De 3 em 3 meses, Portugal é objecto de avaliação por parte dos seus credores, mais conhecidos como Tróika. Ou seja, formalmente, Portugal tem um Presidente da República, um Parlamento eleito e um governo executivo. Na prática, Portugal é dirigido pelos funcionários da UE, BCE e FMI. Ou seja, os poderes democráticos, associados ao poder financeiro nacional, já não mandam em Portugal.
Noutros domínios se verifica a diminuição de Portugal no cenário internacional, sendo este só mais um pequeno detalhe de completa incúria dos interesses de Portugal: A farmacêutica Roche anunciou hoje que vai alterar a sua política de crédito, a partir de dezembro, junto de cinco hospitais portugueses com dívidas acumuladas há mais de 750 dias.
Prazos de pagamento de 750 dias? Como? Portugal está de joelhos, não por causa da Tróika, mas por culpa própria. O que os suíços da Roche estão a afirmar na cena internacional é que Portugal não é um país honrado, nem um país em quem se pode confiar. E se não se pode confiar, não se pode fiar.
Coitados dos portugueses que estejam doentes, e precisem dos medicamentos da Roche, pois a partir de agora, essa farmacêutica vai restringir o acesso dos seus medicamentos em Portugal. Por agora em 5 hospitais. Daqui a pouco tempo, a todos os hospitais.
Portugal não se consegue corrigir.