aqui, escrevemos apenas sobre saúde e assuntos relacionados, directa e indirectamente. Um dos temas indirectos, que temos por aqui abordado, é o facto do Estado estar sistemáticamente em atraso no pagamento de dívidas a fornecedores, nomeadamente da saúde.

Agora lemos isto: Antes de pagar as dívidas aos fornecedores do Estado, como se comprometeu fazer até Abril deste ano, o Governo quer reaver o que é seu. Esta semana, as Finanças mandaram penhorar os créditos de todos os fornecedores do Serviço Nacional de Saúde com impostos em atraso, soube o Negócios.

Como? O Estado paga tarde e a más horas, e mesmo após os atrasos sucessivos, arranja mais subterfúgios, para continuar a não pagar? O fisco passou de uma indolência e ineficiência, para uma máquina temível e mesmo repressiva.

Gostaríamos de saber, se nós como cidadãos, podemos deixar de pagar impostos, se o Estado estiver em dívida para connosco?

Melhores dias virão.

Post Scriptum: Não somos contra o pagamento de impostos, mas somos contra um Estado que actua acima dos cidadãos que no fundo constituem o fundamento desse mesmo Estado!

Tuesday, January 06, 2009

Efeito boomerang

O Dr. António Ferreira, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, abriu uma guerra que não vai ser curta, quando ameaçou ou disse ter intenções de "publicar uma lista com a assiduidade dos médicos".

Vejamos o efeito boomerang: O Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos está "indignado" com as alegadas afirmações do presidente do Hospital de São João, no Porto, que terá insinuado que os médicos faltavam muito e ameaça "tomar as medidas necessárias", não descartando a possibilidade de processar o administrador.

Os gestores não devem abdicar de uma função fulcral, que é o controlo de gestão, sob pena de eles próprios não desempenharem a sua função, de forma integral. O Dr. António Ferreira veio afirmar que os funcionários públicos com vínculo definitivo têm um nível de absentismo muito mais elevado do que os funcionários públicos com contrato individual de trabalho. Se o referiu, é porque não é mentira. Se é verdade, resta ao Dr. António Ferreira actuar para que o erário público e os contribuintes não saiam defraudados.

Concordamos com isto, que o Dr. António Ferreira quer fazer:
  • o presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João anunciou que esta unidade de saúde vai adoptar este ano uma política de incentivos aos profissionais, monitorizando a sua produção e respectiva qualidade através de sistemas informáticos.
  • António Ferreira explicou que a monitorização em tempo real acontecerá através de sistemas informáticos, que substituem o 'papel' até agora utilizado mas sem recurso a quaisquer câmaras de vigilância.

Mas, já não concordamos com isto:

  • Actualmente, o hospital atribui subsídio de assiduidade a trabalhadores que estejam ao abrigo da lei geral.

E porque é que não concordamos? Apenas por isto: não será suposto os funcionários receberem um salário por contrapartida de um determinado serviço, com o respectivo horário de trabalho? Então, para que é que se incentiva quem cumpre o horário de trabalho? Nós achamos, que quem não cumpre o horário, deve ser penalisado. Se não, o crime compensa!

Sunday, January 04, 2009

Grave, muito grave

A gestão evolui todos os dias. Ás vezes, no sentido positivo. Ás vezes, no sentido negativo. Vejamos esta parte de entrevista do Senhor Presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, do Porto:
  • Neste hospital, temos dois grandes grupos: os profissionais da Função Pública e os que agora fazem contrato individual de trabalho. A taxa de absentismo na Função Pública, em termos brutos, é da ordem dos 14 a 16%. Nos contratos individuais de trabalho não ultrapassa um por cento.
  • E é preciso que se desmistifique a ideia de que só acontece com os médicos. Temos profissionais que faltam 59 dias, vêm trabalhar dois ou três e faltam mais 59, com base em atestados.
  • Isto é estratégico. Como se resolve isto? No respeito por todos os direitos legais, com a publicação das listas de ausências. Isto nos locais de funcionários do hospital, não para doentes ou visitas. E há outra coisa, o pontómetro (para picar o ponto) não diz o que estão a fazer no hospital. O que produziram? Os médicos deram consultas? Viram doentes?

Antes de mais, comentários nossos:

  1. Portugal continua a ser o paraíso de alguns e a miséria para a maioria.
  2. O sistema laboral, apesar de aparentemente rígido, ainda só funciona para uma grande minoria.
  3. O controlo de gestão em Portugal, ainda passa apenas pelo "pica ponto". O que, segundo se vê pelo caso do Hospital de São João, do Porto, é ainda muito pouco. Para não dizer, nada.

Friday, January 02, 2009

Vitória contra o tabaco

Quase assistimos à perseguição dos fumadores, desde a introdução da nova Lei do Tabaco. Contudo, fumar faz mal, e é preciso combater esse vício, de todas as formas possíveis.

Os resultados deste combate recente são bons: Num balanço sobre os primeiros 10 meses desde a entrada em vigor da Lei do Tabaco, o director-geral de saúde revelou um estudo que indica que o número de cigarros vendidos em Portugal sofreu uma queda de 13,5 por cento.

A Direcção Geral de Impostos é que não deve estar a gostar da brincadeira!

Thursday, January 01, 2009

Ministério da Saúde: 1ª batalha 2009

Definir o nível de serviço do atendimento, é um dos princípios básicos de defesa dos cidadãos ou dos clientes. O Ministério da Saúde decidiu isto e bem: O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, considerou que os prazos máximos que definiu hoje em portaria para consultas nos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde são «perfeitamente» exequíveis.

Mas, os obstáculos aparecem desde : Muitos hospitais não vão conseguir cumprir os tempos de resposta aos utentes definidos ontem pelo Ministério da Saúde. O alerta é dado por Pedro Lopes, presidente da Associação de Administradores Hospitalares (AAH), que considera que os objectivos definidos são "um bocado ambiciosos".

Há sempre participantes do jogo, que não percebem que o doente deve estar sempre em primeiro lugar: "Fixar prazos é fácil, cumprir é mais difícil", diz Pedro Nunes, referindo que este não é o caminho para resolver o problemas das listas de espera.

A luta dos doentes tem que passar pela exigência, quer se chame reclamação, acção litigiosa ou recusa do pagamento de serviços por incumprimento. É que a Lei é muitas vezes coxa!