Volta e meia, vem à praça pública, a discussão da avaliação dos médicos. Assim como se fala muitas vezes, da avaliação dos Juízes. Ou ainda da avaliação dos funcionários públicos. Aliás, em Portugal existiram em tempos, na chamada administração pública, as promoções automáticas. Como se alguém pudesse ser promovido, sem sequer ser avaliado.
Muita gente, acha estranho que Portugal tenha falido. Que grande estranheza. Veja-se mais esta barrigada de riso: Os médicos vão pela primeira vez ser avaliados através de objetivos que passam
por parâmetros como a "eficácia, eficiência e qualidade", contando para a sua
classificação a atividade assistencial, a produtividade e a atitude
profissional, informou a tutela.
Pela primeira vez? Como? Já não eram avaliados? Ou antes, eram avaliados pelos amigos? Ou avaliados pela cor do cartão partidário? Ou avaliados por pertencerem à Irmandade?
Apesar desta grande novidade, a montanha vai parir um rato, mais uma vez: Sem revelar pormenores sobre a forma como esta avaliação se vai realizar --
cujas deliberações irão ser publicadas em Diário da República e no Boletim do
Trabalho e do Emprego --, a ACSS adiantou que o modelo se aplica "já em 2013 aos
médicos que exercem funções nas entidades prestadoras de cuidados de saúde,
independentemente da natureza jurídica do estabelecimento de saúde, bem como do
vinculo detido pelo profissional".
A autoridade ainda parece gozar com os contribuintes, ao fazer afirmações com uma falta de vergonha incomensurável: "A avaliação do desempenho, além de ser essencial em qualquer organização para
garantir a qualidade do serviço prestado e a melhoria das práticas
profissionais, constitui um elemento fundamental e, neste caso, imprescindível,
no âmbito do percurso profissional de todos os trabalhadores em funções
públicas", lê-se na informação da ACSS.
Como se nós não soubéssemos!