Monday, April 30, 2007

Gestão Camarária de Hospitais

O tema desta "página" é eminentemente orientado por duas ideias que se cruzam: gestão e saúde. Ou se quisermos, gestão de organizações de saúde.

Temos uma visão crítica do tipo de gestão que se vai fazendo em portugal. Crítica, sem ser destrutiva, naturalmente. E a ideia é simples: não se podem gerir organizações da saúde da mesma forma que se geriam há 40 ou 50 anos. É mau para os doentes, é mau para os vários stakeholders da saúde, é mau para quem suporta os custos.

Vem isto a propósito, de mais uma deriva do Ministério da Saúde, sobre a gestão das organizações hospitalares em Portugal: Quinze hospitais concelhios poderão ser transferidos para a gestão municipal, propõe documento de trabalho.

Para nós, mais do que quem gere os hospitais, é importante o modelo de gestão ou de governação dos mesmos. Mas, em Portugal, o problema nunca é institucional, é sempre de "quem faz", ou de "quem gere"!

E então, a coisa manter-se-á como estava, mas muda-se quem pretensamente manda: Uma hipótese: imagine-se um hospital de pequena dimensão que a autarquia decide transformar em "elefante branco", atraindo profissionais de saúde com salários altos e "ultrapassando o que seria razoável para a região". Poderá este ser um cenário possível caso a gestão de 15 hospitais e de centros de saúde passe do Ministério da Saúde para as câmaras municipais, como propõe o Governo.

Felizmente, que há sempre alguém mais sensato que pelo menos alerta para estas fugas para a frente: O processo "não pode ter timings curtos". Isto porque "o risco não é pequeno", alerta Manuel Delgado, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.

Friday, April 27, 2007

Correia de Campos: fase 2

O Ministro da Saúde já tem um lugar na História da Saúde, em Portugal, para o bem ou para o mal. Não é, o Professor Correia de Campos, uma pessoa insonsa, ou indiferente ou incaracterística. Bem pelo contrário: gosta-se ou detesta-se.

Tudo isto a propósito do que aqui se escreve: Quando esteve no Governo de António Guterres (Correia de Campos) ficou célebre uma visita que fez a um hospital. Confrontado com uma cadeira partida que estava esquecida num canto de uma sala, pegou nela e partiu-a em duas. As televisões adoraram. Não há espaço para cadeiras e serviços mancos nos hospitais portugueses, disse o ministro, deixando claro que, com ele, o SNS deixaria de se arrastar até cair de podre.

Esta é na nossa opinião, uma atitude frontal e objectiva, sobretudo num país em que se preza a indolência!

Continuando no mesmo tom, e ainda naquele artigo se escreve: Já neste Governo, Correia de Campos manteve o gosto pelo confronto. Não quebrou cadeiras, mas, entre os objectivos assumidos, afirmou que não aceitaria os maus resultados das administrações hospitalares. Quem não fosse capaz de respeitar o orçamento seria despedido. Ponto final. Vale a pena repetir as palavras exactas do ministro. Há poucos responsáveis políticos capazes de falar assim, sem medo: “Quem não cumprir, out!”, disse Correia de Campos.

Mas, agora é que "a porca torce o rabo": Apesar de 26 dos 30 hospitais com gestão empresarial (EPE) não terem sido capazes de conter os prejuízos em 2006 – números até Novembro –, não vão rolar cabeças. Talvez aconteçam alguns pequenos ajustamentos, mas nada de radical. Provavelmente, os administradores hospitalares faltosos cumprirão o mandato até ao fim e, então sim, serão trocados por novas equipas. Sem sangue, com anestesia, sem hemorragia na praça pública.

Concluímos de uma foma sintética: Correia de Campos ao não fazer assumir as responsabilidades à "sua" equipa, está a assumir inteiramente os resultados da mesma. Por isso, se 2007 for como se pensa (e já sem "almofada" como em 2005 e em 2006), Correia de Campos talvez siga, para si próprio, o seu ditame: "quem não cumprir, out!".

Thursday, April 26, 2007

A tecnologia continua a salvar vidas

A inovação e a criatividade, ajudam a uma melhor qualidade de vida.

