Friday, November 30, 2012

Dengue na Madeira

O número de casos de dengue confirmados em laboratório aumentou na última semana para 966. “Foram notificados 1.891 casos de febre de dengue, dos quais 966 com confirmação laboratorial”, afirmou Francisco George, que assina o comunicado semanal, disponível no sítio na Internet da Direção-Geral da Saúde (DGS).

No documento lê-se que no âmbito do processo de monitorização do surto de dengue na ilha da Madeira, “desde o dia 3 de outubro e até ao dia 25 de novembro foram, cumulativamente, notificados 1.891 casos de febre de dengue” na região.


No boletim emitido a 07 de novembro, a DGS anunciou que “a situação epidemiológica atual não implica qualquer restrição a viagens” para a Madeira, mas “os viajantes deverão observar as recomendações” deste organismo disponíveis no seu sítio da Internet e “ter em atenção as orientações das autoridades de saúde da Região Autónoma da Madeira”. “A principal medida de proteção contra picadas de mosquitos vetores é o uso de repelentes”, sustenta a DGS.

Friday, November 23, 2012

A queda da procura das urgências hospitalares

Durante muitos anos, era comum ouvir-se muitos técnicos de saúde referirem que os doentes se deslocavam a uma urgência hospitalar pelas mais variadas razões. Desde acidentes graves, até a uma simples constipação, tudo eram motivos de deslocação a uma urgência hospitalar.

As pessoas não tinham suficiente informação para utilizarem outros recursos do sistema de saúde, como os Centros de Saúde, ou simplemente, não confiavam nestes mesmos recursos. E assim, por qualquer razão, as pessoas deslocavam-se logo à urgência hospitalar, mesmo que acabassem por lá vir a estar por cerca de 10 ou 12 horas.

O preço baixo do atendimento numa urgência hospitalar, também ajudava ao frenesim. Agora, parece que vai começar a haver desafogo na frente hospitalarNos primeiros sete meses do ano, os hospitais deram resposta a 3,4 milhões de episódios de urgência, o que corresponde a menos 1800 casos diários, uma evolução que se considera estar “em linha com o esperado, registando-se uma desejável moderação do acesso face a igual período de 2011”.

Mais, parece que na realidade, são as situações menos urgentes ou menos graves, que estão a diminuir nas urgências hospitalares: “A redução é significativa nos verdes e nos azuis".

Ás vezes o pagamento de uma pequena verba (face ao custo significativo de uma urgência hospitalar) pode ser um elemnto formativo e de pressão, junto de uma população mal informada ou mal formada.

Thursday, November 15, 2012

Cigarros: abordagem hardcore


Warning labels on cigarette packages in Canada, which feature disturbing images that include a diseased tongue and a child wearing an oxygen mask, are among the toughest in the world, but more needs to be done, such as plain packaging, to reduce smoking rates, according to a new report. The Canadian Cancer Society published an international report Wednesday that comprehensively ranks cigarette warning labels in 198 countries and jurisdictions around the world. Rankings were based on the size of warnings on cigarette packages and whether countries have introduced picture warnings on packages. Canada moved up to fourth in the world rankings in 2012, a major boost from 15th place in 2010. Although it’s an improvement, Canada still hasn’t reclaimed its top spot. Canada was the first country in the world to introduce graphic warning labels on cigarette packages. But in 2010, the federal government announced it was shelving the introduction of larger warning labels with new graphic images. The CBC later reported the plan was halted after the tobacco industry lobbied the federal government. Soon after that report aired, Health Minister Leona Aglukkaq said the update would go ahead. The new warnings, which cover 75 per cent of cigarette packages, were rolled out earlier this year.

The leader of the pack in this year’s survey is Australia, the first country to pass legislation requiring plain packaging on cigarettes in addition to graphic health warnings. In August, Australia’s highest court dismissed a challenge from the tobacco industry, and the new packaging will be rolled out next month.

Friday, November 09, 2012

Maternidade Alfredo da Costa: sinais de decadência

Portugal não faz filhos. Por cada casal, há cerca de 1,2 filhos. O país morre lentamente. A morte é sempre má. A morte lenta é muito dolorosa. Sem nascimentos têm que se reduzir as maternidades.

Esta é só a mais emblemáticaA Maternidade Alfredo da Costa (MAC) vai fechar no “final do ano ou princípio do [novo] ano”, conforme está previsto, o que significa que vai encerrar antes da abertura do Hospital de Todos os Santos.

Como diria um ex-Primeiro Ministro, "é a vida"!

Vai acabar o mito dos nascidos em "São Sebastião da Pedreira". Outros mitos acabaram, alguns dos grandes bancos não são portugueses (são angolanos, espanhóis, etc.), as maiores empresas industriais são também estrangeiras (a Auto-Europa, a GALP, etc.) e o Estado português deixou de ser uma pessoa de bem (vai ter que renegociar a dívida, tarde ou cedo, ou se quisermos, não vai pagar o que deve).

