Há duas garantias na vida de cada cidadão: morrer e pagar impostos. Da primeira, não nos livramos. Da segunda, temos que contestar, pois se não, viveremos condenados a contribuir para uma sociedade que partilha pouco e em que os bens públicos são mal geridos (lembremo-nos do Sherriff de Nottingham e do nosso ídolo Robin Wood).
Bem, por cá, quase todos os dias temos notícias frescas do Fisco: 1) aumento do número de penhoras; 2) aumento do valor das coimas; 3) aumento dos impostos directos e indirectos.
Temos a saúde cada vez menos gratuita. Temos uma educação pública bastante fraca. Temos a maioria das estradas de melhor qualidade, com pagamento obrigatório. Então, porque pagamos tantos impostos?
Bem, mas por aqui fala-se sobretudo de saúde, e há organismos relacionados com a saúde, que andam "por maus caminhos" e parece que querem comer mais:
- Portugueses vão pagar mais nos seguros.
- Os custos totais com os seguros deverão subir, o que representa uma má notícia para os bolsos dos portugueses. Em causa está uma alteração feita na proposta de Orçamento do Estado que prevê que a taxa cobrada pelas seguradoras e que reverte a favor do INEM passe dos actuais 1% para 2%.
Contudo, este organismo anda "por maus caminhos":
- Professor morre à espera do INEM.
- Em paragem cardiorrespiratória, os colegas professores tentaram desesperadamente contactar o 112, mas sem sucesso. Alertados, os Bombeiros Voluntários de Espinho, com quartel nas proximidades, acorreram de imediato, não tardando mais do que três minutos. Todavia, a VMER, Viatura Médica de Emergência e Reanimação, que deveria ser imediatamente accionada para uma situação destas, estava, segundo informação dada aos Bombeiros pelo CODU, ocupada noutra situação, pelo que receberam indicações para não esperar pelo INEM e conduzir o professor de imediato para o hospital.
Valerá a pena pagar impostos? Ou poderemos estar nós á beira de uma campanha cívica pelo não-pagamento de alguns impostos?