Thursday, September 27, 2012

Lutos

Estar de luto não é bom. Perdeu-se alguma coisa. Perdeu-se alguém. Há, no entanto, quem goste de estar de luto, apenas porque não soube cuidar do seu negócioAs farmácias portuguesas foram chamadas a "pôr luto" e explicar aos utentes as razões que podem levar ao encerramento de 600 unidades, numa ação hoje iniciada que inclui uma petição ao Governo para alterar as políticas do sector.

Engraçado. Curiosamente engraçado, quando deveria ser triste, e até mesmo sinistro. Alguém que comprou um alvará, que foi concedido pelo Estado, para a exploração de um negócio, e não soube gerir a loja, quando tem o privilégio supremo de actuar num mercado contingentado e não num mercado livre. Quem dera as mercearias, que o estado condicionasse no passado, a abertura de supermercados e hipermercados. Se o Estado o tivesse feito, ainda haveriam mercearias nos centros das cidades.

Depois, alguém que é suposto saber da lógica do negócio e da legislação inerente, emite atoardas deste género: Por isso, "se nada for feito o risco é que um número significativo de farmácias, cerca de 600, possa vir a encerrar", afirmou Paulo Duarte, apontando o impacto a nível de emprego, pois "há cerca de 100 mil famílias que dependem direta e indiretamente das farmácias".

Oh meus amigos, os alvarás das farmácias são concedidos pelo Estado, via Infarmed, e se as farmácias se tornarem insolventes, competirá naturalmente ao mesmo Estado colocar no mercado novamente os alvarás. Ao contrário do que dizem, o negócio de farmácia é viável, mesmo com a recessão económica e com o emagrecimento das margens de lucro. Naturalmente que a viabilidade das farmácias passa por uma lógica de gestão, algo que muita gente no sector nem sequer sabe o que é. Se forem entregues os alvarás das farmácias aos principais operadores retalhistas portugueses, eles não perderão dinheiro, com certeza.

Tantos incompetentes, num país tão pequeno, com um poder de opinião maior do que eles!

Friday, September 21, 2012

Mortality rate for all cancers


More than 575,000 Americans are expected to die of cancer this year, according to the American Cancer Society, making it the No. 2 cause of death after cardiovascular disease. Some 7.6 million people died of the disease world-wide in 2008, according to the International Agency for Research on Cancer. During the five years ended in 2008, the death rate from cancer in the U.S. declined at 1.5% to 2% a year. Recent advances in molecular biology and immunology have led to powerful new drugs for melanoma and lung cancer, for instance, and hope for further progress against the disease. They are also helping to fuel excitement that other tumors are ripe for similar successes. "In almost every disease, we have an example of something that works," said Gordon Mills, head of systems biology at M.D. Anderson. "Once you have a first step, it's easier to take the second, the third."

Monday, September 17, 2012

Friday, September 14, 2012

Lágrimas de crocodilo

Vivem-se em Portugal, situações de drama. Drama real. Drama ficcionado. Se há muita gente que é vítima da recessão económica por razões reais, como sejam as relacionadas com a deslocalização de empresas. Outros há, que viveram durante décadas situações confortáveis, mas não se prepararam para dias mais agrestes.

As farmácias gritam agora“se nada for feito urgentemente, 600 farmácias, das 2900 que existem, irão encerrar no próximo ano”. Curioso era, que antes, existisse um sector imune à falência. Nas actividades económicas, as falências devem ser encaradas como normais, ainda que não devam ser em quantidades exageradas. Anormal eram os valores de trespasse de cada farmácia, fossem elas pequenas ou grandes, situadas nas grandes cidades ou em zonas rurais.

Num país sempre dependente do Estado - paternal, é normal este tipo de queixume: A solução proposta pela ANF para tentar solucionar a situação é “um pagamento adicional às farmácias de 0,94 cêntimos por embalagem vendida, valor a suportar pela indústria sem penalizar os doentes”.

Porque é que a Indústria farmacêutica haveria de pagar 94 cêntimos por embalagem ao retalho farmacêutico? Porque é que as farmácias mantém uma margem de lucro fixada por Lei nos medicamentos sob prescrição médica?

