Wednesday, December 28, 2011

Eles comem tudo e não deixam nada!

José Afonso cantou noutros tempos, Os vampiros!

Agora, temos esta não - novidade: Hospitais desperdiçam dois milhões por dia.

Aliás, só quem andava distraído pode só agora chegar a estas conclusões:

1. Analisado o modelo de financiamento dos cuidados de saúde prestados pelas unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) entre 2007 e 2009, os auditores do Tribunal de Contas (TC) concluíram que, "devido a ineficiências nas unidades hospitalares", as perdas para o internamento rondaram os 242 milhões de euros e no caso de ambulatório foram cerca de 503 milhões.

2. O TC considera que os métodos de formação de preços são "desadequados" e que a "ausência" de informação completa e fidedigna sobre os custos das várias actividades das unidades hospitalares levam a uma redução da eficiência.


3. No entanto, de acordo com a auditoria, os preços não são a principal causa dos problemas detectados: "quer no internamento, quer no ambulatório, as ineficiências nos preços, ao contrário do que aparenta, não são as mais relevantes", indica o relatório, no qual os relatores alertam a tutela para a importância de focar mais os problemas técnicos e a afectação de recursos.


Nós que andamos pelos hospitais e centros de saúde do SNS, e observamos algumas notícias nos jornais, fácilmente percebemos que o poder político fez (e faz) fretes a uns quantos parceiros publicos e privados. Só que estes fretes custam e custarão muito a quem ainda trabalha. A máquina vai parar!

Monday, December 26, 2011

Cheating

Around 1,000 Dutch women have breast implants of the suspect kind made by a French company but sold under a different name, a Netherlands health official has said, broadening a scandal that could affect 300,000 or more women worldwide. Health authority spokeswoman Diane Bouhuijs said a Dutch company had bought implants made by Poly Implant Prothese, which went bankrupt in 2010 after French authorities shut its doors. It is now under investigation. They were sold rebranded as "M-implants". "We estimate 1,000 women in the Netherlands have them. We have advised them to consult their physician," Bouhuijs said. She declined to name the Dutch company. The rebranding expands the controversy in which PIP, once the world's third-largest maker, is accused of using industrial-grade instead of medical-grade silicone in some of its implants, which made them cheaper. They were sold in various European and Latin American countries. The company's founder, Jean-Claude Mas, was able to charge lower prices for the implants using the non-approved silicone.

Friday, December 23, 2011

A balda nos Hospitais EPE

Apesar da chegada de um gestor à Avenida João Crisóstomo, o SNS ainda continua na balda:
  1. existe uma nova derrapagem nas contas públicas, motivada pelos novos encargos com os pensionistas da banca e os hospitais-empresa.
  2. Em específico, os novos encargos estão relacionados com o facto de os hospitais-empresa terem passado para o perímetro das contas do Estado, o que irá motivar agora vários pagamentos.
Sabemos que pagar contas em tempo, é algo que as instituições do Ministério da Saúde nunca souberam fazer. Mas mesmo numa fase de bancarrota do Estado, não se consegue travar este sistemático derramamento?

Wednesday, December 21, 2011

Portugal de joelhos - 3

Já esperávamos há muito que o chamado SNS estivesse falido. Para nós, não é surpresa. Surpresa é sem dúvida, aparecerem os coveiros do SNS a chorarem como os crocodilos: "Suspeito que seja uma questão ideológica e não uma orientação da 'troika', porque vamos reduzir o acesso público à saúde e aumentar em alternativa o sector privado e lucrativo", afirmou Ana Jorge.

Se existisse dignigidade e seriedade em Portugal, esta Senhora Jorge teria saído de Portugal, ou estaria caladinha, pois o rasto que deixou é sinistro. Num país em decadência económica há mais de uma década, as despesas com saúde foram sempre significativas, não só facilitando o acesso de forma anárquica a todos os cidadãos, como também distribuindo benesses pelas várias corporações que sugam o sistema de saúde pública.

Aliás, a falência de Portugal é apenas e só o reflexo de descontrolo da máquina do Estado em vários sectores, e em particular no sector mais gastador, o da saúde. Portugal tem agora que passar pela suprema humilhação de ter determinações específicas, por parte dos seus credores, como esta: A 'troika' quer aumentar pelo menos em 20 por cento o número de doentes por médico de família nos centros de saúde e em 10 por cento nas unidades de saúde familiar (USF), segundo a revisão do memorando de entendimento.

Tuesday, December 20, 2011

Farmaceuticos de toda a Ibéria, uni-vos!

El cierre de farmacias de la Comunidad Valenciana, que se ha producido en los dos últimos días y que estaba previsto que concluyera mañana, ha sido desconvocado, según informa el Colegio de Farmacéuticos de Valencia.

Este anuncio se produce después de que la Conselleria de Sanidad comunicara que hoy se ha efectuado el pago de 60 millones de euros a las farmacias cuando la Generalitat ha podido disponer del dinero "y no como respuesta a la huelga".

En un comunicado, el Consejo Valenciano de Colegios de Farmacéuticos ha pedido disculpas por las molestias que hayan podido ocasionar los cierres de las farmacias de la Comunidad a los pacientes, al tiempo que ha recordado que esos cierres han sido "necesarios" para poder seguir dispensando todos los medicamentos con normalidad.

Tuesday, December 13, 2011

A Madeira é só um pequeno ilhéu

A Madeira está para Portugal, como Portugal está para a União Europeia. A Madeira viveu durante décadas do financiamento do Continente e do crédito internacional com o aval do Estado português.

Portugal viveu durante décadas tendo como base o financiamento internacional. Agora, com o crédito adicional da chamada Tróika, Portugal vive com o aval da finança internacional, isto é, com o apoio da União Europeia e do FMI.

Ou seja, quer a Madeira, quer o Continente, tiveram um crescente desenvolvimento durante décadas. Este desenvolvimento foi obtido através da dependência acentuada do crédito internacional. Agora, Portugal entrou em bancarrota e a Madeira entrou em colapso.

Este é só mais um exemplo que ilustra a imensa irresponsabilidade de quem tem governado o país ou alguma das suas partes: A Associação Nacional de Farmácias (ANF) informou hoje, em comunicado, que a partir do próximo dia 15 de Dezembro (quinta-feira) as farmácias não poderão continuar a dispensar medicamentos a crédito à população da Região Autónoma da Madeira. Isto porque a dívida da região às farmácias é, neste momento, de 77 milhões de euros, estando em dívida as comparticipações desde Setembro de 2009.

Quem vive à custa dos outros, dificilmente muda de caminho. Isto passa-se com os indivíduos, as famílias ou as empresas. É como a toxicodependência. É quase irreversível. A gente que conduziu Portugal e todas as suas partes à actual condição, continua a dirigir a nação.

Quando a cabeça não pensa, o corpo é que paga: a ANF publicou um anúncio na imprensa informando que as farmácias vão deixar de dispensar medicamentos a crédito à população da Região Autónoma da Madeira a partir de quinta-feira.

