Thursday, April 28, 2011

Lições de Gestão pata Totós IV

Os magníficos da Avenida João Crisóstomo tiraram este coelho da cartola: O ministério da Saúde cria mega-agrupamento de saúde na capital para colmatar falta de médicos. Fusão promove mobilidade dos clínicos.

Com mais detalhe lê-se: A criação do novo Grupo Hospitalar do Centro de Lisboa (GHCL) vai permitir que médicos e enfermeiros circulem entre os seis hospitais que agora passam a fazer parte deste mega-agrupamento de saúde: Curry Cabral, Maternidade Alfredo da Costa, D. Estefânia, Santa Marta, Capuchos e São José.

E o que vai dar tudo isto? Numa grande salganhada: Na prática, os seis hospitais vão continuar a funcionar autonomamente: "Estes hospitais mantém a sua autonomia administrativa e financeira e recursos humanos próprios", explicou a mesma fonte, acrescentando que "não há qualquer alteração dos conselhos de administração".

De facto, a gestão é uma ciência demasiado complexa para os gurus da João Crisóstomo. A não ser que se considere apenas, gestão, no sentido estrito dos interesses dos amigos, e aí, na João Crisóstomo está-se na crista da onda!

Tuesday, April 26, 2011

FDA proposes to regulate electronic cigarettes under less-strict tobacco rules

The Food and Drug Administration said Monday it plans to regulate smokeless electronic cigarettes as tobacco products and won’t try to regulate them under stricter rules for drug-delivery devices. The federal agency said in a letter to stakeholders Monday that it intends to propose rule changes to treat e-cigarettes the same traditional cigarettes and other tobacco products. The news is considered a victory for makers and distributors of the devices, which continue to gain popularity worldwide. E-cigarettes are plastic and metal devices that heat a liquid nicotine solution in a disposable cartridge, creating vapor that the “smoker” inhales. A tiny light on the tip even glows like a real cigarette. Users and distributors say e-cigarettes address both the nicotine addiction and the behavioral aspects of smoking — the holding of the cigarette, the puffing, seeing the smoke come out and the hand motion — without the more than 4,000 chemicals found in cigarettes. First marketed overseas in 2002, e-cigarettes didn’t become easily available in the U.S. until late 2006. Now, the industry has grown from the thousands of users in 2006 to several million worldwide, with tens of thousands new e-smokers every week.

Monday, April 25, 2011

Crónica de uma morte anunciada II

Há vários anos que vamos por aqui antevendo o fim do SNS, gratuito, ou tendencialmente gratuito. Não porque sejamos contra o SNS. Mas, porque sabemos que o SNS está nas mãos das pessoas certas para rápidamente acabarem com ele.

Como quem tem estado a dirigir o país, toma o contribuinte e o eleitor por parvo, sistemáticamente, fazem loas ao SNS, em discursos pomposos. O barco vai a pique, e os capitães deleitam-se a beberem champagne! Titanic redux.

Só mais umas machadadas no tal de SNS:

1. O Fisco está a alterar as taxas de IVA aplicadas a vários bens tendo como base despachos dos serviços e evitando desta forma o Parlamento. Agora é a vez da água oxigenada que passou da taxa reduzida para a máxima. De acordo com o Fisco, o Infarmed considera que a água oxigenada a 190 volumes não é considerada medicamento.
2. A ministra da Saúde, Ana Jorge, reconheceu que não foi possível iniciar a venda de medicamentos em unidose por falta de adesão das farmácias.
3. Primeiro foram os doentes portadores de doenças raras, agora a medida tornou-se extensiva a quem é portador de hepatite B crónica. A farmácia do Hospital dos Capuchos (Lisboa) está a exigir a estes doentes o pagamento do medicamento Tenofovir, um antivírico necessário para tratamento da infecção crónica pelo vírus da hepatite B (VHB). Este medicamento custa a cada doente 362,52 euros por mês, de acordo com o comprovativo passado pelos serviços farmacêuticos/sector ambulatório daquele hospital.

Esta é a comemoração de uma das maiores conquistas do 25 de Abril de 1974: o SNS.

Wednesday, April 20, 2011

Absolutely No Government

Fonte: aqui.

Nos idos de 70, Chico Buarque cantou: "O que não tem governo, nem nunca terá". Portugal é o Brasil do século XXI. Antes fosse. O Brasil parece que tem governo, e continuará a ter. Portugal não tinha médicos na década de 80. Não tinha médicos na década de 90. E aí, começou a importação de médicos de Espanha. Chegou a ter 3.000 médicos espanhóis, sobretudo mas zonas raianas, em particular do Minho e do Alentejo.

Passaram duas décadas, e o problema permanece. Tentou tapar-se buracos com médicos do Leste da Europa (que tão bem sabem falar português), dos PALOP's ou da América Latina. E a festa continua. Ainda há por aí, médicos espanhóis.

