Há muito que escrevemos por aqui sobre a má gestão dos recursos da saúde: 1) enfeudamento aos interesses corporativos; 2) afastamento dos interesses do contribuinte; 3) falta de complementaridade dos cuidados primários e dos cuidados secundários; 4) falta de controlo de gestão; 5) etc.
A Escola Nacional de Saúde Pública, que curiosamente produz a maioria dos administradores hospitalares, tem um barómetro em que ouve os seus participantes sobre as várias temáticas da saúde. Vejamos algumas conclusões do último barómetro:
- Mais de um terço dos portugueses inquiridos num estudo considera que o Ministério da Saúde (MS) faz "uma má gestão dos dinheiros públicos".
- "uma franja significativa da população portuguesa (cerca de 20%) que aceita a ideia de um SNS pago e não universal".
- 38,6% tem a noção que, num futuro próximo, o Estado não poderá continuar a garantir a todos os cidadãos o acesso a novos medicamentos.
Conclusão nossa: parece que há 1/3 de portugueses sensatos e atentos. Os outros são crentes ou tontos!