Friday, September 29, 2006

O Serviço Nacional de Saúde rebentou.....

Mas, nós já tínhamos avisado, sucessivamente.

Hoje lemos,
aqui, que "A execução orçamental até julho mostra que a despesa dos hospitais com medicamentos está a subir 8%, contrariando os dados que apontavam para um valor de 3,6%". Na mesma notícia, parece que "o ministro está “moderadamente preocupado” com estes valores". Não diz é que o Professor Correia de Campos estava surpreendido!

Num outro aspecto, notamos que um conhecido Sindicalista se mostra
surpreendido, quando refere: "Ficámos Siderados. Numa altura em que esperávamos por uma proposta de revisão salarial, o Governo avança com uma proposta de penalização salarial". Isto a propósito de: "Executivo quer aumentar os descontos dos funcionários públicos para a ADSE, de 1% para 1,5%, assim como obrigar os aposentados a iniciar descontos de 1% sobre o valor da pensão quando essa for superior a 578,85 euros".

Nós vínhamos avisando sucessivamente, que o Estado não está em condições de cumprir a Constituição da República Portuguesa. Mas, os Representantes desse mesmo Estado, não querem reconhece-lo publicamente. Porque será?

Gravidez saudável


Um estudo levado a cabo na Suécia, junto de 150.000 mulheres, que tiveram 2 filhos, entre 1992 e 2001, vem concluir que uma gravidez programada saudavelmente, deve ter em conta o que a futura mãe come antes e durante a gravidez: "The results provide new evidence that overweight or obese women who plan to become pregnant should lose weight, and that women with healthy weights should avoid packing on pounds before pregnancy, the researchers said".

Algumas consequências verificadas:

  • If she gained just 7 pounds before her second pregnancy.......she would also raise her risk of becoming diabetic during the second pregnancy by about 30 percent.
  • If she gained 13 pounds.........her diabetes risk would double.
  • Overall, the new study says gaining 1 or 2 BMI (body mass index) units increases the risk of diabetes and high blood pressure during pregnancy by up to 40 percent.

Nota: 1 libra equivale a menos de 0,5 quilogramas.

Thursday, September 28, 2006

A confirmação da (in)sustentabilidade da Constituição

Mais vale tarde, do que nunca. O professor Vital Moreira percebeu agora que, "Sou dos que pensam que o actual sistema de financiamento do SNS, quase exclusivamente dependente do orçamento do Estado, dificilmente aguentará durante muito tempo o impacto do crescimento das despesas de saúde acima do crescimento do PIB e da despesa pública".

Nós, por aqui, vimo-lo afirmando há bastante tempo. É para nós, um dado adquirido que os actuais detentores do Estado, teimam em aceitar comunicar aos portugueses, uma verdade! Não entendemos porquê.

Diz ainda o
Professor Vital Moreira, "parecem-me desaconselháveis inovações parcelares "ad hoc" que alterem o sistema existente, como sucede com a recente declaração ministerial sobre a possibilidade de estender as "taxas moderadoras" aos internamentos hospitalares e às cirurgias de ambulatório, casos até agora isentos de qualquer taxa". A nós, também.

Finalmente, o Professor Vital Moreira desmente o Professor Correia de Campos, quando
afirma, "É evidente, porém, que se não trata de taxas "moderadoras", visto que esses cuidados de saúde não dependem da vontade dos utentes, mas sim de taxas em sentido estrito, destinadas a fazer participar os utentes na cobertura financeira dos gastos de saúde (co-pagamentos)". Chame-lhe impostos, Professor Vital.

Onde está a Constituição da República Portuguesa?

Tuesday, September 26, 2006

Custos da saúde permanecem muito acima da inflação

Sem nos surpreendermos, vemos aqui, que os custos da saúde nos EUA continuam sistemáticamente acima da inflação verificada.

Ainda assim, "Health insurance premiums this year rose 7.7 percent, the lowest growth rate in six years but still more than double the growth rate in inflation and worker earnings, according to the latest survey from Kaiser Family Foundation". Ao verificar o acréscimo no valor dos prémios de seguros, temos que pensar que a generalidade dos Americanos, como não têm serviços públicos de saúde, têm a cobertura de seguro de saúde, paga normalmente, pela entidade patronal.

