Os portugueses sempre tiveram jeito para descobrir negócios da China. Desde as especiarias da Índia, ao ouro do Brasil, passando pelo petróleo de Angola, os portugueses sempre se dedicaram muito à procura do "remédio universal".
Houve épocas em que tirar um curso, era sinal de vidinha feita. Depois, veio a moda das croissanterias. Mais tarde, o boom da construção civil.
Nos últimos anos, houve a corrida às licenciaturas na área da saúde. E paralelamente, começou a moda de querer ter filhos jogadores de futebol, e foi o bom e o bonito, com os papás a quererem ter os filhotes nos berçários dos clubes de futebol mais famosos.
Agora, o maná é este: A Universidade de Aveiro (UA) recebeu 1636 candidaturas para preencher as 40 vagas do novo curso de Medicina, que vai arrancar em Setembro. Na TSF, o reitor da UA confessou que a procura superou as expectativas.
Apenas uma pergunta singela, se há tanta falta de médicos, conforme dizem as respectivas corporações, e se há tantos candidatos, porque é que a vetusta Universidade de Aveiro só abre 40 vagazinhas para o exercício de feitiçaria moderna? Não deve ser por falta de espaço.