Tuesday, December 06, 2011

A evidente incapacidade de gestão

Durante décadas, possuir uma farmácia significava: sucesso, status, riqueza aparente, ou riqueza real. Claro que este maná, fundamentava-se em: contingentação do mercado, isto é, as farmácias beneficiavam de uma protecção legal, que evitava a abertura do número de farmácias necessárias ao mercado. Depois, os lucros estavam garantidos por Lei. E ainda, a corporação das farmácias, geria bem a sua relação com o seu principal pagador, o Estado.

Entretanto, com a bancarrota do Estado português, os credores do Estado impuseram um corte drástico na comparticipação no pagamento dos medicamentos. Os principais consumidores de medicamentos, os idosos, vivem de reformas baixas ou muito baixas.

Perante este cenário, a festa está a chegar ao fim:

1. Distribuição precipitada de dividendos, stocks descontrolados, caixa e crédito das farmácias usados para pagar divórcios, casas, carros e férias sem ter em conta necessidades futuras como pagamento a distribuidores ou modernização. São muitas as razões encontradas pelos vendedores para a falência de farmácias e excesso de oferta no mercado de venda e trespasse.

2. Apesar da desvalorização, nenhum admite que o negócio tenha deixado de ser rentável, passou apenas a ter de ser mais bem gerido: uma farmácia com uma facturação anual de um milhão era vendida por três. Hoje está no mercado a 1,2 milhões.

3. “Antes as margens davam para tudo, para os empregados roubarem, para férias, para casas. Hoje é preciso uma melhor gestão”, diz ao i o representante que tem as 87 farmácias. Assumir o passivo significa ter o dinheiro disponível. E os intermediários cobram ainda a sua margem: “São situações em que se pode negociar com os bancos, mas em grande parte as dívidas a fornecedores, que também estão com a corda na garganta, são para pagar logo”.

Na India, as vacas sagradas morrem de velhas. Em Portugal, parece que já não há vacas gordas. Em Portugal, os empresários sem concorrência, já não têm dinheiro para pagar a sua incapacidade de gestão!

Sunday, December 04, 2011

O Estado português e os zombies

Diz-se por aí, que há despesa a mais e trabalho a menos. Nós concordamos.

Diz-se por aí, que há gente que ganha dinheiro, sem dar a contrapartida inerente de trabalho. Nós concordamos.

O actual governo veio dizer que extinguiria Fundações e departamentos inúteis.

O anterior governo disse que extinguiu vários serviços.

Aqui está um verdadeiro zombie: O Alto Comissário Adjunto da Saúde, Ponciano Oliveira, cessou funções no Alto Comissariado da Saúde (ACS) no dia 1 de Outubro de 2011. As funções de direcção do ACS são asseguradas, a partir dessa data, pela Directora de Serviços de Coordenação Internacional, Regina Carmona.

Fantástico. Um organismo que foi extinto (foi o que disse o Governo Sócrates), mantém-se vivo, apesar de estarmos no Governo Passos, e este ter vindo dizer que queria extinguir organismos inúteis.

Um morto, que afinal está vivo, só pode ser um zombie.

Mas cuidado, este é um zombie que consome impostos a quem trabalha. É um zombie perigoso. Este zombie até tem relações internacionais!

Portugal está definitivamente condenado, com Sócrates e com Passos.

Wednesday, November 30, 2011

A gestão do caos II

Há muito tempo que Portugal vai mal. Mal dirigido. Poucos se importam com a condução, enquanto os financiadores do país forem fornecendo liquidez.

Estes são exemplos contraditórios:

1. Grande parte do desperdício no Serviço Nacional de Saúde é da responsabilidade dos médicos. Esta é pelo menos a convição do presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida - ele próprio um médico. Miguel Oliveira e Silva diz que os clínicos portugueses receitam demais, pedem exames a mais e, muitas vezes, fazem-no por causa de interesses comerciais.

2. Uma norma da Direção Geral de Saúde (DGS) sobre a utilização clínica de antipsicóticos está a gerar contestação junto de alguns psiquiatras. «Esta norma tem em vista um critério economicista. Os doentes respondem de forma diversa aos antipsicóticos e as respostas têm de ser dadas caso a caso. Parte-se do princípio de que um médico é uma pessoa de bem, mas, de qualquer modo, as prescrições podem ser investigadas e fiscalizadas. Isso já existe».

Evidentemente que há desperdício. Há desperdício, porque há recursos para se gastarem em desperdícios. Não há melhor forma de se fazerem reformas do que fechar a torneira do dinheiro. Os portugueses, quer sejam os doentes, quer sejam os prestadores de serviços de saúde, têm a memória curta. Pior, julgam que Portugal gera a riqueza suficiente para dar a qualidade de vida superior que pretendem obter. Estão enganados. A mudança vai acelerar. E muito.

Sunday, November 27, 2011

Portugal de joelhos - 2

Quando a má fama ultrapassa fronteiras, as reacções são em cadeia:

  1. Os hospitais com dívidas estão a ser forçados a cumprir novas regras para continuar a receber medicamentos dos laboratórios.
  2. As empresas farmacêuticas exigem que seja fixado um plano de pagamento a prestações da dívida ou só admitem fornecer uma nova remessa de medicamentos quando a factura anterior estiver saldada.
  3. Alguns laboratórios não estão dispostos a esperar pelo prometido plano de pagamento da dívida dos hospitais aos fornecedores e decidiram avançar para medidas por conta própria.
Isto é fantástico, pois o que acontece neste momento ao Estado português (quem será o Estado português?), costuma acontecer a qualquer indivíduo ou instituição que não cumpre com as suas obrigações. E quando não se cumpre à primeira, nem à segunda, nem à terceira, já ninguém acredita em promessas vãs: O Governo promete apresentar um calendário de regularização de dívidas a fornecedores até ao final do ano, mas, enquanto isso, o problema agrava-se com o aumento dos débitos dos hospitais que, em Outubro, ultrapassava os 1,3 mil milhões de euros e da demora no pagamento (média de 450 dias de atraso).

Ou seja, estamos declaradamente em bancarrota, ainda que tudo continue na mesma, o Senhor Presidente da República diz mal das instituições europeias, uma boa parte da classe política diz mal dos credores e ainda financiadores de Portugal, e uma grande parte dos portugueses ainda não percebeu o que se passa. De si próprio, ninguém diz mal.

É sempre melhor ver a culpa nos outros.

Thursday, November 24, 2011

Artérias

Boston Scientific Inc. has received U.S. approval to launch its latest drug-coated stent for patients with clogged arteries, a key milestone that is expected to increase profitability for the medical device maker. Stents are mesh-metal tubes used to prop open arteries after they have been cleared of dangerous fatty plaque deposits. Stents are threaded into the artery on the tip of a catheter and then squeezed into place using an inflatable balloon. The device's drug coating is designed to prevent scar tissue from growing over the stent and reclogging the artery.

Sunday, November 20, 2011

Portugal de joelhos

De 3 em 3 meses, Portugal é objecto de avaliação por parte dos seus credores, mais conhecidos como Tróika. Ou seja, formalmente, Portugal tem um Presidente da República, um Parlamento eleito e um governo executivo. Na prática, Portugal é dirigido pelos funcionários da UE, BCE e FMI. Ou seja, os poderes democráticos, associados ao poder financeiro nacional, já não mandam em Portugal.