Mas, já é habitual os custos dos seguros de saúde serem superiores ao crescimento da inflação e dos salários, "that outsized growth has been the case in at least 12 of the past 18 years", e "Since 2000, premiums have risen 87 percent while wages have only gone up 20 percent and inflation has increased 18 percent".

Dado que exigimos uma saúde cada vez com maior qualidade, vamos chegar ao ponto da catástrofe nos sistemas de saúde, públicos ou privados, por esse mundo fora.....

Os modelos de saúde em debate


Por todo o mundo, discutem-se modelos de saúde. Estes têm que envolver: princípios, ética, vontades dos prestadores e dinheiro das pessoas. É quase a quadratura do círculo!

Nos EUA, nação mais rica do mundo e com um sistema de saúde predominantemente privado, o Congresso Americano pediu em 2003, a uma nova Comissão, que estabelecesse um conjunto de recomendações para a saúde naquele país. Destacam-se as seguintes ideias:

  • protection for all from high medical expenses.
  • and guaranteed coverage for specific checkups and treatments.

Mais à frente o painel que serviu de suporte à Comissão detalha melhor: "Americans clearly want a system that guarantees health care for everyone".

Pois é. Mas, "The report noted that more than 1 million people have been added to the ranks of the uninsured since the group started meeting".

A Presidente do Galen Institute, responde desta forma, aos desejos da Comissão, "It's a utopian wish list that I just don't think is a practical political and policy recommendation".

E os problemas são estes:

  1. The core benefits package would wind up inevitably becoming so comprehensive that nothing would be excluded.
  2. Then it becomes prohibitively expensive.

Monday, September 25, 2006

O empreendedorismo na saúde

Decorreu entre 28 e 30 de Junho de 2006, em Budapeste, a Conferência Anual da European Health Management Association, cujo tema era "ENTREPRENEURIAL BEHAVIOUR: OPPORTUNITIES AND THREATS TO HEALTH".

Apesar da extrema importância do tema, não esteve presente nenhum Conferencista português. Lamenta-se!

Iremos abordar aqui, várias apresentações de extrema importância, na nossa opinião, poderão contribuir para a melhoria dos serviços de saúde em Portugal.

Desta
apresentação, cujo título foi "Are Dutch hospitals well prepared for the coming liberalisation and market forces?", retiramos algumas idéias - chave:

  1. The Dutch hospitals are preparing themselves energetically on the steadily increasing liberalization and the introduction of market forces.
  2. Changes in middle management, both in structure as in people, more attention to leadership and entrepreneurship in the selection of board members, high investments in ICT and administrative processes and the development of more business like plans.
  3. Board members and supervisors developed certainly a positive attitude towards the liberalization and the strategic freedom that it will give them.

Contudo, há alguns obstáculos a vencer, como sejam:

  • seize a real corporate grip on finances and (medical) performances and production;
  • undertake the right external initiatives swiftly and with full dedication (they often miss the right combination of plans and decisive action);
  • develop and implement the right organizational structures for a cooperation with entrepreneurial professionals.

Verificamos que no caso Holandes, há algumas semelhanças com o caso Português, quando se afirma "The strategic top of Dutch hospitals is certainly in a transitional phase" e " This becomes evident by the confusion we found over the most suited leadership profile for future hospital boards".

Terminamos, com esta frase - indecisão: "preparing the hospital sector for liberalization looks a lot like pumping the gas while pulling the breaks".

Saturday, September 23, 2006

Hospitais proibidos de comprar novos medicamentos

O título acima foi retirado daqui e ficamos a saber que "A ordem é para apertar o cinto: um despacho do ministro da Saúde, datado de 1 de Setembro, proíbe a aquisição de novos medicamentos por parte dos hospitais".

