Utilização de PDA's na melhoria da qualidade do serviço

Lemos aqui, que "A new study shows that physicians are successfully using personal digital assistants (PDAs) with decision support software to improve the practice of medicine". E adiantam-se mais novidades no referido artigo "Researchers at Brigham and Women's Hospital, a teaching affiliate of Harvard Medical School, found that physicians specifically said they felt products from Epocrates, San Mateo, Calif., help improve patient safety and care on a daily basis". Ou ainda, "approximately 500,000 users among physicians, nurses, and medical students, is one of the best known of the PDA medical applications providers". A empresa que tem o serviço é a www.epocrates.com (conforme imagem em anexo).

Cidades de pedra

Todos os dias há novidades na "saúde". Umas melhores, outras piores! Sabemos contudo, que a oferta de edifícios hospitalares é vastíssima e velhíssima. Mas desconfiamos sempre, numa altura em que os recursos escasseiam, que se tentem fazer projectos megalómanos como este, "‘Cidade hospitalar’ avança em Chelas", que vem aqui. E na referida notícia dá-se mais algum detalhe, "o ministro Correia de Campos está em negociações com o presidente do município lisboeta, Carmona Rodrigues, para viablizar a construção do novo Hospital de Todos-os-Santos, sendo também possível a transferência para Chelas do Instituto Português de Oncologia (IPO)". Porque será que o negócio imobiliário lidera sempre, em todos os sectores? Gostaríamos de saber!

"Falhámos na prevenção"

Quem o diz é o Professor Doutor Correia de Campos, aqui.

Não entendemos "esta onda que nos varre", causada pela classe política, de afirmar sucessivos falhanços, mas que de seguida anuncia mais boas intenções para melhorar a situação! Assim, O Ministro da Saúde referiu no Congresso Português de Cardiologia, "Falhámos na prevenção, o tabagismo tem aumentado, o que demonstra a incapacidade de fazermos prevenção", e depois lá vem as boas intenções, quando referiu "implementar legislação adequada para evitar o uso do tabaco e promover estilos de vida saudáveis".

As boas práticas, o rigor e a disciplina, não se impõem só, por força de Lei. Por vezes, o rigor, a disciplina e as boas práticas, resultam do esforço de educação de sucessivas gerações.

Não entendemos, para aonde vai Portugal!

Cuidados continuados

Lemos aqui, que foi realizada a "apresentação da nova rede de cuidados continuados de saúde, no Hospital de Santa Maria". Ou seja, mais um "plano" do Governo do Engenheiro Sócrates. Mas, o Professor Doutor Correia de Campos vem, na referida cerimónia de apresentação, dizer o seguinte "Correia de Campos explicou que, nas unidades de média e longa duração, o Ministério da Saúde assume, respectivamente, 70% e 20% do financiamento". Mas, estamos a falar de quê? De que o "utente" (para nós, Cliente ou contribuinte) vai pagar 80% de determinada cobertura de saúde? Então e o Serviço Nacional de Saúde? Então, e a Constituição da República? Fiquemos à espera, de que o "plano" seja concretizado.....

Gripe das aves ou a (des)informação!

Lemos aqui que "Portugal é o país menos bem preparado para enfrentar uma eventual pandemia de gripe das aves entre os 21 países europeus com planos nacionais de prevenção", e esta notícia baseia-se no The Lancet.

Mais à frente e na mesma notícia, lemos isto "Na classificação da preparação dos países para a eventual chegada da doença entre os humanos, Portugal ocupa o último lugar do grupo dos menos preparados, seguido da Polónia, Roménia, Lituânia, Letónia, Itália e República Checa, que obtiveram uma classificação de cerca de 38%, menos 20 pontos percentuais que a média" e ainda isto "Nos vários critérios analisados, Portugal ocupa o último lugar no que respeita ao planeamento e coordenação, intervenção da saúde pública, na resposta dos serviços de saúde e nos serviços essenciais necessários e o penúltimo na vigilância e na capacidade de colocar o plano em acção, ficando em todos abaixo dos cerca de 41%".