Noutros domínios se verifica a diminuição de Portugal no cenário internacional, sendo este só mais um pequeno detalhe de completa incúria dos interesses de Portugal: A farmacêutica Roche anunciou hoje que vai alterar a sua política de crédito, a partir de dezembro, junto de cinco hospitais portugueses com dívidas acumuladas há mais de 750 dias.

Prazos de pagamento de 750 dias? Como? Portugal está de joelhos, não por causa da Tróika, mas por culpa própria. O que os suíços da Roche estão a afirmar na cena internacional é que Portugal não é um país honrado, nem um país em quem se pode confiar. E se não se pode confiar, não se pode fiar.

Coitados dos portugueses que estejam doentes, e precisem dos medicamentos da Roche, pois a partir de agora, essa farmacêutica vai restringir o acesso dos seus medicamentos em Portugal. Por agora em 5 hospitais. Daqui a pouco tempo, a todos os hospitais.

Portugal não se consegue corrigir.

Wednesday, November 16, 2011

Finalmente a verdade

Já fomos por aqui escrevendo sobre a "não falta de médicos em Portugal". Bastava ir aos hospitais centrais de Lisboa (Santa Maria, São José, Egas Moniz, etc.), do Porto (Santo António ou São João), e Coimbra (Hospitais da Universidade de Coimbra), para se avaliar que haviam médicos a mais, a passearem-se pelos corredores, e muitos, a dormirem nos chamados "bancos de 48 horas".

Pois, finalmente alguém que tenta gerir o SNS chega a esta conclusão: Paulo Macedo afirmou hoje que existem mil médicos especialistas a mais nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.

Claro está, que faltam médicos em Alcoutim, em Sernancelhe, em Arganil ou em Castro Verde. Porque será que os médicos que existem a mais no Hospital de Santa Maria, não quererão ir para Celorico da Beira, por exemplo?

Sunday, November 13, 2011

Quitting is hard

More than two-thirds of American smokers say they want to quit but only a fraction actually do, according to a government report released Thursday, suggesting people would benefit from more help in kicking the habit. Of the nearly 69% of adult smokers who wanted to quit in 2010, more than half tried but only 6.2% succeeded, according to the Centers for Disease Control and Prevention. Those who try can double or triple their chances with counseling or medicine, but most of those who tried to quit last year didn't use either. Nor did they receive advice to quit from a doctor.

Wednesday, November 09, 2011

It's the economy, stupid

Bill Clinton, ex-Presidente dos EUA deixou esta célebre frase: it's the economy, stupid.

Isto é a economia estúpida: O mercado farmacêutico registou uma quebra no volume de vendas de 13,4% em Outubro, face ao mesmo mês do ano passado, somando 261,1 milhões de euros em vendas de medicamentos.

Pois é, antes gastava-se em medicamentos, o que se queria, o que não se queria e mais o que nos prescreviam, e nós nem queríamos.

Mas, às vezes a economia portuguesa consegue ser mais estúpida ainda: O valor de vendas no segmento dos medicamentos genéricos caiu 15,3%, uma quebra superior à do mercado farmacêutico.

Será que os medicamentos genéricos são mais dispensáveis? Ou será que os medicamentos genéricos são mais baratos e menos inovadores, e por isso perderam parte do mercado?

Mas, esta é a nova economia real: os encargos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos vendidos nas farmácias em Outubro foram, segundo estimativas - os valores finais da despesa do SNS serão ajustados após encerramento do receituário de Outubro, que ainda não está concluído - 102,5 milhões de euros, o que corresponde a uma quebra de 20,4% face ao período homólogo.

Wednesday, November 02, 2011

Ligações perigosas V

Vivemos na "era Maddoff". A era em que a ganancia é tremenda. A era em que todos querem ser muito ricos. Mesmo aqueles que não são muito ricos, e percebem que nunca conseguirão vir a se-lo, fazem coisas destas:
  • Oitocentos e dois mil euros foi a despesa dos técnicos da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) em deslocações em serviço no estrangeiro durante 2010 e entre Janeiro a Setembro de 2011, segundo informações da base de dados do Governo.
  • Os destinos dos colaboradores daquele organismo variam entre Cabo Verde, Malásia, Índia, Estados Unidos da América, Brasil, Guatemala e várias cidades europeias.
Claro que se pode alegar sempre que há Conferencias sobre temáticas relevantes na Guatemala e em Cabo Verde. Aliás, estes países reunem muita da nata científica mundial, junto a uma cabana!

Num país em que tudo é nivelado pelo salário mínimo nacional, de 485 euros mensais, isto é estrondoso: Uma formação em Londres, para dois participantes, durante cinco dias, custou 2699 euros.

Pior, isto revela uma mentalidade tacanha e pouco escrupulosa: O Infarmed salienta que o "valor despendido na maioria das deslocações em serviço é reembolsado ao Infarmed pelas entidades que as promovem". Ou seja, a entidade reguladora da farmácia e do medicamento anda a pôr os seus técnicos a viajar, e as despesas inerentes serão pagas pelos laboratórios farmacêuticos? Para nós isto tem um nome, mas deverão ser as entidades que exercem a auditoria sobre o Infarmed (Ministério da Saúde?) é que deverão chegar a conclusões!

Thursday, October 27, 2011

Corporativismos

Uma das maiores doenças ancestrais de Portugal, sempre foi o corporativismo. As classes profissionais reivindincam tudo e impedem que se alcance o interesse público. Exemplos? Tantos. O estatuto e a clara ineficiência do sistema de justiça. A histórica falta de médicos (em que nós nunca acreditámos), motivada pelo claríssimo bloqueio da Ordem dos Médicos. A não existência de um sistema de avaliação de desempenho na generalidade dos serviços públicos (mascarada com as vergonhosas promoções automáticas ou com essa sigla tenebrosa que dá pelo nome de Siadap).

Aliás, o Estado Novo até tinha o chamado Ministério das Corporações. O Regime de Abril não melhorou nada. Antes, promoveu guerras entre corporações, como é o caso do sector da saúde. Vejamos mais estas batalhas entre corporações:

1. O bastonário da Ordem dos Médicos disse esta noite, no Porto, que a alteração da legislação sobre a prescrição de medicamentos genéricos «pretende favorecer as farmácias» e pode trazer «riscos para a saúde do doente».

2. O dirigente da Ordem dos Médicos Caldas Afonso considerou hoje que a troca de medicamentos genéricos nas farmácias, que o Governo quer implementar, vai acabar por destruir a indústria nacional da especialidade.

Veja-se até onde chega a falta de pudor, a corporação médica quer até ser o defensor da economia nacional. No fundo, do que é que os médicos não percebem? A generalidade dos hospitais públicos é administrada por médicos, e estão falidos. Aparentemente, esta evidente ineficácia não chega, para que a classe se retire de áreas para as quais não tem nenhum conhecimento ou sequer sensibilidade.

Dr. Paulo Macedo vá em frente, e aplique finalmente a prescrição por "denominação comum internacional". Os contribuintes agradecem e a generalidade dos doentes também. Aliás, o que serve para a Finlandia ou para outros países europeus, também deverá servir para Portugal.

