A gestão evolui todos os dias. Ás vezes, no sentido positivo. Ás vezes, no sentido negativo. Vejamos esta parte de entrevista do Senhor Presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João, do Porto:
- Neste hospital, temos dois grandes grupos: os profissionais da Função Pública e os que agora fazem contrato individual de trabalho. A taxa de absentismo na Função Pública, em termos brutos, é da ordem dos 14 a 16%. Nos contratos individuais de trabalho não ultrapassa um por cento.
- E é preciso que se desmistifique a ideia de que só acontece com os médicos. Temos profissionais que faltam 59 dias, vêm trabalhar dois ou três e faltam mais 59, com base em atestados.
- Isto é estratégico. Como se resolve isto? No respeito por todos os direitos legais, com a publicação das listas de ausências. Isto nos locais de funcionários do hospital, não para doentes ou visitas. E há outra coisa, o pontómetro (para picar o ponto) não diz o que estão a fazer no hospital. O que produziram? Os médicos deram consultas? Viram doentes?
Antes de mais, comentários nossos:
- Portugal continua a ser o paraíso de alguns e a miséria para a maioria.
- O sistema laboral, apesar de aparentemente rígido, ainda só funciona para uma grande minoria.
- O controlo de gestão em Portugal, ainda passa apenas pelo "pica ponto". O que, segundo se vê pelo caso do Hospital de São João, do Porto, é ainda muito pouco. Para não dizer, nada.