Wednesday, September 28, 2011

NHS opens first clinic for 'club drug' users

One of the first NHS clinics dedicated to helping 'club drug' addicts has been opened. Doctors have opened the centre in London because they claim there is a 'higher demand' from people who use drugs such as ketamine, ecstasy and 'legal highs'. At present, existing clinics cater for those addicted to alcohol, heroin and crack cocaine, which means they are unable to deal with the specific needs of 'club drug' users.

Tuesday, September 27, 2011

A sabida má gestão

Há muito que escrevemos por aqui sobre a má gestão dos recursos da saúde: 1) enfeudamento aos interesses corporativos; 2) afastamento dos interesses do contribuinte; 3) falta de complementaridade dos cuidados primários e dos cuidados secundários; 4) falta de controlo de gestão; 5) etc.

A Escola Nacional de Saúde Pública, que curiosamente produz a maioria dos administradores hospitalares, tem um barómetro em que ouve os seus participantes sobre as várias temáticas da saúde. Vejamos algumas conclusões do último barómetro:
  • Mais de um terço dos portugueses inquiridos num estudo considera que o Ministério da Saúde (MS) faz "uma má gestão dos dinheiros públicos".
  • "uma franja significativa da população portuguesa (cerca de 20%) que aceita a ideia de um SNS pago e não universal".
  • 38,6% tem a noção que, num futuro próximo, o Estado não poderá continuar a garantir a todos os cidadãos o acesso a novos medicamentos.
Conclusão nossa: parece que há 1/3 de portugueses sensatos e atentos. Os outros são crentes ou tontos!

Monday, September 26, 2011

Portugal é uma festa - 2!

A maioria dos portugueses habituou-se ao relaxe e à permissividade, para não falar na promiscuidade. O rigor ou a disciplina são vilipendiados, a tolerância é sempre exigida e tem uma dimensão muito larga.

Isto soma-se a outras situações detectadas ao longo dos últimos anosEntre Outubro do ano passado e Janeiro deste ano foram passados 70 mil atestados médicos a professores do ensino público. De acordo como Diário de Noticias, os números equivalem a 514 mil dias de baixa.

Mas, para que servem as autoridades? Ou as supostas entidades de controlo? Se quisermos, até achamos que os professores não têm culpa. Culpa tem, quem passa atestados a pedido! No passado recente, verificaram-se situações de atestados passados polícias, a pedido. Agora, é a professores.

Aparecem sempre estas atenuantes: A situação foi detectada pelo anterior governo, tendo sido aberto um inquérito pela Inspecção Geral das Actividades em Saúde.

Pergunta-se, mais um inquérito? Sobretudo quando os autores das pretensas iniquidades não são por ora atingidos: Onze professores foram, até ao momento, alvo de processos disciplinares.

Sunday, September 25, 2011

Breast cancer

Giving breast cancer patients radiotherapy and chemotherapy at the same time significantly cuts the risk their tumors will come back and should be considered as a new treatment approach across the world, cancer experts said on Sunday. The double treatment, known as synchronous chemoradiation, could also save lives among people with breast cancer, a disease that currently kills 425,000 women a year worldwide, according to the British experts who conducted a major scientific study. They said the synchronous treatment, which the study showed has limited side effects and does not harm patients' quality of life, should be considered for use by all breast cancer doctors.

Wednesday, September 21, 2011

A incompetência ao mais alto nível

Ao contrário do que se diz por aí, é possível diminuir a despesa na saúde, sem prejudicar a qualidade de serviço prestada aos doentes. Claro está, que não é um caminho fácil, pois a redução da despesa prejudica muitos dos participantes do negócio do SNS. E sobretudo, colocar uma organização a trabalhar de forma mais eficiente, dá muito trabalho. E quem deve pôr a máquina a funcionar, não tem vontade, nem tem profissionalismo: Há quase meio ano que os seis novos centros hospitalares esperam a nomeação dos respectivos conselhos de administração. Os gestores de cada unidade mantêm-se nas mesmas funções, mas admitem que "não têm legitimidade para tomar decisões conjuntas sobre o centro".