Tuesday, April 24, 2007

Medicare: 'problematic'

Os gastos com a saúde são muito grandes. A situação não é portuguesa, europeia, ou sequer americana. A situação que se passa com os gastos da saúde, já o temos escrito, é global, e explica-se básicamente por duas razões: 1) a inflação com os custos clínicos é muito superior à inflação média global; 2) as pessoas exigem ilimitadamente mais saúde.

Estamos à beira da ruptura, do actual paradigma. Não significa que os sistemas de saúde, actuais, deixem de existir. Significa apenas, que os sistemas de saúde tal como os conhecemos não são sustentáveis, por mais "face-lifting" que se faça!

Tudo isto a propósito da situação do Medicare dos EUA:
  • Medicare continues to be in much worse shape than Social Security, thanks to the high rate of inflation in health care costs.
  • The program has already begun paying out more than it receives in payroll taxes. And the trustees now forecast that its trust fund will be depleted by 2019 (vs. 2018 a year ago), at which point Medicare would only be able to pay out 79 percent of expected expenditures.
  • Over the next 75 years, to shore up the system, the trustees estimate that payroll taxes would need to increase by 3.55 percentage points, on top of the 2.9 percent of all wages that is paid by workers (who pay half) and their employers (who pay the other half). That would bring the Medicare taxes to 6.45 percent of all wages.

Resumidamente: as pessoas têm que gastar mais com a saúde e conviver mais com o fim do mito da saúde eterna!

Monday, April 23, 2007

Os tremores do SNS


No nosso trabalho de investigação, temos detectado múltiplas substituições nos Conselhos de Administração dos Hospitais do SNS.

Não nos espanta, a mudança e a aversão à mudança. Mas, uma coisa sabemos: com uma mudança sucessiva e motivada apenas pela mudança, os resultados serão inevitavelmente catastróficos. Os melhores casos internacionais dizem-nos isso!

Unidades de Saúde Familiar

O Ministro da Saúde tem falado das "suas" Unidades de Saúde Familiar (USF), com tanto carinho e paixão, que somos levados a pensar que as referidas USF's são mesmo dele!

Ou seja, Correia de Campos quando quer dar o reverso dos encerramentos das Maternidades, das Urgências Hospitalares, ou das graves ineficiências do SNS, fala logo na "menina dos seus olhos": as USF's! Mas, será que as USF's são mesmo eficientes? Ou estão a corresponder às expectativas nelas colocadas?

Lemos isto: O Ministério da Saúde estabeleceu como objectivo a criação de cem Unidades de Saúde Familiar (USF) até ao final de 2006, mas até ao momento só conseguiu pôr em funcionamento 56.

Bem, numa organização internacional, o Ministro da saúde era demitido, pois tinha conseguido apenas 56% do seu objectivo! Em Portugal, país das "habituais" derrapagens, de orçamentos e de calendários, ainda se dirá que "Correia de Campos fez bastante".

Nós dizemos que os objectivos são para se cumprir. Se não se cumprirem, alguém tem que dizer porque é que não se alcançaram! Chama-se a isto: respnsabilidade.

Mas, continuemos com o ponto da situação das USF's:
  • "os médicos que estão a trabalhar no terreno e avançaram para as USF, não têm, até agora, nada de concreto [em termos de melhoria salarial] e têm estado a trabalhar mais, recebendo apenas o mesmo que recebiam antes", realçou Isabel Caixeiro, presidente do conselho regional do sul da Ordem dos Médicos (OM).
  • "Os atrasos no desenvolvimento do suporte legal e da definição do financiamento" põem também em risco o que consideram ser "um bom modelo".
  • É fundamental que o Governo "torne claro qual vai ser o desenvolvimento desta reforma, o que até agora ninguém conseguiu fazer".
  • "Não se pode só pensar em Unidades de Saúde Familiar e depois logo se vê o que é que acontece".

Portugal não muda, dizemos nós.

Thursday, April 19, 2007

Robot cardíaco


A tecnologia, a inovação, o conhecimento, todos os dias trazem boas notícias ao sector da saúde. Pena é, que a tecnologia seja sempre muito cara. Mas se compensar....

Tudo isto a propósito, desta notícia: A robotic caterpillar has been designed which can crawl across the surface of the heart to deliver treatment.

