Wednesday, December 29, 2010
Médicos escapam à proibição de acumular pensão
Monday, December 27, 2010
Cortes às pinguinhas
Sunday, December 26, 2010
Taxa de natalidade dos "teens": EUA
Wednesday, December 22, 2010
O aborto: o resultado do facilitismo
Tuesday, December 21, 2010
Vendedores de banha da cobra
Monday, December 20, 2010
Ministério da Saúde: demitam-se
Sunday, December 19, 2010
Parabéns Senhor Ministro
Thursday, December 16, 2010
Food-borne illnesses make 1 in 6 Americans ill each year
Wednesday, December 15, 2010
A falácia da política do medicamento
Tuesday, December 14, 2010
Medicamentos: boas novidades
- A despesa do Estado com medicamentos vendidos nas farmácias desceu 16% no mês de Novembro face ao mesmo mês do ano anterior.
- Já a despesa acumulada com a comparticipação de medicamentos, até ao fim de Novembro de 2010, revela uma variação de 7,8% face a período homólogo do ano anterior.
- O Ministério da Saúde apresentará amanhã em Conselho de Ministros uma proposta de Decreto-Lei que reforça as condições de obrigatoriedade de prescrição de medicamentos por denominação comum internacional (DCI), tirando partido da generalização de prescrição electrónica que entrará em vigor no segundo trimestre de 2011.
Ás vezes, na saúde, a cura chega demasiado tarde, sobretudo quando o doente já está em pré-coma. Vamos ver se este fogacho da João Crisóstomo é duradouro, ou se é isso mesmo, mais um fait-divers para distrair os portugueses.
É que, neste mesmo dia, vem esta indignidade da João Crisóstomo:
- Portugal é o país da União Europeia com o pior índice de pagamentos, influenciado pelo atraso dos pagamentos do Estado, com 185 pontos face à média europeia de 155 pontos.
- Um dos principais causadores deste problema é o Estado, frisou o responsável, uma vez que os pagamentos são feitos em períodos muito mais dilatados do que os da média europeia, em 141 dias face aos 63 dias dos restantes países.
- "A construção e a saúde são os sectores que mais têm dificuldades, recebem mal e com bastantes atrasos, porque tem um peso do Estado bastante grande".
Sunday, December 12, 2010
A Gripe da Dra. Ana
- El grupo popular pretende que Pajín aclare por qué no se llegó a la tasa de vacunación prevista por el Ministerio y, por tanto, que explique la razón por la que han sobrado "ese número considerable de vacunas"
- La ministra deberá también dar explicaciones sobre la relación contractual que se estableció con los tres laboratorios farmacéuticos que suministraron las vacunas.
- el Ministerio aseguró entonces que las condiciones en las que se había contratado el suministro de las vacunas eran las mejores de Europa, ya que España iba a disponer de ellas en el momento necesario, "lo cual es cierto", y porque se podría devolver la parte no utilizada.
A brincadeira mediática da Gripe A custou aos contribuintes espanhóis isto: el Ministerio dio cuenta a las comunidades autónomas de la destrucción de esas vacunas, valoradas en 40 millones de euros.
Thursday, December 09, 2010
Medicamentos em Unidose: já estão em Espanha
- Los medicamentos en monodosis llegarán al mercado a partir de enero.
- La medida se aborda desde tres frentes: por un lado, las farmacias podrán dispensar los medicamentos de forma fraccionada; por otro, se adecuará el tamaño de los envases a los tratamientos convencionales y, además, varios laboratorios "han solicitado autorización" para la fabricación de monodosis, según han detallado desde el Ministerio.
- El objetivo, más que el ahorro que también -supondrá un recorte del 2% del gasto farmacéutico, que supera los 300 millones anuales- es la "sensibilización" de la ciudadanía para el uso "racional" de los medicamentos, ha apuntado la titular de Sanidad.
