Wednesday, December 28, 2011

Eles comem tudo e não deixam nada!

José Afonso cantou noutros tempos, Os vampiros!

Agora, temos esta não - novidade: Hospitais desperdiçam dois milhões por dia.

Aliás, só quem andava distraído pode só agora chegar a estas conclusões:

1. Analisado o modelo de financiamento dos cuidados de saúde prestados pelas unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) entre 2007 e 2009, os auditores do Tribunal de Contas (TC) concluíram que, "devido a ineficiências nas unidades hospitalares", as perdas para o internamento rondaram os 242 milhões de euros e no caso de ambulatório foram cerca de 503 milhões.

2. O TC considera que os métodos de formação de preços são "desadequados" e que a "ausência" de informação completa e fidedigna sobre os custos das várias actividades das unidades hospitalares levam a uma redução da eficiência.


3. No entanto, de acordo com a auditoria, os preços não são a principal causa dos problemas detectados: "quer no internamento, quer no ambulatório, as ineficiências nos preços, ao contrário do que aparenta, não são as mais relevantes", indica o relatório, no qual os relatores alertam a tutela para a importância de focar mais os problemas técnicos e a afectação de recursos.


Nós que andamos pelos hospitais e centros de saúde do SNS, e observamos algumas notícias nos jornais, fácilmente percebemos que o poder político fez (e faz) fretes a uns quantos parceiros publicos e privados. Só que estes fretes custam e custarão muito a quem ainda trabalha. A máquina vai parar!

Monday, December 26, 2011

Cheating

Around 1,000 Dutch women have breast implants of the suspect kind made by a French company but sold under a different name, a Netherlands health official has said, broadening a scandal that could affect 300,000 or more women worldwide. Health authority spokeswoman Diane Bouhuijs said a Dutch company had bought implants made by Poly Implant Prothese, which went bankrupt in 2010 after French authorities shut its doors. It is now under investigation. They were sold rebranded as "M-implants". "We estimate 1,000 women in the Netherlands have them. We have advised them to consult their physician," Bouhuijs said. She declined to name the Dutch company. The rebranding expands the controversy in which PIP, once the world's third-largest maker, is accused of using industrial-grade instead of medical-grade silicone in some of its implants, which made them cheaper. They were sold in various European and Latin American countries. The company's founder, Jean-Claude Mas, was able to charge lower prices for the implants using the non-approved silicone.

Friday, December 23, 2011

A balda nos Hospitais EPE

Apesar da chegada de um gestor à Avenida João Crisóstomo, o SNS ainda continua na balda:
  1. existe uma nova derrapagem nas contas públicas, motivada pelos novos encargos com os pensionistas da banca e os hospitais-empresa.
  2. Em específico, os novos encargos estão relacionados com o facto de os hospitais-empresa terem passado para o perímetro das contas do Estado, o que irá motivar agora vários pagamentos.
Sabemos que pagar contas em tempo, é algo que as instituições do Ministério da Saúde nunca souberam fazer. Mas mesmo numa fase de bancarrota do Estado, não se consegue travar este sistemático derramamento?

Wednesday, December 21, 2011

Portugal de joelhos - 3

Já esperávamos há muito que o chamado SNS estivesse falido. Para nós, não é surpresa. Surpresa é sem dúvida, aparecerem os coveiros do SNS a chorarem como os crocodilos: "Suspeito que seja uma questão ideológica e não uma orientação da 'troika', porque vamos reduzir o acesso público à saúde e aumentar em alternativa o sector privado e lucrativo", afirmou Ana Jorge.

Se existisse dignigidade e seriedade em Portugal, esta Senhora Jorge teria saído de Portugal, ou estaria caladinha, pois o rasto que deixou é sinistro. Num país em decadência económica há mais de uma década, as despesas com saúde foram sempre significativas, não só facilitando o acesso de forma anárquica a todos os cidadãos, como também distribuindo benesses pelas várias corporações que sugam o sistema de saúde pública.

Aliás, a falência de Portugal é apenas e só o reflexo de descontrolo da máquina do Estado em vários sectores, e em particular no sector mais gastador, o da saúde. Portugal tem agora que passar pela suprema humilhação de ter determinações específicas, por parte dos seus credores, como esta: A 'troika' quer aumentar pelo menos em 20 por cento o número de doentes por médico de família nos centros de saúde e em 10 por cento nas unidades de saúde familiar (USF), segundo a revisão do memorando de entendimento.

Tuesday, December 20, 2011

Farmaceuticos de toda a Ibéria, uni-vos!

El cierre de farmacias de la Comunidad Valenciana, que se ha producido en los dos últimos días y que estaba previsto que concluyera mañana, ha sido desconvocado, según informa el Colegio de Farmacéuticos de Valencia.

Este anuncio se produce después de que la Conselleria de Sanidad comunicara que hoy se ha efectuado el pago de 60 millones de euros a las farmacias cuando la Generalitat ha podido disponer del dinero "y no como respuesta a la huelga".

En un comunicado, el Consejo Valenciano de Colegios de Farmacéuticos ha pedido disculpas por las molestias que hayan podido ocasionar los cierres de las farmacias de la Comunidad a los pacientes, al tiempo que ha recordado que esos cierres han sido "necesarios" para poder seguir dispensando todos los medicamentos con normalidad.

