Não se pede ao poder político que saiba tudo. Não se pede ao poder político que faça tudo. Não se pede ao poder político, sequer, que pense. Mas, há limites, isto é, pede-se no mínimo que o poder político saiba alguma coisa.
Tudo isto a propósito disto: Durante o debate, a ministra escusou-se a responder às perguntas dos deputados sobre o valor das dívidas acumuladas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas à saída do debate acabou por reconhecer que desconhece o montante exacto.
E mais isto: «Qual o valor da dívida do Ministério da Saúde?» foi a pergunta lançada em uníssono pela oposição na comissão para a discussão do Orçamento de Estado para este sector, mas que ficou sem resposta. A ministra da Saúde mostrou não estar a par dos números e o secretário de Estado sugeriu que fossem os deputados a fazer as contas.
E ainda isto: A ministra da Saúde, Ana Jorge, disse hoje que o Governo vai anunciar ao país a dívida total do Serviço Nacional de Saúde (SNS), tendo afirmado que a dívida dos hospitais EPE ascende a "um milhão de euros".
Consta que a Dra. Ana Jorge é médica. Parece que é médica pediatra. A um médico pediatra não deverão ser solicitados conhecimentos sobre contabilidade pública. Mas, a um Ministro, não deve ser exigido conhecimento sobre contabilidade pública? Ou pelo menos sobre contas de merceeiro?
Raios partam os impostos que servem para pagar tanto desperdício!
Post Scriptum: como é possível a Senhora Ministra da Saúde não ter sequer a noção do que representa um milhão de euros?