As vantagens do novo "robot caterpillar" são várias:
  • The tiny robot, just a few centimetres long, can move at up to 18 centimetres per minute, controlled by "push and pull" wires from outside the body.
  • its use could allow procedures to be carried out without having to stop the heart, reducing the risk of illness linked to heart bypass procedures.
  • being able to implant the device directly onto the heart rather than having to go past the lungs could benefit patients in other ways.
  • The team also hope it will be possible to add a radio-frequency probe to the robot to treat faulty heart rhythms by killing damaged tissue.
  • Adding a camera to the device, rather than relying on the magnetic tracker on the skin which is currently being used, would help surgeons see specifically where the robot was on the heart's surface.

Mas, "This could theoretically be a vehicle for delivering cell therapies to damaged areas of the heart, so could ultimately be a useful tool, but at the moment we still don't know if such therapies work.

Wednesday, April 18, 2007

Tuesday, April 17, 2007

A objectividade na Gestão

Há quem ache que a gestão é instinto, mesmo paixão. Para nós, gestão é sobretudo racionalidade. Não é só racionalidade, pois por exemplo em ambientes recessivos ou expansionistas, é habitual quem está no leme da gestão, saber e dever saber gerir as expectativas.

Tudo isto a propósito de tanta hesitação do Senhor Ministro da Saúde a propósito do encerramento ou não do Hospital Curry Cabral: "Não estou nada motivado para fazer encerramento nenhum em Curry Cabral. Bem pelo contrário, estou motivado para, até à abertura do novo hospital de Loures, manter as coisas sensivelmente como estão".

Mas, os encerramentos dos hospitais não são decididos com base numa Comissão Técnica, que faz avaliações sob ponto de vista racional?

Claro que o Senhor Ministro é responsável político. Ninguém lhe tira essa responsabilidade. Pode pois, não acatar as decisões técnicas da dita Comissão. Agora, alegar motivação? É caso para pensar que as decisões dos Responsáveis Políticas são baseadas no estado do tempo!

Monday, April 16, 2007

A função compras, na saúde

Se o SNS se assume "como um todo", é natural e óbvio, que aproveite as sinergias, pelo facto de representar um volume significativo de compras. Aliás, é assim que fazem as grandes organizações, públicas ou privadas.

Nunca percebemos porquê que existia o SUCH, que significa "Serviço de Utilização Comum dos Hospitais", porque se a sua nomenclatura correspondesse à sua actividade, seria a "central de compras" do SNS.

Mas, parece que é desta:
  • E se os hospitais se juntassem todos para ir às compras? Este foi o convite que o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) fez a nove unidades de Lisboa. Todas aceitaram e, depois de quase um ano de preparação, nasce hoje formalmente o ACE - Agrupamento Complementar de Empresas.
  • É a primeira entidade empresarial, sem fins lucrativos, na área da saúde dedicada às compras e logística e tem um grande objectivo: fazer com que os hospitais públicos poupem dinheiro numa área que representa 40 a 45% dos seus orçamentos.

Ficamos satisfeitos com a acção, mas achamos que é tudo demasiado lento. Lentíssimo, mesmo. E já agora, porquê só nove unidades hospitalares e apenas em Lisboa?

E ficamos estupefactos, com esta afirmação: "É uma grande responsabilidade, sabemos que todos os olhos vão estar postos em nós. Tem que correr bem", afirma Paula Nanita, a presidente do conselho de administração do SUCH.

Mas, afinal os Gestores Públicos não são pagos para assumirem responsabilidades?

Friday, April 13, 2007

Medicamentos na Internet

Em Portugal, o fenómeno da Internet e da "banda larga", não tem tido a força que teve em outros países, quer dos mais desenvolvidos, quer de países emergentes, como o Brasil ou a India.

Contudo, lentamente (e em Portugal, é tudo muito lento!), a Internet lá vem chegando.

Desta vez, o Governo parece querer autorizar a venda de medicamentos na Internet: Os postos de venda de medicamentos sem receita médica vão poder vender fármacos ao domicílio e pela Internet.

Só os "medicamentos sem receita médica"? E porque não os outros?

