Um antigo reponsável político da saúde faz um apelo: Arlindo de Carvalho alertou para a necessidade de “evitar a perversão” resultante das novas modalidades de propriedade e gestão da saúde, para impedir que Portugal caia em modelos diferentes para pobres e ricos. E acrescenta: que se impõe “uma rigorosa ponderação dos investimentos públicos em infra-estruturas e equipamentos e particular atenção na gestão dos recursos humanos”.
E rematou, ainda o antigo Ministro: "o desejável crescimento de um sector não público” na área da saúde “não poderá significar a degradação do Serviço Nacional de Saúde, deixando largos núcleos de cidadãos sem a assistência conforme os padrões de superior qualidade” a nível nacional.
Será quase impossível manter o actual enquadramento do Serviço Nacional de Saúde, apenas e só por três razões: 1) a inflação da assistência médica; 2) os custos resultantes das maiores exigências dos Clientes da saúde; 3) a estagnação económica do país, que persiste desde 2000, e não dá ideia de mudança.
Ou, SNS: Rest in Peace.
Nota: SNS, de acordo com a Constituição da República Portuguesa, no seu artigo 64º (Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito;).