Então o Serviço Nacional de Saúde (SNS) já não se preocupa com a acessibilidade dos doentes, ou clientes, como nós gostamos de lhes chamar. O SNS já não se preocupa com a equidade. Pelo menos é o que parece. Para o Ministério da Saúde, a economia é o mais importante. Pena é, que não seja em todos os aspectos!

Mais à frente, na mesma
notícia, verificamos que "O ministério admite que "tem tudo a ver com a política orçamental" e que é imprescindível cumprir a meta dos 4% para o crescimento da despesa com medicamentos hospitalares". Ou seja, ao contrário do que afirmou o Prof. Correia de Campos, desde sempre, os doentes passarão a segunda prioridade!

A representante de uma das maiores corporações da saúde, comenta assim "A Ordem dos Médicos diz que o despacho é uma "atitude cega" e convida os seus membros a queixarem-se "sempre que for posta em causa a saúde dos doentes".

Outro representante, de outra corporação da saúde, comenta assim "Já Manuel Delgado, presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, desvaloriza o despacho", embora a mesma pessoa considere que "É fortemente restritivo e tem um ar dramático, mas mantém a porta aberta para situações de necessidade".

Finalmente, o Bastonário da Ordem dos Médicos refere uma verdade, "Os mesmos hospitais que não têm dinheiro para os novos medicamentos foram obrigados a pagar fortunas para a Entidade Reguladora da Saúde, que ainda não produziu nada que se visse".

Nós, que gostamos de defender apenas e só os clientes da saúde, sabemos que o problema grave da saúde está na imensa teia de corporações, em que a mesma está envolta.

Friday, September 22, 2006

A gestão no seu melhor.....

Lemos, algo que nem queremos acreditar: "Os 26 maiores hospitais públicos portugueses não conseguiram dar informações completas ao Ministério da Saúde sobre os laboratórios que forneceram a rede hospitalar em 2005".

E pasme-se, sobre a reacção do Ministro da Saúde, que é o Responsável máximo da saúde estatal, "Confrontado com este problema, o gabinete do ministro da Saúde, Correia de Campos, desvalorizou a questão, considerando que “os valores estão todos contabilizados”.

Aqui, verificamos que o valor é negligenciável, "portugueses gastaram 55,2 milhões de euros em medicamentos «para os quais não foi possível identificar os laboratórios» envolvidos".

Os Deuses devem estar loucos!

Thursday, September 21, 2006

O interesse do consumidor da saúde

Neste sítio, gostamos de defender o consumidor da saúde, na sua versão de doente ou de contribuinte.

E é com satisfação que vemos mais uma iniciativa do Professor Correia de Campos, conforme se pode ver
aqui, "Correia de Campos reconheceu que o tempo de espera para algumas consultas de especialidade nos hospitais é demasiado longo e aponta o dedo à "cultura médica hospitalar", que "é contra a consulta externa"."

Mas para o Professor Correia de Campos há mais obstáculos a que exista maior eficiência nas consultas externas, tais como, "Existe uma indisponibilidade de recursos e meios e a tradição de colocar na consulta externa, ou os velhos - os médicos mais antigos, que já não fazem urgência - ou os muito novos". Isto, que o Ministro da Saúde afirma, é grave.

Mas, o Senhor Ministro não fica por aqui, e afirma "Como os médicos [dos centros de saúde e dos hospitais] pouco têm falado uns com os outros", e mais "as consultas externas hospitalares estão encharcadas com consultas subconsequentes".

Para nós, tudo isto resume-se a duas ou três questões fundamentais: falta de gestão dos recursos, falta de informatização do sistema de saúde e pouca cultura de responsabilidade dos vários participantes da saúde.

Perante isto, vai ser difícil dar a volta a um sistema tão empenado, sobretudo quando o próprio Ministro tem mais esta intenção, "Vou nomear uma pequena comissão que vai montar um sistema para colher toda a informação sobre consultas de especialidade dos hospitais".

Mais uma Comissão?

A (in)Sustentabilidade do Sistema Constitucional



Temos vindo a escrever, por aqui, sobre a incomportabilidade do sistema de saúde, no ambito do actual enquadramento constitucional. Relembremos, uma vez mais, o que diz a "Lei Fundamental", no que se refere à saúde, no seu artigo 64º:

  1. Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.
  2. Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito.
  3. Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação.
  4. ........