Wednesday, October 26, 2011

A gestão do caos

Quem olha o Ministério da Saúde e o SNS, vê caos por todo o lado. O Ministro Paulo Macedo acabou de chegar e tem que saber gerir o caos, ou dentro de alguns meses os cacos do SNS estarão feitos em pó. Vejamos alguns retratos de um caos acelerado:

1. O presidente da delegação regional do Oeste da Ordem dos Médicos afirmou à agência Lusa que «começa a haver falta de matérias e falta de manutenção de equipamentos nos blocos operatórios».

2. O Serviço Nacional da Saúde (SNS) não tem capacidade para garantir os tratamentos de diálise a 118 doentes renais com hepatite B e continuar a ter margem para receber novos casos, tanto de doentes que venham a ser internados nos hospitais como portadores de VIH que já são tratados nas unidades públicas.

3. O ministro da Saúde, Paulo Macedo, admitiu hoje que a maioria das taxas moderadoras hospitalares não é cobrada, acusando os hospitais não terem um “papel activo” na cobrança às seguradoras dos valores devidos.

4. A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) está a investigar a descoberta de vestuário confecionado com tecido que contém a inscrição de hospitais portugueses, segundo fonte do Ministério da Saúde. O primeiro caso ocorreu no Brasil quando, na sequência da descoberta de toneladas de lixo hospitalar dos Estados Unidos, um homem denunciou ter comprado em São Paulo uns calções com bolsos feitos de tecido do Hospital Garcia de Orta.

Portugal , o Ministério da Saúde e o SNS vivem  em regabofe há muitos anos. Já o sabíamos. Agora, alguém terá que pagar a falta de sentido de responsabilidade de multiplos (ir)responsaveis que estiveram á frente daquelas instituições nas últimas décadas.

Portugal, Rest In Peace.

Friday, October 21, 2011

May day, may day

Depois do fim do Serviço Nacional de Saúde, o fim do mais precioso dos bens, no hospital mais próximo de si: Os hospitais estão a dever aos laboratórios farmacêuticos mais de 1.200 milhões de euros, um aumento de 23% face à dívida que existia aquando da chegada da troika a Portugal (Maio). Esta situação, e a falta de esperança na sua resolução breve, faz com que o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) já fale na possibilidade de suspensão de fornecimentos de medicamentos aos hospitais.


Portugal já não mexe.

Thursday, October 20, 2011

Esperança média de vida: Grã Bretanha

These maps show the life expectancy for men (up) and women (down) across the regions of the UK - the darker the area, the longer the life expectancy.

Sunday, October 16, 2011

É possível reduzir a despesa do Estado

E porquê? Pela evidente falta de controlo da despesa do Estado: Numa auditoria ao sistema remuneratório dos gestores hospitalares, cujo relatório foi divulgado, esta sexta-feira, o Tribunal de Contas (TC) constata que os conselhos de administração "tomam decisões sem estudos quantitativos apropriados pressupondo que, no limite, os recursos financeiros para a saúde são ilimitados".

Dizer que no Serviço Nacional de Saúde há gestão, será o mesmo que dizer que na Sícilia há Justiça. Apenas, por momentos e de forma intermitente.

O que é curioso, é sabermos que isto se passa há décadas, e não acontece nada aos pardacentos e anafados ditos "administradores hospitalares". O contribuinte paga e pagará sempre o cheque, quer seja sob a forma de mais impostos, quer seja através da redução acelerada dos benefícios do chamado "Estado Social".

Depois, lemos mais esta evidência: Por seu lado, o TC sublinha a insuficiência de gestores hospitalares com competências na área de economia e gestão, sendo a Medicina a licenciatura ou curso dominante entre os membros de um conselho de administração.

Portugal só o será, por mais algum tempo. Os portugueses e as suas chamadas "élites" desistiram de lutar pela continuidade da nação.

Wednesday, October 12, 2011

A absoluta complacência

Discute-se que Alberto João Jardim foi inconsciente. Diz-se que João Jardim terá ido para além da Lei. Afirma-se que João Jardim não foi ético. E porquê? Aparentemente, porque escondeu dívida. Estranhamente, os valores "escondidos" andam à volta das centenas de milhões de euros, e envolvem várias instituições financeiras, públicas e privadas. E ninguém sabia. Faz isto lembrar o célebre Imperador de Roma, de seu nome Cláudio, que desconhecia que a esposa era uma das maiores meretrizes da cidade eterna, quando afinal toda a gente sabia disso. Coitada da Messalina, ficou decepada ou esventrada!

Em Portugal, toda a gente sabe que os déficits são corrigidos várias vezes ao ano, por evidentes manobras de desorçamentação. Toda a gente sabe que as derrapagens em obras públicas são permanentes. As contas que se reportam hoje, vêm desmentir as que foram comunicadas ontem. Contudo, só Alberto João Jardim admitiu que não reportou as contas reais. Todos os outros fazem-no, embora digam que não.

Só mais uns que dizem que não o fizeram, mas parece que o fizeram: O Hospital de Santa Maria escondeu mais de sete milhões de euros em facturas de 2010 relativas a obras e medicamentos. Este montante deveria estar reflectido nos resultados financeiros daquele ano, mas o DN sabe que o mesmo não foi contabilizado, ficando a dívida oculta aos olhos dos ministérios das Finanças e da Saúde.

Isto apesar do buraco financeiro do maior hospital universitário do país ser já por si impressionante: Assim, os 44 milhões de resultados operacionais negativos que surgem inscritos nas contas de 2010 não reflectem o verdadeiro buraco financeiro do Santa Maria, que é gerido em conjunto com o Hospital Pulido Valente, formando o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), EPE.

Curiosa é afirmação de que o Centro Hospitalar de Lisboa Norte é gerido! A gestão está entregue a aprendizes de coisas vãs.

Sunday, October 09, 2011

Um imposto para taxar alarvidades?

Disparates, falta de bom senso ou a livre emissão de alarvidades ainda não paga impostos. O consumo de alcool ou de tabaco, tem o enorme desincentivo de se pagarem muitos impostos. Há por aí quem queira taxar a gordura, sob a forma de batatas fritas ou de bolachas. Numa época em que se avizinha o final de uma certa forma de estar, vale tudo para se conseguir aparecer nos telejornais.

O anterior Bastonário dos médicos era arrogante, mal educado e desbocado. O novo Bastonário dos médicos quer aparecer na fotografia, talvez pelas piores razões: «Os fumadores pagam os custos na saúde que desencadeiam, directa e indirectamente. Provavelmente a despesa da saúde relacionada com o tabaco em Portugal andará à volta de mil milhões de euros por ano», disse, salientando depois que «o imposto cobrado pelo Estado aos fumadores era de cerca de 1500 milhões de euros por ano», da última vez que fez contas. «Nós até devemos estimulá-los a fumar. Porquê? Porque pagam um imposto elevadíssimo, ajudam as finanças do país e porque morrendo mais cedo em média recebem menos oito anos de reformas», salientou.


Apesar da evidente alarvidade, e pelo meio, lá se vão dizendo algumas verdades: o bastonário avisou que o país está na bancarrota e que com os cortes que estão a afectar a saúde podem levar o país a «morrer da cura».

Wednesday, October 05, 2011

A tirania corporativa

Enquanto algumas corporações detiverem mais poder do que o chamado interesse público, as sociedades estão condenadas à pobreza, á indigência e à indignidade.

