- foi o ex-ministro da Saúde que precipitou os acontecimentos. Tendo sido informado da intenção do primeiro-ministro, terá imposto a saída imediata do Executivo, deixando Sócrates irritado e obrigando-o a uma verdadeira ‘corrida contra o tempo’ – tanto na comunicação ao Presidente da República, como nos convites aos novos ministros.
Dizemos nós, "quem não se sente, não é filho de boa gente".
Correu pelos media, que Correia de Campos tinha posto o lugar à disposição do Primeiro Ministro, logo após a mensagem de Ano Novo do Presidente da República.
Afinal, Correia de Campos sentiu-se afastado, mas bastante tempo após a mensagem do PR, e provocou ele próprio a sua saída. Este tipo de esclarecimento é extremamente importante, pois elimina toda uma nuvem de "não - verdade" que o Primeiro Ministro foi promovendo, referindo que a política no Ministério da Saúde vai continuar como estava.
Na saúde, como em todas as áreas em que estão em causa os direitos dos cidadãos, é importante perceber como é que se fazem as verdades e se desmontam as "não - verdades"!
Post Scriptum: apesar de sermos profundos defensores das reformas na saúde, nunca achámos que as reformas de Correia de Campos levassem o barco a bom porto. As reformas têm que atacar um conjunto de interesses poderosíssimos que atacam o sector da saúde, e não apenas levar ao encerramento de serviços em zonas em profunda desertificação humana e económica.