Friday, February 29, 2008
Thursday, February 28, 2008
A Entidade Reguladora da Saúde existe?
- O Tribunal de Contas (TC) considera que há riscos de que se venham a gerar "potenciais conflitos" entre a actuação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e a Autoridade da Concorrência (AdC), recomendando à própria ERS que trabalhe com a AdC para uma "eficaz articulação".
- "Ou as competências da ERS, em matéria de concorrência no sector da saúde, esvaziam de competência a AdC quanto a esse domínio, fazendo precludir a sua actuação, ou existe efectivamente uma sobreposição de competência geradora de potenciais conflitos", nota o relatório do TC.
- Estes potenciais conflitos são reconhecidos pela própria ERS, já que, segundo o relatório do TC, "no entendimento da ERS, existe claramente, num plano conceptual, uma sobreposição de competências entre a ERS e a AdC, na exacta medida em que a ERS tem, igualmente, como atribuição legal a defesa da concorrência entre operadores, que não deve ser confundida como mera articulação com a AdC na prossecução das atribuições desta".
Coitados dos portugueses que são (des)governados por gente tão incompetente e desorganizada! E ainda têm de lhes pagar e bem.
Wednesday, February 27, 2008
O Prozac é um placebo?
- "A diferença na melhoria entre os pacientes que tomam placebos e os que tomam antidepressivos não é significativa. Isso significa que as pessoas que sofrem de depressão podem passar melhor sem um tratamento químico", explicou o professor Irving Kirsch, do departamento de psicologia da Universidade de Hull.
- Estão neste caso os princípios activos de alguns dos antidepressivos mais prescritos como a fluoxetina (Prozac), venlafaxina (Efexor), a paroxetina (Seroxat) e a nefazodona (Serzone).
- "Tomando por base estes resultados, parece não haver justificação para a prescrição de tratamentos antidepressivos, com a excepção das pessoas que sofrem de depressão muito grave, a menos que os tratamentos alternativos não tenham produzido melhoras", explicou Irving Kirsch.
Estaremos nós perante mais um mega-embuste das corporações?
Tuesday, February 26, 2008
A saúde e as urgências clínicas
- Diz a Ordem dos Médicos: “Os doentes não estão a ser bem assistidos devido ao congestionamento nas Urgências” causado pelas reformas, disse, garantindo que isso “aumenta a mortalidade em 40 por cento”.
- Diz um dos reformadores do sistema de urgências: a reforma elaborada com a necessidade de atender ao tempo actual, em que os serviços são mais procurados e os “recursos humanos extremamente escassos”. No entender do médico o SNS não tem demonstrado plasticidade para “conviver com vários fardos” e argumentou que um “serviço não existe isolado, tem que funcionar em rede”.
- Diz o fundador do SNS: considerou, “ o melhor serviço do Estado português, uma conquista da democracia e de um estado de direito”.
- Diz uma doente: Esmeralda Pereira, de 51 anos, esperou dez horas para ser atendida nas Urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada. Com “fortes” dores na coluna, entrou na unidade às 00h30 de ontem. Na triagem mediram-lhe a temperatura e determinaram o caso como “pouco urgente”. “Quando chegámos havia cerca de dez pessoas. Não entendo tanta espera para ser atendida”.
Nós dizemos apenas duas coisas: 1) os recursos são limitados; 2) a falta de gestão de recursos pode ser calamitosa.
Monday, February 25, 2008
Será o Ministério da Saúde um local mal frequentado?
- Eduardo Barroso anunciou esta segunda-feira a sua demissão da direcção da Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação.
- o cargo de director geral da Autoridade para os Serviços do Sangue e Transplantação não é compatível com o cargo de director de uma unidade de transplantes.
Agora, para além de médicos que desempenham funções públicas e funções privadas, temos médicos que desempenham múltiplas funções públicas e múltiplas funções privadas! Portugal só pode ser um país em grande expansão económica! Ou será mesmo um país mal frequentado?
Nascerá torto o Hospital de Cascais?