Algumas corporações esticam a corda, sem perceberem que há leis da Física, que estão acima do poder dos poderes fáticos.

Isto é chantagem sobre o interesse dos cidadãos: O funcionamento da Maternidade Alfredo da Costa está em risco porque a maioria dos anestesistas se recusa a aceitar o novo pagamento proposto e ameaça deixar a instituição.

Isto é um atentado contra quem paga o funcionamento do Estado, vulgo contribuinte: Os nove médicos costa-riquenhos que chegaram a Portugal há quatro meses continuam sem poder exercer medicina por razões "apenas burocráticas", por falta do "documento de reciprocidade".

Quando as corporações ou castas atingem o limite da paciência do cidadão comum, as sociedades ficam à beira de precipícios. No passado foi assim. O futuro está à porta.

Saturday, October 01, 2011

A Tróika

A Tróika descobriu que Portugal está insolvente. Se quiserem, está falido. A Tróika descobriu que a banca portuguesa necessita de 12 biliões de euros para se refinanciar. Porque será? A Tróika descobriu que cada madeirense deve mais de 20.000 euros aos seus credores (continentais e estrangeiros).

Só faltava mesmo era a Tróika ter descoberto isto: O Ministério da Saúde descobriu 500 médicos que já morreram e ainda estão nas bases de dados. O caso foi descoberto porque a troika pediu ao Ministério da Saúde que cada médico passe a declarar a lista com todas as prescrições que tenha feito. Ao começar esta listagem, foram encontrados médicos que já tinham morrido e cujas vinhetas ainda estavam a ser utilizadas.

Infelizmente, num país em que as chamadas "autoridades de controlo" servem apenas para levar o saláriozinho no final do mês, só pode ser verdade. Aliás, esta historieta não é nova. E até tem tentáculos, por exemplo, sabe-se que dos cadernos eleitorais fazem parte centenas de milhar de mortos. Fantasmas!

Bem, risível é a postura da chamada Administração Central dos Serviços de Saúde (dirigida até há 3 meses, por um dos actuais Secretários de Estado): A Inspecção-geral das Finanças garante que quase metade dos gastos do Estado com a comparticipação de medicamentos pode ser irregular, num total de quase 1,2 milhões de euros. No entanto, a Administração Central do Sistema de Saúde desvaloriza este episódio e diz que o índice de fraude detectado é inferior a 1%. A Polícia Judiciária já está a investigar estes casos.

Portugal é também, e lamentalvemente, um país morto. Ou se quiserem, fantasma! A chamada Tróika está a fazer a respiração boca-a-boca do fantasma! Mas, ele não responde.

Wednesday, September 28, 2011

NHS opens first clinic for 'club drug' users

One of the first NHS clinics dedicated to helping 'club drug' addicts has been opened. Doctors have opened the centre in London because they claim there is a 'higher demand' from people who use drugs such as ketamine, ecstasy and 'legal highs'. At present, existing clinics cater for those addicted to alcohol, heroin and crack cocaine, which means they are unable to deal with the specific needs of 'club drug' users.

Tuesday, September 27, 2011

A sabida má gestão

Há muito que escrevemos por aqui sobre a má gestão dos recursos da saúde: 1) enfeudamento aos interesses corporativos; 2) afastamento dos interesses do contribuinte; 3) falta de complementaridade dos cuidados primários e dos cuidados secundários; 4) falta de controlo de gestão; 5) etc.

A Escola Nacional de Saúde Pública, que curiosamente produz a maioria dos administradores hospitalares, tem um barómetro em que ouve os seus participantes sobre as várias temáticas da saúde. Vejamos algumas conclusões do último barómetro:
  • Mais de um terço dos portugueses inquiridos num estudo considera que o Ministério da Saúde (MS) faz "uma má gestão dos dinheiros públicos".
  • "uma franja significativa da população portuguesa (cerca de 20%) que aceita a ideia de um SNS pago e não universal".
  • 38,6% tem a noção que, num futuro próximo, o Estado não poderá continuar a garantir a todos os cidadãos o acesso a novos medicamentos.
Conclusão nossa: parece que há 1/3 de portugueses sensatos e atentos. Os outros são crentes ou tontos!

Monday, September 26, 2011

Portugal é uma festa - 2!

A maioria dos portugueses habituou-se ao relaxe e à permissividade, para não falar na promiscuidade. O rigor ou a disciplina são vilipendiados, a tolerância é sempre exigida e tem uma dimensão muito larga.

Isto soma-se a outras situações detectadas ao longo dos últimos anosEntre Outubro do ano passado e Janeiro deste ano foram passados 70 mil atestados médicos a professores do ensino público. De acordo como Diário de Noticias, os números equivalem a 514 mil dias de baixa.

Mas, para que servem as autoridades? Ou as supostas entidades de controlo? Se quisermos, até achamos que os professores não têm culpa. Culpa tem, quem passa atestados a pedido! No passado recente, verificaram-se situações de atestados passados polícias, a pedido. Agora, é a professores.

Aparecem sempre estas atenuantes: A situação foi detectada pelo anterior governo, tendo sido aberto um inquérito pela Inspecção Geral das Actividades em Saúde.

Pergunta-se, mais um inquérito? Sobretudo quando os autores das pretensas iniquidades não são por ora atingidos: Onze professores foram, até ao momento, alvo de processos disciplinares.

Sunday, September 25, 2011

Breast cancer

Giving breast cancer patients radiotherapy and chemotherapy at the same time significantly cuts the risk their tumors will come back and should be considered as a new treatment approach across the world, cancer experts said on Sunday. The double treatment, known as synchronous chemoradiation, could also save lives among people with breast cancer, a disease that currently kills 425,000 women a year worldwide, according to the British experts who conducted a major scientific study. They said the synchronous treatment, which the study showed has limited side effects and does not harm patients' quality of life, should be considered for use by all breast cancer doctors.

Wednesday, September 21, 2011

A incompetência ao mais alto nível

Ao contrário do que se diz por aí, é possível diminuir a despesa na saúde, sem prejudicar a qualidade de serviço prestada aos doentes. Claro está, que não é um caminho fácil, pois a redução da despesa prejudica muitos dos participantes do negócio do SNS. E sobretudo, colocar uma organização a trabalhar de forma mais eficiente, dá muito trabalho. E quem deve pôr a máquina a funcionar, não tem vontade, nem tem profissionalismo: Há quase meio ano que os seis novos centros hospitalares esperam a nomeação dos respectivos conselhos de administração. Os gestores de cada unidade mantêm-se nas mesmas funções, mas admitem que "não têm legitimidade para tomar decisões conjuntas sobre o centro".

Aguardemos pela tomada de decisão do Dr. Paulo Macedo: Até ao final de Setembro “o processo de nomeações [das Administrações Regionais de Saúde e dos seis centros hospitalares] estará terminado”, garantiu hoje ao Negócios fonte oficial do Ministério da Saúde.

Sunday, September 18, 2011

A irresponsabilidade limitada

Já aqui tínhamos escrito, que tarde ou cedo, a poderosa Indústria farmacêutica imporia a sua força perante um Estado português em falência económica e financeira, e sem alma e definição.