- La suma de las tres iniciativas anteriormente citadas permitirán a los profesionales "prescribir la cantidad necesaria" para el tratamiento después de detectar alrededor de 200 presentaciones de antibióticos en cantidades menores" a las necesarias, han explicado las mismas fuentes.
- A partir de mañana se pondrá en marcha además una campaña en esa línea de "sensibilización" de la ciudadanía.
Falar de má governação? Falar de controlo absoluto do Ministério da Saúde por parte de determinadas entidades? Falar de inexistência da Entidade Reguladora? Sim, em Portugal. Claro.
Wednesday, December 08, 2010
SNS: o investimento ainda existe
Monday, December 06, 2010
Mais vale tarde do que nunca
Sunday, December 05, 2010
O SNS já não existe
- Augusto Mateus....defendeu que "Portugal em matéria de saúde entrou num ideal manifestamente insustentável" com a despesa pública a "atingir patamares de terreno desproporcionados", correndo agora o "risco de chegar a 2010 com o SNS destruído".
- Augusto Mateus.....sugeriu ainda que os pagamentos passem a ser feitos em função de resultados pretendidos e que haja uma verdadeira articulação entre os sectores público, privado e social.
- "Não se pode pensar que prolongar a vida por um minuto vale qualquer preço", explicou ao PÚBLICO Augusto Mateus, que defende que o financiamento do sistema de saúde seja feito de forma plurianual e em função das necessidades da população. O responsável lembrou também que o actual sistema já não é gratuito e poderá encarecer ainda mais, se continuar a haver abusos, como acontece com as demasiadas idas a urgências hospitalares - o que passa por "exercer pedagogia junto do cidadão".
- E acrescentou: "O Estado tem um enorme papel de regulação. Deve ser prestador de cuidados apenas naquilo em que é insubstituível. Se usasse as Misericórdias e os novos investimentos privados em articulação com o sistema público, teria mais sucesso.
Por aqui, as conclusões dos académicos é mais rotunda e contundente:
- "Chegámos a uma situação limite da expansão", diz o professor do ISEG. Se nada for feito, daqui a dez anos a saúde absorve 23,6% da despesa pública e 15% do PIB, o que é "absolutamente impossível".
- "Não se reforma o Serviço Nacional de Saúde com medo de perder o Serviço Nacional de Saúde, porque essa é a maneira mais fácil de o destruir", afirmou, acrescentando que "o maior economicista é aquele que não faz contas e que diz ''pague-se''".
- No novo modelo sugerido pelo estudo, em vez de o Estado pagar as infra-estruturas (a oferta de hospitais e centros de saúde), passa a pagar os cuidados (os tratamentos de que a população precisa), independentemente de serem prestados pelo sector público, privado ou social. O foco terá de ser nos resultados obtidos para as populações, premiando o que é melhor e mais eficiente. E o público deve centrar-se naquilo que faz melhor, deixando o sector privado e o sector social complementarem os cuidados.
- A ministra Ana Jorge foi à apresentação, mas já não ficou para ouvir as conclusões e os recados que lhe foram direccionados. "A ministra disse há pouco que Portugal não gasta de mais com a saúde, a despesa é que cresce menos do que a riqueza. Ora, eu acho que isto é gastar mais. Não se pode gastar o que não se tem", afirmou o sociólogo António Barreto.
Novidades? Nenhumas. A não ser que o alerta vem agora de quem está mais próximo do poder político. Este continuará com a cabeça na areia, cheios de medo que o Povo não vote neles. Naturalmente, que esta situação típica de avestruz será o caminho a seguir, e daqui por 3 ou 4 anos, quem quiser saúde com um mínimo de qualidade, terá que ter dinheiro no bolso. Mesmo que a Constituição da República se mantenha imutável.
Post Scriptum: há uma coisa que não vimos nas conclusões deste estudo, que é o facto de o SNS servir melhor os seus prestadores, do que os seus utentes.