- O concurso para o novo hospital de Cascais, que foi ganho pela HPP – Hospitais Privados de Portugal (controlada pela Caixa Geral de Depósitos), foi analisado pelo Tribunal de Contas, que apontou, num relatório hoje divulgado, a falta de estudos, por parte do Estado, que permitissem, antes do concurso, ter uma noção exacta de todos os encargos públicos desta parceria público-privada (PPP).
- O Tribunal de Contas questionou ainda alguma falta de clareza em relação à transmissão do direito de superfície do futuro hospital de Cascais para a HPP.
E estes:
- o TC refere-se ao «recurso reiterado a consultores financeiros e jurídicos externos, nas fases de preparação da parceria, avaliação das propostas e negociação competitiva, daí resultando uma intervenção de quase liderança por parte dos consultores».
Saberá o que está a fazer, quem está no papel de defensor dos interesses do Estado (que são todos os contribuintes)?
Post Scriptum: não somos contra soluções privadas ou hibridas na saúde. Somos favoráveis à transparência, que normalmente é menos dispendiosa do que são as trapalhices!
Sunday, February 24, 2008
Friday, February 22, 2008
Assessoria de imagem especial
- Cláudia Borges, que apresentou o programa Centro de Saúde na RTP1, é a nova consultora do gabinete de comunicação do Ministério da Saúde, agora dirigido por Ana Jorge.
- Cláudia Borges conheceu a nova ministra da Saúde no âmbito do programa Centro de Saúde, já que a jornalista gravou dois programas desta série na unidade de pediatria do Hospital Garcia de Horta, serviço do qual Ana Jorge era directora.
- O objectivo de Ana Jorge, ao ir buscar Cláudia Borges, é dar a conhecer melhor o que é o sistema de saúde português e as reestruturações que estão em marcha, além de dar ao público mais informação e uma melhor comunicação sobre este assunto, acrescentou.
- Cláudia Borges, mulher de Ricardo Costa, jornalista da SIC, é licenciada pela Faculdade de Direito de Lisboa, dedicando-se ao jornalismo desde 1992.
Post Scriptum: Para quem não sabe, Ricardo Costa é meio-irmão de António Costa, actual Presidente da Câmara de Lisboa!
Sim, Senhor Presidente, mas....
- «ninguém pode ser excluído (do acesso à saúde) por razões financeiras».
Esta pequena frase limita-se a clarificar que o PR se recorda do artigo 64º da Constituição da República. Mas, Cavaco Silva avançou ainda mais ideias:
- «As ofertas são complementares, os dois sectores (público e privado) podem funcionar em paralelo, mas é preciso que coloquem o doente no centro das suas preocupações, para satisfazer o direito básico à saúde».
- Na sua intervenção, Cavaco Silva elogiou ainda a competência dos profissionais de saúde portugueses e deixou um conselho para a resolução dos problemas na área da saúde.
O problema é que ao contrário do que se costuma dizer, "a saúde tem um preço". Ou seja, os doentes têm expectativas muito elevadas quando entram numa unidade de saúde, os profissionais de saúde têm grandes expectativas face ao seu imaginado desempenho e os portugueses (o Estado e os cidadãos) não possuem recursos para algo "que tem um preço muito elevado".
O puzzle vai ser muito complexo de resolver, ainda que o PR refira que, «Os problemas devem ser resolvidos com serenidade, com diálogo construtivo e com a experiência dos que contactam directamente com os doentes no dia-a-dia», afirmou.
Thursday, February 21, 2008
Instituto CUF
- Na cidade do Porto, o Presidente inaugura uma nova unidade do Instituto CUF de Diagnóstico e Tratamento.
- Esta unidade, a maior de ambulatório no país, assume-se, segundo os seus promotores, como um dos pólos tecnológicos mais avançados da Península Ibérica, o que a torna numa unidade diferenciada da actual oferta de saúde, nas áreas do Grande Porto, Norte e, inclusive, da Galiza.
- O Instituto CUF permite que, num mesmo local, sejam realizados exames de Imagiologia e de Medicina Nuclear, bem como tratamentos de Fisioterapia, Radioterapia e Braquiterapia, Hemodiálise, e Radiologia de Intervenção Hemodinâmica, para além de serem disponibilizadas consultas de diversas especialidades médicas e cirúrgicas.