Entretanto, emigraram jovens portugueses, para cursar medicina, na República Dominicana, em Espanha e na República Checa. As Universidades portuguesas tinham vaga para todo o tipo de curso, menos para medicina. Isso seria só para alguns. A medicina, dizia essa coisa chamada de "Ordem", que não é para todos. Aliás, em Portugal consta-se que sejam mais de 700.000 os desempregados, mas médicos desempregados, nem um! Que bom, pelo menos que haja uma profissão sem desempregados.

Depois, sabe-se que há médicos na política, na administração de empresas, na diplomacia, em missões humanitárias várias, mas claro, sempre com o seu poiso certinho, não venham a ficar sem poiso na política ou nas empresas! Isto é, a vagazinha jamais é ocupada. Pois, são os feiticeiros modernos, e nunca se sabe, se não venhamos a necessitar de uma cirurgiazinha e depois eles venham a vingar-se!

Mas a Senhora Jorge vai tentar fazer do SNS, as Nações Unidas médicas: Depois da contratação de 42 médicos colombianos para centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e para o Algarve, Portugal vai contratar médicos da Costa Rica e de Cuba.

Governo? Para quê? Assim é bem melhor, as corporações governam-se, governando os outros, à sua boa maneira. E, o Zé Povinho, jamais abdica de ter o Senhor Doutor, pois quem quererá ficar sem um Senhor Doutor!

Entretanto, o tal governo promove licenciados às resmas em Teorias da Comunicação, Teatro ou Administração Pública. "Não tem governo, nem nunca terá", Seu Chico!

Tuesday, April 19, 2011

Portugal: um Estado falhado

  1. O Tribunal de Contas (TC) realizou uma análise à função de Auditoria Interna (AI) incidindo a acção sobre 20 entidades do sector empresarial do Estado (SEE) e concluiu que a maioria ainda não interiorizou o conceito nem dá qualquer prioridade às melhores práticas internacionais relacionadas com a função.
  2. De acordo com o relatório divulgado esta terça-feira pelo organismo fiscalizador, em regra, as empresas estatais «não assimilaram, na sua essência, o conceito de Auditoria Interna do IIA (Institute of Internal Auditors), “uma actividade independente de avaliação objectiva e de consultoria, que tem como objectivo acrescentar valor e melhorar as operações de uma organização”.
  3. Os pressupostos que nortearam a realização desta acção, por parte do Tribunal, basearam-se no histórico de auditorias de gestão executadas pelo TC, «no âmbito das quais se obteve alguma evidência de deficiências no desempenho adequado da função de Auditoria Interna (AI) em empresas públicas».
  4. o TC constata que o modelo anglo-saxónico que integrava uma Comissão de Auditoria ancorada à administração, determinante para o bom funcionamento e independência da AI, imperava apenas em três das 20 empresas da amostra.
  5. Neste sentido, «não se obteve evidência de um guião/carta de boas práticas que pudesse orientar as entidades do SEE em matéria de Auditoria Interna». Este instrumento de gestão, sustenta o TC, «permitiria clarificar e agregar as normas e princípios emanados pelo IIA e ainda os consagrados em legislação: CSC, RCM n.º 49/2007 e Projecto de Código de Bom Governo das Sociedades».
  6. Além da caracterização do «estado da arte» nas empresas públicas, outro dos objectivos da acção do TC visou apurar o custo de funcionamento da Auditoria Interna das entidades do SEE. Neste capítulo, o relatório concluiu que o custo médio anual de cada departamento de Auditoria Interna «era cerca de 933,1 mil euros e de um auditor interno 79,7 mil euros, equivalente a 5,7 mil euros/mês».
Bem podem os cidadãos cumpridores, tentarem remar contra a maré. Os delapidadores do interesse público, são um autêntico tsunami que varrerão tudo e todos. Já falta pouco, para que tudo seja derrubado.

Tuesday, April 12, 2011

NHS: cultural revolution II

Fonte: aqui.

Andrew Lansley's recent announcement that the government is embarking on a two-month "period of listening" about its NHS reform plans has been seen by some as a U-turn over a deeply flawed policy.

There are, however, some areas where the government is not prepared to listen: the commitment to abolish primary care trusts, to transfer major powers to commission services to GPs, and the ambition to vastly increase the participation of the private and, in theory, voluntary sectors in providing health services. In future, the NHS will continue to be funded from taxation and (for the time being) will be free at the point of delivery, but the government will step back from running the service.

Private sector involvement in the NHS is not new. Dentistry, worth £2.1bn, opticians and pharmacies are already in the private sector. GPs themselves are effectively private contractors, accounting for £8bn, or almost 10% of the entire NHS budget. Under Labour, private involvement was extended via independent sector treatment centres (ISTCs), handling mainly non-emergency elective treatments, as a way to bring down waiting lists.

