Quer se goste ou não, o nascimento é um símbolo positivo e de felicidade evidente. A morte é inevitável, e é também um símbolo de decadência. Portugal está decadente há bastante tempo, apenas por culpa própria, até nisto: Houve mais 16 mil funerais do que partos só no primeiro semestre de 2012.
O povo e as élites estão imunes e desatentos: Aos défices financeiros Portugal soma défices demográficos consecutivos. Se
considerarmos apenas os seis primeiros meses de 2012, morreram quase mais 16 mil
pessoas do que as que nasceram em Portugal, o que se justifica em parte devido
ao pico da mortalidade verificado em Fevereiro e Março. É muito? Para alguns
especialistas, é demasiado. A manter-se a tendência, será "preocupante". Em
2011, o número de funerais suplantou em cerca de seis mil o total de partos, e
nessa altura já soaram campainhas de alarme.
Como aqui se refere, este problema não se limita apenas à presente falência do Estado português: Cada ano que passa registam-se menos nascimentos em Portugal. Explicações
simplistas e centradas no presente, que domina os debates da actualidade, dirão
que isso se deve à crise. Mas apesar das circunstâncias actuais, este não é um
fenómeno conjuntural. A descida é constante desde a década de 1980 e não foi
invertida mesmo em períodos de melhoria das condições de vida da população.
Porque estará Portugal em processo de auto-destruição?