Thursday, December 02, 2010
A gordura mata
Wednesday, December 01, 2010
A verdade é como o azeite
- Durante muitos anos, a deliberada insuficiência de recursos era resolvida com os famosos orçamentos rectificativos que permitiam discussões infindáveis na Assembleia da República sobre as "derrapagens inaceitáveis". A partir de 2002 assistiu-se a uma solução virtual com a criação dos Hospitais EPE que viriam introduzir, diziam muitos, uma gestão racional e minimizar o desperdício mas que em minha opinião, expressa na época, visavam apenas uma desorçamentação.
- Com a discussão do OE 2011 ressurgiu o "mau comportamento" do SNS devido a um excesso de despesa, no corrente ano, de 500 milhões de euros face ao previsto. Pois é, ninguém reparou que a dotação inicial para 2010 tinha apenas, se eliminarmos as engenharias contabilísticas, um escasso reforço de 50 milhões de euros? Mais, sabe-se hoje que os Hospitais EPE têm vindo a aumentar o seu nível de endividamento para além da facturação em dívida.
Esta gente quer manter a ideia de que os gastos com a saúde terão inevitavelmente que crescer, independentemente da criação da riqueza nacional. Dizem-se economistas ou outra coisa qualquer. Não. São loucos. Os custos com a saúde só podem crescer se a economia no seu todo crescer. A não ser que o Estado deixe de gastar na educação, ou no pagamento dos juros da dívida pública, uma vez que são as duas áreas que mais recursos consomem ao Estado, logo a seguir à saúde.
Como os credores de dívida pública não parecem querer perdoar os juros. Resta reduzir drásticamente os gastos com a educação. Mas, um país que não investe na educação do seu povo, está a cavar a sua própria sepultura.
Post Scriptum: o actual Ministério da Saúde criou ainda um outro nível de criatividade que mais não é do que ter uma imensa dívida aos fornecedores de medicamentos e de equipamentos médicos de cerca de 1,6 biliões de euros, e não estarem contabilizados!
Monday, November 29, 2010
Tribunal de Contas: falta verdade nas contas do SNS III
- Do universo das unidades hospitalares existentes no Serviço Nacional de Saúde (sessenta e uma), verificou-se que, em Janeiro de 2010, apenas vinte e três dessas unidades tinham publicitado as contratações efectuadas, apesar de o n.º 5 do Despacho n.º 29533/2008, de 7 de Novembro, obrigar a publicitação, no sítio da internet, de informação sobre as contratações de prestações de serviços médicos. De referir, ainda, que a informação disponível destas unidades hospitalares, na sua maioria, apresentava um défice de transparência.
- Seis das quarenta e sete unidades hospitalares que não foram seleccionadas, recorreram, nos anos de 2007 e 2008, à aquisição de prestação de serviços médicos através de sucessivos ajustes directos, que atingiram, no final dos respectivos anos, valores acima dos limiares comunitários.
- Não existe um sistema de informação, por região de saúde, ou a nível nacional, que registe a identificação dos médicos prestadores de serviços. Tal situação dificulta a gestão dos recursos médicos, a nível regional e nacional, e consequentemente a boa gestão dos dinheiros públicos, uma vez que não é feito o cruzamento de informação sobre a situação jurídico/laboral dos médicos contratados neste regime.
- Em oito das catorze unidades hospitalares, os processos de contratação de prestação de serviços médicos não estavam devidamente instruídos de acordo com o n.º 7 do Despacho n.º 8/SEAS/2007 e com o n.º 3 do Despacho n.º 29533/2008, que exige a documentação comprovativa da relação jurídica de emprego dos profissionais junto das instituições de saúde do Serviço Nacional de Saúde, onde os mesmos exercem a sua actividade de forma a confirmar eventuais situações de impedimento.