Vejamos como se desenvolverão os vários cenários para a saúde nos próximos anos.
Wednesday, February 20, 2008
O fumo dos carros e o fumo do tabaco
- "In rapidly modernising regions, environmental regulations are frequently avoided in the interest of improving economic growth," said Matt Campen, of the Lovelace Respiratory Research Institute in Albuquerque, New Mexico. "Thus, the global cardiovascular health burden from air pollution is likely to escalate dramatically over the coming decades."
- PAHs are produced when substances such as coal, tobacco, or wood are burned, and many of the larger types are carcinogenic. The smallest PAH molecules have normally been ignored but Incardona's research shows these chemicals, found in oil, are toxic to the developing hearts of zebrafish, a standard model for the effects of chemicals on human hearts.
Pronto, a DGS e a ASAE não vão permitir a circulação automóvel e a utilização de lareiras!
Tuesday, February 19, 2008
Má gestão na saúde
Monday, February 18, 2008
Imagens da saúde em Portugal
- A autarca (de Odivelas) lamentou que "os cuidados paliativos tenham deixado de funcionar e 24 horas por dia e corram o risco de acabar "por falta de pessoal". Outro dos problemas, segundo a vereadora, é a falta de condições dos centros de saúde actuais. "Há salas onde chove, andares sem casas de banho por problemas de esgotos, prédios sem elevador ou com escadas de acesso que dificultam a mobilidade". Exigiu, por isso, a construção de novos centros de saúde e do Hospital de Loures, que, recordou, "chegou a estar previsto para 2008".
- o coronel Abílio Gomes assume funções num momento em que o INEM atravessa um período marcado por uma sucessão de casos polémicos de socorro tardio, em diferentes pontos do País.
- "As viaturas podem estar muito bem equipadas, mas se não houver coordenação, o sistema não funcionará. Não chega ter meios técnicos, é preciso que eles funcionem. E o município de Valença quer que fique inequívoco que não se repetirão episódios como os que recentemente vieram a público, relacionados com o INEM", disse ainda Serra.
Comentário nosso: é difícil gerir pessoas, mas se quem vai para Ministro não o sabe fazer, é melhor não aceitar ser Ministro.
Friday, February 15, 2008
Tribunal de Contas arrasa Ministério da Saúde
- De acordo com o documento do TC, o lançamento desta parceria foi realizada sem considerar nem dar a conhecer «todos os encargos públicos com o projecto, designadamente o custo de oportunidade de utilização dos terrenos (…), custos com as expropriações e com a construção de acessos e infra-estruturas».
- o documento do TC aponta a «ausência da quantificação do custo global do projecto e a não avaliação de cada um dos riscos e da sua partilha, impede que o TC se possa pronunciar relativamente à mais-valia que poderá resultar para o Estado da concretização desta parceria».
- o organismo de fiscalização aponta, ainda, a falta de celeridade constatando que «as fases de qualificação e de avaliação das propostas duraram cerca de 15 meses (estavam previstos 4 meses) e que, em relação ao calendário do projecto, se verifica um atraso de cerca de dois anos.
- a falta de avaliação do custo-benefício resultante da cedência do direito de superfície do terreno «impede que o TC se possa pronunciar relativamente à mais-valia do projecto para o Estado», constata o organismo de fiscalização.
- O recurso «aos mesmos consultores», ao longo das várias fases de desenvolvimento da parceria (lançamento, procedimento concursal e acompanhamento), «colocou em causa o princípio da segregação de funções que as boas práticas recomendam».
Finalmente, esta "pérola":
- O novo hospital de Cascais, cujo concurso foi lançado em 2003 enquadrado no programa para criar 10 novos hospitais em PPP, foi adjudicado no ano passado ao consórcio HPP (grupo CGD) e Teixeira Duarte, tendo prazo de execução prevista de dois anos e entrada em funcionamento em 2009.
Vamos ter um Hospital de Cascais, novo, em 2009? Só se for feito com peças da "Lego"!
Post Scriptum: perante tão devastador relatório, dever-se-iam esperar consequências.....sobretudo sobre quem tem a responsabilidade sobre o projecto em curso, no Ministério da Saúde.