Parece que o Governo não quer discutir o assunto no Parlamento: A possibilidade está inscrita no diploma que liberaliza a propriedade da Farmácia, documento que já não será debatido em plenário, na Assembleia da República. Isto porque o Governo optou por um pedido de autorização legislativa, em vez de uma proposta de lei.

Serão os lobbies tão fortes, que nem o órgão de maior força democrática, a Assembleia da República, pode discutir abertamente este assunto?

Thursday, April 12, 2007

Liberalização de Farmácias

Há muito que se sabe, que o detentor de uma Farmácia é considerado uma pessoa rica, ou, pelo menos, uma pessoa abastada! Os trespasses de Farmácias raramente se verificam abaixo de 1 milhão de euros! Situação incomparável com outros tipos de comércio a retalho! Logo, absolutamente incompreensível.


É caso para dizer, finalmente, se tenta modificar um "condicionamento ao mercado" perfeitamente aberrante.

Não sabemos como será a próxima situação legal do sector da Farmácia de retalho, contudo temos aqui algumas pistas:
  • A propriedade das farmácias vai deixar de ser um exclusivo dos licenciados em farmácia.
  • será estabelecido um limite à concentração da propriedade das farmácias, de forma a que nenhuma pessoa ou entidade possa deter, directa ou indirectamente, mais do que quatro farmácias.

Perguntamos apenas, porquê quatro farmácias, e porque não oito ou duas?

Wednesday, April 11, 2007

Evoluções da saúde em Portugal

Agora, que o país político vive outros dramas, o sector da saúde, tem menos holofotes da comunicação social.

Assim, registamos algumas evoluções, como seja um anúncio realizado pelo Director Geral de Saúde, de que os Médicos terão que declarar obrigatóriamente, mais doenças do que faziam no passado: O número de doenças de declaração obrigatória vai aumentar, para que se possa traçar um mapa real das doenças em Portugal.

É caso para dizer, de que mais vale tarde do que nunca! Pois a situação actual, remonta a, e não se pasme, 1949! Se não vejamos: A lei-quadro de vigilância epidemiológica data de 1949 e as formas de declaração, através de correio e papel, não foram modificadas.

É caso para dizer, que Portugal ainda anda à velocidade do pós-Guerra!

Mas, não nos podemos entusiasmar muito, pois que: Francisco George disse ao DN que "estão a decorrer trabalhos que visam a remodelação do diploma. A proposta de lei tem de ser aprovada ainda este ano".

Mas, as mudanças quando forem feitas, terão efeitos benéficos: não serão só as doenças infecciosas a ser notificadas, como a tuberculose ou a sida, mas também "doenças crónicas, oncológicas e fenómenos como as ondas de calor, que têm efeitos na saúde pública".

Nós sabemos, o quão difícil é investigar na área da saúde, em Portugal!

Monday, April 09, 2007

Instrumentos nas barrigas dos doentes

De tempos a tempos, lemos notícias sobre pessoas que foram objecto de cirurgias, e que ficaram com "coisas" no seu interior!

Não é nada único. Por incrível, que nos pareça.

Vimos aqui, sobre o que se passa no famoso NHS, da Grã -Bretanha:

Two patients a week are leaving hospital with surgical instruments still inside them, it was revealed yesterday.

Over the last three years, the Health Service has paid £4.3 million over a series of claims by patients that doctors have left foreign bodies under their skin.

The list of lost implements includes swabs, a catheter, a metal clip and a contraceptive coil, according to data obtained under the Freedom of Information Act.

There were a total of 283 claims against the NHS in the last three years - nearly two every week. And that figure is likely to be just the tip of the iceberg as there could be hundreds of other people who will never find out about their doctor’s mishap.

Reparem neste assustador exemplo: One victim of medical negligence was pensioner Victor Hutchinson, who spent three months with a two-inch scalpel blade in his chest after a heart operation.

Mas, é preciso perceber que o monstro do erro, será ainda maior: Peter Walsh of Action Against Medical Accidents said: "It is almost certain that there are a lot more incidents of this nature that are unknown because people never find out about it. Also there will be a great number of people who even when this happens decide not to take legal action.

