- Por um lado, a duração do internato (estágio de especialidade) passou de 18 meses para 12.
- Por outro, deixou de existir um período de seis meses de preparação para o exame.
Todo este "encurtamento" tem um objectivo: Até Janeiro de 2010 vão estar formados mais 600 médicos de família.
Então, e os argumentos de que a qualidade da medicina obriga a uma não-redução do tempo de formação? Então, o que dirá agora a toda-poderosa Ordem dos Médicos? É que o poder político foi célere para tapar buracos na falta de médicos que dizem haver: esta vaga de médicos resulta de uma alteração feita na lei que diminuiu em um ano o tempo de formação dos clínicos.
Nós continuamos na nossa: não há falta de médicos. Há de facto, alguns médicos a entrar em fase de reforma. Mas, na essência existem demasidos médicos nos hospitais centrais, de Lisboa, Porto e Coimbra. E faltam médicos no Interior Norte, Centro e Sul, e nos centros de saúde.
Por exemplo, como é que se percebe que o Centro Hospitalar de Lisboa Central (Hospital de São José, Hospital dos Capuchos e Hospital de Santa Marta) tenha cerca de 60 oftalmologistas e, até há pouco tempo, o Hospital de Faro tinha apenas 1 (um) oftalmologista?
Virá o tempo em que os médicos terão uma de duas opções: o desemprego ou a emigração. Aliás, como os restantes portugueses!