Há dias, o Professor Correia de Campos veio anunciar a implementação de "taxas moderadoras", para quem seja objecto de internamento hospitalar e cirurgia. E, invocou, o Prof. Correia de Campos, a utilidade das "taxas moderadoras" teria sobretudo como fim, dissuadir os cidadãos de utilizar os internamentos e as cirurgias.

Nós não compreendemos, como é que alguém poderá evitar uma cirurgia ou internamento. Ou dito de outra maneira, será que alguém quererá ser objecto de um internamento, por prazer?

Vem agora, o Dr. Manuel Delgado, Administrador Hospitalar (AH), e Presidente da Associação dos AH, reforçar aquilo que pensávamos, "a aplicação da taxa poderá vedar-lhe (ao cidadão) o acesso à terapêutica, pondo em causa o princípio da equidade, o que é inconstitucional".

O Bastonário da Ordem dos Médicos, Dr. Pedro Nunes, reforça a ideia, se "a taxa for demasiado alta, poderá restringir o acesso do doente à saúde, contrariando os princípios da equidade e de um sistema tendencialmente gratuito".

Será que a saúde vai continuar por caminhos turtuosos!


Wednesday, September 20, 2006

A nova rede de urgências hospitalares

Na saúde, a revolução continua. São as maternidades que fecham, são os SAP's que encerram, são os medicamentos que baixam o seu preço de referência, são os medicamentos de venda livre que passam a ser vendidos fora das farmácias, é a Entidade Reguladora da Saúde que continua a não se perceber o que faz, são muitas coisas a acontecer ao mesmo tempo.

Agora, a frente do Professor Correia de Campos são as urgências hospitalares, conforme se refere
aqui.

E a
notícia indicia mais poupança! Para quem dizia que a qualidade seria inprescindível, a questão económica parece estar a ser determinante.

Então, verificamos que a nova estrutura de urgências hospitalares ficará assim: "Na nova rede estão previstas 45 Básicas, 25 Médico-cirúrgicas e 13 Polivalentes".

Ainda segundo a mesma
notícia, "Segundo a nova definição, a Urgência Polivalente localiza-se num hospital central e dispõe de todas as especialidades", "A Médico-cirúrgica é ligeiramente mais pequena e tem de estar, no máximo, a uma hora de distância da população que assiste" e "Quanto à Básica, terá apenas dois médicos e dois enfermeiros por equipa".

Farão parte das "urgências polivalentes" os seguintes hospitais: "de Braga, Vila Real, São João e Santo António – a Norte; as de Viseu, Hospital Universitário de Coimbra e Centro Hospitalar de Coimbra – no Centro; as dos hospitais de Santa Maria, S. José, S. Francisco Xavier e Almada – em Lisboa; e as de Évora e Faro".

Finalmente, tudo
isto, começará: "A nova rede será implementada até Março de 2007".

Vamos ver, como reagem as populações que vão ficar mais longe dos melhores meios!

Tuesday, September 19, 2006

A saúde vai custar mais dinheiro

É sem surpresa que lemos esta notícia, "Para serviços hoje grátis - Ministro da Saúde pondera criação de mais taxas moderadoras".

Recordamos, e mais uma vez, o preceito constitucional relativo à saúde, no artigo 64º da
Constituição da República:

"O direito à protecção da saúde é realizado:

Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito; "

Voltando às
declarações do Professor Correia de Campos, lemos isto, "O ministro da Saúde admitiu hoje, em entrevista à agência Lusa, a criação de novas taxas moderadoras para sectores que actualmente são gratuitos para os utentes, como o internamento ou a cirurgia de ambulatório".

E diz ainda o Ministro da Saúde, "António Correia de Campos revelou que a medida poderá ser aplicada em breve, mas que não tem apenas fundamentos económicos". Isto, porque "Este tipo de receitas é mínimo".