Depois de sucessivamente, o Ministério da Saúde ter ignorado os prazos de pagamento dos medicamentos, a Indústria farmacêutica, bem mais poderosa do que o soçobrante Estado português, acabaria por reagir. Aí estão os suíços da Roche: O presidente da farmacêutica Roche, numa entrevista hoje do presidente ao Wall Street Journal, anunciou ter suspendido a entrega de alguns medicamentos, incluindo para tratamento de cancro, aos hospitais públicos gregos com elevadas dívidas à empresa e precisou que esta medida pode vir a ser aplicada em Portugal, Espanha e Itália, pelas mesmas razões.

Gostaríamos de poder ouvir os comentários do sempre tonitruante Prof. Correia de Campos.

Thursday, September 15, 2011

Os fenómenos portugueses V

Apesar de sabermos isto: Hospitais falidos devem mais de mil milhões de euros.

Ainda temos que ver estas boutades: Os médicos e os enfermeiros apelam a que os portugueses se envolvam na defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), lembrando a importância que o serviço tem tido na melhoria da qualidade de vida dos portugueses.

Quem anda a trabalhar no SNS em paralelo com outras actividades, quem exerce a sua actividade nos hospitais até às 12h30 e até quem pede licenças sem vencimento ao longo de anos sucessivos, vem agora fazer o papel de "solidário com a vítima"? Pois é, nós não entendemos porque é que o Estado, que deveria representar todos os contribuintes, aceita a permanencia no SNS de milhares de colaboradores em regime parcial. E também, não conseguimos entender porque estão em licença sem vencimento, milhares de colaboradores efectivos do Estado.

Compreendemos e aplaudimos esta vontade do Dr. Pedro Lopes, que representa a corporação dos admnistradores hospitalares: Já Pedro Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, diz que a reintegração não parece nem boa nem possível: significaria assumir o défice das EPE nas contas públicas, numa altura em que o único movimento permitido é cortar. A solução, ainda que não seja suficiente para os hospitais falidos, diz Lopes, passa por demitir gestores incapazes e o Estado ser melhor pagador.

Os fenómenos verificam-se todos os dias.

Monday, September 12, 2011

Obesity: again and again and again

The growing threat of obesity to the nation's health has been revealed in an astonishing survey which shows four areas in England where at least 30 per cent of adults are defined as such. This is the average level predicted across Britain but only by 2025 or 2030. The four local authority areas named in the Department of Health report are Gateshead; Tamworth, in the West Midlands, and Swale and Medway, both in north Kent.

Sunday, September 11, 2011

Os fenómenos portugueses IV

Em Portugal, há uns quantos que percebem de tudo. São os chamados especialistas em generalidades. Infelizmente, isto é uma praga imparável, vejamos mais um elemento que pertence à praga dos "especialistas em generalidades": O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, afirmou, esta sexta-feira, ser "absolutamente falacioso e demagógico falar em hospitais empresas em falência técnica".

O Senhor Dr. José Manuel Silva pode até ser um bom médico, mas de contabilidade e de gestão não deve perceber nada! É mais um especialista em generalidades. Se não, fundamentaria de forma diferente a sua opinião de que alguns hospitais empresa não estão em falência técnica: Argumentou que "o único accionista dos hospitais é o Estado e quem paga aos hospitais é o Estado, pelo que se decidir pagar um pouco mais por cada ato praticado estes deixam de estar em falência, de decidir pagar um pouco menos todos os hospitais entram em falência".

O que o Dr. José Manuel Silva afirma, é uma pura atoarda. Seria o mesmo que o Pingo Doce ou o Continente ajustarem os seus preços em função dos lucros ou dos prejuízos que os seus accionistas tenham.

Pior, esta ideia propalada pelo Dr. José Manuel Silva é a ideia de que o Estado deve ser gerido como se não existissem limites para os gastos. Há limites para os gastos, Dr. José Manuel Silva. O limite dos gastos do Estado são os impostos dos contribuintes, a que se somam os empréstimos dos credores.

Os credores não nos querem financiar mais. Resta agora ao Estado, aumentar a carga fiscal aos que trabalham, e não têm possibilidades de colocar os seus activos num off-shore próximo.

O Prof. Manuel Antunes, que também é médico, tem uma visão muito mais acertada, do que o seu Colega Dr. José Manuel Silva, quando afirma que "a saúde não tem preço, mas tem custos"!

Friday, September 09, 2011

A promoção do aborto

Somos dos que pensam que o aborto deveria ser a última solução. Antes, deveriam tentar-se: o planeamento familiar, a contracepção e a educação. Tudo menos o aborto. O aborto só em casos extremos.

A opção dos portugueses foi em sentido contrário. Aliás, muito do que a generalidade dos portugueses pensaram ao longo das últimas décadas, está a desmoronar-se rápidamente. Esperemos que a nação não se desmorone por completo.

Agora isto é uma clara promoção do aborto: A Associação para o Planeamento Familiar condenou, esta quinta-feira, a notícia avançada pela Imprensa de que o Governo se prepara para acabar com a comparticipação de alguns produtos, entre os quais a pílula e a vacina contra o vírus que causa o cancro do colo do útero.

Ainda que se possa usar esta alternativa: A pílula continuará, porém, a ser distribuída gratuitamente nos centros de saúde e nas consultas de planeamento familiar.


Numa população que é avessa ao planeamento e até não gosta de se educar, a utilização dos colaterais acaba por ser uma última solução. Vai deixar de o ser!

Wednesday, September 07, 2011

A falência antevista

Diz o Dr. Paulo Macedo: “um terço dos hospitais-empresa está em falência técnica” e por isso foi preciso impor a redução de 11% da despesa dos mesmos, além do que estava acordado com a troika.

Nós já vínhamos vendo este festival desde os tempos do Prof. Correia de Campos. Claro está, procedeu-se inicialmente a uma monumental operação cosmética de manipulação de contas, mais conhecida por contabilidade criativa. Embora, com os truques habituais da ACSS, apoiada nas consultoras do costume, se verificava fácilmente que quando se alteram sistemáticamente os procedimentos contabilítiscos, como fez sucessivamente a ACSS, é o primeiro cheiro a esturro!

Isto até induz comportamentos altamente questionáveis: Paulo Macedo relembrou que “os hospitais tiveram um défice em 2010 de 322 milhões de euros, vão ter em 2011 um défice de cerca de 300 milhões e muitos deles estão em falência técnica (um terço) e o seu próprio capital social está por realizar em mais de 400 milhões de euros”.

Monday, September 05, 2011

Os fenómenos portugueses III

Depois da perseguição aos fumadores, já se avistava a perseguição às gorduras!

Não defendemos o tabaco ou a gordura, apenas nos distanciamos de fundamentalismos, até porque há que ter sempre em conta a liberdade individual.

Contudo, Portugal está a descer a um inferno, que se avista como duradouro, e nestas fases, a irracionalidade aumenta. Vejamos o que diz o actual Bastonário da Ordem dos Médicos: O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defendeu hoje a criação de um imposto sobre «fast-food» e «dezenas de variedades de outro lixo alimentar» para financiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Achamos mal? Não. Mas, se a moda pega, porque não ter uma taxa especial sobre a energia eléctrica que consumimos e que tenha origem nas centrais nucleares espanholas? Ou, porque não colocar um imposto adicional sobre combustíveis, que comprovadamente poluem os nossos pulmões? E também, porque não impostos especiais sobre o alcool?