Tudo isto parece coincidência, mas não é. Não há publicação de contratações na Internet, porque se quer contratar "alguém muito amigo". Não se faz publicitação na Internet ou concurso público, para se promover a contratação por "ajuste directo" de "alguém muito amigo". Não existe sistema de informação de gestão integrado (apesar dos enormes montantes gastos em tecnologias de informação), pois assim pode-se contratar "alguém muito amigo". Finalmente, não se completa a informação que a Lei exige, pois assim pode-se contratar "alguém muito amigo" e que mantém relação jurídica com o SNS.
Ainda se diz que Portugal não é um país de gente esperta! Portugal é dos espertos. Talvez por isso, Portugal esteja na situação competitiva em que está. Enquanto se contratarem pessoas, apenas porque são muito amigas, Portugal não sairá do lastro das nações desenvolvidas, e em risco, de vir outra vez a ser uma nação em vias de desenvolvimento.
Sunday, November 28, 2010
Fumadores passivos
Wednesday, November 24, 2010
Medicamentos: reflexões do exemplo Francês
Tuesday, November 23, 2010
Ligações perigosas IV
Monday, November 22, 2010
Medalha de latão
Sunday, November 21, 2010
Tribunal de Contas: falta verdade nas contas do SNS II
- Os instrumentos utilizados na gestão dos recursos médicos existentes, nomeadamente a contratualização interna, os mecanismos de mobilidade, as novas regras de contratação, e a celebração de protocolos, não se mostraram suficientes de forma a conseguir uma gestão mais eficaz desses recursos. Em resultado dessa gestão, apurou-se, em 2007, 2008 e 2009 (1º semestre), um aumento na contratação externa de serviços médicos, essencialmente no serviço de urgência hospitalar, que teve como consequência um acréscimo de 25,7%, em 2008, da correspondente despesa.
- O controlo deficiente da assiduidade dos profissionais médicos associado à falta de rigor na aplicação de normas e procedimentos respeitantes à contratação externa, designadamente a confirmação de dispensa de trabalho extraordinário no hospital de origem do médico contratado em regime de prestação de serviços, potencia uma relação directa de subutilização dos recursos existentes pela probabilidade de vir a ocorrer sobreposição de horários e o aumento dessa contratação.
- As principais causas apontadas pelos Conselhos de Administração das unidades hospitalares auditadas, que promovem o recurso à contratação de entidades privadas (colectivas e singulares), são a insuficiência de médicos e o aumento da faixa etária desses profissionais. Fundamentam, ainda, o recurso a essa contratação em razões de manifesta necessidade e de interesse público. O facto de o indicador de médicos por mil habitantes ser de 3,5 (ligeiramente acima da média dos países da OCDE), invocado por entidades oficiais e corporações, não colhe necessariamente. Sendo a medicina praticada individualmente pelos médicos portugueses de qualidade inquestionável, tudo indica que as entidades prestadoras de serviços de saúde padeçam dos mesmos problemas de improdutividade estrutural dos demais sectores de actividade.
- O sistema de informação de recursos humanos das unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde, centralizado na Administração Central do Sistema de Saúde, IP, não permite uma gestão económica, eficiente e eficaz desses recursos, designadamente por falta de informação fiável sobre a situação jurídico-laboral de todos os profissionais médicos e por não existir um registo da identificação dos prestadores de serviços médicos, de forma a identificar eventuais situações irregulares e de impedimento no exercício das respectivas funções. Tal situação dificulta a gestão dos recursos, a nível regional e nacional.
- Em 2008, a despesa com a contratação externa de serviços médicos, em sessenta e uma unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde, (€ 100.560.016) assinalou um aumento de 25,7%, face a 2007 (€ 79.979.451). A região de saúde do Algarve é a que regista um crescimento percentual mais acentuado (81,2%), seguindo-se as regiões do Alentejo (31,7%) e do Centro (30,2%). No primeiro semestre de 2009, a despesa ascendia a € 47.016.503,80.
Consequências para as pessoas que pululam pela Avenida João Crisóstomo? Que se saiba, nenhumas. Conseguências para a gente que pulula pelo antigo-IGIF, e actualmente ACSS? nenhumas.