Não sabemos qual é o conceito de custo do Ministro da Saúde. Sabemos que Portugal tem um salário médio abaixo dos 1.000 euros por cidadão, e para cidadãos com esta grandeza de riqueza, é grave pagar mais pela saúde, sobretudo se antes não pagava nada.

Este é mais um dado, que se acrescenta a outros, na nossa opinião, que vem demonstrar que o Serviço Nacional de Saúde gratuito é uma miragem!

Monday, September 18, 2006

Os espinafres fazem mal

Lemos aqui, que "the Food and Drug Administration widened its warning against eating any bagged spinach to include all fresh spinach".

Vamos ao sítio da
Food and Drug Administration (FDA), e confirmamos a notícia "FDA advises consumers to not eat fresh spinach or fresh spinach-containing products until further notice".

As consequências, segundo a FDA são muitas: "To date, 109 cases of illness due to E. coli infection have been reported to the Centers for Disease Control and Prevention (CDC), including 16 cases of Hemolytic Uremic Syndrome (HUS) and one death".

Os sintomas causados pela doença associada aos espinafres são estes: "E. coli O157:H7 causes diarrhea, often with bloody stools".

Afinal, os espinafres não são amigos das pessoas!

Saturday, September 16, 2006

O ensino da medicina em Portugal

Ouvimos e lemos repetidamente, na comunicação social, que há falta de médicos. Nomeadamente, de médicos especialistas.

Vemos hoje, os resultados dos concursos para o ensino superior, relativo ao ano lectivo de 2006-2007, e verificamos, segundo esta
notícia, que "o número de estudantes que colocaram Medicina no topo das prioridades desceu de 3423 em 2005 para 3185 em 2006". E face a este declínio de candidatos, a média mínima de candidatura desceu, conforme se conclui aqui, "a nota de entrada nos cursos de Medicina caiu quase um valor em relação a 2005, baixando a fasquia dos 18 valores para seis das nove licenciaturas do País".

Mas, o
Ministério da Ciência e do Ensino Superior, também fez alguma coisa, para que a média de candidatura baixasse: "O aumento de 8,1% nas vagas".

Gostávamos que esta notícia fosse o prelúdio de maior oferta de médicos, em Portugal.

Thursday, September 14, 2006

SNS: a tempestade em curso!


A saúde vive dias tumultuosos. Os consumidores querem serviços melhores, mais convenientes e acessíveis.

Os colaboradores, dos vários tipos, estão sempre insatisfeitos e desejosos de obterem melhores retornos.

A Administração da Saúde conduz em "mar alto", com ondas elevadas.

Tudo isto a propósito do
seguinte, "Todos os directores dos centros de saúde estão a «prazo»". Esta afirmação é do Dr. Luis Pisco, Coordenador da Unidade de Missão para os Cuidados de Saúde Primários (MCSP).

O Coordenador da MCSP afirma
mesmo, "as mudanças nas direcções dos centros de saúde não deverão afectar directamente os utentes e visam aproximar a gestão dos profissionais, uma vez que esta está actualmente a cargo das 18 sub-regiões de saúde, organismos que vão ser extintos". E mais isto, "Os centros de saúde irão, contudo, agrupar-se, tal como acontece com alguns hospitais que, actualmente, se apresentam como grupos hospitalares, «sem que isso afecte os utentes»".

Sabemos que as mudanças na saúde são necessárias, mas frases assassinas como esta: "Todos os directores dos centros de saúde estão a «prazo»", poderão ser perigosas.

A (in)sustentabilidade do SNS

Temos vindo a escrever, ao longo destes últimos tempos, sobre as dificuldades evidentes do SNS. Agora, verificamos, finalmente, que a verdade vem ao de cima: "A comissão nomeada pelo governo propôs aumentar os impostos para garantir a sustentabilidade do SNS". Mais impostos? Ainda mais?

O Ministério das Finanças
responde desta forma: "O Ministério das Finanças rejeitou a possibilidade de aumentar a carga fiscal como forma de fazer face às dificuldades financeiras do Serviço Nacional de Saúde". Haja bom senso! Os problemas graves do Ministério da Saúde passam por: controlo das despesas, controlo dos aparelhos corporativos e sobretudo, gestão efectiva.