Aguardemos por mais fenómenos que se aproximarão. Em fase de decadência, os fenómenos aumentam.

Sunday, September 04, 2011

Os fenómenos portugueses II

Portugal vive o surrealismo. Há muitos anos. Mas, a dimensão fantasmagórica acentua-se. Não há regras. Não há limites. Há amigos. Muitos amigos. E tudo correrá bem. O resultado está à vista, a falência de um povo e de um Estado.

Vejamos mais um fenómeno tuga: Três anos após a inauguração, que se cumprem domingo, a primeira farmácia hospitalar a abrir no país, em Leiria, vive dificuldades financeiras e um processo de insolvência requerido pelo próprio hospital onde funciona.

Surpreendido? Não. No mundo puro e duro dos negócios e da gestão, houve gente que pensava que conseguia viver na alquimia por muito tempo. Transformar esterco em ouro?! Como? Numa farmácia hospitalar próximo de si, com o patrocínio do então Ministro da Saúde, Prof. Correia de Campos.

A loucura foi desmedida, e acentava na velha dialética dos "amigos", que haveriam de suportar qualquer despiste. Isto é pura insanidade: A empresa Elias Tomaz - Farmácia Unipessoal garantiu a concessão por cinco anos e ficou responsável pelo pagamento de uma renda fixa anual de 100 mil euros e de um valor mensal de 30,25 por cento do volume de vendas.

Depois, vêm com o número do ingénuo: Pelo meio deixava críticas ao Governo, acusando-o de não ter avançado, como prometera, com a autorização de venda de medicamentos por unidose, de antirretrovirais e por denominação comum internacional, ou seja, por princípio activo.

A culpa parece que foi do Ilusionista de serviço: Afinal, o hospital de Leiria garantia o estatuto de ser o primeiro a abrir uma farmácia hospitalar. José Sócrates sublinhava então a “vitória dos utentes sobre os interesses corporativos” e Ana Jorge destacava as revoluções futuras na Saúde e “a coragem do concessionário”.

Só acreditam em ilusões, os iludidos. Ou os espertos. Chicos...

Friday, September 02, 2011

A descida aos infernos

Nada que nos surpreenda: O aperto na tesouraria da Malo Clinic chegou à base do efectivo. Após ter revisto em baixa os salários de topo e, recentemente, prorrogado o prazo e parcelado o pagamento dos salários dos médicos e quadros intermédios, o grupo liderado pelo empresário Paulo Maló alargou a medida a todos os restantes funcionários.

Tal como é fácil navegar com o vento favorável, é sempre difícil contrariar fortes marés contrárias. O Dr. Paulo Maló construiu um império de saúde, enquanto os ventos sopraram favoráveis, mas agora, as contrariedades vão aumentar: 1) falência evidente do Estado português; 2) colapso da classe média que deixa de ter possibilidades de suportar os custos sumptuários com a saúde.

É o fado. É a vida!

Thursday, September 01, 2011

Os fenómenos portugueses

Dizia o Dr. Paulo Macedo: "Não há razão nenhuma de orgulho" nas dívidas da Saúde e estas "não são passíveis de ser mantidas", afirmou esta noite o ministro da Saúde.

Que raio de conversa, Dr. Paulo Macedo! Sabemos que os valores da honra e da dignidade, andam pelas ruas da amargura, ou seja, estão ao nível dos preços da banca portuguesa na Bolsa de Valores. Mas, um Senhor Ministro sentir a necessidade de vir afirmar que não tem orgulho em ser caloteiro, é obra!

Tal como os alentejanos colocaram na parede da Barragem do Alqueva, nós dizemos, Dr. Paulo Macedo, pague o que deve, porra!

Saturday, August 13, 2011

A insustentabilidade de Portugal

Aprendemos que deveremos seguir os bons exemplos. Ser cumpridores, para ser exigentes. Não ser relaxados. A ética deve começar em nós.

Isto é o pior dos exemplos: Os 1360 organismos e empresas do Estado tinham em Junho pagamentos em atraso a fornecedores de mais de 3,3 mil milhões de euros. Este valor, que é calculado por defeito porque há entidades que ainda não divulgaram números, quase chega ao valor previsto para a construção do aeroporto de Lisboa e representa 2% do PIB do país.


Portugal não é um país de caloteiros. Portugal é caloteiro. O melhor deve começar de cima. Quando o pior começa em cima, em baixo não se espera melhor.
 
Os governos anteriores prometiam sempre regularizar a situação. O governo actual também. Resultados? Os mesmos.
 
Isto é um país do Terceiro Mundo: Ao todo, as 466 entidades da administração local (que incluem também os serviços municipalizados mas não o sector empresarial local) e as 87 entidades tuteladas pelo Ministério da Saúde devem a empresas prestadores de bens e serviços 2,85 mil milhões de euros. A maior dívida em atraso é a dos hospitais e centros de saúde, que ascende aos 1,9 mil milhões de euros.


Isto é um ponto sem retorno: O valor é alto mas no caso do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é ainda superior, já que nem todas as entidades responderam com os valores em dívida para o relatório da Inspecção-Geral de Finanças que decorre do acordo com a troika. O ministro da Saúde, Paulo Macedo, revelou, no final de Julho, que as dívidas de curto e longo prazo do SNS ultrapassavam 3000 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2011.


É com tristeza que observamos o estado da nação!

Friday, August 05, 2011

Organ donation

During an opening ceremony of Westfield Health British Transplant Games, the organ donors were welcomed with standing ovation and applause at the Waterfront auditorium. Every year about 600 lives are saved by the organ donation. The event was so moving that tears turned up in the eyes of the audience. During the event one of the athletes from Northern Ireland, who won a bronze medal in the event, became emotional while paying her gratitude to the organ donors.

Thursday, August 04, 2011

Portugal no fim da linha II

Sabemos que os custos dos serviços públicos são elevadíssimos para o rendimento da classe média portuguesa, que é afinal quem suporta tudo. Os custos não são caros, porque as pessoas pagam caro directamente. Os custos são caros, porque a carga fiscal é insuportável. Paga-se IRC, IRS, IVA, portagens, taxas moderadoras, imposto de circulação municipal, imposto automóvel, impostos sobre os produtos petrolíferos, imposto sobre o tabaco, taxa de esgotos, IMI, etc.

A quem serve toda esta panóplia de impostos? A serviços públicos caros e ineficientes.

Vê-se bem também aqui, que a ineficiência é grande:
  • "O grupo parlamentar do PSD fez, já durante esta audição, uma chamada para o serviço 112. Desde o primeiro toque até serem atendidos, decorreram 14 segundos. Evidentemente que é um exemplo meramente indicativo, mas nove segundos de diferença entre os cinco segundos e os 14 segundos desde o primeiro toque até ao atendimento efectivo podem, de facto, fazer a diferença na vida ou na morte de um cidadão que contacte o INEM", disse Joana Barata Lopes, deputada do PSD, na Comissão Parlamentar de Saúde.
O que fez de mal aquela Senhora Deputada? Aparentemente uma "chamada falsa": A deputada socialista Luísa Salgueiro foi mais longe na condenação do telefonema e lembrou que fazer chamadas falsas para o INEM é crime.


