A maioria dos portugueses habituou-se ao relaxe e à permissividade, para não falar na promiscuidade. O rigor ou a disciplina são vilipendiados, a tolerância é sempre exigida e tem uma dimensão muito larga.
Isto soma-se a outras situações detectadas ao longo dos últimos anos: Entre Outubro do ano passado e Janeiro deste ano foram passados 70 mil atestados médicos a professores do ensino público. De acordo como Diário de Noticias, os números equivalem a 514 mil dias de baixa.
Mas, para que servem as autoridades? Ou as supostas entidades de controlo? Se quisermos, até achamos que os professores não têm culpa. Culpa tem, quem passa atestados a pedido! No passado recente, verificaram-se situações de atestados passados polícias, a pedido. Agora, é a professores.
Aparecem sempre estas atenuantes: A situação foi detectada pelo anterior governo, tendo sido aberto um inquérito pela Inspecção Geral das Actividades em Saúde.
Pergunta-se, mais um inquérito? Sobretudo quando os autores das pretensas iniquidades não são por ora atingidos: Onze professores foram, até ao momento, alvo de processos disciplinares.