Dívidas. Taxas de juro. Déficits. Insolvência. Bancarrota. Economia. São palavras que enchem os telejornais, os jornais, os fóruns, as conversas de café. A maior parte do que é dito e escrito, nem sequer é bem escrito ou bem falado. Muito do que se afirma, nem sequer tem um suporte factual. Mas, Portugal está a chegar ao fim. Ou pelo menos, vai ter um intervalo longo.
Esta é só mais uma prova, e bem clara: As farmácias da Madeira decidiram suspender definitivamente, a partir de 1 de Maio, a dispensa de medicamentos a crédito aos beneficiários do Serviço Regional de Saúde (SRS), devido a uma dívida de 116 milhões.
Quando a entidade que deveria ser mais respeitável e respeitada faz isto: Deduzidos os 36 milhões financiados pela Caixa Geral de Depósitos, o executivo de Alberto João Jardim tinha-se comprometido a pagar gradualmente em oito anos os remanescentes 85 milhões, mas falhou esse acordo logo no primeiro mês.
Já não há valores. Já não há dignidade. Já não há nada. É o vazio.