Tuesday, August 31, 2010
Uma boa notícia da Madeira
Monday, August 30, 2010
Ministério da Saúde: a clara desorientação
Sunday, August 29, 2010
A falência do Estado Social
Friday, August 27, 2010
Para que servem os Reguladores?
Thursday, August 26, 2010
The First Victims of Health Care Reform
Wednesday, August 25, 2010
Chine: un "bébé Michelin" intrigue les médecins
Tuesday, August 24, 2010
Porque não controlaram o monstro?
Monday, August 23, 2010
O dinheiro escasseia
- Segundo os dados mais recentes da Apifarma, as dívidas dos hospitais ascendiam, em finais de Julho, a 929 milhões de euros, tendo subido ao ritmo de dois milhões por dia.
- “O Ministério da Saúde rejeita os valores tornados públicos pela Apifarma, que não correspondem aos valores apurados pelas diversas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
- A Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu abrir uma investigação à associação que representa os laboratórios farmacêuticos por indícios de violação da lei da concorrência. Em causa está a decisão tomada pelas farmacêuticas de se juntarem, através da associação do sector, para cobrar aos hospitais juros pelo atraso no pagamento dos medicamentos que consomem.
- O Ministério da Saúde (MS) vendeu quatro hospitais de Lisboa a uma empresa do Estado, por 111,5 milhões de euros, dos quais foram usados 75 milhões para aumentar o capital de 18 hospitais EPE (Empresas Públicas Empresariais) e fazer face às suas dívidas. Entre as unidades vendidas, os hospitais de Santa Marta, São José e Capuchos vão ser integrados no novo Hospital de Todos os Santos, que deve abrir em 2013.
- Mais apoios sociais e transferências para a saúde explicam o aumento de 3,8% da despesa do Estado. Um aumento superior à subida de 3,6% da receita. A diferença entre os dois mostra um défice de 8,9 milhões de euros, mais 347,1 milhões face ao período Janeiro-Julho de 2009.
- No final de 2009 as dívidas a fornecedores por parte das instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ascenderam a 749 milhões de euros. No topo da tabela está a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), que em 31 de Dezembro do ano passado registava uma dívida de 265 milhões de euros. Em segundo lugar, surgia a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) com 214,2 milhões, seguida da ARS Centro (78,3 milhões), Alentejo (15,6) e Algarve (14, 5 milhões de euros). No total, as cinco ARS acumularam quase 600 milhões de euros de dívidas aos fornecedores. Mais 452,7 milhões de euros do que vinte hospitais em conjunto.
Resumindo e concluindo: a) os hospitais devem muito dinheiro, em particular, à Indústria Farmacêutica; b) os órgãos do Ministério da Saúde (em particular, as ARS's) devem muito dinheiro aos hospitais; c) o Estado consegue assim maquilhar as contas do déficit que apresenta a Bruxelas.
Engenharia financeira. Ou se quiserem, muita contabilidade criativa. Até quando?
Friday, August 20, 2010
O fim da árvore das patacas?
- No primeiro semestre deste ano, o número de farmácias com fornecimentos suspensos aumentou 47%.
- Segundo dados da ANF, em Junho deste ano, 375 farmácias estavam com os fornecimentos suspensos, mais 47% do que em Dezembro do ano passado (255)
- No mesmo período, entre Dezembro de 2009 e Junho de 2010, o número de processos judiciais em curso para a regularização de dívidas das farmácias aumentou de 121 para 168, o que significa um aumento de 39%.
- Já o número de farmácias com acordos de regularização de dívidas aumentou 178%, passando de 179 para 497.
- João Silveira referiu que, (...) «Isto é um rescaldo da baixa de margens a funcionar durante três, quatro anos, na sequência da decisão do Governo anterior. Por outro lado, também tem que ver muito com a quebra dos preços dos medicamentos, que foram sucessivas, e agora mais recentemente com a quebra drástica em relação aos medicamentos genéricos, que começam a ter uma quota de mercado importante».
O que aquele Senhor da ANF não diz, é que as farmácias de oficina têm uma margem de lucro garantida, através de Decreto - Lei, de 20%. Tomara todos os negócios terem essa vantagem.
Ketamine is 'magic drug' for depression
Thursday, August 19, 2010
Uns mais guais do que outros
- Abertura de vaga de ginecologia/obstetrícia para o mapa de pessoal do Centro Hospitalar Oeste Norte: concurso deserto.
- Abertura de vaga para assistente de oftalmologia para o Hospital de Faro: concurso deserto.
- Abertura de vaga para assistente de psiquiatria no Hospital do Divino Espírito Santo: concurso deserto.
- Abertura de vaga para médico na especialidade de nefrologia: concurso deserto. Não é difícil encontrar concursos desertos de 2005, 2002 até de 2000.
- Há hospitais que em quatro anos só conseguiram contratar um médico quando precisavam de dezenas.
Pior, quando o Chefe do clã afirma isto: "Antigamente, as condições eram iguais para todo o País. Transformaram os hospitais em empresas e o mercado é para todos. Não fomos nós que inventámos o mercado. Agora que resolvam o problema. Se o concurso ficou deserto é porque não é atractivo", disse ao DN Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos.
E mais isto: "Dêem-lhes boas condições, possibilidades de progressão na carreira e pagamento correspondente. Da mesma forma que se contratam profissionais de outras áreas. As pessoas movem-se pelos desafios e pela estabilidade económica", avança o bastonário.
Este Bastonáriozinho faz lembrar a decepada Rainha Maria Antonieta, "se não têm pão comam brioche".
Porque será que os médicos são o equivalente moderno dos padres da época medieval?
Wednesday, August 18, 2010
A inexistência da função de controlo de gestão
- A construção de hospitais em parceria público-privada padece de anomalias, a maior das quais ter como presidente da Comissão de Apreciação de Propostas um consultor contratado para os processos de concurso. A denúncia é da Inspecção-Geral de Finanças (IGF).
- O relatório de Actividades de 2009 da IGF, recentemente publicado, dá conta do resultado de auditorias a três processos concursais do programa de hospitais em parceria público-privada (PPP). E conclui que o programa não conta com recursos humanos, organizacionais e competências necessários para cumprir as metas segundo princípios de boa gestão. Resultado: há desvios temporais de mais de dois anos e, em finais de 2009, ainda não tinham começado as obras de uma unidade que deveria ter sido inaugurada em Outubro.
- A auditoria das Finanças lamenta a excessiva dependência do programa face a consultores externos, com “consequências gravosas para o exercício de futuras funções de gestão e controlo” das PPP pelo Estado, por falta de uma adequada internalização de competências. Uma dependência tal que “até o presidente da Comissão de Apreciação de Propostas, representante máximo do Estado nas negociações com os concorrentes, é um consultor contratado em regime de prestação de serviços, com a agravante de o contrato não dispor de cláusulas que salvaguardem devidamente o interesse do Estado” em matéria “de incompatibilidades”.
- A falta de controlo é realçada no caso da única PPP que já funciona, em Cascais, sem haver uma “equipa profissionalizada” de fiscalização na Administração Regional de Saúde de Lisboa. A IGF alerta para riscos financeiros e a potencial “ocorrência de um nível inferior da prestação de cuidados”.
Perante isto, o que pensarão os portugueses pensantes e cada vez mais contribuintes?