Aguardemos pela tomada de decisão do Dr. Paulo Macedo: Até ao final de Setembro “o processo de nomeações [das Administrações Regionais de Saúde e dos seis centros hospitalares] estará terminado”, garantiu hoje ao Negócios fonte oficial do Ministério da Saúde.

Sunday, September 18, 2011

A irresponsabilidade limitada

Já aqui tínhamos escrito, que tarde ou cedo, a poderosa Indústria farmacêutica imporia a sua força perante um Estado português em falência económica e financeira, e sem alma e definição.

Depois de sucessivamente, o Ministério da Saúde ter ignorado os prazos de pagamento dos medicamentos, a Indústria farmacêutica, bem mais poderosa do que o soçobrante Estado português, acabaria por reagir. Aí estão os suíços da Roche: O presidente da farmacêutica Roche, numa entrevista hoje do presidente ao Wall Street Journal, anunciou ter suspendido a entrega de alguns medicamentos, incluindo para tratamento de cancro, aos hospitais públicos gregos com elevadas dívidas à empresa e precisou que esta medida pode vir a ser aplicada em Portugal, Espanha e Itália, pelas mesmas razões.

Gostaríamos de poder ouvir os comentários do sempre tonitruante Prof. Correia de Campos.

Thursday, September 15, 2011

Os fenómenos portugueses V

Apesar de sabermos isto: Hospitais falidos devem mais de mil milhões de euros.

Ainda temos que ver estas boutades: Os médicos e os enfermeiros apelam a que os portugueses se envolvam na defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), lembrando a importância que o serviço tem tido na melhoria da qualidade de vida dos portugueses.

Quem anda a trabalhar no SNS em paralelo com outras actividades, quem exerce a sua actividade nos hospitais até às 12h30 e até quem pede licenças sem vencimento ao longo de anos sucessivos, vem agora fazer o papel de "solidário com a vítima"? Pois é, nós não entendemos porque é que o Estado, que deveria representar todos os contribuintes, aceita a permanencia no SNS de milhares de colaboradores em regime parcial. E também, não conseguimos entender porque estão em licença sem vencimento, milhares de colaboradores efectivos do Estado.

Compreendemos e aplaudimos esta vontade do Dr. Pedro Lopes, que representa a corporação dos admnistradores hospitalares: Já Pedro Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, diz que a reintegração não parece nem boa nem possível: significaria assumir o défice das EPE nas contas públicas, numa altura em que o único movimento permitido é cortar. A solução, ainda que não seja suficiente para os hospitais falidos, diz Lopes, passa por demitir gestores incapazes e o Estado ser melhor pagador.

Os fenómenos verificam-se todos os dias.

Monday, September 12, 2011

Obesity: again and again and again

The growing threat of obesity to the nation's health has been revealed in an astonishing survey which shows four areas in England where at least 30 per cent of adults are defined as such. This is the average level predicted across Britain but only by 2025 or 2030. The four local authority areas named in the Department of Health report are Gateshead; Tamworth, in the West Midlands, and Swale and Medway, both in north Kent.

Sunday, September 11, 2011

Os fenómenos portugueses IV

Em Portugal, há uns quantos que percebem de tudo. São os chamados especialistas em generalidades. Infelizmente, isto é uma praga imparável, vejamos mais um elemento que pertence à praga dos "especialistas em generalidades": O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, afirmou, esta sexta-feira, ser "absolutamente falacioso e demagógico falar em hospitais empresas em falência técnica".

O Senhor Dr. José Manuel Silva pode até ser um bom médico, mas de contabilidade e de gestão não deve perceber nada! É mais um especialista em generalidades. Se não, fundamentaria de forma diferente a sua opinião de que alguns hospitais empresa não estão em falência técnica: Argumentou que "o único accionista dos hospitais é o Estado e quem paga aos hospitais é o Estado, pelo que se decidir pagar um pouco mais por cada ato praticado estes deixam de estar em falência, de decidir pagar um pouco menos todos os hospitais entram em falência".