Naturalmente, que fazer chamadas para o 112, sem sentido, não é uma prática correcta. Mas, um deputado da nação tem obrigação de auditar os serviços que o Estado presta. Os contribuintes agradecem.
 
Isto, sim, é criminoso: os resultados da auditoria do Tribunal de Contas, divulgada no início do ano e relativa ao triénio 2007/2009, que apontava para uma espera média de 13 segundos, acima das recomendações internacionais que sugerem que sejam atendidas no máximo em 10 segundos.
 
E isto, também é crime: Miguel Soares Oliveira afirmou ainda que nove VMER estiveram inoperacionais entre 2% e 10% do tempo e outras sete entre 10% e 20%. Quatro viaturas não saíram mais de 20% do tempo. "É responsabilidade dos hospitais garantir as escalas das tripulações médicas", disse o responsável. A falta de médicos nas VMER não é um problema de falta de clínicos com formação. "Os 755 médicos formados pelo INEM dariam para assegurar uma operacionalidade a 100% de 126 VMER", afirmou Miguel Soares Oliveira, defendendo a integração das tripulações das VMER nas Urgências.
 
Seu Chico Buarque já nos dizia há umas décadas, "não tem governo, nem nunca terá"!

Wednesday, August 03, 2011

O colapso da Saúde

Palavreado. Conversa. Social. Tretas. O essencial é isto:

  1. Mais de metade das dívidas do sector público a fornecedores são da responsabilidade do Ministério da Saúde. A pasta de Paulo Macedo devia pelo menos 1,9 mil milhões de euros aos seus fornecedores a 30 de Junho.
  2. No total, as Administrações Públicas devem pelo menos 3,3 mil milhões de euros - um valor que se refere a dívidas com mais de 90 dias, em 30 de Junho. Este valor deverá ser superior já que 615 entidades não prestaram informação. A publicação dos montantes em falta feita agora pelo IGF faz parte das condições impostas pelo Orçamento do Estado de 2011. Contudo, não há qualquer sanção prevista para as entidades públicas que não disponibilizaram dados.
  3. Já se voltarem a falhar o mesmo objectivo no final de Agosto, as consequências serão mais graves. É que esta é uma das condições a que o memorando de entendimento assinado com a ‘troika' obriga.
Parafraseando Chico Buarque, "não tem Governo, nem nunca terá"!

Tuesday, August 02, 2011

A iliteracia das élites II

O chico-espertismo é o maior cancro de Portugal desde sempre. Já Antero e Eça, nos idos do Século XIX, o referiam. Continua e continuará:

1. Primeiro dia de prescrição electrónica obrigatória: muitas dúvidas, receitas tradicionais com a palavra "excepção" escrita com e sem acordo ortográfico, ou mesmo mal escrita, com datas da semana passada e sem especificar a alínea que permite continuar a usar o formulário manual. O relato foi feito ontem ao i pelo responsável de uma farmácia no centro de Lisboa.

2. É preciso identificar claramente uma das quatro alíneas que permitem continuar a passar receitas manuais. Ao balcão, o proprietário da farmácia Cardeira recebeu ainda médicos que não sabem a quem comprar um dos 37 sistemas informáticos homologados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). "Tem sido muito complicado e só está a começar a agora. Com este subterfúgio de as receitas terem um mês de validade, alguns médicos estão a pôr datas da semana passada. Quando chegar o início de Setembro é que as coisas se vão complicar."

3. Não se sabe portanto quantos dos cerca de 50 mil médicos no país estão a usar sistema informático, apenas que mil estão isentos de usar computador por terem comprovado situações de "inadaptação informática." Usarão, neste caso, um carimbo especial a entregar pela Ordem dos Médicos na sexta-feira.

Inadaptação informática? Será que os bancários podem alegar o mesmo? E os bilheteiros da CP?
 
Portugal é uma nação inviável.

Monday, July 25, 2011

A Gestão chegou à João Crisóstomo II

Finalmente: O ministro da Saúde quer que os hospitais e centros de saúde passem a disponibilizar mensalmente informação de gestão sobre o seu desempenho, como taxas de reinternamento ou rácio entre consultas e urgências, medida que será anunciada na terça-feira. Paulo Macedo vai assumir "o compromisso do Governo" de divulgar mensalmente a informação de gestão sobre o desempenho das instituições, como centros de saúde, hospitais e serviços do Ministério. Assim, o novo ministro prevê passar a disponibilizar indicadores da qualidade dos serviços, como taxas de reinternamento nos primeiros cinco dias, e o rácio entre consultas externas e urgências.

Portugal é uma festa!

Num país em que os valores descem todos os dias, na bolsa de valores mobiliários e na bolsa dos princípios e da ética, nada admira, mas isto revela que o circo pegou fogo:
  • A Ordem dos Médicos (OM) foi contactada pela direcção nacional da PSP para averiguar o procedimento de um médico que, no dia 14, terá sido responsável pela declaração de baixa médica a 24 elementos da Esquadra das Mercês, em Lisboa.
  • Estes polícias, num total de 34, declararam-se afectados psicologicamente depois de um tribunal ter condenado dois dos seus colegas a penas de prisão efectivas por terem agredido um turista alemão.
Mas, o que é isto? De onde se espera: esforço, sacrifício, empenho e dedicação pela pátria, seja lá o que isso for, as pessoas têm atitudes corporativas mesquinhas! Até a Polícia?! Iremos assistir a baixas médicas dos deputados ou do presidente da república?! Sempre autorizadas por um médico qualquer...

Depois, temos que levar com outros poderes corporativos mesquinhos em cima, com um conjunto de burocracia kafkiana, a que o cidadão comum tem que fazer face:
  • Na Ordem, a investigação de casos como o dos polícias da Esquadra das Mercês é primeiro submetida à apreciação de um conselho disciplinar regional (Sul, Centro e Norte). Depois deste conselho se pronunciar, existe sempre a hipótese de recurso. Para isso existe, também dividido nas três regiões, o Conselho Nacional Disciplinar. Seja qual for a decisão deste último órgão, as partes envolvidas no processo ficam sempre com a possibilidade de levarem os casos para os tribunais civis. Existe igualmente a possibilidade de o Ministério Público, por sua iniciativa, determinar uma investigação para abertura de um eventual processo-crime.
Portugal acabou. O que existe, está em estado comatoso.

Thursday, July 21, 2011

The safety of an artificial heart valve

When patients need a new heart valve, they can get an artificial one—if they’re healthy enough for the conventional method, open-heart surgery. But a new artificial valve, inserted via catheter, doesn’t require major surgery at all, and a group of heart experts is meeting Wednesday to weigh in on the device’s safety. The artificial Sapien heart valve system, from Edwards Lifesciences, will be reviewed by an advisory panel to the FDA, which doesn’t have to follow the panel’s advice but usually does. Replacement valves are needed when the aorta, the main artery that carries blood away from the heart, becomes narrowed and prevents blood from flowing normally. The Sapien valve can be threaded through a leg artery to the aorta. In a clinical trial among patients deemed too sick for surgery, those who had the Sapien valve had better survival after a year than those who got other care, including using a balloon catheter to repair the valve.