Thursday, February 14, 2008
Senhora Ministra: aqui vai mais um desperdício
- há casos de utentes que recorrem ao Serviço Nacional de Saúde e que pedem uma cirurgia estética, sendo por vezes encaminhados por alguns hospitais para o sistema de listas de espera.
- Como acontece em muitos casos, o sistema de gestão não consegue uma cirurgia para estes utentes no prazo de nove meses, sendo então o serviço realizado por um privado, em regime de convenção.
- Segundo referiu o presidente do Colégio de Cirurgia Plástica da Ordem dos Médicos “há clínicas que estão a despachar situações de cirurgia plástica de estética pura à custa do erário público” acrescentando que, no seu entender, “é imoral que isto aconteça num país onde, por exemplo, há uma comparticipação limitada de medicamentos essenciais”.
Mais palavras? Onde está a contenção? Não vivemos nós num Regime de falácia e de desenrasque?
Post Scriptum: para nós existe esta excepção, “Se uma pessoa tem muitas cicatrizes devido a uma operação por causa de um acidente, essa cirurgia é estética, mas necessária”.
Wednesday, February 13, 2008
Parabéns ao Hospital de Santa Cruz
Hospitais militares: para quê?
- O Chefe de Estado Maior do Exército (CEME) esteve ontem no Hospital Militar Regional de Coimbra (HMR), onde afirmou que a unidade passará a funcionar como centro de saúde
- Na prática, pouca coisa mudará no hospital. “Para além do internamento, vão manter-se todos os serviços”, expressou Pinto Ramalho, garantindo ainda que continuarão “as consultas nas restantes especialidades e o apoio às unidades do exército”.
- As urgências, com médicos a tempo inteiro nas diversas especialidades, com unidades de apoio e unidade de recobro, “só existem no Hospital Militar de Lisboa”, declarou.
- Apesar do fim do internamento e do serviço de neurocirurgia, Pinto Ramalho garante que “os militares do exército vão continuar a desempenhar a sua missão”.
Sinceramente, continuamos a não perceber porquê que os Senhores militares não vão a um qualquer hospital público. Aliás, será que haverá hospitais para polícias, ou para "GNR's"? Ou fará sentido enviar militares aquartelados no Alentejo para serem tratados em Lisboa?
É o que chamamos "poupar no farelo". A farinha continua-se a gastar, mas vai escasseando também!
Post Scriptum: porque não aproveitar o know how acumulado dos hospitais militares e integrá-los em estruturas hospitalares comuns? Ganhávamos todos.
Tuesday, February 12, 2008
Monday, February 11, 2008
Colecção de abortos
Sunday, February 10, 2008
O escalpe do INEM
Saturday, February 09, 2008
Os procedimentos de gestão na saúde
- Pela primeira vez, o Ministério da Saúde dispõe de indicadores que lhe permitem perceber, quase ao milímetro, como funcionam as urgências. E identificar problemas que necessitam de intervenção imediata.
- Há indicadores preocupantes, pelo menos à vista desarmada. Um exemplo: de acordo com os dados que constam do relatório com o último ponto da situação (entre Setembro e Novembro de 2007) de 26 serviços urgência do SNS já informatizados, na maior parte das urgências analisadas um doente com um enfarte agudo de miocárdio aguarda mais de uma hora entre o registo administrativo e a realização do primeiro electrocardiograma.
- As recomendações clínicas publicadas em 2007 pela Coordenação Nacional para as Doenças Cardiovasculares indicam um tempo "ideal" de 10 minutos.
- Também o tempo médio de espera entre o registo administrativo e a realização do primeiro TAC crânio-encefálico nos casos de acidentes vasculares cerebrais (AVC) parece ser excessivo - superior a quatro horas em seis hospitais. Há até um onde a demora ultrapassa nove horas.
Nada de surpreendente, infelizmente. Mas, felizmente que ainda existem pessoas que pensam em Portugal:
- Mais uma vez, os peritos alegam que pode haver um problema de registos, mas Seabra Gomes defende que isto é "inaceitável" e que "é necessário que os hospitais se organizem".
Ora, Dr. Seabra Gomes tocou numa ferida, infelizmente, sem cura.
