Tal como o alcool, o tabaco ou o jogo, a droga causa vício. Por variadas razões, o consumo de droga é crescente e intemporal. Associado à droga está também muito crime económico, nomeadamente relacionado com braqueamento de capitais.
Há quem advogue a liberalização do consumo de drogas, tendo como objectivo eliminar os incentivos económicos associados ao tráfico ilegal de droga. Qualquer coisa que assenta no exemplo da Lei Seca, nos idos de 1920 e 1930, nos EUA.
Vai-se lendo em alguma imprensa internacional, que Portugal é um bom caso, no que toca ao tratamento da questão da redução dos impactos do consumo de droga, porque há alguns anos saiu uma legislação que liberalizou parcialmente o consumo de algumas drogas chamadas "leves"!
Há sempre a leitura do "copo vazio" e do "copo cheio", relativamente às estatísticas que resultam de alguma análise de dados. Vejamos o que se tem passado em Portugal, segundo o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência:
1. Portugal continua entre os países da União Europeia que lideram a tabela quanto a consumidores de droga infectados com HIV, embora se tenha verifica um ligeiro decréscimo dos casos.
2. Em 2007, Portugal registou 670 casos novos de HIV sida entre os consumidores de droga injectada. Apesar deste número ter diminuído ligeiramente em relação a 2006, não foi o suficiente para Portugal deixar de ser um dos piores países da União Europeia.
3. Portugal está, juntamente com Espanha, Itália e França, entre os países com maior taxa de mortalidade entre os consumidores que se injectam.
4. Portugal é ainda apontado como uma das portas de entrada da cocaína da Europa, embora a Espanha continue a ser o país que mais intercepta esta droga.
5. "Os padrões de policonsumo de drogas são a norma e o consumo combinado de diversas substâncias é responsável pela maioria dos problemas ou complica-as", conclui o OEDT no relatório.
6. Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência considera que o modelo legal português de descriminalização do consumo de drogas não contribuiu para o aumento do consumo.
7. "Este programa está a funcionar há oito anos e os receios iniciais de que essa abordagem suscitasse um aumento do turismo da droga ou aumentasse os níveis de consumo não parecem ser confirmados pelos dados disponíveis", afirma o Observatório.
Apesar de gostarmos de uma forma liberal de vida, não somos daqueles que advogam que se deve encontrar um "pacotinho" no supermercado mais próximo! A ser assim, o Estado até cobrava mais IVA.
Nem nos revemos nos que afirmam que sociedade ancestrais, como a dos Incas, eram inteligentes e organizadas, e faziam do consumo da folha da coca um hábito.