Por aqui, só abordamos temas relacionados com a saúde e com o consumidor de serviços de saúde. Contudo, há aspectos que não sendo exclusivamente de saúde, nos interessam. Vejamos este panorama preocupante:
Definitivamente, esta atitude diz muito da deriva social e cultural da Europa e em particular da União Europeia. A Europa, históricamente, foi emigrante, enviou hordas de gerações por esse mundo fora, muitas vezes com intuitos pouco dignificantes. Agora, a "fortaleza europeia" parece querer rejeitar pessoas que apenas procuram comer melhor, ter direito a um pouco mais de conforto e de dignidade. Perante isto, a Europa fecha-se!
Este é um caminho perigoso:
- esta situação acontece por três razões: desconhecem os seus direitos (33%), porque os profissionais lhes recusam esse direito (10%) ou simplesmente porque têm medo.
- «Os ilegais desconhecem que podem recorrer a um centro de saúde ou a um hospital e que ninguém os vai denunciar. Mas os serviços de saúde e sociais também desconhecem as leis e recusam-se a prestar os cuidados ou criam barreiras, exigindo papéis que não são necessários. E, às vezes, têm atitudes incorrectas e discriminatórias».
- Entre os 835 entrevistados (do estudo), há quem resida no País há 24 anos, embora a média de permanência seja de dez anos.
Há qualquer coisa a correr mal na União Europeia! Ou a Europa já se esqueceu dos milhões de pessoas que tiveram que sair, no passado, para adquirir uma vida mais digna?