E porquê? Pela evidente falta de controlo da despesa do Estado: Numa auditoria ao sistema remuneratório dos gestores hospitalares, cujo relatório foi divulgado, esta sexta-feira, o Tribunal de Contas (TC) constata que os conselhos de administração "tomam decisões sem estudos quantitativos apropriados pressupondo que, no limite, os recursos financeiros para a saúde são ilimitados".
Dizer que no Serviço Nacional de Saúde há gestão, será o mesmo que dizer que na Sícilia há Justiça. Apenas, por momentos e de forma intermitente.
O que é curioso, é sabermos que isto se passa há décadas, e não acontece nada aos pardacentos e anafados ditos "administradores hospitalares". O contribuinte paga e pagará sempre o cheque, quer seja sob a forma de mais impostos, quer seja através da redução acelerada dos benefícios do chamado "Estado Social".
Depois, lemos mais esta evidência: Por seu lado, o TC sublinha a insuficiência de gestores hospitalares com competências na área de economia e gestão, sendo a Medicina a licenciatura ou curso dominante entre os membros de um conselho de administração.
Portugal só o será, por mais algum tempo. Os portugueses e as suas chamadas "élites" desistiram de lutar pela continuidade da nação.