Num país em que as corporações mandam. Num país em que as chamadas Ordens profissionais mandam mais do que a Lei. Aliás, as Ordens profissionais estão acima da Lei, como se pode ver pela Ordem dos médicos, ou pela Ordem dos advogados.
Adiante. Para além das ditas ordens, as corporações e lobbies são tríades, teias imensas que se entrecruzam, de forma a ganharem notoriedade, riqueza e poder.
Mesmo algumas corporações mais recentes e de pouco valor acrescentado, não conseguem demonstrar qualquer utilidade: A Associação dos Administradores Hospitalares admitiu hoje que o crescimento da dívida dos hospitais à indústria farmacêutica é “um bocadinho descontrolado”, mas disse que novas medidas adotadas pelos hospitais vão inverter a situação.
Vem esta gente dizer que a situação está descontrolada! O que querem estes lobbies? A falta de vergonha é tanta, que pessoas que ocupam cargos de topo, não eleitos, mas de nomeação política, vêm assumir em público, e em conjunto, que deixaram a rede hospitalar pública em falência, e de que não são capazes de gerir o que lhes foi delegado. E não acontece nada.
É em circunstâncias como estas que nos lembramos de "Óbviamente, demito-o!". Óbviamente, demitam-se. Ou então, demitam-nos.