A Comissão que o Professor Correia de Campos incumbiu de avaliar os caminhos possíveis para o SNS, deu as seguintes
pistas de saída:

"As sete soluções
- Não fazer nada;
- Saída do Serviço Nacional de Saúde (opting out);
- Aumentar os impostos e canalizá-los para a Saúde;
- Aumentar os pagamentos directos das populações;
- Limitação de cobertura do Serviço Nacional de Saúde;
- Organização de Agências de Financiamento local;
- Criação de planos de poupança saúde."

Pensamos que a altura de "não fazer nada", já terminou, até porque a UE não deixa que o monstro da despesa cresça indefinidamente.

Wednesday, September 13, 2006

Tuberculose, outra vez!


Infelizmente, voltamos a ter o fenómeno da tuberculose, em Portugal, em maior escala.

Aqui, lemos que "Portugal está entre os países da Europa com maior incidência de tuberculose na população", e "Por ano surgem três mil novos casos".

Temos conquistado muito na saúde: esperança média de vida aumentada, baixa taxa de mortalidade infantil, entre outros rácios, dão-nos como um exemplo bom na saúde, nos últimos 30 a 40 anos.

Mas, agora e outra vez, a tuberculose? E em grande escala? Porquê?

Lemos
mais, "Em toda a Europa, só os três países bálticos (Lituânia, Letónia e Estónia) têm mais casos de tuberculose que Portugal", e sem espantar, "O Porto é o distrito com maior incidência de tuberculose, seguido de perto pela Área Metropolitana de Lisboa".

E verificamos também qual é a
mistura explosiva, "A tuberculose surge associada, no Porto, aos bairros mais degradados da cidade, onde a toxicodependência é um flagelo".

Tuesday, September 12, 2006

"Sociedade Prozac", outra vez!

A sociedade em que vivemos é dependente, de várias coisas, entre elas, de anti-depressivos.

Lemos
aqui, que "Newer antidepressants, already suspected of raising the risk of suicide, may also cause a few people to become violent, researchers reported on Monday". Ou seja, para além de outros efeitos ou consequencias, tomar anti-depressivos pode causar violencia!

E são dados mesmo exemplos, com base neste
estudo, "They found that people who took GlaxoSmithKline's antidepressant Paxil were twice as likely to have what was called a "hostility event" as those given a placebo".

E o estudo dá estes resultados, "They found that 60 out of 9,219 people who took Paxil or 0.65 percent, had "a hostility event," compared to 20 of 6,455 given a placebo, or 0.31 percent".

Mas, e ainda segundo a mesma
notícia, "the researchers said, however, that such violence was likely to be rare".

Não sabemos se é para ficarmos descansados!

Monday, September 11, 2006

Os jovens consomem menos droga nos EUA


Os jovens consomem menos drogas, nos EUA, do que os Americanos mais velhos, segundo se diz aqui.

Algo de estranho se está a passar, e sobretudo, algo que até agora não foi habitual, ou como se diz aqui, "Something important is happening with American teens".

"The survey showed that baby boomers aged 50 to 59 illegal drug use has risen for the third year in a row and now 4.4 percent say they've used illicit drugs during the last month", mas em contrapartida e segundo aqui, "current illicit drug use among youth ages 12-17 continues to decline".

"Similarly, the rate of current marijuana use among youth ages 12 to 17 declined significantly from 8.2 percent in 2002 to 6.8 percent in 2005, and the average age of first use of marijuana increased from under age 17 in 2003 to 17.4 years in 2005", e até no alcool, a situação melhorou, quanto aos jovens, "These declines in alcohol use by youth, ages 12-17, follow years of relatively unchanged rates".

Já no que se refere à situação dos mais velhos a situação é diferente, "Among adults aged 50 to 59, the rate of current illicit drug use increased from 2.7 percent to 4.4 percent between 2002 and 2005".

Seria curioso saber os mesmos dados, em relação a Portugal.


