Tuesday, June 29, 2010
NHS: service by numbers
Monday, June 28, 2010
O perfil de um Gestor Público do sector da saúde
Sunday, June 27, 2010
Prescrições de um médico
- O candidato presidencial Fernando Nobre comparou hoje a situação de Portugal a “uma hérnia estrangulada”, que precisa de ser operada antes que surja “a terrível peritonite e a irremediável morte”.
- “Portugal precisa de trabalho e de ação, só com retórica não vamos lá”, referiu, em Arcos de Valdevez, Fernando Nobre.
- Para o também presidente da Assistência Médica Internacional, o país “está na iminência de uma gravíssima crise” e, por isso, precisa de “um plano de emergência”, que passe, desde logo, pelo “encerramento imediato de centenas ou até milhares de institutos e fundações públicos inúteis, salvo para os seus gestores”.
- O fim de “certas” parcerias público privadas, a definição de medidas “moralizadoras nos salários, mordomias e reformas dos servidores de topo do Estado” e a racionalização dos meios utilizados na Função Pública são outras medidas que Nobre preconiza para o plano de emergência”.
- Defende ainda o congelamento de “todos os megaprojetos”, apostando os investimentos públicos para o apoio às pequenas e médias empresas, e a discriminação positiva do IVA e IRS.
Saturday, June 26, 2010
Já se esperava II
Thursday, June 24, 2010
Medicamentos: o grande bolo V
Tuesday, June 22, 2010
Já se esperava
Sunday, June 20, 2010
Cuidados primários: agravamentos esperados
Wednesday, June 16, 2010
Tuesday, June 15, 2010
INEM: finalmente detalhes da debacle
Sunday, June 13, 2010
Thursday, June 10, 2010
Poupar no farelo e estragar na farinha
- Na sequência das medidas avançadas pelo Governo para reduzir a despesa, a DGS implementou um “conjunto de regras e boas práticas”, uma das quais se refere às deslocações em serviço que só serão autorizadas se forem consideradas “absolutamente necessárias”.
- Segundo as novas regras, as chamadas telefónicas devem ser realizadas no menor tempo possível, “privilegiando-se a ligação para números de rede fixa em detrimento de números móveis”.
- “Deve ser dado especial cuidado ao gasto excessivo de material de higiene (água, toalhetes, papel e sabonete)” e “cada trabalhador deve zelar pela poupança energética, desligando as luzes e equipamentos de climatização à hora do almoço e, no final do dia, desligando o computador, o monitor, o equipamento de climatização e as luzes do gabinete”.
- Para racionalizar os custos, a DGS decidiu que a impressão de textos e outros documentos apenas deve ser realizada quando estritamente necessária e a impressão a cores deve ser utilizada a título excecional, assim como o recurso a fotocópias.
- Farmácias estranham disponibilização de remédios gratuitos a todos os utentes, independentemente dos regimes de comparticipação.
- Desde o dia 1 de Junho que o Estado está a comparticipar a 100% mais de mil medicamentos, sejam genéricos ou de marca, e a todas as pessoas, sejam pensionistas de baixos rendimentos, doentes crónicos ou utentes do regime geral. Este benefício tem abrangido todos os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que adquiram um remédio numa farmácia com a devida receita médica.
- A medida gerou alguma confusão nas farmácias, que estranharam a dispensa, em apenas oito dias, de uma grande quantidade de medicamentos gratuitos e a pessoas que geralmente não beneficiariam de comparticipações a 100%. 'Do que me recordo, o diploma do Governo falava em comparticipações a 100% apenas para os pensionistas de menores recursos e para os cinco remédios com preço de venda ao público mais baixos', refere o técnico de uma das farmácias visitadas pelo CM, acrescentando que essa medida já está a funcionar.
- 'A sinvastantina 20-60 da Ratiopharm [genérico], que era gratuita para os idosos, passou a custar-lhes 7,40 euros', disse. O que estranhou foi nos antibióticos para o regime geral: 'O Clavamox DT 16, que é de marca, e o seu genérico da Mylan eram mais baratos para quem trazia a receita médica, mas agora são gratuitos e o mesmo aconteceu com o omeprazol'.
Wednesday, June 09, 2010
Europa ameaça SNS
- A União Europeia aprovou ontem um documento que permite a um cidadão dos 27 tratar-se em qualquer Estado membro, sendo reembolsado pelo país de origem. Apesar de haver algumas excepções, o documento que aprova a livre circulação de doentes pode colocar em risco a sustentabilidade financeira do Serviço Nacional de Saúde e reduzir a qualidade dos cuidados prestados aos doentes portugueses.
- A directiva determina que os doentes que optem pelo tratamento em outros países possam ser acolhidos em unidades privadas, tendo estas de fazer parte da rede europeia que integrará o acordo. A situação desagrada à tutela. O documento prevê ainda a possibilidade de os Estados autorizarem ou recusarem certos actos previamente, como os que exigem internamentos, grande especialização nos cuidados ou que impliquem risco elevado para o doente.
Quem assume a direcção do desgovernado SNS defende-se sem qualquer convicção:
- O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, encara "este documento com preocupação, porque aplica as regras de mercado à saúde. O Estado assume o acesso aos cuidados de forma equitativa e universal e isto pode distorcer a oferta e a procura", refere.
