Definir o nível de serviço do atendimento, é um dos princípios básicos de defesa dos cidadãos ou dos clientes. O Ministério da Saúde decidiu isto e bem: O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, considerou que os prazos máximos que definiu hoje em portaria para consultas nos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde são «perfeitamente» exequíveis.
Mas, os obstáculos aparecem desde já: Muitos hospitais não vão conseguir cumprir os tempos de resposta aos utentes definidos ontem pelo Ministério da Saúde. O alerta é dado por Pedro Lopes, presidente da Associação de Administradores Hospitalares (AAH), que considera que os objectivos definidos são "um bocado ambiciosos".
Há sempre participantes do jogo, que não percebem que o doente deve estar sempre em primeiro lugar: "Fixar prazos é fácil, cumprir é mais difícil", diz Pedro Nunes, referindo que este não é o caminho para resolver o problemas das listas de espera.
A luta dos doentes tem que passar pela exigência, quer se chame reclamação, acção litigiosa ou recusa do pagamento de serviços por incumprimento. É que a Lei é muitas vezes coxa!