Thursday, April 05, 2007

Computadores de apoio à mamografia são ineficazes

Sem os avanços da tecnologia, a qualidade da saúde humana não teria avançado tanto. Contudo, o uso da tecnologia nem sempre é eficaz. Se não vejamos este estudo realizado pelo New England Journal of Medicine, aqui divulgado:
  • Computer aided mammogram devices are inaccurate according to the results of a new study to be published in the New England Journal of Medicine.
  • The computer devices are used to analyze up to 30% of mammograms that are performed in the United States, and have been found to be less accurate than the results when the test is analyzed by a radiologist, as well as on average costing an additional 70 dollars a test.
  • The researchers looked at mammograms from 222,135 women from 1998 to 2002.

O Homem quer sempre mais, mas às vezes querer mais pode tornar-se perverso: The USFDA approved the technology for use back in 1998, and since then more and more mammogram facilities have been adopting the CAD program.

E segundo o referido estudo, a tecnologia suportada por computador pode estar em causa: ``This is a hit for CAD and will surprise many mammographers that thought CAD had done some good,'' said Ferris Hall, professor of radiology at Harvard Medical School and author of an editorial accompanying the study, in an interview. ``It's not the end-all, but a substantial hit. CAD is a big business.''

É preciso estar sempre a estudar e a acompanhar a evolução das novas tecnologias.

Tuesday, April 03, 2007

Medicamentos: o negócio de todos os Séculos

Sabemos que os medicamentos são vitais para a melhoria da qualidade de vida dos seres humanos. Sabemos também que os medicamentos têm contribuído para a melhoria dos diversos indicadores de vivência humana. Mas, também sabemos que os medicamentos trazem imensos lucros para: Laboratórios farmacêuticos, retalhistas e grossistas farmecêuticos, a até para Clínicas, Médicos e muitos outros operadores a juzante e a montante!

O actual Governo fez do sector do medicamento, um dos seus primeiros combates, tendo em vista a liberalização de um sector, que vivia (e vive) com muitos lucros, e em situação de grande proteccionismo legal!

A saga do Governo não para. Temos dúvidas é que a distribuição dos lucros dos medicamentos esteja a ser feita de forma menos concentrada. Isto é, na essência quem está a pagar a redução dos custos do SNS com os medicamentos, não é a ANF, nem os Laboratórios Farmacêuticos, nem tão pouco o retalho farmacêutico (apesar da redução ligeira das margens), mas antes todos nós, consumidores da saúde!

Agora o Prof. Correia de Campos decidiu, na sua luta "sem quartel" com a ANF (e em particular com a sua luta pessoal com o seu Presidente, Dr. João Cordeiro), enveredar por caminhos ultra-liberais: Os medicamentos cuja venda precisa de receita médica vão passar a ser vendidos também nos hipermercados e nas lojas de saúde que vendiam, até agora, apenas medicamentos que estavam isentos de receita médica, avançou o ministro da Saúde na estreia do programa da RTPN «Mais Saúde».



Achamos que o SNS, tal como o queriam mostrar os eleitos do Prof. Correia de Campos, da Escola Nacional de Saúde Pública, está a ser enterrado! É lamentavel que assim o seja, e ainda por cima, por aqueles que achavam ainda há poucos anos que era uma heresia vender medicamentos sem receita médica, fora das farmácias!

Monday, April 02, 2007

A Internet chegou ao SNS


Todos sabemos que a iliteracia informática é elevada, contudo deveremos elevar a fasquia dos serviços prestados ao cliente. O Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, foi o primeiro do SNS, a estar atento à nova realidade.

Apesar de verificarmos que a funcionalidade da marcação das consultas, ainda está longe de ser user friendly ou amiga do cliente:
  • Se se tratar de uma segunda consulta, o utente deverá preencher o impresso, que também se encontra disponível no site do Hospital do Barreiro, e enviá-lo através de fax ou de e-mail.
  • Depois de agendada a consulta, o utente será informado por fax, por e-mail ou por correio da data em que a mesma está marcada, conforme o contacto que disponibilize para o efeito.
  • No dia da consulta o utente tem de trazer a referência médica e entregá-la no posto administrativo do hospital.

Ainda bem que alguém avança em Portugal. No Barreiro.