- "Isto cria obviamente maiores desigualdades em Portugal porque quem tem acesso a fazer esta opção obviamente são as pessoas mais esclarecidas e as que têm um maior poder económico", sublinhou Ana Jorge.
- Para o professor Constantino Sakellarides, "quem vai beneficiar com isto são os países que estão melhor financeiramente e que têm melhor oferta nos cuidados de saúde. E os mais débeis é que vão financiar os mais fortes".
Mas afinal, não ouvíamos dizer há uns anos que o SNS era um dos melhores do mundo? Já não é? O que mudou, então? Diz-se muitas vezes que o serviço de saúde dos EUA é muito caro, ineficiente e não cobre toda a população. O SNS era acessível a todos e estava bem cotado!
A Europa que tem sido o suporte financeiro e económico de Portugal desde 1986, agora é acusada de ameaçar o SNS. Ao que chega a incompetência. A culpa é sempre dos outros. Nós somos sempre muito bons.
Não. A verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima.
Férias médicas
- No período das 09:00 às 24:00, a urgência pediátrica será assegurada pelas três Unidades Hospitalares da Península: Hospital Garcia de Orta, Centro Hospitalar Barreiro-Montijo e Centro Hospitalar de Setúbal.
- No período das 0h00 às 9h00, todos os dias da semana, a Urgência Pediátrica será garantida exclusivamente pelo Hospital Garcia de Orta que prestará os cuidados de saúde à população da Península de Setúbal.
Ou seja, numa das mais densas regiões do país, e durante 3 meses, vai haver um único hospital a funcionar durante 9 horas do dia!
Não é isto uma forma encapotada de "fecho do SNS"? É claro que é. Não é ainda o fecho total. O SNS vai sendo fechado por fases. Só que as fases vão sendo cada vez mais curtas e rápidas! Seria bom, é que estes encerramentos faseados do SNS resultassem em reduções de impostos. Mas, nem isso. Eles comem tudo, e não deixam nada.
Sunday, June 06, 2010
Breast cancer research
Thursday, June 03, 2010
A grande festa
- O Tribunal de Contas (TC) fez uma auditoria ao Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) cujas conclusões são arrasadoras para esta entidade.
- Num relato ainda em fase de contraditório, os auditores notam que as remunerações pagas aos membros do conselho de administração aumentaram "50,2 por cento entre 2006-2008" (mais de 1,3 milhões de euros) face ao triénio anterior e que três directores comerciais receberam prémios no valor de 129.750 euros porque alcançaram objectivos de cobrança de dívida.
- foram atribuídas 25 viaturas a membros do conselho de de administração e colaboradores "para fins não exclusivamente profissionais" e questionam o facto de os abonos de despesas de representação estarem incluídos nas remunerações mensais e, como tal, serem pagos 14 vezes por ano.
- "O SUCH não tem contribuído para o funcionamento eficiente dos seus associados maioritariamente públicos e, consequentemente, para a sustentabilidade do SNS, designadamente por apresentar custos de estruturas injustificados face às restrições orçamentais impostas aos associados".
- As adjudicações "nem sempre se basearam em critérios de eficiência, mas sim na possibilidade de adjudicação sem concurso prévio", acrescentam os auditores, que destacam a existência de contratos públicos efectuados por entidades privadas.
- o crédito bancário da associação ascendia em 2009 a 33,2 milhões de euros e os resultados líquidos negativos atingiram os 5 milhões de euros. "A criação dos serviços partilhados conduziu a associação a uma situação financeira crítica que contrasta com a situação globalmente equilibrada" verificada em 2005 (a actual administração entrou em 2006).
De facto, razão têm os "especuladores financeiros" (os tais que têm a dívida pública portuguesa) em exigir cada vez mais juros à República. Esta gente, que supostamente deveria defender o interesse público, são autênticos devotos do capital (se calhar, em vez de trabalharem no SUCH, deveriam trabalhar num qualquer off-shore ou hedge fund, onde estariam mais bem enquadrados). Contudo, estão nestes lugares há tempo suficiente, para que a chamada "tutela" tivesse já percebido o que lá se passava.
Wednesday, June 02, 2010
A bagunça
- O Bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, afirmou hoje que “todos temos de estar receosos de não termos, como país, capacidade económica para sustentar o Serviço Nacional de Saúde com a qualidade que temos tido até agora.”
- A ministra da Saúde, Ana Jorge, criticou hoje aqueles que de forma escondida usam o argumento da “livre escolha”, quando na realidade o que querem é acabar com o acesso universal ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
- Os sindicatos médicos opuseram-se esta segunda-feira ao regime especial de contratação de médicos aposentados e defendem que o Ministério da Saúde deve apresentar uma grelha salarial e criar condições para os clínicos não pedirem a reforma antecipada.
- Médicos com reforma antecipada podem voltar a trabalhar para o SNS mas a ganhar o mesmo. Sindicatos chumbam proposta mas tutela decide avançar.
- Bastonário da Ordem do Médicos admite falhas de medicamentos nas farmácias.
A "parede" aproxima-se.