- O sistema dos serviços de saúde mental em Portugal «funciona mal e tem graves problemas de equidade e acessibilidade».
- Num relatório preliminar, que ainda carece de parecer do Conselho Nacional de Saúde Mental antes de ser apresentado ao ministro da Saúde, Correia de Campos, é feito o diagnóstico da actual situação e traçado um plano nacional vocacionado para a proximidade local.
- A aplicação do plano nacional, segundo a comissão, levará a curto prazo à abertura de novas unidades de internamento, nomeadamente em Almada e Tomar, e à criação nas várias regiões do país de unidades de saúde mental comunitária.
- A médio prazo, aponta-se a criação de serviços de saúde mental em todos os novos hospitais gerais, como Loures, Cascais, Todos os Santos e Vila Franca de Xira. A longo prazo, todos os serviços de saúde mental local passarão para hospitais gerais e para a comunidade.
- Este processo permitirá, de acordo com a CNRSSM, reorganizar progressivamente os hospitais psiquiátricos, que passarão a acolher, um por cada cidade principal, serviços de âmbito regional.
Finalmente, a tal Comissão tem um remate estonteante: a saúde mental «tem sido uma área muito negligenciada dentro do conjunto dos serviços de saúde», apesar da «magnitude da contribuição das perturbações mentais para a carga global das doenças».
É caso para dizer, está tudo maluco!