Saturday, September 09, 2006

Os supermercados oferecem serviços clínicos

A internet e a globalização estão a permitir autenticas revoluções, em vários aspectos da vida, a que estávamos habituados.

Lemos
aqui, algo que achávamos inacreditável, "To capture walk-in patients who will buy drugs and other merchandise, Wal-Mart Stores Inc., Duane Reade Holdings Inc., CVS Corp. and Walgreen Co. are opening clinics mostly run by nurse practitioners and physician assistants who treat everyday ailments and write prescriptions".

Imagine-se se em Portugal, já que a experiência acima referida, se relaciona com os E.U.A., passássemos a ter um consultório médico, inserido num supermercado ou discount!

Mas, pelos E.U.A., a situação já é
real, "Walgreen has 10 of its Health Corner Clinics open in stores in the Kansas City market and nine in the St. Louis area, spokesman Michael Polzin says. The chain says it plans to have about 60 by the end of the year".

Sabemos que os lobbies médicos são fortes, quer nos E.U.A., quer em Portugal. Mas, os outros lobbies também o são.

Mas, o mais importante, é que os consumidores estejam e sejam satisfeitos.

Os consumidores têm esta
opinião, "Every day you see more and more people jumping into the space".

Friday, September 08, 2006

Não haverá saída para a saúde, em Portugal?

Lemos aqui, algo de preocupante e muito sério: "Não há saída para a saúde portuguesa". Quem o diz, é o Director do Diário Económico.

E detalha, "A acreditar nas conclusões preliminares de 10 especialistas portugueses, todos convidados pelo Governo, os problemas crónicos do Serviço Nacional de Saúde não se resolvem". Mas tem a pior solução, na nossa opinião, que é "O problema é mesmo tão complexo que, para estes especialistas, sobra uma pequena alternativa – subir impostos".

Estaremos condenados ao fim do Serviço Nacional de Saúde (SNS)? Ou o SNS já não existe, verdadeiramente?

"das muitas soluções e ferramentas testadas por esse mundo fora para salvar da bancarrota os sistemas de saúde públicos, nenhuma se aplica a Portugal", diz-se ainda
aqui.

E qual a razão? É esta: “o actual contexto sociológico português”.

Nós já alvitramos este cenário há bastante tempo. Não é surpreendente esta conclusão. Infelizmente, quem tem governado o país, não quer assumir a verdade e a transparência!

Thursday, September 07, 2006

Para que serve a Entidade Reguladora da Saúde ?

Lemos aqui, "Entidade Reguladora da Saúde passa a fiscalizar as farmácias", e na mesma notícia relata-se isto "Prevendo um conflito de competências com o Infarmed, a ERS sugere que “as leis orgânicas das duas entidades reguladoras deverão ser adoptadas de forma a contemplar esta nova realidade”.

Ou seja, o
Infarmed regula a farmácia e o medicamento. Agora, aparece a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), que ainda ninguém percebeu o que faz (desde os tempos do Ministro Luís Filipe Pereira), a querer regular parcialmente as farmácias.

Senhor Professor Correia de Campos, nós sabemos que gerir o sector da saúde é muito difícil, mas por favor, não precisamos que as coisas ainda sejam mais complicadas, por força das hesitações, indecisões, confusões e ansiedades do Ministério da Saúde.

E já agora, gostaríamos que a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) fizesse um pouquinho mais, do que tem feito até agora. Nós, os consumidores da saúde, exigimos mais e ainda não percebemos para que serve a
ERS.

Wednesday, September 06, 2006

Nova esperança para os que sofrem do coração

O que lemos aqui, é excelente, "FDA OKs artificial heart implants for seriously ill". Ou seja, a Agência Americana FDA autorizou a utilização humana de um novo aparelho para substituir o coração, de nome Abiocor.

À partida, são boas notícias, mesmo que os resultados dos testes sobre o novo equipamento não sejam excelentes, conforme se verifica
aqui: "The 14 men who received the two-pound artificial heart in a study lived less than five months on average after surgery". E ainda isto, "Only one was discharged from a hospital to live at home", ou isto, "One patient survived 17 months and another 10 months".