Não entendemos, as constantes intervenções do Ministro e do Director Geral da Saúde, a dizerem que Portugal tinha adquirido o "famoso "tamiflu" em quantidade suficiente para a população e que poderíamos estar descansados! Será que podemos?

A opinião da OCDE

Num relatório, datado de hoje, 20 de Abril de 2006, a OCDE diz algo que não nos surpreende "Portugal’s economic performance has deteriorated markedly since 2000". Ou seja, vivemos em estagnação há quase 6 anos!

Mas, aqui falamos de saúde, e no relatório da OCDE também se alude à saúde da "saúde", quando se refere "the ambitious health reform that started under the previous government". Mas, para mal de todos nós (os que somos meros Clientes e todos os outros que vivem da saúde), a OCDE comenta brevemente, "Further positive steps have been taken to continue the ambitious health reform initiated under the previous administration". Ou seja, Senhor Professor Doutor Correia de Campos, não páre, porque a tarefa é ciclópica! Vejamos, como aguentará a saúde do Senhor Professor Doutor......

O monstro da "saúde"

Tem sido recorrente, por aqui, falar das "bombas - relógio" relacionadas com a saúde (o envelhecimento da população, o custo das tecnologias e, entre outros, a falta de prevenção das populações). Lemos (link temporário no Público) aqui, que "O Banco de Portugal atribui o aumento da despesa orçamental em 2005 aos gastos públicos com pensões de reforma e saúde". E o pior, está para vir! No fim da mesma notícia refere-se ""Está aqui reflectido um crescimento forte dos pagamentos pelos serviços prestados pelos hospitais empresarializados e da despesa do serviço nacional de saúde com medicina convencionada e farmácias", adianta o Banco de Portugal". Quando o Banco de Portugal põe "por escrito", significa que a situação é muito pior do que pensávamos. A liberalização ou privatização da saúde, vai ser mais rápida do que prevíamos, com este ou outro governo qualquer. Não há alternativas!

Terá a "saúde" aderido à recente moda de Angola?

Lemos no site da Fundação Gulbenkian, que "Fundação estabelece parceria com o Estado português e angolano para criação de um Centro de Investigação Clínica em Luanda". Esta parceria foi realizada no âmbito da recente visita do Primeiro-Ministro de Portugal, a Luanda. Mais à frente e no mesmo sítio, especifica-se em que é que consiste a parceria "Para além de conjugar diferentes fontes de financiamento, o projecto mobiliza igualmente as capacidades científicas nacionais existentes no domínio das doenças infecciosas (malária, TB e HIV/SIDA) e promove a criação de redes entre investigadores portugueses, angolanos e internacionais". Estaremos atentos aos resultados concretos.

Outros exageros!

Após - Páscoa, ficamos a detestar chocolates e outras guloseimas. Afinal conforme lemos aqui, "The foods in this group are best eaten sparingly because, although an energy source, they contain few nutrients. Don't be fooled into thinking they're entirely 'bad', though. Fat is an important contributor to good health." Reparem nesta monstruosidade: "Just 1g of fat provides 9 calories - more than double the calories in 1g of protein or carbohydrate". Mas, sabe bem! Contudo siga estas sugestões:

"- Snack on fresh or dried fruit rather than biscuits and chocolate."

Exageros que custam caro!

Num estudo realizado pela Universidade do Porto, conforme lemos aqui "Ao fim do primeiro ano de actividade, o programa mostrou que um quinto das grávidas avaliadas efectuam ecografias a mais (quase 10% tinham mesmo feito mais de dez ecografias)", mas em compensação "em 6% houve exames em falta, com menos de duas ecografias durante a gravidez". Isto significa que há desiquilibrios, em quem prescreve os exames. Estas revelações são feitas numa época em que seria importante apostar na prevenção, mas lemos esta conclusão do estudo "15% das gestantes são fumadoras, um número que, afirma Henrique de Barros, coordenador do projecto, "é seguramente o dobro de alguns anos atrás"".