But the current proposals are much more bold. Plans are under way to further outsource central services, such as workforce development (total budget £5bn) and procurement management. Even NHS Direct (worth £146m) is in the firing line.

But what about core and non-core clinical services provided by NHS trusts and community health organisations? These could be harder to outsource. This is especially true of the most complex, unplanned hospital admissions that are costly and inherently difficult to plan for. The Department of Health's (DH) own statistics show these account for approximately £12.5bn of a total budget for "hospital and community services" of £51.5bn. But that still leaves £39bn that could potentially be subject to private sector competition.

Monday, April 11, 2011

Erro ou negligência médica: uma tendência imparável

Lemos isto: Teresa (nome fictício) foi operada à mama num hospital particular da área de Lisboa no final de 2009. Quando sai do bloco tem um dente partido, outro a abanar e uma escara nas costas. "Foi-me dito que seria uma cirurgia simples", lembra. A partir daí não houve mais explicações, apesar dos pedidos da família. É portadora de uma doença rara e já tinha sido operada seis vezes. Mais tarde disseram-lhe que os dentes tinham sido partidos na entubação, "o que era normal".

Como? O que é isto?

E isto: Ana (nome fictício) vive numa aldeia no Norte do país. Aos 76 anos, uma obstipação continuada leva-a no início de Janeiro ao médico de família do centro de saúde, que pede uma colonoscopia e encontra um tumor no recto. É encaminhada para o hospital de referência em oncologia e na consulta o especialista diz que o exame está "mal feito" e marca nova bateria de exames. Duas semanas depois, Ana regressa à consulta e o médico percebe que a doente não foi chamada para a nova colonoscopia. Espera mais duas semanas para fazer o exame e ter os resultados: o tumor estende-se do intestino ao útero, mas a decisão clínica é adiada mais uma semana.

Não esperem por outra coisa: As participações de casos de negligência médica não entopem os tribunais mas estão a ser cada vez mais comuns.

Ainda que haja gente que julga que todos os outros são idiotas: Processos demasiado longos, queixas infundadas e perícias demasiado complexas - onde muitas vezes é difícil fazer prova de que houve culpa, ou não, do profissional, embora possa ter existido uma complicação durante a assistência - tornam a situação actual "traumatizante para médicos e doentes", explicou ao i Paulo Sancho, advogado especialista nesta área e consultor jurídico da Ordem dos Médicos.

Os médicos não são perfeitos. Os políticos não são perfeitos. Os economistas não são perfeitos. Ninguém é perfeito. Mas, a responsabilidade não pode ser alijada. Até porque, nós não deixamos. O doente não é lixo, nem sequer um caixote. É gente.

E as respostas aumentam: Um relatório da Inspecção-Geral das Actividades de Saúde publicado esta semana revela que, entre 2008 e o primeiro semestre de 2010, as indemnizações por erros na assistência nos hospitais somaram 26 013 826 milhões de euros.

Há muita pressão, mas também há muita irresponsabilidade: Erros mais frequentes Problemas na identificação do doente, erros de processo devido a informação mal arquivada, falhas na administração de produtos ou nas dosagens, erros de etiquetagem e prescrição são os problemas mais frequentes. Além destes, 13 hospitais dos 56 que responderam ao inquérito da IGAS reportaram incidentes com transfusões sanguíneas e 11 deram conta de erros na avaliação do estado clínico do doente. Entre as situações adversas mais persistentes surgem, numa análise aos últimos cinco anos, infecções resultantes da assistência médica ou enfermagem, sepsis pós-operatória e punções ou lacerações acidentais.

Atenção: vivemos na era da comunicação. Quem for responsável e profissional, não tem medo do poder acrescido da comunicação.

Wednesday, April 06, 2011

Portugal no fim da linha

Dívidas. Taxas de juro. Déficits. Insolvência. Bancarrota. Economia. São palavras que enchem os telejornais, os jornais, os fóruns, as conversas de café. A maior parte do que é dito e escrito, nem sequer é bem escrito ou bem falado. Muito do que se afirma, nem sequer tem um suporte factual. Mas, Portugal está a chegar ao fim. Ou pelo menos, vai ter um intervalo longo.

Esta é só mais uma prova, e bem clara: As farmácias da Madeira decidiram suspender definitivamente, a partir de 1 de Maio, a dispensa de medicamentos a crédito aos beneficiários do Serviço Regional de Saúde (SRS), devido a uma dívida de 116 milhões.

Quando a entidade que deveria ser mais respeitável e respeitada faz isto: Deduzidos os 36 milhões financiados pela Caixa Geral de Depósitos, o executivo de Alberto João Jardim tinha-se comprometido a pagar gradualmente em oito anos os remanescentes 85 milhões, mas falhou esse acordo logo no primeiro mês.


