O diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) afirmou que
a situação desta escola no atual contexto de crise "é péssima" e antecipou um
cenário "catastrófico" caso se confirme o corte orçamental da UC. "A situação da FMUC neste momento é péssima. (...) Hoje em dia, a gestão
corrente da faculdade é muito difícil, não há dinheiro para nada", disse Joaquim
Murta em declarações à agência Lusa, adiantando que a gestão corrente desta
escola "é muito difícil" e que "não há dinheiro para nada", mesmo para "as
coisas mais básicas". Falta de verba para toners das impressoras onde são impressos os exames dos
alunos, para o papel higiénico ou para as rações dos animais do biotério foram
alguns dos exemplos dados por Joaquim Murta. Mas este "constrangimento total" reflete-se, segundo o professor catedrático,
noutras áreas. "Temos um problema grave porque somos uma faculdade em que fazemos muita
prestação de serviços ao exterior. São receitas próprias que é preciso
incentivar e acarinhar e, muitas vezes, não temos o dinheiro para os
reagentes...", afirmou. Joaquim Murta referiu ainda que entre os "milhões largos de euros" que a escola
tem a haver o principal devedor é o Estado. Lembrou, por outro lado, que os
cursos de Medicina são "muito caros".
Parece que a dívida de Portugal aos credores externos é de cerca de 200.000 milhões de euros!