Estamos curiosos para saber o que vai ser feito da Maternidade Alfredo da Costa? Não, esclarecem-nos que vai ser istoAs instalações da Maternidade Alfredo da Costa e do Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, vão continuar no Serviço Nacional de Saúde, que as deverá adaptar, respetivamente, a um centro de exposições e a um espaço dedicado à criança.

Podia ser pior. Por exemplo, poderia vir a ser um qualquer Bataclan!

Curioso vai ser, perceber qual vai ser a reacção de um político de Esquerda, cuja mulher trabalha na velha MAC, e parece que tem um consultório privado nas redondezas!

Sunday, November 04, 2012

Habituem-se

O diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) afirmou que a situação desta escola no atual contexto de crise "é péssima" e antecipou um cenário "catastrófico" caso se confirme o corte orçamental da UC. "A situação da FMUC neste momento é péssima. (...) Hoje em dia, a gestão corrente da faculdade é muito difícil, não há dinheiro para nada", disse Joaquim Murta em declarações à agência Lusa, adiantando que a gestão corrente desta escola "é muito difícil" e que "não há dinheiro para nada", mesmo para "as coisas mais básicas". Falta de verba para toners das impressoras onde são impressos os exames dos alunos, para o papel higiénico ou para as rações dos animais do biotério foram alguns dos exemplos dados por Joaquim Murta. Mas este "constrangimento total" reflete-se, segundo o professor catedrático, noutras áreas. "Temos um problema grave porque somos uma faculdade em que fazemos muita prestação de serviços ao exterior. São receitas próprias que é preciso incentivar e acarinhar e, muitas vezes, não temos o dinheiro para os reagentes...", afirmou. Joaquim Murta referiu ainda que entre os "milhões largos de euros" que a escola tem a haver o principal devedor é o Estado. Lembrou, por outro lado, que os cursos de Medicina são "muito caros".

Parece que a dívida de Portugal aos credores externos é de cerca de 200.000 milhões de euros!

Friday, November 02, 2012

SNS: Sinais de fim à vista

Nada que nos surpreenda. Há longos anos que se vinha esticando a corda. Médicos a trabalharem no público e no privado. Descontrolo na despesa dos medicamentos nos hospitais. Enriquecimento dos proprietários de farmácia à custa do financiamento público. Meios complementares de diagnóstico em roda livre. Amiguismo e nepotismo na classe dos administradores hospitalares. Total falta de controlo e auditoria de gestão. Complacência absoluta do chamado "poder político", desde os tempos de Correia de Campos I, até à "Ana Gripe A Jorge" (salvou-se parte do consulado de Correia de Campos II).

Agora, é ver o barco a adornar todos os dias:

1O Hospital de São João, no Porto, avançou este mês com o plano de redução de horas contratadas com a Conforlimpa, devido a restrições orçamentais. O despedimento de funcionários é "inevitável", segundo a empresa de limpeza.

2Os utentes do Hospital de Matosinhos estão a ser avisados por carta que têm de pagar dívidas que já prescreveram.


3O Hospital de Viana do Castelo vai abrir um processo de averiguações ao caso da recém-nascida que sofreu uma hemorragia no umbigo durante cinco horas. Ao CM, a unidade disse estar "muito solidária com a família", mas com os pais, residentes em Barcelos, ainda não trocaram uma palavra. O parto foi a 16 de Outubro e a bebé esteve sete dias internada nos Cuidados Intensivos. Agora os pais ponderam processar o hospital por negligência.


4Idosa ferida em assalto finge queda na rua para não pagar conta hospitalar. Serviço Nacional de Saúde não comparticipa tratamento nestes casos, cobrando 108 euros mais taxa moderadora. Uma septuagenária vítima de assalto teve de esconder que este foi o motivo da agressão que a levou ao Hospital de Vila Franca de Xira para não pagar 108 euros, além da taxa moderadora. Jorge Santos, filho da idosa agredida durante um assalto no dia 12, em Vila Franca de Xira, contou à Lusa que, quando chegou ao hospital para inscrever a mãe, um funcionário lhe disse: «E agora vai ser novamente roubada.» A expressão antecedeu o esclarecimento de que tinha de pagar 108 euros por este valor não ser pago pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), tal como acontece nos casos de acidentes de trabalho e de viação, os quais são cobertos pelas seguradoras. «Nem queria acreditar. São coisas como estas que me envergonham deste país. A minha mãe estava cheia de dores, com hematomas na cara e na cabeça e estava envergonhada, pois parecia que tinha de pagar por ter sido assaltada», desabafou. Questionou os funcionários sobre o valor que a mãe pagaria se tivesse caído na rua, ao que lhe terão respondido que, nesse caso, apenas pagaria a taxa (17,5 euros).