Já não há valores. Já não há dignidade. Já não há nada. É o vazio.

Tuesday, April 05, 2011

O maná

Os portugueses sempre tiveram jeito para descobrir negócios da China. Desde as especiarias da Índia, ao ouro do Brasil, passando pelo petróleo de Angola, os portugueses sempre se dedicaram muito à procura do "remédio universal".

Houve épocas em que tirar um curso, era sinal de vidinha feita. Depois, veio a moda das croissanterias. Mais tarde, o boom da construção civil.

Nos últimos anos, houve a corrida às licenciaturas na área da saúde. E paralelamente, começou a moda de querer ter filhos jogadores de futebol, e foi o bom e o bonito, com os papás a quererem ter os filhotes nos berçários dos clubes de futebol mais famosos.

Agora, o maná é este: A Universidade de Aveiro (UA) recebeu 1636 candidaturas para preencher as 40 vagas do novo curso de Medicina, que vai arrancar em Setembro. Na TSF, o reitor da UA confessou que a procura superou as expectativas.

Apenas uma pergunta singela, se há tanta falta de médicos, conforme dizem as respectivas corporações, e se há tantos candidatos, porque é que a vetusta Universidade de Aveiro só abre 40 vagazinhas para o exercício de feitiçaria moderna? Não deve ser por falta de espaço.

Monday, April 04, 2011

Se fossem só 22

Burlas: A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) tem em mãos 22 casos de médicos que estão em regime de exclusividade para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) mas que ao mesmo tempo trabalham em empresas de prestação de serviços pagas pelo Estado.

Mas, regime de exclusividade permite que os clínicos possam auferir entre 38 e 52 por cento mais, com a contrapartida de não poderem trabalhar em mais nenhum organismo.

Pior: De acordo com os valores definidos pela Administração Central do Sistema de Saúde, os médicos especialistas devem receber 35 euros à hora e os clínicos gerais 27,5 euros. Mas a IGAS detectou valores superiores aos cem euros por hora em alguns casos.


Festa. Regime de festa! Apesar, da oficial crise! Ou, recessão, se quiserem.
 
Entretanto, continuamos com o fait divers do costume: Após longos meses de negociações, foi finalmente o anunciado que vão começar a chegar médicos estrangeiros a Portugal.

Friday, April 01, 2011

A natureza humana

Há gente para tudo. Aquilo que para nós é bom, para outros é mau. Uns gostam do azul, outros do amarelo. Mas, há limites. A natureza humana não pode ser desregrada. Ou mesmo, completamente desregrada.

Isto é absolutamente incompreensível: “Aquilo que me preocupa mais são aquelas mulheres que, ao abrigo da lei, fizeram um aborto em meados de 2009, no início de 2010 vêm fazer outra interrupção e no final de 2010 vêm fazer outra”, afirmou hoje Luís Graça em declarações à agência Lusa.

O que é isto? Abortar é como ir à praia? Abortar é como fazer uma viagem? Não nos parece.

  1. De acordo com o relatório dos registos das Interrupções da Gravidez (IG) da Direção-Geral da Saúde, referentes ao período de janeiro a dezembro de 2010, independentemente dos motivos, foram realizados 19.436 abortos, menos 412 do que em 2009 (19.848).
  2. De acordo com este documento, mais de 250 mulheres que interromperam a gravidez em 2010 tinham feito três ou mais abortos anteriormente e, destas, quatro já tinham abortado mais de dez vezes.
  3. Para o presidente da SPGO, Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Obstetrícia, Luís Graça, que se afirma “militante dos direitos das mulheres”, “isto já é um abuso do direito”.
  4. “Como o povo diz, na primeira qualquer um cai, na segunda só cai quem quer. E quem vem à segunda e vem à terceira é uma mulher que é de facto negligente para si própria e até para o Serviço Nacional de Saúde, que está a gastar dinheiro e recursos para, ao fim e ao cabo, resolver a pura negligência dessas mulheres”, afirmou.
  5. A situação é, para Luís Graça, “preocupante”. O médico defende que “devia haver uma taxa moderadora a ser paga pelas pessoas”.
  6. No entanto, o médico defende que “continua a ser um número muito elevado, quando existem métodos de contraceção que são muito eficazes e que estão disponíveis nos centros de saúde e há pessoas preparadas para fazerem um acompanhamento de quem procura estes métodos”.
  7. “Não se justifica que haja tantas gravidezes indesejadas que tenham que ser interrompidas. É importante que as pessoas compreendam que mais vale prevenir do que remediar e para isso é preciso que haja uma política mais pró-ativa em termos de informação”, afirmou.
Portugal vai por maus caminhos, se continua assim. Tarde ou cedo, há um preço a pagar.