O consumo alimentar e os litígios

Lemos aqui, que "Lawsuits filed by parents Tuesday against two U.S. soft drink companies allege that their beverages may contain the cancer-causing chemical benzene and pose a threat to children". Ou seja, cada empresa que está no mercado da alimentação e bebidas tem que estar cada vez mais atenta com os ingredientes dos produtos que comercializa. É que às vezes há surpresas, sobretudo quando se lê "The lawsuits allege that independent laboratory tests of the companies' beverages found benzene levels of 5 parts per billion, which is higher than the U.S. federal limit for drinking water". Mas para leigos, a situação pode ser clara, isto é, a infracção pode ser evidente, mas, e ainda na mesma notícia refere-se que "Benzene can form in soft drinks that contain two ingredients -- vitamin C (ascorbic acid), and either sodium benzoate or potassium benzoate. However, the presence of those ingredients doesn't mean benzene is present in a drink." Isto porque, "Heat or light exposure can trigger the formation of benzene". Os litígios que hoje assistimos no tabaco, vão aumentar à medida que existe mais informação e o consumidor é mais poderoso! E muito para além do tabaco ....

Dúvidas quanto à insustentabilidade do actual sistema de saúde?

Lemos aqui que ""a despesa total em saúde aumentou 4,5% em 2003, ano em que o crescimento nominal da economia foi de apenas 1,5%", e que "Também em 2002, a um crescimento de 6,8% neste sector correspondeu uma variação de 4,7% do PIB". E conclui-se "a despesa de saúde aumentasse o seu peso na economia de 8,8% em 2000 para 9,3% em 2003". Isto acontecia em 2003! E em 2006, será melhor? Alguém acredita? O Estado Providência do pós-guerra (no caso português, pós - 25 de Abril de 1974) está em causa.....

Limpeza

Quando fomos pequenos, fomos sistemáticamente "bombardeados" pelos nossos pais, para lavarmos as mãos: antes de comermos, depois de fazermos as nossas necessidades, antes de nos deitarmos, etc. Agora, lemos aqui, "Calcula-se que entre 50 a 60% dos médicos e enfermeiros em todo o mundo não lavem nem desinfectem as mão quando tratam os doentes". Será possível? Já não haverá educação em casa? Já não haverá ensino nas Universidades, que fale em "limpeza"? Ainda por cima estamos a falar de tratamento de seres humanos, o que pode causar graves danos. Fomos ao site da Organização Mundial de Saúde, e lemos alguns dos conselhos sobre como "lavar mãos":
"Surgical handscrub
Remove all jewelry.
Hold hands above the level of the elbow, wet hands thoroughly and apply soap (preferably an iodophre, e.g. betadine).
Begin at the fingertips and lather and wash, using a circular motion:
- Wash between all fingers;
- Move from the fingertips to the elbows of one hand and then repeat for the second hand.
- Wash for three to five minutes
Rinse each arm separately, fingertips first, holding hands above the level of the elbows.
Dry hands with a clean or disposable towel, wiping from the fingertips to the elbows, or allow hands to air dry.
Ensure that scrubbed hands do not come into contact with objects (e.g. equipment, protective gown) that are not high-level disinfected or sterile. If the hands touch a contaminated surface, repeat surgical handscrub."

Primeira visita do Presidente da República

Lemos aqui, que o Presidente Cavaco Silva "efectua domingo a primeira visita no País desde que tomou posse como Chefe de Estado, deslocando-se ao Hospital D. Estefânia, em Lisboa". Porque será o Hospital D. Estefânia, objecto da primeira visita Presidencial ?