Post Scriptum: há pessoas que pensam que a informática resolve tudo. A informática só faz aquilo que as pessoas querem que faça. Nada mais. É que gestão da informação não é o mesmo que informática!
Friday, February 08, 2008
SNS: tendencialmente a pagar mais!
Thursday, February 07, 2008
Os transplantes e a falta de vergonha
- De acordo com as contas da visão, (Eduardo) Barroso recebeu no ano passado 277 mil euros de prémios, mesmo sem realizar qualquer transplante. Em delcarações à Visão, o médico explica que a situação foi negociada com a tutela, mas acaba por admitir que o valor é exagerado, pelo que mandou reduzir em 3%, o montante que recebe.
- O cirurgião considera os prémios exagerados e garante que por iniciativa própria já propos baixar em 3 pontos a percentagem que usufrui...Uma informação que terá apanhado o presidente do conselho de administração do hospital de suspresa...Manuel delgado terá respondido á visão..que o jornalista lhe estaria a dar uma novidade.
- Outro foco de revolta está na enfermagem, porque só alguns profissionais recebem os incentivos. Em entrevista à Visão, alguns enfermeiros referem que os incentivos são uma pratica imoral e injusta.
Mas, enquanto Manuel Delgado, que parece que é Administrador do Hospital Curry Cabral, mas não sabe o que se lá passa, noutro hospital público passa-se isto:
- De acordo com a investigação da revista Visão, que amanhã vai para as bancas, os cirurgiões dos hospitais da Universidade de Coimbraos garantem que nunca receberam um cêntimo pelos transplantes realizados, apesar de ser nesta instituição que estão as equipas campeãs nacionais de transplantes renais e de coração.
Lamentamos ter que o escrever, mas isto só falta "tirar os olhos" aos portugueses. É o que se costuma dizer, é fartar vilanagem!
Habituem-se
Wednesday, February 06, 2008
Não há alternativas ao Alert P1?
Repare-se nisto:
- O Tribunal de Contas está a investigar os contratos do Ministério da Saúde com uma empresa, a Alert Life Sciences Computing, para a informatização dos hospitais e centros de saúde.
- O negócio foi feito através de ajuste directo e não por concurso público, que permitiria escolher condições mais vantajosas para o Estado.
- Carmen Pignatelli (...) remeteu explicações para o seu antigo chefe de gabinete, Rui Guerra, que justificou a opção pela empresa Alert: “Não havia um sistema alternativo ou outro produto na central.”
A resposta vem do Dr. José Miguel Boquinhas: Por que não adquiriu o software da Alert? Porque havia no mercado outra empresa, a HP, com condições muito mais favoráveis.
Não estaremos perante uma situação de "lesa - Estado"?
Saturday, February 02, 2008
Correia de Campos: saiu ou foi empurrado?
- foi o ex-ministro da Saúde que precipitou os acontecimentos. Tendo sido informado da intenção do primeiro-ministro, terá imposto a saída imediata do Executivo, deixando Sócrates irritado e obrigando-o a uma verdadeira ‘corrida contra o tempo’ – tanto na comunicação ao Presidente da República, como nos convites aos novos ministros.
Dizemos nós, "quem não se sente, não é filho de boa gente".
Correu pelos media, que Correia de Campos tinha posto o lugar à disposição do Primeiro Ministro, logo após a mensagem de Ano Novo do Presidente da República.
Afinal, Correia de Campos sentiu-se afastado, mas bastante tempo após a mensagem do PR, e provocou ele próprio a sua saída. Este tipo de esclarecimento é extremamente importante, pois elimina toda uma nuvem de "não - verdade" que o Primeiro Ministro foi promovendo, referindo que a política no Ministério da Saúde vai continuar como estava.
Na saúde, como em todas as áreas em que estão em causa os direitos dos cidadãos, é importante perceber como é que se fazem as verdades e se desmontam as "não - verdades"!
Post Scriptum: apesar de sermos profundos defensores das reformas na saúde, nunca achámos que as reformas de Correia de Campos levassem o barco a bom porto. As reformas têm que atacar um conjunto de interesses poderosíssimos que atacam o sector da saúde, e não apenas levar ao encerramento de serviços em zonas em profunda desertificação humana e económica.