Tuesday, December 13, 2011

A Madeira é só um pequeno ilhéu

A Madeira está para Portugal, como Portugal está para a União Europeia. A Madeira viveu durante décadas do financiamento do Continente e do crédito internacional com o aval do Estado português.

Portugal viveu durante décadas tendo como base o financiamento internacional. Agora, com o crédito adicional da chamada Tróika, Portugal vive com o aval da finança internacional, isto é, com o apoio da União Europeia e do FMI.

Ou seja, quer a Madeira, quer o Continente, tiveram um crescente desenvolvimento durante décadas. Este desenvolvimento foi obtido através da dependência acentuada do crédito internacional. Agora, Portugal entrou em bancarrota e a Madeira entrou em colapso.

Este é só mais um exemplo que ilustra a imensa irresponsabilidade de quem tem governado o país ou alguma das suas partes: A Associação Nacional de Farmácias (ANF) informou hoje, em comunicado, que a partir do próximo dia 15 de Dezembro (quinta-feira) as farmácias não poderão continuar a dispensar medicamentos a crédito à população da Região Autónoma da Madeira. Isto porque a dívida da região às farmácias é, neste momento, de 77 milhões de euros, estando em dívida as comparticipações desde Setembro de 2009.

Quem vive à custa dos outros, dificilmente muda de caminho. Isto passa-se com os indivíduos, as famílias ou as empresas. É como a toxicodependência. É quase irreversível. A gente que conduziu Portugal e todas as suas partes à actual condição, continua a dirigir a nação.

Quando a cabeça não pensa, o corpo é que paga: a ANF publicou um anúncio na imprensa informando que as farmácias vão deixar de dispensar medicamentos a crédito à população da Região Autónoma da Madeira a partir de quinta-feira.

Tuesday, December 06, 2011

A evidente incapacidade de gestão

Durante décadas, possuir uma farmácia significava: sucesso, status, riqueza aparente, ou riqueza real. Claro que este maná, fundamentava-se em: contingentação do mercado, isto é, as farmácias beneficiavam de uma protecção legal, que evitava a abertura do número de farmácias necessárias ao mercado. Depois, os lucros estavam garantidos por Lei. E ainda, a corporação das farmácias, geria bem a sua relação com o seu principal pagador, o Estado.

Entretanto, com a bancarrota do Estado português, os credores do Estado impuseram um corte drástico na comparticipação no pagamento dos medicamentos. Os principais consumidores de medicamentos, os idosos, vivem de reformas baixas ou muito baixas.

Perante este cenário, a festa está a chegar ao fim:

1. Distribuição precipitada de dividendos, stocks descontrolados, caixa e crédito das farmácias usados para pagar divórcios, casas, carros e férias sem ter em conta necessidades futuras como pagamento a distribuidores ou modernização. São muitas as razões encontradas pelos vendedores para a falência de farmácias e excesso de oferta no mercado de venda e trespasse.

2. Apesar da desvalorização, nenhum admite que o negócio tenha deixado de ser rentável, passou apenas a ter de ser mais bem gerido: uma farmácia com uma facturação anual de um milhão era vendida por três. Hoje está no mercado a 1,2 milhões.

3. “Antes as margens davam para tudo, para os empregados roubarem, para férias, para casas. Hoje é preciso uma melhor gestão”, diz ao i o representante que tem as 87 farmácias. Assumir o passivo significa ter o dinheiro disponível. E os intermediários cobram ainda a sua margem: “São situações em que se pode negociar com os bancos, mas em grande parte as dívidas a fornecedores, que também estão com a corda na garganta, são para pagar logo”.

Na India, as vacas sagradas morrem de velhas. Em Portugal, parece que já não há vacas gordas. Em Portugal, os empresários sem concorrência, já não têm dinheiro para pagar a sua incapacidade de gestão!

Sunday, December 04, 2011

O Estado português e os zombies

Diz-se por aí, que há despesa a mais e trabalho a menos. Nós concordamos.

Diz-se por aí, que há gente que ganha dinheiro, sem dar a contrapartida inerente de trabalho. Nós concordamos.

O actual governo veio dizer que extinguiria Fundações e departamentos inúteis.

O anterior governo disse que extinguiu vários serviços.

Aqui está um verdadeiro zombie: O Alto Comissário Adjunto da Saúde, Ponciano Oliveira, cessou funções no Alto Comissariado da Saúde (ACS) no dia 1 de Outubro de 2011. As funções de direcção do ACS são asseguradas, a partir dessa data, pela Directora de Serviços de Coordenação Internacional, Regina Carmona.

Fantástico. Um organismo que foi extinto (foi o que disse o Governo Sócrates), mantém-se vivo, apesar de estarmos no Governo Passos, e este ter vindo dizer que queria extinguir organismos inúteis.

Um morto, que afinal está vivo, só pode ser um zombie.

Mas cuidado, este é um zombie que consome impostos a quem trabalha. É um zombie perigoso. Este zombie até tem relações internacionais!

Portugal está definitivamente condenado, com Sócrates e com Passos.