Mas, delicioso e atroz, é este comentário: a Ministra da Saúde e o Presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, IP, referem que o conceito de "mercado" é dificilmente aplicável ao tipo de serviços objecto da presente Auditoria, alertando para a dificuldade técnica que enfrentam em "fixar preços de eficiência económica" em relação aos serviços médicos contratados pelas unidades hospitalares.
O Ministério que mais consome recursos ao país, não sabe o que quer dizer "mercado". Isto denotaria, em qualquer país do "1º mundo", uma demissão por total incompetência pública. Talvez Portugal, já não faça parte do chamado "1º mundo".
Post Scriptum: voltaremos a esta auditoria do Tribunal de Contas, pois este documento é muito suculento.
Thursday, November 18, 2010
SNS gratuito: um mito
Os predadores do SNS - XIV
- Apifarma diz que valor global da dívida é de 1.034 milhões de euros. Farmacêuticas já começaram a emitir facturas com juros de 8%.
- A dívida dos hospitais à indústria farmacêutica e às empresas fornecedores de meios de diagnóstico voltou a crescer no mês de Outubro e é agora de 1.034 milhões de euros. Deste valor, mais de 733 milhões estão por pagar há mais de 90 dias.
- De há um ano para cá, a dívida global aumentou 55%, enquanto a dívida a mais de 90 dias cresceu 92%. O prazo médio de pagamento também se agravou em 32%.
Para os inquilinos da Avenida João Crisóstomo, infelizmente, já não há notícias sobre o "swine flu"!
Post Scriptum: os especuladores financeiros que financiam a dívida pública portuguesa, esses estão bem atentos, a estas e a outras realidades.
Wednesday, November 17, 2010
Barões
- "Alberto João Jardim é presidente do governo regional, mas tem de perceber algo muito concreto: ou declara independência do país ou, se a Madeira faz parte do todo nacional, há legislação nacional" a cumprir, frisou Pedro Nunes.
- Enquanto persistir a recusa da Madeira em permitir a avaliação extraordinária do Centro Hospital do Funchal e dos centros de saúde do arquipélago, que deveria ter sido realizada até Setembro passado, o bastonário da OM garante que não permitirá a abertura de novos internatos em 2011.
- Jardim Ramos reagiu garantindo que tinha “ recebido dos colégios de especialidade da Ordem dos Médicos (OM) pareceres favoráveis para haver formação em 2011 nos serviços do Hospital Central do Funchal”.
- Por seu lado, Alberto João Jardim reduz a situação a “um conflito que tem natureza política”. Como “o presidente da Ordem dos Médicos está de saída, eu não queria fazer dele uma pessoa importante e, portanto, nós vamos seguir o nosso caminho e o presidente da Ordem dos Médicos vai à vida e não tem qualquer importância para nós”, conclui.
Ligações perigosas III
- Uma directora de serviço do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, que denunciou suspeitas à volta de um concurso para a compra de equipamentos, acabou "premiada" com um processo disciplinar. Este é o último capítulo de um caso que começou em 2004 e que já está a ser investigado pelo Ministério Público.
- O processo começou em 2004 com a abertura de um concurso para aquisição de dois equipamento para o tratamento de doentes com cancro. Um em IMRT (Intensity-Modulated Radiation Therapy) com a valência de radiocirurgia. O concurso, no valor de quatro milhões de euros, foi ganho pela empresa Varian.
- A aquisição do equipamento pelo IPO implicava a construção de um bunker para a sua instalação. Mas, durante o processo, foi detectado um problema de falta de segurança. Como técnico do IPO, Paulo Ferreira assinou um parecer em que minimizava esses impactos de segurança. Porém, uma segunda opinião pedida a uma especialista em física defendia precisamente o contrário.