O que o Dr. José Manuel Silva afirma, é uma pura atoarda. Seria o mesmo que o Pingo Doce ou o Continente ajustarem os seus preços em função dos lucros ou dos prejuízos que os seus accionistas tenham.

Pior, esta ideia propalada pelo Dr. José Manuel Silva é a ideia de que o Estado deve ser gerido como se não existissem limites para os gastos. Há limites para os gastos, Dr. José Manuel Silva. O limite dos gastos do Estado são os impostos dos contribuintes, a que se somam os empréstimos dos credores.

Os credores não nos querem financiar mais. Resta agora ao Estado, aumentar a carga fiscal aos que trabalham, e não têm possibilidades de colocar os seus activos num off-shore próximo.

O Prof. Manuel Antunes, que também é médico, tem uma visão muito mais acertada, do que o seu Colega Dr. José Manuel Silva, quando afirma que "a saúde não tem preço, mas tem custos"!

Friday, September 09, 2011

A promoção do aborto

Somos dos que pensam que o aborto deveria ser a última solução. Antes, deveriam tentar-se: o planeamento familiar, a contracepção e a educação. Tudo menos o aborto. O aborto só em casos extremos.

A opção dos portugueses foi em sentido contrário. Aliás, muito do que a generalidade dos portugueses pensaram ao longo das últimas décadas, está a desmoronar-se rápidamente. Esperemos que a nação não se desmorone por completo.

Agora isto é uma clara promoção do aborto: A Associação para o Planeamento Familiar condenou, esta quinta-feira, a notícia avançada pela Imprensa de que o Governo se prepara para acabar com a comparticipação de alguns produtos, entre os quais a pílula e a vacina contra o vírus que causa o cancro do colo do útero.

Ainda que se possa usar esta alternativa: A pílula continuará, porém, a ser distribuída gratuitamente nos centros de saúde e nas consultas de planeamento familiar.


Numa população que é avessa ao planeamento e até não gosta de se educar, a utilização dos colaterais acaba por ser uma última solução. Vai deixar de o ser!

Wednesday, September 07, 2011

A falência antevista

Diz o Dr. Paulo Macedo: “um terço dos hospitais-empresa está em falência técnica” e por isso foi preciso impor a redução de 11% da despesa dos mesmos, além do que estava acordado com a troika.

Nós já vínhamos vendo este festival desde os tempos do Prof. Correia de Campos. Claro está, procedeu-se inicialmente a uma monumental operação cosmética de manipulação de contas, mais conhecida por contabilidade criativa. Embora, com os truques habituais da ACSS, apoiada nas consultoras do costume, se verificava fácilmente que quando se alteram sistemáticamente os procedimentos contabilítiscos, como fez sucessivamente a ACSS, é o primeiro cheiro a esturro!

Isto até induz comportamentos altamente questionáveis: Paulo Macedo relembrou que “os hospitais tiveram um défice em 2010 de 322 milhões de euros, vão ter em 2011 um défice de cerca de 300 milhões e muitos deles estão em falência técnica (um terço) e o seu próprio capital social está por realizar em mais de 400 milhões de euros”.

Monday, September 05, 2011

Os fenómenos portugueses III

Depois da perseguição aos fumadores, já se avistava a perseguição às gorduras!

Não defendemos o tabaco ou a gordura, apenas nos distanciamos de fundamentalismos, até porque há que ter sempre em conta a liberdade individual.

Contudo, Portugal está a descer a um inferno, que se avista como duradouro, e nestas fases, a irracionalidade aumenta. Vejamos o que diz o actual Bastonário da Ordem dos Médicos: O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defendeu hoje a criação de um imposto sobre «fast-food» e «dezenas de variedades de outro lixo alimentar» para financiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Achamos mal? Não. Mas, se a moda pega, porque não ter uma taxa especial sobre a energia eléctrica que consumimos e que tenha origem nas centrais nucleares espanholas? Ou, porque não colocar um imposto adicional sobre combustíveis, que comprovadamente poluem os nossos pulmões? E também, porque não impostos especiais sobre o alcool?