Enquanto as farmácias beneficiaram do facto de serem um apêndice do Ministério da Saúde, com margens brutas elevadas e garantias de pagamento, tiveram uma vantagem competitiva única na actividade económica em Portugal. Todos os empresários gostariam de ter garantido o pagamento, sempre. Infelizmente, o risco de não - cobrança mantêm-se em todos os sectores, e parece não existir no retalho farmacêutico. Aliás, o Ministério da Saúde chega a pagar com prazos de mais de 300 dias à Indústria farmacêutica. Se isto acontecesse às farmácias, como reagiriam elas?

Wednesday, September 12, 2012

Louvores

Antigamente, era usual atribuir-se louvores públicos por serviços prestados à Pátria. Situações de guerra. Situações de sacrifício evidente. Situações de valor extremo.

Agora, pratica-se o cinismo e finge-se que os esquemas de sobrevivência deverão dar azo a atribuição de louvoresPaulo Macedo, ministro da Saúde, retirou da presidência do Infarmed Jorge Torgal. Agora, faz um louvor público à direcção da autoridade que substituiu.

Porque demitiu então, Paulo Macedo, o anterior Presidente do Infarmed? Terá sido porque não gostava da sua barba? Numa fase de completo desconchavo da nação, isto é patético: Paulo MAcedo diz que tendo cessado funções é "justo prestar público louvor pelo trabalho desenvolvido nessa instituição e pela forma como o desenvolveram, desde a sua nomeação inicial em 2010, até à presente data, e especialmente no período de tempo que comigo colaboraram". Elogia o currículo destes responsáveis, "principalmente o do professor Jorge Torgal, médico, eminente especialista em saúde pública, professor e investigador, tendo a actuação no sector do medicamento nestes dois anos demonstrado inequivocamente a sua capacidade de dirigentes".

Portugal vai mal, e não tem conserto.

Tuesday, September 04, 2012

Impunidade

Durante décadas, os operacionais políticos foram responsáveis por um completo desvario do interesse público. Contudo, e mesmo após a falência do Estado e a entrega de Portugal nas mãos do poder financeiro internacional, nada acontece a quem foi ou é operador políticoO deputado do PS, ex-secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, e responsável pela criação do banco em 2009, falava à Lusa a propósito de um comunicado emitido na segunda-feira pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação que aponta «Irregularidades de gestão, processuais e financeiras» no Centro de Histocompatibilidade do Norte (CHN).

Porque acontecerá esta passividade? Não sabemos. Entretanto, o faz-de-conta continua: As irregularidades originaram um «relatório preliminar» enviado às «autoridades competentes» para que sejam «desenvolvidas as inspeções necessárias ao completo esclarecimento das situações e apuramento de eventuais responsabilidades».

Monday, September 03, 2012

E-cigarettes can damage lungs too

Electronic cigarettes are being marketed as a potentially safer alternative to normal cigarettes, but new research has shown that they are still causing harm to the lungs. The study has also added new evidence to the debate over the safety of alternative nicotine-delivery products. Electronic cigarettes are devices that deliver nicotine through a vapour, rather than smoke. There is no combustion involved but the nicotine in the device is still derived from tobacco. There has been much debate over the safety and efficiency of the products, but little scientific evidence to support either claim. Electronic cigarettes are devices that deliver nicotine through a vapour, rather than smoke. There is no combustion involved but the nicotine in the device is still derived from tobacco. There has been much debate over the safety and efficiency of the products, but little scientific evidence to support either claim.

The study included 8 people who had never smoked and 24 smokers, 11 with normal lung function and 13 people with either chronic obstructive pulmonary disease (COPD) or asthma. Each person used an electronic cigarette for 10 minutes. The researchers then measured their airway resistance using a number of tests, including a spirometry test. The results showed that for all people included in the study, the e-cigarette caused an immediate increase in airway resistance, lasting for 10 minutes. In healthy subjects (never smokers) there was a statistically significant increase in airway resistance from a mean average of 182 percent to 206 percent.