- O Ministério da Saúde recusou pronunciar-se sobre o caso, afirmando que está em investigação no Ministério Público. Apenas o técnico de Física, Paulo Ferreira, respondeu ao DN. Confirmou que foi gerente da Medical Consult entre 30 de Agosto de 2004 e Janeiro de 2007, mas garantiu desconhecer se a empresa "prestava, e que serviços prestava, à Varian, visto que não tinha qualquer contacto ou ligação com a gestão da sociedade".
- O mesmo não pensou uma directora de serviços do IPO, que acabou por apresentar uma denúncia ao Conselho de Administração, levando à instauração de um processo disciplinar a Paulo Ferreira, que tinha como principal alvo as questões de segurança radiológica no bunker onde foi instalado o equipamento e a intervenção de Paulo Ferreira no concurso para a aquisição do equipamento. O técnico acabou, este ano, suspenso por 210 dias. Mas já apresentou recurso da decisão.
- Já a directora que denunciou as suspeitas também acabou com um processo disciplinar. Alegadamente porque, após a condenação de Paulo Ferreira, permitiu a sua entrada nas instalações do IPO. O Instituto alegou ignorância das regras da administração.
Há alguns anos, o IPO - Lisboa vangloriava-se de ser um Hospital EPE que dava lucros! Imagine-se um hospital público, que presta serviços a doentes que exigem um elevado nível de investimentos, dar lucros.
Post Scriptum: como é possível que um caso que levantou "suspeitas" em 2004, ainda esteja no "limbo"?
Sunday, November 14, 2010
Os predadores do SNS - XIII
- Há médicos de hospitais EPE em licença sem vencimento da Função Pública a exercer as mesmas funções no posto que ocupavam, mas com contrato individual de trabalho e um salário quase dobrado.
Há falta de médicos em Portugal? Porque será que o Estado, que tem falta de médicos, aceita atribuir-lhes licenças sem vencimento?
O tráfico é tão grande, mas ainda assim tão amadorístico, que chega a este requinte:
- Os profissionais em regime de funções públicas podem optar temporariamente por um contrato individual de trabalho desde que lhes seja concedida licença sem vencimento, depois de os conselhos de administração terem feito o "reconhecimento casuístico do interesse público" dessa licença.
O órgão sindical da classe médica, ainda concede que esta é uma prática "imoral":
- Apesar de legal, é "imoral", reage Merlinde Madureira, da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), segundo a qual o caso era prática regular em vários EPE. Os médicos paravam as funções públicas e mantinham-se nos postos, com remuneração equiparada à do regime de exclusividade, o que, para muitos, equivale a quase o dobro do ordenado por mais cinco horas de trabalho semanal.
Ainda dizem que Portugal está falido. Ainda dizem que Portugal está em crise. Ainda dizem que é preciso pagar impostos. Deveríamos deixar de pagar impostos, de forma organizada e sistemática. Isso sim, seria uma atitude patriótica, pois seria a única forma de parar os sugadores da presa.
Friday, November 12, 2010
Lições de Gestão pata Totós II
Tuesday, November 09, 2010
Monday, November 08, 2010
Chamem a polícia!
Sunday, November 07, 2010
Os predadores do SNS - XII
- Nos itens sobre o número de médicos e de camas para cada cem mil pacientes a realidade nacional é muito aproximada à dos que estão no topo da tabela: em Portugal há 34 médicos e 35 camas hospitalares, contra as 39 profissionais de saúde e 39 camas na Noruega (Relatório de Desenvolvimento Humano é publicado anualmente pelas Nações Unidas).
Ou seja, Portugal tem práticamente a mesma capitação de médicos por 100.000 habitantes, do que alguns dos países mais ricos e eficientes do mundo. E porque falamos nós de predadores, a propósito disto? A falácia de que há falta de médicos em Portugal, cria o ambiente para se implementarem estas excepçõezinhas:
- Os médicos reformados que não se tenham aposentado antecipadamente, e que voltem a trabalhar no Estado, vão poder continuar a acumular pensão com um terço do salário, ou vice-versa.