Contudo temos que olhar para a futura evolução do novo produto, conforme se refere
aqui, "The AbioCor is the first totally implanted, permanent artificial heart to win Food and Drug Administration clearance. Agency officials said its approval for limited use was a major step forward in a 40-year quest but they hoped the device could be improved to extend survival".

Finalmente, o custo previsto do novo equipamento é muito difícil de atingir, se olharmos a
isto, "Abiomed Inc.'s AbioCor artificial heart -- may give patients only a few extra months and costs about $250,000".

Pois!

Tuesday, September 05, 2006

A revolução na Europa


Lemos aqui, que "A Comissão Europeia irá hoje relançar o controverso debate sobre o acesso aos serviços de saúde que poderá conduzir a uma maior harmonização dos sistemas nos diferentes Estados-membros". E qual é o objectivo? Segundo aquela notícia, "O objectivo é facilitar o pedido de reembolso por despesas efectuadas noutro Estado".

Estão criadas as condições para uma autentica revolução nos serviços de saúde na União Europeia.

O Comissário Europeu para a Saúde, Markos Kyprianou, refere em entrevista
aqui, que "Europe’s public healthcare systems must brace for radical change as barriers to patients crossing borders to seek treatment drop". E, Kyprianou adianta mesmo "The internal market applies to health services. People can shop around".

Mais uma revolução, em curso.

Monday, September 04, 2006

Um mundo de extremos

Lemos aqui, algo que nos deixa aterrado, "Em Portugal, o Hospital de Santa Maria tem mais médicos do que em Moçambique". Quem o afirma é o Ministro da Saúde de Moçambique.

E disse ainda o Ministro da Saúde de Moçambique, Ivo Garrido, "Estamos entre os três países mais atrasados do Mundo no que se refere a recursos humanos".

Moçambique está mesmo muito mal.

Mas, não estará também mal, o Hospital de Santa Maria, por excesso de recursos?

Sunday, September 03, 2006

A tecnologia ajuda a uma melhor qualidade de vida


Está a decorrer em Barcelona, o "World Congress of Cardiology - 2006". No âmbito deste evento, lemos aqui, que "Medtronic Inc's Cardiac resynchronization therapy (CRT) is equally effective for heart patients whether or not they have diabetes, researchers said on Sunday".

A
Medtronic é uma das empresas que mais tem investido nas novas tecnologias da saúde. De entre as várias novas tecnologias, a Medtronic desenvolveu a "Cardiac Resynchronization Therapy".

Vemos
aqui, que "Cardiac resynchronization therapy (CRT) is a proven treatment for selected patients with heart failure-induced conduction disturbances and ventricular dyssynchrony. When used in combination with stable, optimal medical therapy, CRT is designed to reduce symptoms and improve cardiac function by restoring the mechanical sequence of ventricular activation and contraction".

Voltando às novidades apresentadas no
Congresso de Barcelona, lemos isto, "With these new data, we now have proof that CRT is beneficial in heart failure patients with different co-morbidities, including those at risk of sudden cardiac death and patients with diabetes". E que "The latest data showed that CRT decreased the risk of heart-failure death by 45 percent and sudden cardiac death by 53 percent".

A tecnologia é nossa amiga.

Friday, September 01, 2006

A genética pode ganhar a luta contra o cancro

"Two out of 17 patients with a deadly form of skin cancer have had their tumours wiped out by genetically altered immune cells, US researchers report", refere-se aqui.

Algo inimaginável, mas já possível: vencer o cancro através das novas técnicas genéticas.

A ciência assusta sempre alguns. Outros, não a aceitam, simplesmente. Mas, se não fosse a ciência, não teríamos a qualidade de vida e sobretudo, a esperança média de vida que temos.

Na referida
notícia, diz-se também "But while the findings are being hailed as evidence that the troubled field of gene therapy can successfully treat cancer, other experts say the results are disappointing". Mas, "The technique represents the first time that gene manipulations have been shown to cause tumour regression in humans".

Há uma esperança adicional, para todos nós. Felizmente.