Aguardemos por mais fenómenos que se aproximarão. Em fase de decadência, os fenómenos aumentam.

Sunday, September 04, 2011

Os fenómenos portugueses II

Portugal vive o surrealismo. Há muitos anos. Mas, a dimensão fantasmagórica acentua-se. Não há regras. Não há limites. Há amigos. Muitos amigos. E tudo correrá bem. O resultado está à vista, a falência de um povo e de um Estado.

Vejamos mais um fenómeno tuga: Três anos após a inauguração, que se cumprem domingo, a primeira farmácia hospitalar a abrir no país, em Leiria, vive dificuldades financeiras e um processo de insolvência requerido pelo próprio hospital onde funciona.

Surpreendido? Não. No mundo puro e duro dos negócios e da gestão, houve gente que pensava que conseguia viver na alquimia por muito tempo. Transformar esterco em ouro?! Como? Numa farmácia hospitalar próximo de si, com o patrocínio do então Ministro da Saúde, Prof. Correia de Campos.

A loucura foi desmedida, e acentava na velha dialética dos "amigos", que haveriam de suportar qualquer despiste. Isto é pura insanidade: A empresa Elias Tomaz - Farmácia Unipessoal garantiu a concessão por cinco anos e ficou responsável pelo pagamento de uma renda fixa anual de 100 mil euros e de um valor mensal de 30,25 por cento do volume de vendas.

Depois, vêm com o número do ingénuo: Pelo meio deixava críticas ao Governo, acusando-o de não ter avançado, como prometera, com a autorização de venda de medicamentos por unidose, de antirretrovirais e por denominação comum internacional, ou seja, por princípio activo.

A culpa parece que foi do Ilusionista de serviço: Afinal, o hospital de Leiria garantia o estatuto de ser o primeiro a abrir uma farmácia hospitalar. José Sócrates sublinhava então a “vitória dos utentes sobre os interesses corporativos” e Ana Jorge destacava as revoluções futuras na Saúde e “a coragem do concessionário”.

Só acreditam em ilusões, os iludidos. Ou os espertos. Chicos...

Friday, September 02, 2011

A descida aos infernos

Nada que nos surpreenda: O aperto na tesouraria da Malo Clinic chegou à base do efectivo. Após ter revisto em baixa os salários de topo e, recentemente, prorrogado o prazo e parcelado o pagamento dos salários dos médicos e quadros intermédios, o grupo liderado pelo empresário Paulo Maló alargou a medida a todos os restantes funcionários.

Tal como é fácil navegar com o vento favorável, é sempre difícil contrariar fortes marés contrárias. O Dr. Paulo Maló construiu um império de saúde, enquanto os ventos sopraram favoráveis, mas agora, as contrariedades vão aumentar: 1) falência evidente do Estado português; 2) colapso da classe média que deixa de ter possibilidades de suportar os custos sumptuários com a saúde.

É o fado. É a vida!

Thursday, September 01, 2011

Os fenómenos portugueses

Dizia o Dr. Paulo Macedo: "Não há razão nenhuma de orgulho" nas dívidas da Saúde e estas "não são passíveis de ser mantidas", afirmou esta noite o ministro da Saúde.

Que raio de conversa, Dr. Paulo Macedo! Sabemos que os valores da honra e da dignidade, andam pelas ruas da amargura, ou seja, estão ao nível dos preços da banca portuguesa na Bolsa de Valores. Mas, um Senhor Ministro sentir a necessidade de vir afirmar que não tem orgulho em ser caloteiro, é obra!

Tal como os alentejanos colocaram na parede da Barragem do Alqueva, nós dizemos, Dr. Paulo Macedo, pague o que deve, porra!