Engraçados e patuscos estes farmaceuticos de oficina: Mais de metade das farmácias tinha o fornecimento de medicamentos suspenso em
dezembro, mês em que estes estabelecimentos registaram a maior quebra nas
vendas, revelou hoje a Associação Nacional de Farmácias (ANF).
Durante décadas, entrelaçaram-se com o Estado, através de negócios tripartidos entre o Ministro de serviço na João Crisóstomo e a banca que oleava o sistema. Viveram como nababos, viajaram por paraísos tropicais, ajudaram à expansão económica dos grupos automóveis alemães, fizeram de cada farmácia de oficina, um objecto de luxo, travestido de serviços de saúde.
Agora, choram, fazem birras, e até luto: Em dezembro de 2012, o número de farmácias com fornecimentos suspensos em
pelo menos um grossista era de 1600, ou seja, mais de 55 por cento do total das
farmácias do país.
Esqueceram-se que a farmácia de oficina é um negócio, com uma vertente regulamentar, mas simultaneamente altamente protegido pelo sempre amigo Estado, pois foi e é o seu melhor cliente, e ainda por cima, permite que a abertura de farmácias seja limitada por Lei.
Mas, o sempre adormecido Estado, lá acordou, depois de uma falência evidente, e teve que corrigir a obesidade: No total de 2011 e2012, a redução da despesa pública com medicamentos dispensados
nas Farmácias será superior a 600 milhões de euros.
Parabéns, Dr. Paulo Macedo.