- Trata-se de uma excepção à proibição de acumulação de pensões com vencimentos do Estado, que se aplica às situações já autorizadas. A partir de 1 de Janeiro, quem estiver a receber uma pensão e um salário do Estado terá que optar por uma destas remunerações, afirmou esta tarde o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.
Apesar destes tratamentos de favor, a classe não se dá por satisfeita:
- Todos os médicos estrangeiros que há pouco mais de uma semana, no dia 26 de Outubro, realizaram os «exames de estado» para requerer o título nacional à Ordem e depois exercer em Portugal chumbaram na prova.
- O Governo português assinou entretanto este ano um protocolo bilateral com a Rússia e a Ucrânia, que implicou o reconhecimento automático das licenciaturas e mestrados de cada um dos países no outro.
- A Ordem dos Médicos conseguiu impor, junto Ministério do Ensino Superior, uma limitação à inscrição automática dos médicos do Leste. Neste momento, os clínicos só se podem inscrever se aceitarem o estatuto de medicina tutelada. Ou seja, inscrevem-se na Ordem como se tivessem acabado de sair da faculdade, sendo-lhes exigida a realização do internato e do posterior exame de especialidade.
A crise é selectiva! Mas, as aves de rapina são implacáveis.
Thursday, November 04, 2010
Os predadores do SNS - XI
- Falta de camas deixa doentes em macas nos corredores. Conselho de Administração descarta responsabilidades.
- O novo Hospital de Cascais, inaugurado em Fevereiro, já não consegue dar resposta ao número de doentes que recorre a esta unidade de saúde. "Há doentes em macas nos corredores. A capacidade está esgotada. Estamos no limite", admitiu ontem o director clínico do Hospital de Cascais, João Varandas.
- A falta de camas começou a sentir-se em Junho, mas a situação "atingiu o pico na primeira quinzena de Outubro". E tende a piorar nos próximos dias com a chegada do Inverno e durante o mês de Dezembro, períodos que correspondem ao aumento da procura dos hospitais, prevê o director clínico do hospital.
- João Varandas explicou que a situação se deve ao aumento da procura, "que não se previa que fosse tão exagerado, devido à melhoria substancial das instalações e à credibilidade que estes profissionais atribuem à instituição".
Este Dr. João Varandas é um patusco. Quer com certeza, vir a competir com a próxima geração dos Gatos Fedorentos. Só pode. As pessoas agora vão para os hospitais novos, como vão para os centros comerciais, em fila. E sobretudo, o prestígio dos Senhores Doutores faz encher os hospitais. Pensávamos que isso se passava com os jogadores de futebol, os artistas de cinema ou com os palhaços do circo.
Note-se que o (novo) Hospital de Cascais, é uma Parceria Público Privada, entre o Ministério da Saúde e a HPP (parte do universo da Caixa Geral de Depósitos, que por mero acaso ainda pertence à mesma entidade que dirige o Ministério da Saúde, ou seja, o Estado).
Wednesday, November 03, 2010
Quem não tem dinheiro, não tem vícios
- Há farmácias que estão já a recusar-se a adiantar a comparticipação de medicamentos a beneficiários da ADSE, como resposta à rejeição de facturas por parte deste subsistema de saúde dos trabalhadores do Estado.
- As farmácias portuguesas denunciaram no final do mês passado que a ADSE começou a recusar receber a facturação relativa ao adiantamento, por parte das farmácias, da comparticipação de medicamentos aos trabalhadores do Estado.
- "Ou pagava sem comparticipação ou teria de ir ao Centro de Saúde para me passarem uma nova receita com cartão de utente. Foram estas as opções que me deram. Optei por ir a outra farmácia e consegui aviar a receita", relatou este funcionário público, que preferiu não ser identificado.
Tuesday, November 02, 2010
Weekend strokes more deadly - but why?
Credit: Reuters/Sage Center for the Study of the Mind, University of California, Santa Barbara/Handout.