O Dr. António Ferreira, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, abriu uma guerra que não vai ser curta, quando ameaçou ou disse ter intenções de "publicar uma lista com a assiduidade dos médicos".
Vejamos o efeito boomerang: O Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos está "indignado" com as alegadas afirmações do presidente do Hospital de São João, no Porto, que terá insinuado que os médicos faltavam muito e ameaça "tomar as medidas necessárias", não descartando a possibilidade de processar o administrador.
Os gestores não devem abdicar de uma função fulcral, que é o controlo de gestão, sob pena de eles próprios não desempenharem a sua função, de forma integral. O Dr. António Ferreira veio afirmar que os funcionários públicos com vínculo definitivo têm um nível de absentismo muito mais elevado do que os funcionários públicos com contrato individual de trabalho. Se o referiu, é porque não é mentira. Se é verdade, resta ao Dr. António Ferreira actuar para que o erário público e os contribuintes não saiam defraudados.
Concordamos com isto, que o Dr. António Ferreira quer fazer:
- o presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João anunciou que esta unidade de saúde vai adoptar este ano uma política de incentivos aos profissionais, monitorizando a sua produção e respectiva qualidade através de sistemas informáticos.
- António Ferreira explicou que a monitorização em tempo real acontecerá através de sistemas informáticos, que substituem o 'papel' até agora utilizado mas sem recurso a quaisquer câmaras de vigilância.
Mas, já não concordamos com isto:
- Actualmente, o hospital atribui subsídio de assiduidade a trabalhadores que estejam ao abrigo da lei geral.
E porque é que não concordamos? Apenas por isto: não será suposto os funcionários receberem um salário por contrapartida de um determinado serviço, com o respectivo horário de trabalho? Então, para que é que se incentiva quem cumpre o horário de trabalho? Nós achamos, que quem não cumpre o horário, deve ser penalisado. Se não, o crime compensa!