As nacionalizações voltaram. Desta vez, até são benvindas pelos detentores de capital. Os exageros do passado recente, a ganância de alguns investidores e a falta de rigor de vários projectos empresariais portugueses, leva a que os accionistas de empresas técnicamente falidas prefiram estar debaixo do chapéu do Estado. E pasme-se, o lado esquerdo da política é contrário a este tipo de "nacionalização por amizade".
- A Hospitais Privados de Portugal (HPP), a empresa do grupo Caixa Geral de Depósitos com interesses na Saúde, vai “provavelmente” comprar o Grupo Português de Saúde (GPS).
- ”Provavelmente, ficaremos com a gestão do GPS”, disse a mesma fonte ligada ao banco público, acrescentando que, como muitas das empresas da Sociedade Lusa de Negócios estão “fortemente ligadas” ao banco, o endividamento seria insuportável a curto prazo.
- A concretizar-se, a HPP ficará com a gestão da primeira parceria público-privada na área da Saúde– a gestão de um Centro de Medicina Física e de Reabilitação, em São Brás de Alportel, no Algarve – e com o British Hospital, em Lisboa, para além de várias clínicas espalhadas pelo país.
Engraçado o actual "jogo financeiro". O Estado agora suporta projectos empresariais, levantados com critérios duvidosos e sem viabilidade económico-financeira. O contribuinte pagará, já a seguir.