Os riscos da profissão e o primado do CLIENTE

Lemos aqui, algo que nos surpreende, ou talvez nao, "Maioria dos profissionais de saúde já foram agredidos por utentes ou familiares". Será que esta é uma situação que se verifica apenas no sector da saúde? E nos seguros? E na restauração? E nas Repartições de Finanças? Pensamos, que a situação não será muito diferente! Só que no caso da "saúde", estamos perante a vida humana. É natural que as emoções sejam mais fortes. Mas, depois lemos na mesma notícia, algo de inacreditável, "os profissionais de saúde são «a face visível do Estado» e que, «por trabalharem em serviços públicos com a porta aberta, estão mais sujeitos a actos de violência»". Será que os profissionais de saúde que trabalham no sector privado, serão alvo de menos agressões (verbais ou outras)? Se assim for, a situação muda! É que o utente (ou como nós insistimos em chamar-lhe, cliente) paga impostos e taxas moderadoras, tem por isso direito a um serviço adequado e correcto. Se assim não for, usa a sua força de "consumidor" (não estimulamos a arruaça, naturalmente). Mas, pelo que parece os profissionais de saúde (aparentemente, no sector do Estado), ainda não estão habituados a lidar com clientes....

Prevenção: Primeiro!

O Professor Correia de Campos que é conhecido por apostar na prevenção, como uma forma de melhorar a qualidade de vida e de diminuir os custos com a saúde, patrocina uma excelente ideia, conforme se refere aqui "O Governo apresentou esta quinta-feira um anteprojecto que prevê a proibição de fumar nas áreas fechadas dos locais de trabalho, restaurantes, unidades hotelerias, bares e grandes superfícies". Parabéns, Senhor Ministro. Mas, esperemos que se cumpra a Lei. Compreendemos o direito que os cidadãos têm a fumar. Mas, também exigimos o direito dos não-fumadores, de não serem fumadores passivos! Contudo, já não concordamos com o que vem aqui "Os maços de cigarros vendidos em Portugal vão passar a mostrar fotografias de cadáveres, artérias bloqueadas e doentes respiratórios". Pensamos que será uma cópia do Brasil, mas não precisamos de ser tão obscenos......

Cancro

Diz-nos a BBC, que "One in three of us will be diagnosed with cancer during our life". Malditas estatísticas. Mas, servem para nós sermos mais prudentes e previdentes. Na mesma notícia, ainda nos diz mais, "The disease tends to affect older people - but can strike at any time" e " Some cancer, such as breast, are becoming more common, while new cases of lung cancer fall away due to the drop in the number of smokers". Ou seja, sem fundamentalismos, deixe de fumar.

Erros médicos: ou a emergência de um grave problema na Europa

Lemos num relatório da Comissão Europeia, de Janeiro de 2006, que 78% dos europeus consideram que os "erros médicos" são um problema importante para os seus países. Os médicos e as organizações de saúde que se cuidem, pois a Europa, embora queira ser renitente em seguir as pisadas do "irmão" americano, tem copiado muitas das suas tendências. E a problemática dos erros médicos, explorados pelos advogados e pelos "media", tem sido um problema grave na rentabilização dos sistemas de saúde nos EUA. Em Portugal, 77% dos portugueses consideram que os erros médicos são um problema da nação. Atenção, às tendências....

Os custos da "fraca" qualidade

Decorreu entre 29 e 31 de Março de 2006, The Medical Device Regulatory and Compliance Congress, onde foram apresentadas diversas comunicações relacionadas com equipamentos médicos, e em particular "Benchmarking Your Firm's Practices in Risk Management, Quality Systems, Fraud and Abuse, and Reimbursement". Em Portugal, a qualidade já foi moda! Agora, no estado de paralisia do país, ninguém se preocupa com a qualidade! E com os Clientes, também não! As organizações esquecem-se que sem Clientes (chamem-lhe utentes, pacientes, ou o que quiserem!) não há razão de ser das mesmas. Uma das apresentações focou-se nos custos da fraca qualidade. E já agora, um conceito de Juran, «In the US about a third of what we do consists of redoing work previously “done”». Deixamos apenas o conceito de "custos da fraca qualidade":

Represents the difference between:

– The actual cost of production or service

– What the cost would be if the process were effective in manufacturing products that
• met customer needs and
• were defect free.